A Língua de Eulália

A Língua de Eulália Marcos Bagno




Resenhas - A Língua de Eulália


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luisa.metz 12/05/2022

Para a faculdade
é a sociolinguística sempre tendo algo para nos ensinar.
livro perfeito para quem quer compreender mais sobre a formação das línguas portuguesas e a explicação de certos pressupostos.
lembrete: não se fala errado, só se fala diferente!
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Celso 19/03/2014

Sem nenhum planejamento chegou em minhas mãos A Língua de Eulália o livro do sociolinguista e doutor-professor da UnB, Marcos Bagno. Recomendado para universitários e futuros professores da Língua Portuguesa, a proposta do autor é de levar o leitor a uma análise da pluralidade linguística existente no Brasil, por meio de uma novela envolvendo personagens fictícios.

Resumindo a proposta do livro, Bagno tentou fazer o que Jostein Gaarder conseguiu com competência no Mundo de Sofia, ou seja, desenvolver ideias acadêmicas por meio de uma ficção. Ok, fui muito pretensioso na comparação, reconheço. Bagno não chega aos pés de Gaarder, porque, muitas vezes, o autor é didático e longo demais para desenvolver suas ideias.

A história é assim: três universitárias vão visitar a professora Irene no interior de São Paulo e lá se apegam a uma looooonga discussão sobre a língua padrão e não-padrão brasileira. E cruzam o caminho delas, Eulália, o braço direito de Irene que vai alimentando as discussões pela sua forma não-padrão de se expressar.

Muito interessante toda a discussão e os vários exemplos apresentados pelo autor. Isso faz valer o livro, seu grande atrativo é o de desmistificar o uso da norma culta da nossa língua. Ao falarmos que tal pessoa é caipira ou analfabeta por se expressar de tal forma é, nada mais nada menos, uma fala recheada de preconceito social e cultural.

Esqueça a história que não chega a empolgar, pois fiquei até com pena das universitárias em férias em suas longas discussões e aulas. Apeguem-se aos exemplos e boas discussões propostas. Indo por ai, recomendo muito o livro, mas não para dia de férias


site: www.blogdocelsofaria.blogspot.com
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June Nony 29/07/2022

O que falamos e o que escrevemos
Esse livro foi apenas incrível. Devo agradecer ao meu professor da faculdade que na época nos apresentou a este livro, embora eu tenha que confessar que tenha feito na época a prova sem ter lido. Porém, o que importa é que li agora para a maratona ( confesso que por ser pequeno hehe) e amei. Tem muitas curiosidades muito legais do nosso idioma e de modo algum é chato de ler. Ao ler as lições que a Tia Irene era como se alguém estivesse abrindo uma porta pra mim, ou o mesmo sentimento quando você está vendo um quadro e não vê nada demais até alguém vir e explicar dando contexto e apontando pequenos detalhes que sozinha você não teria percebido. Indico muito para quem gosta de idiomas e também pra quem sempre têm uma curiosidade não vai se arrepender.
Nos últimos anos eu tenho me interessado muito em idiomas ao geral, é simplesmente incrível os milhares de idiomas que se têm e ainda mais nas suas variedades.
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Baratela 30/05/2021

Língua de Eulália
Ótima indicação, todos os brasileiros deveriam ler esse livro. A linguagem é super fácil de entender, o livro cumpre com a sua proposta.
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Nayara351 01/08/2023

A Língua de Eulália
Achei bem interessante as variações linguísticas trazidas por Bagno, pra muitos, é só um português visto como errado, foi muito importante pra mim.
Eu indico o livro ??
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Sayuri 10/05/2021

Completo como um aulão Telecurso
A novela sociolinguística "A Língua de Eulália" é uma forma muito dinâmica de aprender sobre as origens e porquês dos usos no português não padrão, mas com o enredo "novelístico" digno de Telecurso. Perdi as contas do quão citada a obra foi pelas minhas próprias professoras e reconheço os motivos. Há questões um pouco equivocadas no que diz respeito a outros idiomas teoricamente adjacentes ao português, mas a apresentação das formas é, de modo geral, bem explicada.
As personagens são chatinhas, mas nada que atrapalhe muito (até porque nem é o objetivo do autor). Ótimo livro para estudantes e curiosos de sociolinguística.
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Raíssa 11/11/2015

