Olhos de cão azul

Olhos de cão azul Gabriel García Márquez




Resenhas - Olhos de Cão Azul


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Hera 29/04/2022

Estranhamente bom
O tema geral é a morte e suas variadas manifestações dentro daquele universo García Máquez. Toda a aura sobrenatural do realismo mágico que fez o autor ficar conhecido está presente. Dá saudades de Cem Anos de Solidão. Recomendo.
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Martony.Demes 07/03/2022

Você deve perguntar: como assim? Quando estamos falando de Gabriel Garcia Marques e seu realismo mágico, tudo é possível.

E é isso. Fechando o último livro que possuo do Gabo, resolvi ler há alguns dias atrás:  Olhos de cão azul - Gabriel Garcia Marques

Quando se trata de Gabo, elogiadissimo escritor colombiano, nos remete de imediato, Cem anos de solidão e seu fantástico realismo mágico que nos transporta para outras fronteiras da realidade. E Olhos de cão azul tambem nos leva para outro contexto, desta vez a da morte. 

A obra é um conjunto de contos que, em geral, aborda sobre o tema da morte sobre diversas dimensões, situações e complexidades. Eu confesso que tive dificuldade de entender algumas histórias. Mas são contos bem interessantes que nos fazem pular o muro da vida e conhece a morte sob outra perspectiva. Em alguns casos, entendo eu, que Gabo não colocou fronteiras entre vida e morte! Talvez tenha isso essa a intenção dele.

Não dá para escrever sobre os 11 contos então escolhi 4 que achei interessante e vou expor:

O primeiro conto, a Terceira reunucia, temos a narrativa além do túmulo, cujo protagonista, um morto, reflete sobre as sensações de estar em um caixão;

O conto seguinte, a outra costela da morte, apresenta a morte de um irmão gêmeo a qual é sentida pelo irmão que ainda vive;

O conto Olhos de cão azul nos tras uma mulher que aparece nos sonhos de um homem e sempre impõe a mensagem "olhos de cão azul". Isso tem um propósito, claro.  

E outro que escolhi é o A noite dos Alcaravões: nessa história, três homens vagueiam  pelas ruas quando tem seus olhos arrancados pelos pássaros.

 Podemos ficar aversos a esses contos: "Nossa que histórias macabras". Porém, Gabo nos remete a um tom romantico e humano. E descobri depois que o autor viveu parte de sua infância no México e lá a morte é celebrada tradicionalmente. E "Los Muertos, antepassados, os protegem e guiam. 

Eu também recomendo a leitura, especialmente para quem gosta de histórias de terror. Mas, como eu disse, Gabo colocou em um tom bem sutil e poético!
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Luciana1005 23/02/2022

O que falar de Gabo, né? Simplesmente perfeito…

‘Olhos de cão azul’ reúne onze contos, escritos pelo autor entre 1947 e 1955, que abordam como tema central a morte. Na antologia, ela se apresenta em diversas formas, sendo uma presença inevitável na vida de todos os personagens, uma experiência que os define.

Garcia Márquez consegue destacar toda a crueza e, ao mesmo tempo, uma espécie de encantamento sobre o assunto, como bem sabia fazer em suas obras. Afinal, a morte envolve muita dor, mas também muitos mistérios e devaneios nossos ainda em vida sobre ela. Em muitos momentos, inclusive, ele a retrata como um sonho. Uma confusa não forma, uma maneira abstrata de transitar entre os mundos, como no trecho em que narra não poder recordar ou distinguir “quais acontecimentos eram parte do seu delírio e quais os de sua vida real”.

Ele retrata o luto e suas sensações de maneira muito particular; a consciência da morte; o encontro da plenitude não conquistada em vida; entre outras visões sobre morte e existência terrena.

