Tia Júlia e o escrivinhador

Tia Júlia e o escrivinhador Mario Vargas Llosa




Resenhas - Tia Júlia e o Escrevinhador


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Higor 21/05/2017

Sobre a originalidade que sempre cativa
A cada nova leitura de um livro do Mario Vargas Llosa (já é o 7º que eu leio), fica difícil pontuar um livro favorito, ou ao menos com algo de diferente a ser lembrado, pois cada livro tem uma particularidade, com sua originalidade que vai se afixar na mente do leitor: seja a pedofilia de ‘Elogio da madrasta’ ou os mitos de ‘Lituma nos Andes’, dentre todos os outros.

‘Tia Júlia e o escrevinhador’, então, nos brinda não apenas com um livro simples sobre um romance proibido entre um menor de idade e uma quarentona; ou ainda sobre as radionovelas peruanas. Sim, tais fatos são as colunas que sustentam todo o livro, mas o autor optou por escrever algo além da zona de conforto, dando-nos dois livros em um.

É uma delícia acompanhar o pequeno Varguitas querendo provar a cada instante, para Tia Júlia, que ele já é homem feito, e não um moleque. O desejo que vai aflorando é narrado de maneira suave, não piegas e nem que enjoe o leitor mais avesso a romances.

Mais incrível ainda é acompanhar o trabalho de Pedro Camacho, boliviano responsável pelos mais incríveis enredos das radionovelas, que estão elevando de maneira inimaginável os índices de audiência, além de invadir todos os lares com suas histórias bizarras e engraçadas. Acontece que Camacho é excêntrico demais, e não aceita opiniões alheias, principalmente quando não admite que não consegue atender a demanda de escrever várias radionovelas em simultâneo, mesmo trabalhando de domingo a domingo, o que causa um caos generalizado, já que personagens aparecem em novelas diferentes, muitos, inclusive, mortos que do nada ressuscitaram.

É por conta do trabalho de Camacho que temos dois livros em um, o romance e um de contos, pois lemos não só o dia-a-dia de Varguitas, Tia Júlia e Camacho, mas lemos, entre cada capítulo, os roteiros de cada uma das novelas. São personagens dos mais estranhos, como o exterminador de ratos, o religioso pedófilo, e até nosso já conhecido Lituma em mais uma aventura! Contos bem pontuados e que apenas fazem nosso amor por Llosa cresça.

Aliás, talvez ‘Tia Julia e o escrevinhador seja uma ótima porta de entrada para quem nunca se aventurou pela literatura dele, tanto por conta da originalidade, quanto pela leveza e humor com que a história é narrada. E que final! Impossível não terminar o livro com um sorriso nos lábios.

Sem mais o que dizer, diante de tantas outras resenhas magníficas, só resta reiterar o já conhecido: Llosa mostrou há tempos, desde o primeiro livro, que mereceu o Nobel de Literatura. Talvez a Academia demorou um pouco para laureá-lo, mas ao menos não o esqueceu.

Este livro faz parte do projeto 'Lendo Nobel'. Mais em:

site: leiturasedesafios.blogspot.com
Adonai 21/05/2017minha estante
Eu amei essa resenha! Fiquei mega curioso pra ler




Marcel 03/04/2017

O erro foi meu...
Confesso que errei em ler Tia Julia e o Escrevinhador logo após As Travessuras da Menina Má, pois gostei tanto tanto (repetidamente tanto) deste último que minha expectativa era atmosférica com o primeiro, mas assim não ocorreu!!

Tinha começado com 3 estrelas, mas no último pensar alterei para 4 com a análise que o Vargas escreve de uma forma que não posso dar menos que quatro estrelas, somente com as narrativas sobre Peru e sua capital Lima, já valem a leitura, mas realmente teve um momento que estava torcendo para o livro acabar!!!

O autor conta (um pouco biográfico) a vida de Vargas, um rapaz de 18 anos que tem sua vida contada, principalmente sobre seu romance com sua tia Julia e seu dia dia profissional na radio da cidade, principalmente sobre o novelista excêntrico Pedro Camacho.

O livro via misturando as novelas radiofônicas escritas por Pedro Camacho com a vida de Vargas.

