O Primo Basílio

O Primo Basílio Eça de Queiroz




Resenhas - O Primo Basílio


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Italo 14/07/2022

Primo? Tá mais pra filho da p...
Me entretive com esse livro, não estava esperando muita coisa dele porque não tinha morrido de amores por Os Maias, que é a obra-prima do Eça, e também porque na faculdade eu estudei a resenha carregadíssima do Machado de Assis sobre essa história.

E ele tem razão em algumas coisas, concordo quando a crítica ao avolumamento no final do livro, em especial o capítulo do jantar e do teatro. E também na falta de fibra moral da Luísa que realmente é uma porta, a mulher não move uma palha pra sair daquela situação.

No mais, eu me diverti lendo, a narrativa tem um ritmo bom, as críticas do Eça sobre a sociedade portuguesa da época é uma delícia de ler. Mas achei o desfecho da Luísa fácil demais como conclusão, poderia ter explorado mais a personagem.

(E todo mundo sabe que o Machado não gostava do Eça porque o português já deu uns pegas na mulher dele).
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jenni 28/09/2022

+ um clássico
Eça de Queiroz ama descrever e isso é extremamente irritante? Sim, mas entendo que é uma característica do Realismo.
A narrativa é lenta, as coisas demoram para começar pra acontecer de verdade. Os personagens em sua maioria eu considero descartáveis para o enredo principal.

A crítica e descrição da sociedade da época são óbvias, onde os personagens são movidos por ganancia, luxúria, temos adultério e tal.

O final não foi surpreendente, assim como a maioria dos livros do realismo O primo Basílio descartas personagem com a morte deles.

Enfim, Jorge é muita areia para o caminhãozinho da Luísa
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Jander 24/02/2023

Família ê
Com um estilo naturalista, Eça de Queirós expôs toda a fragilidade e conservadorismo da Sociedade atrasada de Portugal.

Sobre a escrita, está se desenvolve com descrições detalhadas do ambiente, das características dos personagens, porém traz algo do supérfluo de cada um, não envolvendo emocionalmente tanto quanto das características.

Leitura válida para conhecer mais do estilo literario, e o melhor é deixar ao leitor, o complemento de algumas lacunas propositalmente deixadas em aberto.
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Jerome 05/06/2012

Um Sonhador Suspiro que se Choca com o Mundo Real
De ritmo pouco agradável, a narrativa de O Primo Basílio é desenvolvida sob os princípios do Realismo, escola literária que Eça de Queirós, autor da obra em questão, contribuiu bastante ao longo de sua vida.

Como de costume das obras Realistas, é adotada em O Primo Basílio uma ótica psicológica que procura compreender e explicar certos atos humanos que são, em sua grande maioria, marginalizados pela sociedade. Buscando preparar o leitor para um importante passo ideológico, certas características românticas são tomadas com o objetivo de, sobretudo, familiarizar os leitores de sua época — tendo em mente o fato de que o Romantismo é o antecessor do Realismo.

Luísa, por exemplo, é uma personagem que vive à espera de seu herói gentil e explicitamente amoroso, típico dos romances que costumava ler. Seu marido, Jorge, não correspondia nada aos seus desejos, já que era um homem de um teor sério e, ironicamente, realista. Aproveitando a constante sede por algo impalpável, Eça de Queirós joga a sua protagonista em um mar de sofrimentos — ocasionados pelo choque entre a fantasia de amorosa e a realidade da raça humana.

Investigando as circunstâncias que levaram Luísa a optar por tais atos, Queirós vai, aos poucos, quebrando os ingênuos princípios românticos, dizimando-os através de sua prosa ácida e impiedosa. Além de ser uma espécie de revolução literária, O Primo Basílio é também uma bela história sobre a força do perdão e do amor, tudo moldado à sociedade da época, constantemente criticada pelo autor. Uma obra singular que explica a quê veio.
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Leandro257 11/06/2021

Um livro envolvente
Esse foi minha primeira leitura de Eça de Queirós, e posso dizer que comecei com o pé direito. Eu adorei a história, os personagens, a ambientação. Por se tratar de um texto português do séc. XIX , esperava que fosse difícil, arrastado, pedante e não foi nada disso. A cada capítulo concluído eu ficava curioso para saber a continuação (esse livro daria um enredo de uma novela KKKK). Recomendo a leitura, quero ler mais livros do Eça.
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Duda 16/03/2023