Os contos são curtos e a leitura, mesmo que o tema seja assim profundo, muito gostosa. Ler gabo é sempre recomendável ❤️

site: https://www.instagram.com/p/CZaKcXLFRvB/
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Brenoarf 06/11/2021

Tal obra contempla uma coletânea de treze contos escritos entre 1947 e 1955 pelo colombiano Gabriel García Márquez, textos esses que irão se conectar pela abordagem de um tema intrínseco a nós: a morte, a qual é tratada a partir de uma tônica surreal e com conotações fantásticas, ainda que com fragmentos existencilistas, construindo uma ambientação dúbia entre o gótico e o romantico. Ler qualquer coisa desse autor sempre me foi um desafio, sobretudo porque a impressão que possuo é a de que ele se vale da arte dos escritos poéticos para emaranhar aquilo que parte do subconsciente e encontra nossos traços de humanidade na sua forma mais crua. É sempre um desafio porque sinto que mesmo depois de muitas análises e reflexões de algumas passagens, tenho a sensação quase frustrante de que estou boiando na superfície dos textos. Muitos afirmam que Gabo se eternizou por meio da Literatura pelo fato de conseguir impactar o leitor mediante suas sentenças, mesmo depois de dias de leitura concluída, mas eu discordo, pois acredito que esse caráter perene se dá em razão do tamanho incômodo - e quem sabe uma ânsia por compreender mais - que cada experiência literária dele proporciona. É impossível ler Gabo uma única vez e esse livro é mais uma prova disso.
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filipetv 24/10/2021

Publicado em 1974, Olhos de Cão Azul é uma coletânea de contos escritos por Gabriel García Márquez entre 1947 e 1955, que foram publicados em jornais e revistas colombianos.

A sequência dos contos no livro respeita a ordem cronológica de publicação, por isso é claramente perceptível a mudança tanto de estilo quanto dos temas abordados pelo escritor.

Nos primeiros contos, a presença da morte é constante, algo que, em maior ou menor grau, atravessaria toda a obra do autor, além da frequência do ambiente onírico. Esses textos foram influenciados pela literatura de Kafka, que García Márquez começara a ler em Bogotá, na época em que estudava Direito na Universidade Nacional.

A partir de "A mulher que chegava às seis", o sétimo dos 11 contos do livro, embora a morte e os sonhos ainda permaneçam, a narrativa passa a ser conduzida de forma mais sólida e terrena, com personagens, ambientes e ações descritos mais próximos da realidade física. Essa mudança se dá, entre outros motivos, pela influência de Faulkner, autor estadunidense de quem García Márquez era leitor assíduo.

Por fim, "Isabel vendo chover em Macondo", conto de 1955 que encerra a coletânea, apresenta pela primeira vez o povoado que seria eternizado 12 anos depois em "Cem Anos de Solidão". Esse texto é um dos mais lineares de toda a obra e dá um bom indício dos que encontraríamos nos furutos romances do autor, a partir de "A Revoada (O Enterro do Diabo)".
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florescerdaleitura 29/09/2021

A morte em cena
"Na poeira bíblica da morte". Essa é uma boa definição dessa obra que é composta por onze contos, todos eles ligados pela morte.
Conto 1- A terceira renúncia: Temos a narrativa de além túmulo, onde um morto reflete sobre as sensações de estar em um caixão.
Conto 2- A outra costela da morte: A morte de um irmão gêmeo é sentida pelo irmão que vive.
Conto 3- Eva está dentro do seu gato: Uma mulher que têm a consciência de que está morta após sentir vontade de chupar uma laranja e não conseguir.
Conto 4- Amargura para três sonâmbulos- três irmãos ainda ouvem a mãe dentro de casa.
Conto 5- Diálogo do espelho: Um homem têm a sensação de ver um cadáver ao se barbear diante do espelho.
Conto 6- Olhos de cão azul: Uma mulher sempre aparece no sonho de um homem e deixa a mensagem "olhos de cão azul".
Conto 7- A mulher que chegava as seis: Nesse conto temos um assassinato, e a mulher que o comete conta com a ajuda de um homem, que diz que a ama, para lhe fornecer um álibi.
Conto 8- Nabo, o negro que fez esperar os anjos: Nessa história temos um homem que canta maravilhosamente bem. Após sua morte ele prefere dormir ao acompanhar um anjo.
Conto 9- Alguém desarruma essas rosas: Uma alma de menino que todo domingo tenta pegar as rosas de seu altar.
Conto 10- A noite dos Alcaravões: Três homens vagam pelas ruas ao terem os olhos arrancados pelos pássaros.
Conto 11- Isabel vendo chover em Macondo?: Quando chove em Macondo, é uma chuva que dura dias, anos. Nessa história não é diferente, mas aqui a chuva cheira a morte.

