A Língua de Eulália

A Língua de Eulália Marcos Bagno




Resenhas - A Língua de Eulália


84 encontrados | exibindo 31 a 46
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6


kamillyoliveira 19/05/2023

Livro maravilhoso!!
Estou maravilhada com esse livro! É um livro delicioso de se ler. Todas as pessoas deveriam ler esse livro, não só os estudantes de letras.
RECOMENDO MUITO!!
comentários(0)comente



wakandadaughter.95 19/06/2016

Resumo
Na obra “A Língua de Eulália”, o autor Marcos Bagno (2008) mostra ao leitor as diversidades da língua no Brasil. Para um melhor entendimento do público, Bagno apresenta o assunto através de uma novela sociolinguística, onde são criados personagens em um dado tempo e espaço. No desenrolar do texto são abordados, para a explicação das diversificações do dialeto, dois pontos principais, denominados pelo estudioso: “português padrão” e “português não padrão”; baseados, respectivamente, na norma-padrão e no vocabulário que o povo usa diariamente. De acordo com o autor, “As semelhanças entre as variedades do português do Brasil são maiores que as diferenças”; logo, por meio de uma narrativa nos mostra que as palavras que são utilizadas até mesmo por pessoas não-letradas, podem não ser erradas e sim, diferentes. Ele afirma que todo linguajar sempre muda com o passar dos anos; e essa mudança causa uma desigualdade na linguagem quando se trata da transformação da norma-culta, pois, por mais que o brasileiro crie sempre uma nova forma de falar, que modifica a gramática normativa pouco a pouco, os grandes gramáticos lutam para que ela permaneça inalterada, compacta e sólida, já que eles querem preservar parte da herança originária do latim. Bagno afirma, ainda, que, alguns pesquisadores que investigam a linguística do português brasileiro acreditam que uma pessoa só pode ser considerada culta após se formar em um curso superior completo; no entanto, ele destaca que essa opinião não tem fundamento, visto que, de acordo com pesquisas é possível encontrar indivíduos que estudaram somente até o ensino médio e, entretanto, possuem um modo de expressão culto.
comentários(0)comente



Paty 07/03/2019

Excelente
Uma leitura muito gostosa edificante. O autor consegue de maneira leve explicar sobre o português não padrão. Traz vários fatos a respeito.
Vanessa 09/02/2021minha estante
Quero ler!




fenguel 06/11/2018

Como ficção é fraco, mas isso não chega nem perto de atrapalhar o objetivo do livro, que é, de forma clara e com vocabulário fácil, explicar as diferenças entre as variedades da língua portuguesa, desmistificando assim aquilo que muitos chamam de "erros". Leitura maravilhosa, recomendo a todos... abre a cabeça e faz a gnt repensar nossos preconceitos.
comentários(0)comente