Passando só para registrar o quanto gostei dessa leitura! Foi meu primeiro contato com Eça de Queiroz e fiquei encantadíssima. Gosto dessa questão do Realismo que procura trazer um recorte muito mais fiel da sociedade.
E em O primo Basílio foi isso que me pegou. O desenvolvimento de personagens reais, a própria temática do adultério que foge completamente ao ideal romântico... enfim, eu ia lendo, passando ódio e xingando Basílio, Luísa, Juliana... Ningúem merecia minha empatia e eu me empolguei com isso. Uma pessoa que quer passar por cima dos outros para se dar bem na vida, uma jovem que se deixa iludir romanticamente, um mau caráter que se aproxima de uma mulher só para usá-la, uma mulher de espírito liberto que não teme ser julgada... É muito mais intrigante ler histórias assim que te levam a refletir sobre até que ponto podemos julgar as ações dos personagens, quando cabe ser condescendente ou não...
Em resumo, quero ler mais disso, desses retratos sociais que Aluísio Azevedo e Eça escrevem.
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Francyelen 04/02/2021

Eu gostei muito da história. O personagem que eu gostei mais foi Sebastião, um amigo da família de Luísa e Jorge que são casados há 3 anos e não tem filhos, teve horas que eu falei "vou parar de ler um pouco", porém eu não consegui, pois cada página cativa mais e mais o leitor. Recomendo bastante o livro, é muito interessante. 5 estrelas.
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Lulukabooks 18/01/2021

Surpreendente!!
Valeu muito a pena a experiência!
Apesar de uma linguagem mais antiga, muito fora da minha zona de conforto fiquei bastante envolvida e curiosa até o final.
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Indy 15/07/2022

Um dos clássicos da literatura portuguesa, o livro traz questionamentos interessantes e atuais, principalmente referente ao casamento e as relações humanas.

Mas, além disso, conseguimos ter uma ideia de como era a burguesia portuguesa e todas as suas hipocrisias e também, seus preconceitos, racismos, e classes sociais. Mesmo sendo o plano de fundo da realidade da época (pouco distante da nossa atual), nos ajuda a entender a história e o desenvolvimento dos personagens.

É inegável que o relacionamento da Juliana com a Luísa é parte mais importante do livro e extremamente intrigante. Não há culpados e inocentes, e acho que o autor quis trazer esta reflexão. Em diversos momentos, vemos a Luísa com ações abusivas, injustas para com a Juliana (mostrando claramente estas separações de classes). Por outro lado, vemos Juliana manipuladora e vingativa, sempre se sentindo vítima e injustiçada (sentimentos mais comuns nas relaçoes) Porém ambas com segredos e com desejos.

Uma sonha com uma vida que nunca teve. E sente o tempo todo que as suas "senhoras" a roubam, por isso guarda um segredo para subornar outra e "ter finalmente tudo o que lhe é de direito". Por outro lado, Luísa se encontra "tediosa" de uma vida monótona e solitária, não sabendo o que fazer com a sua vida, pois não está sendo "como ela sonha", encontra em Basílio, um antigo amor, uma "quebra" na realidade.

Agora esta é uma das partes que mais me revoltaram no livro. O jeito que o Basílio manipulou a Luísa só para ter o que ele queria. Sem amor. Sem compaixão. Apenas luxúria e desejos momentâneos. Via a menina apenas como um "pedaço de carne". E simplesmente a abandona/despreza quando se encontra em dificuldade. E tudo isto é ainda extremamente real em nossa sociedade. O jeito dele malicioso e até sádico, em diversos momentos se gaba da "conquista"/"passatempo. É neste ponto que me deu vontade de parar o livro e taca-lo para longe.

A visão distorcida que os homens têm pelas mulheres neste livro é de uma crítica constante do autor, não sei se era a sua intenção, mas é inegável que ela estava presente. E claro, a hipocrisia do casamento. -------trecho seguinte com spoiler, pular para o próximo parágrafo -----O choque do personagem ao pensar na traição cometida pela mulher, mas ele mesmo passou tempo fora desnecessariamente apenas para continuar fomentando suas paixões locais.