Vale a leitura (não após as Travessuras da Menina Má rssrsr)

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Laecio.Nelo 02/02/2017

Inspirador
Mais um livro que leio de Mario e não deixa a desejar em nada! Mais um livro biográfico dele e inspirador pra quem é leitor ou/quer/ser escritor.!
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wesley.moreiradeandrade 11/01/2017

“Por que esses personagens que se serviam da literatura como adorno ou pretexto seriam mais escritores do que Pedro Camacho, que só vivia para escrever? Por que eles tinham lido (ou, ao menos, sabiam que deveriam ter lido) Proust, Faulkner, Joyce, e Pedro Camacho era pouco mais que um analfabeto? Quando pensava nessas coisas, sentia tristeza e angústia. Cada vez mais evidente para mim que a única coisa que eu queria ser na vida era escritor e cada vez, também, me convencia mais de que a única maneira de sê-lo era entregar-me à literatura de corpo e alma. Não queria de nenhum modo ser um escritor pela metade e aos pouquinhos, mas um de verdade, como quem? O mais próximo que eu conhecia desse escritor em tempo integral, obcecado e apaixonado com sua vocação, era o novelista boliviano: por isso me fascinava tanto.”

As reminiscências do passado sempre servem de inspiração para escritores colocarem no papel, através da ficção, fatos que marcaram suas vidas. Mario Vargas Llosa, escritor peruano que ganhou o Prêmio Nobel de Literatura em 2010 também não deixou de dar toques autobiográficos no romance Tia Julia e o Escrevinhador, que retrata a estória de Mario às voltas com um caso amoroso com sua tia e o contato com um prolífico e excêntrico escritor de radionovelas, Pedro Camacho. A descoberta do amor e o recrudescimento do desejo de ser escritor que rondam este personagem acontecem junto a um painel da Lima dos anos 50 embalado pelas narrativas mirabolantes e melodramáticas de Pedro Camacho, um escritor que leva a sério demais sua profissão, afetado e exagerado em sua maneira e modo de falar, mas que tem como resultado de seu trabalho uma imensa audiência e repercussão para a Radio em que Varguitas trabalha como redator de notícias. Varguitas, como é chamado pela família, alimenta sonhos de morar em uma água furtada em Paris, tornar-se escritor, porém tem dificuldades para desenvolver as estórias de seus contos, geralmente inspirados por relatos que escuta da família e dos colegas. Admira-se do vigor de Camacho, capaz de ficar horas a fio escrevendo as suas novelas exibidas em diversos horários, enfrenta problemas quando o seu flerte com Tia Julia, outrora um relacionamento pueril e inconsequente, quase adolescente, com direito a passeios ao cinema e mãos dadas às escondidas, evolui para sentimentos mais profundos e a posterior descoberta deste romance pelos seus familiares. Paralelamente temos contato com as curiosas narrativas escritas por Pedro Camacho e reproduzidas com elegância e bom humor por Vargas Llosa. Llosa não nega a influência destas narrativas em sua carreira como escritor e a sua menção é sempre feita com respeito apesar dele não abolir o ressaltar de seus aspectos mais engraçados e kitch, o próprio imbróglio de Varguitas ganha contornos de uma novela quando a família dá sinais de oposição. Tia Júlia e o Escrevinhador pode ser um ótimo início para conhecer a obra de Mario Vargas Llosa, um dos grandes nomes da literatura latino americana.


site: https://escritoswesleymoreira.blogspot.com.br/2013/02/na-estante-2-tia-julia-e-o.html
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Tati 09/04/2016

Excelentemente escrito, com uma semelhança a Gabriel Garcia Marquez. A dança de histórias é sensacional.
Sarah 24/04/2016minha estante
Legal! Achei a escrita semelhante a um livro do Calvino. Bastante interessante!
http://relacionandolivros.blogspot.com.br/2016_02_01_archive.html




Tal 03/06/2015

Tia Júlia e o escrevinhador, de Mario Vargas Llosa
Os romances com os quais julgo que a maioria dos leitores se identifica geralmente são aqueles que vão de um só impulso, como num voo alto e firme seguindo sempre sua inspiração: lineares, simples, claros e diretos, sejam eles “água com açúcar” ou não. Devo confessar que também me identifico com este tipo de narrativa, mas é quando me deparo com textos que ao contrário daquele formato, parecem voejar e saltitar de conto em conto como de galho em galho, confiando em suas asas apenas para um trajeto bem curto com medo de que o fôlego e a força lhe faltem que então percebo: são estes os autores que mais me agradam. Quanto a esta minha leitura que é capaz de acrescentar ao simples prazer um pouco mais de fruto e que me ensina a regrar minhas disposições, um autor que acabo de conhecer e que disso me serve é Mario Vargas Llosa e seu romance que me proponho a discutir a seguir.

site: https://pensarpoetico.wordpress.com/2015/06/03/tia-julia-e-o-escrevinhador-de-mario-vargas-llosa/#more-722
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André Luis 16/02/2015

A despretensão de um escrevinhador
Tia Júlia e o Escrevinhador é um livro que encerra e inspira despretensão. É, aparentemente, mais uma daquelas histórias que aprisionam o cotidiano, que narram com traços autobiográficos - e em primeira pessoa - o que há de comum, mesmo em situações que se explicitam de formas pouco comuns. Aponta para a trivialidade - e, por isso, vale como bom entretenimento - da vida de um jovem peruano, estudante de Direito e jornalista, Varguitas, que se apaixona por uma mulher mais velha, tia Júlia. Que há de extraordinário na trama? A maneira como a vida corre em Lima! O relato - ainda que mais ou menos ficcional - de um tempo histórico específico; a formação social de um povo culturalmente rico, traduzida com destreza por alguém que detinha, seguramente, conhecimento da causa.