Na obra “A língua de Eulália”, Marcos Bagno busca tratar conceitos da linguística de forma clara e em prosa de modo que qualquer falante da língua consiga compreender o assunto tratado, mesmo se o leitor não tenha estudado alguma disciplina relacionada à essa área. O autor trata vários conceitos por meio das falas da professora Irene. Ele aborda o preconceito linguístico, questões de níveis sociais, variações linguísticas etc. O livro possui vinte e um capítulos que no período das aulas da professora Irene, uma das personagens, se dividem em fenômenos da variação linguística, ou seja, o autor utiliza cada capítulo para enfatizar uma variação da língua. A princípio, Irene explica à suas três alunas Vera, Emília e Sílvia, como a evolução da língua do latim para o português interfere na fala dos que utilizam o PNP (português não-padrão), comparando também o português com as outras línguas também formadas a partir do latim. Enquanto demonstra as variações através do tempo para suas alunas, a professora utiliza poemas clássicos como “Os Lusíadas” como forma de validação de argumentos, ela utiliza também músicas como “Cuitelinho” que possui marcas da linguagem não-padrão. Além disso, através de Irene, Bagno também expõe suas ideias a respeito do ensino da gramática nas escolas, explicando que deve-se ensinar a norma padrão, mas não deve-se descartar as variações da língua que cada aluno carrega consigo mesmo. Não restringindo o ensino apenas ao PP, mas em uma melhor formação com base em pesquisas por parte dos professores. A partir daí o objetivo do livro aparece quando Irene enfatiza a noção de erro da língua por conta das suas variações, demonstrando as diferenças entre o português padrão e o português não-padrão, em uma tentativa de acabar com o preconceito linguístico, que foi praticado por suas alunas para com Eulália, sua funcionária, que possui o PNP como língua materna, com a evidenciação da sequência lógica utilizada pelos falantes do PNP, deixando claro que as variações da língua possuem sua lógica e que não são erradas, apenas diferentes da língua padrão, mas que acabam sofrendo preconceito por serem línguas utilizadas muitas das vezes por pessoas que vivem em locais afastados do centro da cidade, ou em locais mais carentes, por conta das questões sociais, pois essas pessoas, em sua maioria, não possuem oportunidades de estudos ou, se possuem, acabam em escolas onde o ensino é autoritário e que não oferece espaço de pensamento para seus alunos, o que ocasiona no não conhecimento da norma padrão do português da parte dessas pessoas. Por conta da linguagem padrão ser utilizada por pessoas de classes mais altas, os alunos que estudam o PP encontram mais um obstáculo a ser vencido quando no ambiente em que vivem e quando as pessoas ao seu redor só utilizam o PNP e nas instituições de ensino sua língua é ignorada. Ele precisa aprender uma segunda língua sem sua prática constante e utilizar essa língua nas provas que lhes são aplicadas. Portanto, um indivíduo que não é falante do PP acaba ficando prejudicado em relação aos falantes dessa língua. No livro Manual de Linguística, os autores Maria Maura Cezario e Sebastião Votre exemplificam pesquisas sobre o caso da alternância do [l] para o [r] no português (bicic[l]eta – bicic[r]eta) (c[l]aro – c[r]aro), os resultados demonstram que esse é um caso de variação estável que caracteriza duas comunidades de fala: a forma não padrão [r] é usada pelos falantes das classes menos favorecidas e com baixo grau de escolaridade. A outra forma, canônica, é usada pelo grupo mais escolarizado. Tal pesquisa só especifica o fato de como a questão social implica na fala de cada indivíduo e como a escola deve se portar para não interferir na aprendizagem do mesmo. Sendo assim, cabe a cada educador compreender os ramos da linguística e educar cada aluno levando em consideração sua cultura e linguagem, mas não deixar de ensinar a norma padrão. Além de obter o real entendimento de que a variação da língua não é errada, mas sim, diferente da forma padrão, evitando, assim, o preconceito linguístico.
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Fernanda 03/12/2023

Ótimo
É um ótimo livro para quem está começando o curso de Letras ou quer ser introduzido no mundo da linguística bem do básico. Eu enrolei demais para ler justamente pq já estou quase no fim da Letras, então já sabia muita coisa, ainda assim, fiz várias marcações super interessantes.
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Italo.Medeiros 14/08/2020

Para um novo (embora antigo) Português!
Este livro é para aqueles que desejam mudar suas vidas e o modo através do qual enxergam o mundo e seu elemento primordial: a linguagem. Àqueles que não mais suportam o preconceito linguístico, devem se debruçar e até mesmo se dobrar diante de tamanha qualidade!