Há uma adoração do autor e da sociedade pela pele clara da personagem. E todo o tempo, o autor coloca o trabalho de casa/serviçal associado a cor da pele negra. Ou seja, uma sociedade extremamente racista (inclusive o autor) e, por isso, é preciso tomar este ponto com atenção, pois não era uma crítica a sociedade, mas sim a realidade e que eles não estavam nem um pouco incomodados em mudá-la.

Eu me surpreendi bastante com a história e com as críticas. Esperava um pouco menos do livro, mas fiquei com estas reflexões durante a leitura que me marcaram bastante. Há momentos que demora um pouco para saber qual é a "voz" dos diálogos, pois muda bastante, por isso será bastante comum voltar e reler a mesma página algumas vezes, porém a leitura vale bastante a pena.
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Capitu 02/03/2021

O amor como ele não é
Para quem gostou de Madame Bovary ou A mulher de 30 anos, esse livro é perfeito! Ao invés de nos encontrarmos na velha França, o cenário da vez é Lisboa! O Primo Basílio trata de um realismo português do século XIX, que visa criticar a sociedade lisboeta, a burguesia, a moral, o casamento e o tédio da mulher casada. E de certa forma, uma homenagem A Madame Bovary.
Eça de Queirós já se declara um grande fã de Flaubert e Balzac em uma carta a um amigo, e é incrível a semelhança de O Primo Basílio com Madame Bovary, o enredo parece ser até o mesmo! O que Emma e Luísa tem em comum? O desespero em escapar do tédio e da monotonia, Emma por não gostar do seu marido e Luísa pela ausência dele, ambas suprindo suas carências, conscientemente ou não nos braços dos amantes. Já o primo Basílio se parece muito com Rodolphe Boulanger, dois conquistadores profissionais, manipulando sentimentos descaradamente a troco de sexo.
Luísa é casada com Jorge, que viaja a trabalho, mas por infeliz coincidência, o primo de Luísa, Basílio, chega na cidade e começa visitar a prima todos os dias. E olha só que coisa interessante, nós brasileiros herdamos o espírito fofoqueiro dos portugueses, a vizinhança de Luísa já começa a falar horrores! Luísa é a típica mulher idealizadora, inspirada por romances, Basílio é para ela como aqueles personagens maravilhosos dos livros, recém chegado de terras estrangeiras, tinha ganhado muito dinheiro, viajado para muitos lugares, era voluptuoso e misterioso, e ainda declara seu suposto amor a ela. Para Luísa o amor naquele momento é confundido com a paixão, o impulso sexual, o desejo pelo proibido, as delícias do sexo e do que é proibido. Com o passar do tempo, na ausência do marido, Luísa lembra-se vagamente de Jorge, e começa a acha-lo comum demais, pacato demais, um homem sem mistérios, mas que sempre fora amável e gentil com ela, estando ao seu lado em seus piores momentos. Ao final do livro temos uma definição de amor verdadeiro, que Luísa contempla em seus momentos finais, de que o amor sincero é aquele que não machuca, é aquele que achamos que é pacato, sem grandes emoções, ele é algo morno, e não avassalador. E ela reconhece que o único homem que a amou de verdade foi Jorge, que ficou com ela até o seu último suspiro, que chorou por ela, que cuidou dela em todos os seus momentos difíceis e que sempre fizera o que tivesse ao seu alcance para fazê-la feliz. O amor não é feito de um super homem, ou uma super mulher, mas de pessoas simples que sabem dar ao outro o que de melhor tem em si mesmo. E o mesmo acontece com Emma em Madame Bovary, no seu leito de morte reconhece que o único homem que a amou de verdade foi Charles, mesmo não sendo um exemplo de príncipe encantado, ele esteve com ela até seu último momento.
Como esse livro é um realismo, não espere um final feliz, é mais bonito que Madame Bovary, que termina de forma miserável, mas de certa forma você vai fechar o livro e ficar indignado com a impunidade para com os injustos. Luísa paga por dois as consequências das suas escolhas. É um livro que eu super recomendo, divertido de se ler, é uma escrita muito fácil de ser compreendida, eu devorei esse livro, foi muito rápido a leitura, entra para um dos meus romances favoritos. E foi isso que aprendi com este livro, procuramos tanto por fortes emoções, buscamos desesperadamente pelo amor, mas quando ele aparece não damos valor por não ser da forma como imaginamos, ser singelo, doce e simples demais, e acabamos trocando o amor verdadeiro por uma ilusão de curta duração que pode estragar toda uma vida.
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Juliana Amaro 11/01/2023