É verdade que não se trata de um retrato do povo peruano. Nem poderia! Afinal, a narrativa - além de despretenciosa - assume aquele tom autobiográfico que, sem que seja preciso explicitá-lo, reflete a tomada de partido do narrador. O ajuste de sua lente, seus recortes e pontos de interesse, por assim dizer.

Demais disso, a leitura vale pelas mirabolantes histórias de Pedro Camacho, o tal escrevinhador, sem dúvidas, a personagem mais excêntrica da obra. Ele é o autor das radionovelas que alimentam a programação da empresa em que o protagonista trabalha e, de certo modo, é um canal de contato (para nós, leitores) com o estilo idiossincrático da literatura popular latino-americana. Suas histórias, que se intercalam com a trama principal, descambam para a bem-humorada cafonice, e funcionam como pontos de respiração para esse mergulho mais ou menos realista.

Em síntese: um livro que vale quatro estrelas e que eu recomendo!
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Marcelo Adães 16/07/2014

Excelente romance
Gostei muito, não conhecia o autor, vou procurar mais livros dele. Narrativa deliciosa.
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Gláucia 28/04/2014

Tia Júlia e o Escrevinhador - Mario Vargas Llosa
O romance torna-se mais interessante por possuir um tom autobiográfico.
Varguitas trabalha como redator de um jornal e estuda Direito enquanto luta para realizar sua grande meta: tornar-se escritor. Enquanto pena a fim de concluir um único conto, sempre reprovado sutilmente por seus colegas de trabalho, Pedro Camacho produz de forma febril e quase ininterrupta mais de seis novelas melodramáticas de rádio por dia. É um tremendo sucesso e um dos personagens que entrou fácil para minha galeria de personagens inesquecíveis. Ele é uma espécie de Balzac boliviano (o autor francês também se consumiu em nome de sua Comédia Humana).
Os capítulos são alternados entre a vida real e as histórias criadas pela mente imaginativa de Camacho. Apesar de serem livros bem diferentes, notei, principalmente no final, o mesmo tom melancólico do também muito bom As Travessuras da Menina Má.

site: https://www.youtube.com/watch?v=LmRfNEGmRWg
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Jonara 07/02/2014

Por estranho que possa parecer, este livro me deu saudades da história de vida do Nelson Rodrigues, escrita pelo Ruy Castro. Aquela coisa de correr atrás das notícias, a maneira como eram feitos os jornais naquela época, os rapazes fumando e conversando pelos cafés da cidade, os tipos esdrúxulos da redação, uma certa ingenuidade juvenil... Tudo isso me deu uma saudade imensa deste tempo tão diferente, em que a informação só era obtida pelo jornal ou rádio.
Também me fez pensar naquela época das nossas vidas em que não temos medo de nada, quando tudo é possível. Ali pelos 18 forçamos uma maturidade, uma independência... Anos depois a gente pode rir da nossa inocência, mas não deixo de sentir uma certa ternura.
Outras coisas me lembraram do Nelson... Primeiro, aquela tragédia nas novelas, principalmente a primeira, com todo aquele drama do casamento. Depois é aquela malandragem e preguiça que existe nas cidades e personagens. Soa tão brasileiro! Lima parece o Rio de Janeiro pra mim. Incrível a semelhança.
E que fantástico personagem é o Pedro Camacho. Quase posso vê-lo!

Achei o início do livro um pouco arrastado (comecei duas vezes antes de engrenar) e a conclusão um tanto brusca, mas a história é interessante e vale a leitura.
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Felipe 30/07/2013

Tia Julia e o escrevinhador
Este livro é poderoso. Tem o poder, raro, de fazer com que um leitor deixe de ser apenas um leitor e passe a ser um apaixonado pela literatura. Caso ele já seja um apaixonado consumado ao iniciar a leitura, tudo bem. "Tia Julia e o escrevinhador" também tem o poder de confirmar a paixão, de causar deleite e fazer os olhos brilharem com tanta beleza literária.
edu basílio 04/08/2013minha estante
... como não sentir uma vontade irrepreensível de lê-lo depois de ler três poderosas linhas como estas que você escreveu ? :-)


Renata CCS 05/11/2013minha estante
Em poucas linhas, vc me convenceu a ler esta obra.