Apesar da semelhança, essas não são historias de terror. Na escrita de Gabo elas ganham um tom mais poético e humanitário.
O autor viveu parte da sua infância no México, e nesse país a relação com a morte é muito diferente da nossa. É tradição para eles celebrar a morte. E para eles nossos antepassados, nos protegem e guiam.

Recomendo a leitura para quem gosta de livro de terror, porque aqui ele aparece de uma forma bem sutil e poética.
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Rod. 19/04/2021

Gabo ?
Ler Gabriel García márquez deveria ser obrigatório para todo leitor do mundo. Este livro traz uma coletânea de contos do autor, relacionados de alguma forma ao tema da morte.
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Luana 15/02/2021

Livro de contos sobre a morte, muito bem bolado, talvez não estivesse no clima para lê-lo.
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Lucas.Sampaio 05/02/2021

Mais um livro maravilhoso do Gabo
Um dos livros mais desafiadores que já li do Gabo (e olha que já foram 6 no total - não foram poucos). Aqui ele demonstra todo o domínio que possui em borrar o limite entre o real e o fantástico.
Alguns contos parecem impenetráveis de início, mas quando se revelam por completo, mostram o domínio que o Gabo possuía em mostrar as situações mais improváveis com uma naturalidade cotidiana.
Uma coleção de contos que se desdobra sobre apenas um único tema: a morte.
E nem por isso ele se torna previsível, chato, unilateral.
Aqui a morte possui várias faces: seja na história de um homem que vive como um morto, assassinato por vingança, fantasmas, a podridão da decomposição, o maravilhamento metafísico.
Tudo vira matéria prima para a composição de contos que são semelhantes no tema, mas diferentes nas técnicas, nos narradores, nos temas.
E como sempre - saio querendo ler TUDO que esse homem já eacreveu na vida.
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Raquel 18/10/2020

Gabo faz nosso cérebro fervilhar
Ler Gabriel García Márquez é sempre uma viagem indescritível, esse livro não foi diferente. Nesta coletânea, estão reunidos diversos contos do autor cuja temática ronda sempre a morte, desde casos onde ela acabou de acontecer, até casos onde acontece há séculos atrás, às vezes retratada com delicadeza, às vezes como uma pedrada.

Foi um livro difícil de terminar, mas não por ser um tema árduo de digerir ou entender, mas porque a todo instante minha cabeça se transportava para outros lugares e devaneava sem fim. Surgiram tantas idéias de personagens, de tramas, de cenários. É um verdadeiro despertar da criatividade.

Gabo faz nosso cérebro fervilhar.
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Yara 12/10/2020

Olhos de cão azul
Gabo tem zero defeitos. Quem me dera ter palavras pra descrever o quanto eu admiro o estilo dele. Livro de contos sobre a morte, cheio de sensações e, pra mim, ajuda a quebrar um pouco do tabu sobre ela. Leitura rápida e que me deixou com saudade de cem anos de solidão.
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Ana Carolina Salinas 14/09/2020

Gabriel García Márquez é um dos meus autores favoritos, símbolo da literatura latino-americana, do realismo mágico e ganhador do Prêmio Nobel de Literatura. Olhos de Cão Azul é uma coletânea de contos do autor que falam sobre temas como a morte, a loucura, o medo, o inconsciente e o mundo dos sonhos. São contos extremamente bem escritos e criativos, mas não são tão fáceis de interpretar, não seguem uma lógica linear e são bastante subjetivos. Por esse motivo, o leitor precisa estar atento a cada detalhe e manter a mente aberta para que possa compreender os sentimentos e significados presentes no livro. Talvez por conta dos temas, alguns contos me lembraram um pouco da sensação de ler Edgar Allan Poe, mas é claro, com a escrita poética, a sensibilidade e o realismo mágico característicos de Gabo. Recomendaria esse livro para leitores que já conhecem e gostam da escrita do autor. Para começar a ler os livros dele, recomendo Cem Anos de Solidão, o primeiro livro que li dele e já se tornou um dos meus favoritos da vida!
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