Dayvid Simplicio 29/05/2018

Marcos Bagno, natural de Cataguases, Minas Gerais, tradutor, é mestre em linguística pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), doutor em filologia e língua portuguesa pela Universidade de São Paulo (USP), atualmente professor do Instituto de Letras da Universidade de Brasília (UnB). Tem vários trabalhos publicados na área da Sociolinguística tais como: Preconceito linguístico - o que é, como se faz (1999) e seu trabalho mais recente: Gramática pedagógica do português brasileiro (2011), entre outros livros que lhe renderam vários prêmios.
“A Língua de Eulália: novela sociolinguística” traz como tema principal a variação linguística em vista da quebra do preconceito linguístico na escola e na sociedade. Estas variações, por ele chamadas “linguagem não padrão”, são a evidência da não existência de uma unidade linguística no Brasil, mito sobre o qual ele vai discorrer em seu livro Preconceito Linguístico – o que é, como se faz (1999).
De forma descontraída e dinâmica, o autor desenvolve uma narrativa ficcional que envolve o leitor na estória (novela). Suas ideias são baseadas na teoria sociolinguística do americano William Labov, que foi o pioneiro na análise de fenômenos linguísticos em relação a fatores sociais. A novela narra a história de três jovens estudantes (Emília, Silvia e Vera) que vão passar suas férias na casa de D. Irene, tia de uma delas. D. Irene é professora aposentada de linguística e língua portuguesa e tem se dedicado à análise do modo de falar não padrão; para isso, tem como inspiração a personagem Eulália. A narrativa se dá com diálogos estabelecidos entre D. Irene e as três jovens, nos quais a professora expõe suas teorias em forma de “aulas”.
O autor divide a obra em capítulos, em cada qual mostra um fenômeno que ocorre na linguagem popular; fenômeno este que à primeira vista parece ser errado, fruto da ignorância dos falantes, porque se desvia das normas gramaticais aprendidas na escola. E busca explicar, de modo objetivo, simples, compreensível à qualquer leitor, mesmo aos leigos na área, as razões históricas, socioculturais, fonético-fonológicas, sintático-pragmáticas, que determinam a ocorrência dessas alterações no modo de falar prescrito pelas regras tradicionais da Gramática.
O autor em sua obra pretende chamar a atenção para a existência do preconceito linguístico e conscientizar o leitor desta forma de exclusão social. Esta conscientização depende primeiramente da derrubada da noção de erro. E o autor reconhece muito bem essa dependência quando, logo nos primeiros capítulos, diz que não existe o falar errado, mas um falar diferente. Esta noção de diferença faz-se essencial para a compreensão da ideia geral da obra, porque retira a carga pesada que a ideia de erro põe sobre a língua e dá oportunidade para que as variantes linguísticas sejam observadas com mais atenção e livres de pré-julgamentos.
Bagno se vale de métodos comparativos entre línguas atuais, quando analisa a semelhança estrutural entre o português e outras, como o inglês, o espanhol e o francês, e evidencia claramente que as construções consideradas erradas na linguagem não padrão do português têm sua base estrutural de formação aceitas normalmente nas regras gramaticais dessas outras línguas. A partir disso podemos perceber a resistência em preservar a tradição gramatical da língua. Também se vale do método histórico, quando busca explicar os fenômenos das variantes através da evolução do latim clássico e vulgar para as línguas neolatinas. Um argumento de que se utiliza é que os ditos “erros” cometidos pelos falantes do português não padrão ocorreram em textos clássicos de autores famosos da nossa literatura; isso reflete a mudança natural nas línguas, que é resultado das necessidades de uso dos falantes.
A obra é relevante para o campo da educação e dos estudos linguísticos de modo geral, pois oferece uma nova visão de língua, que vem quebrar concepções tradicionalistas e preconceituosas sustentadas pelos gramáticos e pela sociedade, que não observam a língua como elemento vivo, mas como um modelo estático, fixo. Permite ainda que a escola possa transmitir a língua tal como ela é, tal como ocorre naturalmente em sua essência, ou seja, na fala dos usuários.
É recomendada e de fundamental importância para pesquisadores na área de Linguagens e para professores e estudantes do curso de Letras e de Pedagogia.
comentários(0)comente



21/06/2016

A língua de Eulália
Bagno faz uma crítica ao ensino de Língua Portuguesa e deixa claro que não existe uma única forma de falar, como Irene coloca “não há uma língua homogênea, pronta; existe uma heterogeneidade devido a dinâmica da língua, bem como de suas variações; achar que a língua não sofre alterações é idealismo” que serve de exclusão social para classes menos privilegiadas, daí a importância de o professor explicar/mostrar todas as variações da língua e não se restringir somente a norma culta que não dá conta das necessidades das comunidades, pois nem mesmos os mais “cultos” falam de modo a obedecer todas as regras do português-padrão.
O autor mostra a importância de valorizarmos o português- não padrão, uma vez que a língua é a identidade da comunidade e querer impor um modo de falar é como utilizar uma “camisa de força” de certa forma aculturação, que visa privilegiar uma língua “idealizada/estática” para que esta não sofra alterações nos níveis sintático, morfológico e semântico.
O português não-padrão segue o processo natural da língua e apesar das críticas (gramática tradicional) apresenta explicações científicas para tais variações. Na questão do plural, por exemplo, é bem mais sintético coloca-se a marca linguística de plural /s/ e obviamente se pressupõe que toda oração está no plural, na frase “os menino corre”, por exemplo, o artigo está no plural o que deixa claro que se trata de meninos e que todos correm , já na norma padrão as sentenças são redundantes, se diz “os meninos correm” há a marca de plural no artigo, no sujeito e a desinência verbal está no plural.
Além disso Bagno mostra que os gramáticos tentam criar uma versão simplista da língua e desassociam dos contextos sociais e históricos, trabalhando geralmente por um invés sincrônico, o que dificulta a aprendizagem, se fosse trabalhada por um invés diacrônico ,por exemplo, seria mais fácil compreender as irregularidades da língua, a origem latina das palavras e as modificações em decorrência das culturas.
O autor chega à conclusão de que o preconceito linguístico que recai sobre o português não-padrão tem elo com o mito da homogeneidade da língua que serve para estigmatizar os menos privilegiados e atribuir aos contextos (pouca escolarização, contexto social, nível econômico, gênero, raça) o erro, devido à falta de conhecimento, pois é mais fácil intitular língua x como errada a conhece-la a fundo e entender a história da língua , a lógica por trás dos “erros” e a incrível capacidade dos falantes de comunicação, ainda que nunca tenham ido a uma escola, como o caso de uma criança ou de um analfabeto, sendo assim, a função da escola seria mostrar outra variedade da língua o Português-padrão, sem anular , todavia, valorizar o PNP, o que comumente não ocorre, o que dificulta o ensino de língua portuguesa, já que o público que se destina a aprender domina outra variação e na própria escola, sobretudo da parte dos docentes, os alunos de determinadas regiões são discriminados e ao invés dos professores trabalharem as variações se limitam ao dogma da gramática do certo e errado
Portanto o livro em análise proporciona uma reflexão imprescindível sobre o ensino da língua e como a conduta do professor contribui para minimizar o preconceito linguístico e entender a dinâmica da língua uma vez que está sofre alterações conforme a necessidade dos falantes, a língua é muito rica e o diferente não pode ser visto como errado.
comentários(0)comente