Fabiana 16/12/2012

Uma vida inventada, porém muito bem vivida
Vou sentir saudades de Varguitas, Pedro Camacho e Tia Julia. Leitura deliciosa!!! Meu primeiro contato com a prosa de Llosa.

Como o autor, sou afeita a boleros e melodramas e sua elegantíssima prosa autobiográfica - e também ficcional - me encheu de alegria: humor fino e ingênuo, boas sacadas entre as novelas da Rádio Panamericana (que por sinal são uma atração em si) e o drama vivido pelo protagonista e demais personagens.

Foi emocionante e hilário acompanhar a saga de Varguitas e sua Tia Julia atrás de um prefeito que legitimasse seu amor. Em igual medida é interessante notar a comoção e o alardio causados por um jovem de 18 anos estar apaixonado por uma "senhora de 30 anos" no início da década de 70 numa sociedade ultraconservadora como Lima, mas que poderia ser qualquer outra na América do Sul.

Este livro me fez pensar do quanto de autobiográfico há em uma ficção e do quanto de ficção há em um relato autobiográfico e o quanto essa fusão é de extrema necessidade na literatura, dando-lhe liberdade, brilho, e porque não, autenticidade. O autor transforma, literalmente, sua vida, com muita maestria.
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Potterish 30/11/2012

Entre novelas e romances
Vencedor do prêmio Nobel de Literatura, Mario Vargas Llosa escreveu um romance sobre novelas: “Tia Julia e o escrevinhador”, de 1977. Trata-se de uma obra autobiográfica (mas com algumas ‘verdades inventadas’, claro) sobre um rapaz na Lima dos anos 50, seu amor por uma tia e a rádio onde ele trabalhava.

Usando o recurso da metalinguagem e do entrelaçamento de diversos enredos, sempre ‘enganando’ o leitor, Vargas Llosa mostra que é possível fazer uma boa narrativa tão leve quanto uma novela, sem cair em clichês e soluções fáceis. Leia a resenha e deixe seu comentário!


“Tia Julia e o escrevinhador”, de Mario Vargas Llosa

Nos dias de hoje, pega mal dizer que você assiste a uma novela (a da TV, não o gênero literário). Afinal, as tramas geralmente são sempre as mesmas, o número de personagens é tão grande que fica complicado se aprofundar em uma história, enfim, todas as conhecidas críticas a esse estilo de dramaturgia.

No entanto, Mario Vargas Llosa faz uma verdadeira homenagem às novelas, ou melhor, às antigas rádio-novelas em “Tia Julia e o escrevinhador”, através de uma narrativa engenhosa. Primeiramente, o autor conta sua história como redator de uma rádio em Lima nos anos 50, onde conhece Pedro Camacho, um famoso boliviano que escrever novelas de extrema audiência na América Latina.

Caricato, Camacho impõe seu talento na rádio e chama a atenção de Varguitas com suas ideias sobre a escrita. Aspirante a escritor, Mario tens bons papos com o escritor de novelas sobre as possibilidades e caminhos de uma narrativa. Tentando conciliar o atribulado dia-a-dia na rádio com a faculdade de Direito e o sonho de parar com o trabalho automático como jornalista, Varguitas é surpreendido por uma paixão inesperada.

Ele se apaixona por Tia Julia, uma mulher, obviamente, bem mais velha que ele e divorciada. Os dois começam um romance secreto que evolui com o tempo e se torna impossível de esconder. O desafio de enfrentar a família e encontrar um jeito de ter um relacionamento com uma divorciada, algo mal visto na época, é a aventura do protagonista nesse romance.

No entanto, Vargas Llosa intercala nos capítulos a sua história com algumas novelas de Pedro Camacho, confundindo o leitor e construindo narrativas que nos deixam sempre querendo saber o final quando são cortadas, numa simulação da mesma sensação que temos quando um capítulo de novela termina.

Divertido, inteligente, espirituoso e comovente, o livro é uma boa porta de entrada para o mundo de Vargas Llosa, mais um escritor latino-americano vencedor do prêmio Nobel.

Resenhado por Sheila Vieira

359 páginas, Editora Objetiva. Publicado em 2007.
Título original: La tía Julia y el escribidor. Publicado originalmente em 1977.


ACESSE: WWW.POTTERISH.COM/RESENHAS
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Juliane 27/11/2012

Llosa: o cara.
Um folhetim dentro de um romance arrebatador. Varguitas, personagem autobiográfico, é um apaixonado e apaixonante. Llosa é um gênio que brinca com o universo literário de forma hilariante. O livro é fantástico e realista ao mesmo tempo e isso só é possível com Llosa.
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