Ideal aos que conhecem a Linguística e querem ousar conhecer um de seus ramos: a Sociolinguística - e como este nos afeta. Quebrando os paradigmas do "falar errado" e de "o único caminha para a salvação é o do português padrão (PP)", Bagno, em sua língua própria gostosa como sempre, nos brinda com mais um de seus extraordinários trabalhos.

Eulália é minha mãe, minha avó e meu pai, é minha namorada, meu chefe, eu mesmo, Eulália podemos ser todos nós é ninguém; todos somos Eulália! Desafie essa sociedade do normativismo linguístico e ouse dar voz à sua voz, independente do quão gramaticalmente (in)correta ela soe.
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Ana 28/12/2020

Em “A língua de Eulália”, Marcos Bagno se propõe a explicar as origens históricas e linguísticas de fenômenos do português brasileiro comumente considerados “erros”. E essa explicação é feita de modo leve, de didática excelente e que ao mesmo tempo é uma paródia – numa versão mais acurada linguisticamente, digamos - de “Emília no país da gramática”, de Monteiro Lobato, como o autor deixa claro em vários pontos.

Na história, a professora universitária Irene recebe sua sobrinha, aluna de licenciatura, e duas amigas dela, também universitárias e reprodutoras de comentários preconceituosos em relação aos registros populares da língua. E então Irene decide dar aulas a elas, mostrando as motivações dos chamados erros de português. Durante a leitura, considerei essa uma excelente estratégia de escrita, já que torna o texto mais leve e antecipa possíveis dúvidas dos leitores através da conversa entre as personagens. Aprendi muitas coisas sobre efeitos do latim no português, ocorrências fonéticas, sintáticas e semânticas da língua, e também a admirar cada vez mais a excelência de método e capacidade didática sensacional do autor. Quero mais livros dele!!!
Raissa 28/12/2020minha estante
Ai, já quero


Ana 31/12/2020minha estante
menina! li num drive cheinho de coisas de Letras. vou te mandar por email agorinha, senão esqueço.




Lizterária 24/10/2020

Importante, mas pode se tornar cansativo!
Um livro que trata sobre variação linguística e preconceito linguístico no formato de uma novela.
Todas as informações e reflexões do livro é de extrema importância, no entanto, para quem não é da área da linguística (assim como eu) pode sentir que a leitura vai ficando um pouco cansativa quando está tratando de alguns conceitos de gramática que não lembramos muito de tê-los estudado na escola.
Isso pode ser também uma chamada para usar o livro (apesar de ser uma novela) para estudar os conceitos existentes nele.
Acredito um professor pode sim trabalhar esse livro com seus alunos ao mesmo tempo em que trabalha os conceitos demonstrados neste!
Ademais, é um livro que nos trás uma visão completamente diferente acerca do certo e o errado do nosso português, e nos faz refletir com demonstrações históricas da mudança na língua portuguesa (do Brasil) a respeito disso.
Um livro que, apesar de ter sido um pouco difícil para mim, vale demais a pena ler, pois nos faz desconstruir a ideia que temos de "falar certo ou errado" a nossa língua, e que me trouxe um novo olhar como futura educadora ??
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nat 11/05/2021

Aprendi muito sobre Sociolinguística de forma super leve e despretensiosa, muito bom pra quem tá começando a conhecer a Linguística!
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fenguel 06/11/2018

Como ficção é fraco, mas isso não chega nem perto de atrapalhar o objetivo do livro, que é, de forma clara e com vocabulário fácil, explicar as diferenças entre as variedades da língua portuguesa, desmistificando assim aquilo que muitos chamam de "erros". Leitura maravilhosa, recomendo a todos... abre a cabeça e faz a gnt repensar nossos preconceitos.
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Dayvid Simplicio 29/05/2018

Marcos Bagno, natural de Cataguases, Minas Gerais, tradutor, é mestre em linguística pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), doutor em filologia e língua portuguesa pela Universidade de São Paulo (USP), atualmente professor do Instituto de Letras da Universidade de Brasília (UnB). Tem vários trabalhos publicados na área da Sociolinguística tais como: Preconceito linguístico - o que é, como se faz (1999) e seu trabalho mais recente: Gramática pedagógica do português brasileiro (2011), entre outros livros que lhe renderam vários prêmios.
“A Língua de Eulália: novela sociolinguística” traz como tema principal a variação linguística em vista da quebra do preconceito linguístico na escola e na sociedade. Estas variações, por ele chamadas “linguagem não padrão”, são a evidência da não existência de uma unidade linguística no Brasil, mito sobre o qual ele vai discorrer em seu livro Preconceito Linguístico – o que é, como se faz (1999).
De forma descontraída e dinâmica, o autor desenvolve uma narrativa ficcional que envolve o leitor na estória (novela). Suas ideias são baseadas na teoria sociolinguística do americano William Labov, que foi o pioneiro na análise de fenômenos linguísticos em relação a fatores sociais. A novela narra a história de três jovens estudantes (Emília, Silvia e Vera) que vão passar suas férias na casa de D. Irene, tia de uma delas. D. Irene é professora aposentada de linguística e língua portuguesa e tem se dedicado à análise do modo de falar não padrão; para isso, tem como inspiração a personagem Eulália. A narrativa se dá com diálogos estabelecidos entre D. Irene e as três jovens, nos quais a professora expõe suas teorias em forma de “aulas”.
O autor divide a obra em capítulos, em cada qual mostra um fenômeno que ocorre na linguagem popular; fenômeno este que à primeira vista parece ser errado, fruto da ignorância dos falantes, porque se desvia das normas gramaticais aprendidas na escola. E busca explicar, de modo objetivo, simples, compreensível à qualquer leitor, mesmo aos leigos na área, as razões históricas, socioculturais, fonético-fonológicas, sintático-pragmáticas, que determinam a ocorrência dessas alterações no modo de falar prescrito pelas regras tradicionais da Gramática.
O autor em sua obra pretende chamar a atenção para a existência do preconceito linguístico e conscientizar o leitor desta forma de exclusão social. Esta conscientização depende primeiramente da derrubada da noção de erro. E o autor reconhece muito bem essa dependência quando, logo nos primeiros capítulos, diz que não existe o falar errado, mas um falar diferente. Esta noção de diferença faz-se essencial para a compreensão da ideia geral da obra, porque retira a carga pesada que a ideia de erro põe sobre a língua e dá oportunidade para que as variantes linguísticas sejam observadas com mais atenção e livres de pré-julgamentos.
Bagno se vale de métodos comparativos entre línguas atuais, quando analisa a semelhança estrutural entre o português e outras, como o inglês, o espanhol e o francês, e evidencia claramente que as construções consideradas erradas na linguagem não padrão do português têm sua base estrutural de formação aceitas normalmente nas regras gramaticais dessas outras línguas. A partir disso podemos perceber a resistência em preservar a tradição gramatical da língua. Também se vale do método histórico, quando busca explicar os fenômenos das variantes através da evolução do latim clássico e vulgar para as línguas neolatinas. Um argumento de que se utiliza é que os ditos “erros” cometidos pelos falantes do português não padrão ocorreram em textos clássicos de autores famosos da nossa literatura; isso reflete a mudança natural nas línguas, que é resultado das necessidades de uso dos falantes.
A obra é relevante para o campo da educação e dos estudos linguísticos de modo geral, pois oferece uma nova visão de língua, que vem quebrar concepções tradicionalistas e preconceituosas sustentadas pelos gramáticos e pela sociedade, que não observam a língua como elemento vivo, mas como um modelo estático, fixo. Permite ainda que a escola possa transmitir a língua tal como ela é, tal como ocorre naturalmente em sua essência, ou seja, na fala dos usuários.
É recomendada e de fundamental importância para pesquisadores na área de Linguagens e para professores e estudantes do curso de Letras e de Pedagogia.
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