Nanda Arcanjo M 30/08/2009

Existe a forma correta de se falar português?
O livro é uma viagem a lingüística da língua portuguesa. " A língua de Eulália" traz a tona de uma maneira leve e de fácil assimilação o contexto da nossa língua, mostrando que, não existe o "certo" ou "errado" em uma língua falada, afinal, ela depende de alguns fatores, como os sociais ou regionais, por exemplo. O contexto do livro nos mostra que a língua (seja ela portuguesa, inglesa, francesa, alemã...) não deve ser encarada como algo intocável, imutável, pois ela é viva e está a todos os momentos em constante transformação, enquanto houver pessoas no mundo falando-a.

Pra quem gosta de gramática, lingüística e um bocado de história vai amar o livro, mas para quem "torce o nariz" por conta desses assuntos, sinceramente vai gostar também, porque a maneira como foi expressada o estudo dessas matérias é extremamente simples e agradável. Você leitor, fica curioso ao que vai aprender a cada página virada de uma maneira totalmente diferente das "decoberas" que somos obrigados a engolir na escola.

Na minha sincera opinião, recomendadíssimo á todos, pois se você não mudar a sua forma de pensar sobre a nossa língua, vai mexer um tanto no seu conceito antes de apontar para aquela pessoa que fala "aluminar" ao invés de "iluminar".

comentários(0)comente



Thais645 29/01/2023

Falar diferente não é falar errado!!
Amei o livro, mudou totalmente minha forma de pensar.
Aprendi muito com ele, amei as personagens.
Um livro muito interessante e necessário, agradeço meu professor por ter indicado.
comentários(0)comente



Larica 16/03/2014

"Não é falar errado, é falar diferente!"
A Língua de Eulália” é fiel ao seu título introduzindo o Português Não Padrão (chamado PNP, juntamente com o Português Padrão que é chamado PP) na vida das estudantes que sempre falaram uma língua diferente que Dona Eulália, empregada e amiga recém alfabetizada de Irene. A fala de Eulália é um exemplo para as demais pessoas que acreditam que exista a unidade linguística. Não só no Brasil, como no mundo.

As informações são colocadas de forma que mal parece que você lendo um livro que desmente o mito de que nós falamos uma língua apenas e sim várias numa linguagem apenas. Ela são tão espontâneas nas falas que me deixou bem interessada nas conversas – ou aulas com a Irene que as estudantes tiveram - ao longo do livro.

O autor também colocou muitas situações que mostram que há mais semelhanças entre o PP e PNP do que diferenças. Mas também fala sobre os falantes da norma-não-padrão terem dificuldade de compreender a norma-padrão e vice-versa. A norma-padrão (PP) não é transmitida com tanta naturalidade quanto o Português Não Padrão. Existe um enorme preconceito com pessoa que falam na norma-não-padrão. Na escola, principalmente, entre as crianças de classe baixa, que abandonam a escola após não terem mais esperanças de serem destacados. Esses preconceitos fazem com que a criança que chega à escola falando PNP seja considerada uma “deficiente” linguística, quando na verdade ela simplesmente fala uma língua diferente daquela que é ensinada na escola. Mas os professores, na maioria das vezes, não entendem essa dificuldade.