Ótimo livro.
Eça de Queirós, neste livro, faz uma crítica severa à sociedade lisboeta do século XIX. O autor mostra a lenta deformação do caráter de Luísa, mulher de formação romântica entediada com o casamento, sob o efeito de leituras e músicas sentimentais. Durante uma viagem do marido Jorge, Luísa envolve-se com seu sedutor primo Basílio. Porém, Juliana, a invejosa e vingativa criada, descobre o caso e arma um esquema de chantagem. Muitas emoções e reviravoltas num clássico do realismo português.
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Larissa Guedes de Souza 01/02/2013

Confesso que fui ler pensando que era mais um daqueles clássicos que são idolatrados, mas que ninguém sabe porque, pois são chatíssimos. Eu não poderia estar mais enganada! O Primo Basílio é maravilhoso, é uma crítica a sociedade hipócrita, moralista e burguesa de Lisboa do século XIX, mas que poderia se referir aos dias de hoje, pois continua "atual". A linguagem é culta, mas também é simples e sem palavras difíceis que ninguém conhece (e olhe que eu li uma versão portuguesa).
É uma história que te prende do começo até o fim, repleta de personagens bem construídos, realistas e envolventes. Como todo mundo já sabe (eu acho), O Primo Basílio conta a história de Luíza, uma típica moça da sociedade lisboeta, que é casada com Jorge, um marido exemplar e completamente apaixonado por ela. Jorge sai da cidade a trabalho e um amor do passado de Luíza, seu Primo Basílio, chega a Lisboa e começa a cortejá-la novamente e a fazer juras de amor. Luíza cai nessa história, se deixa seduzir e começa a ter um caso com seu primo. Tudo vai bem até que Juliana, a empregada da casa, descobre a traição e começa a chantagear a patroa, e se mostra uma perfeita vilã, realmente detestável.
O autor desmistifica e desconstrói a ideia de um casamento perfeito. Luíza tinha uma vida toda organizada, toda perfeita, mas também totalmente entediante, então, decide ir atrás de uma aventura que lhe faça sentir viva. Ela vai atrás do seu conto de fadas, mas o autor desconstrói isso também. Apesar da personagem principal ser meio tonta, o livro não se torna menos interessante, até porque isso é compensado pela genialidade com que o Eça de Queiroz projetou a vilã Juliana e o adorável e lindo (que poderia ser o bonitão, completamente perfeito, desses romances modernos) Jorge. Quanto ao personagem título, ele é sedutor e romântico, até que .... ele é um completo cafajeste. (#ProntoFalei)
Preciso dizer que o final não me agradou muito, mas é porque sou dessas que prefere acreditar num "viveram felizes para sempre". Entretanto, o final é condizente com a história e com a proposta de ser um romance realista que ironiza e critica a burguesia. Resumindo, é um romance que não te deixar soltar o livro até que você tenha terminado; é uma história realista, sem eufemismos ou falsidades.

http://bibliomaniacas.blogspot.com.br/
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Juliana 18/02/2021

Cheguei atrasada na leitura obrigatória pro vestibular
Gostei demaaaaaaais da história! Me pergunto se eu realmente não tava pronta pra ela na adolescência ou se, caso tivesse realmente tentado, gostaria tanto quanto gostei hoje.
Não vou me alongar no enredo, já sabemos que Luísa, enquanto o marido viaja, reencontra um primo com quem teve um namoro na adolescência e rola um flashback. Juliana, a criada, sabendo do adultério, começa a chantagear a patroa.
Mas a criada não é um ser apático, sem vida, sem desejos. A vida sofrida das empregadas é bem retratada. E, apesar da aversão que cresce com as chantagens, também surge a compreensão por tudo que Juliana é submetida desde a infância.
Luísa vive um romance muito aventureiro, sentimos borboletas no estômago com ela, depois ficamos ?Luísa, pelo amor de deus mulher, abre o olho, cuidado!?, me envolvi demais.
No início a linguagem rebuscada e antiga atrapalhou um pouquinho, mas nem precisei insistir muito, logo a história engatou e a leitura não precisou de esforço algum pra fluir.

Ah, o trecho que Arnaldo Antunes declama na música com Marisa Monte é simplesmente perfeito!
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