Para ser mais complexa, o livro dita que existem variadas diferenças linguísticas aos preconceituosos de plantão, entre elas temos: diferenças fonéticas (no modo de pronunciar os sons da língua), diferenças sintáticas (no modo de organizar as frases, as orações e as partes que as compõem), diferenças semânticas (no significado das palavras) e diferenças no uso da língua.
comentários(0)comente



Fefê 12/04/2023

Li por conta do curso
O livro abre as portas da nossa mente para o uso da língua e os preconceitos que temos. De uma forma didática e divertida, Eulália nos dá ricos ensinamentos.
comentários(0)comente



queimando.e.ressignificando 24/06/2021

Por um Brasil PNP e PP aceitos!
Viva a diversidade linguística!
A língua padrão é o alcançável, então que se aceite a culta e menos culta.
O importante é comunicar.
Em todo erro, há lógica.

Muitas reflexões contidas na obra.
comentários(0)comente



letrases 27/04/2018

Resenha A Língua de Eulália
? #Resenha ?
Livro: A Língua de Eulália
Autor: Marcos Bagno
Editora: @editoracontexto
Avaliação: 5/5 ?????
? O livro A Língua de Eulália narra de uma forma simples e descontraída as férias das universitárias Vera, Sílvia e Emília, que vão para a chácara da tia de Vera, a professora Irene. Chegando lá, conhecem Eulália, uma mulher muito sábia que trabalha na casa da professora, e é considerada da família. Ao ouvirem Eulália falar percebem seus "erros" gramaticais, começam a rir e comentar e desde então inicia-se um grande aprendizado na vida dessas três acadêmicas que chegaram achando que sabiam de tudo, porém, a professora Irene mostra que elas estavam muito enganadas. Irene se reúne todos os dias com as três professoras do curso primário, transformando suas férias numa espécie de atualização pedagógica, em que as "alunas" reciclam seus conhecimentos linguísticos.
? Amei muito esse livro e a sua narrativa, pois o autor passa seu conhecimento sociolinguístico ao leitor, por meio de conversas espontâneas entre as personagens. É uma forma muito atrativa que nos prende na leitura. Outra coisa que me chamou a atenção foi o uso de exemplos em outras línguas, como espanhol, francês, latim... achei incrível!?
? Um livro que sem dúvidas foi de grande importância pra minha vida, tanto acadêmica quanto pessoal. Recomendo não só para os estudantes de Letras, mas para todos, porque infelizmente, o preconceito linguístico tem sido visto como um preconceito simples, mas que na verdade, precisa ser mais discutido e combatido.?
? Marcos Bagno, é um grande escritor e um dos linguistas mais polêmicos ao tratar sobre o preconceito linguístico. Ele possui diversos livros sobre esse assunto!?
comentários(0)comente



Loryys 19/06/2022

Interessante e necessário.
Eu de início não tinha vontade de ler esse livro, mas precisava pra fazer uma prova então me esforcei.
É muito interessante e gosto como ele explica todas as situações muito bem!
É cheio de conhecimentos, também muito bom para discutir as pautas linguísticas da sociedade, levando em conta tudo que podemos recordar com o livro!
comentários(0)comente



letAcia1172 22/08/2022

falar diferente não é falar errado!
esse livro é ideal para começar a entender a sociolinguística, já que é bem introdutório, e há todo um enredo por trás, que, querendo ou não, suaviza esse peso que livros acadêmicos costumam carregar.
comentários(0)comente



Incriativos 30/06/2013

A Língua de Eulália
Bom, venho hoje falar desta maravilhosa obra de Marcos Bagno, chamada A Língua de Eulália.
Como dá para perceber na capa este livro é uma novela Sociolinguística, então, caso você não seja da área de Letras, não se interesse tanto, mas é uma leitura agradabilíssima.
O enredo deste livro fala sobre três universitárias -Vera, Emília e Sílvia- que viajam para casa da tia de Vera, Tia Irene, que é aposentada, mas dá aulas em sua casa.
Eulália mora na mesma casa, e tem um português-não-padrão, ou como citado no livro, PNP. Não segue as regras da Gramática normativa.
As universitárias acham engraçado a forma de Eulália falar, como se Eulália tivesse um modo de falar "errado". Mas no decorrer, Irene as ensina que Eulália não fala "errado", mas diferente, com variações.
E que errado é pensar que a mulher, com pouco estudo, fala errado.
Nesta obra, por mais característica de novela, tem MUITAS explicações sobre o porquê das variações que ocorrem na fala, explicações de como ocorrem essas variações, e cita exemplos.
Ou seja, se você é da área de Letras, interessa-se por Sociolinguística, e/ou quer um pouco mais conhecimento, é uma bonissima indicação.
Eu, simplesmente, adorei este livro.

Resenha originalmente publicada no blog Incriativos

site: http://incriativos.blogspot.com.br
comentários(0)comente



84 encontrados | exibindo 31 a 46
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR