A Língua de Eulália

A Língua de Eulália Marcos Bagno




Resenhas - A Língua de Eulália


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Barbara.Oliveira 11/12/2016

Muito bom, mas com bastante parte teórica..
O livro é muito bom, adoro Marcos Bagno e as teorias que buscam trazer explicações para acabar com o preconceito linguístico. Porém, apesar de ser uma novela, o foco do livro são as explicações teóricas que uma professora universitária aposentada dá à sua sobrinha e amigas, que a visitam durante as férias. A leitura fica um pouco cansativa em alguns momentos, por conta das longas explicações teóricas, apesar de o tema ser bem interessante e da linguagem de Bagno ser bem acessível. Pode ser uma obra interessante para leigos, mas ao mesmo tempo um pouco arrastada, até mesmo para que já tem conhecimento sobre o tema.
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Milena @albumdeleitura 09/06/2018

A Língua de Eulália
Narrada em terceira pessoa, a história se inicia quando as amigas Vera, Sílvia e Emília decidem passar as férias de inverno na chácara de Itatibaia, onde mora a tia de Vera, Irene. Ela é uma linguista renomada que, apesar de ser uma professora universitária aposentada, continua estudando e pesquisando sobre sua maior paixão: a língua portuguesa e suas variedades linguísticas. Atualmente, seu principal objetivo é escrever um livro cuja temática seja o preconceito linguístico e a importância de combater a sua proliferação na sociedade.

Vera, assim como sua tia, é estudante da área de Letras, enquanto suas colegas Emília e Sílvia cursam Pedagogia e Psicologia, respectivamente. O que as três jovens professoras do curso primário de uma escola da cidade de São Paulo jamais poderiam imaginar, é que suas vidas, seus pré-conceitos e seus métodos de ensino mudariam profundamente após essas férias de inverno.

Assim que conhecem Eulália, uma senhora simples e alfabetizada depois de adulta, as amigas percebem que há algo "errado" em seu modo de falar, o que lhes causou certa estranheza e soou, por vezes, engraçado. Com o intuito de defender a amiga considerada parte da família, Irene mostra às jovens que a língua de Eulália não é errada, mas sim, diferente.

"É o mesmo que acontece com a letra da gente, não é? Cada um tem a sua letra, o seu jeito de escrever, que é único e exclusivo, e que até serve para identificar uma pessoa, mas que ao mesmo tempo pode ser lido e entendido pelos outros."

Ou seja, trata-se de uma variação não padrão, decorrente da heterogeneidade da língua portuguesa, causada por fatores históricos, sociais, econômicos, geográficos e temporais.

"Todas as coisas mudam, os costumes, as crenças, os meios de comunicação, as roupas... até os bichos evoluíram e continuam evoluindo... Por que a língua não haveria de mudar, não é?"

"A 'pureza da língua' de hoje já foi a 'contaminação na língua' de ontem. O que hoje os gramáticos defendem com unhas e dentes era combatido com todo vigor por seus ancestrais em épocas passadas."

"Por isso, a transformação do modo de encarar as variedades não padrão tem de ser feita em todos os campos da educação, sendo uma tarefa de todos e não apenas dos professores de língua portuguesa."

Após uma explicação prévia, as três amigas mostram interesse em aprender mais sobre o assunto. E, a partir de então, todas as noites, as quatro se reúnem, e Irene acaba transformando as férias em uma atualização pedagógica na qual as "alunas" reciclam seus conhecimentos linguísticos e descobrem que a língua portuguesa nada mais é que um processo ininterrupto de transformação.

Com uma linguagem simples e uma escrita contagiante, Marcos Bagno reflete sobre os métodos de ensino-aprendizagem nas escolas do país e a importância de combater o preconceito linguístico infundado. Ao contrário do que muitos pensam, o que os linguistas condenam é a forma como a norma padrão é ensinada e exigida na escola, deixando claro, porém, que é extremamente importante que todos tenham contato com essa variedade prestigiada e saibam quando usá-la. Em contrapartida, o conhecimento prévio desses alunos, bem como sua variedade linguística não devem ser descartados e nem condenados, uma vez que também exercem a função de veículo de comunicação, expressão e interação entre as pessoas.

O livro é bem didático e foi uma pena que eu não o havia lido antes. Sem dúvida, é uma obra extremamente imprescindível para todo profissional de Letras e também para todo e qualquer aspirante acadêmico e/o influenciador de conteúdo.

site: https://albumdeleitura.blogspot.com/2018/05/dica-de-leitura-152.html
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Anny.Matos 02/01/2019

Você necessita ler
Leitura magnífica de grande aprendizado. De forma divertida o livro nos mostra o quanto é importante respeitar o jeito de falar do outro .
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Guilherme Rodrigues 12/03/2020

Todo mundo deveria ler
O livro conta a história de três amigas: Vera, Emília e Sílvia. Estudantes universitárias que vão passar as férias em Atibaia, na chácara de Irene, tia de Vera. Lá conhecem Eulália, uma empregada doméstica que mora na chácara. Ela fala um português diferente do das meninas e elas acham engraçado os erros gramaticais cometidos por Eulália. Então, Irene professora de Língua Portuguesa, não acha nada engraçadas as chacotas das meninas e aceita dar umas aulas a elas e mostra que o que a Eulália fala não são erros, mas uma variação linguística do português. Um português diferente.


Neste livro, Marcos Bagno aborda a Língua Portuguesa com uma outra visão a fim de exterminar os mitos que assombram o ensino da nossa Língua. Uma cultura errada que se criou. Mostra de uma maneira clara e científica que não há nada de errado (ou engraçado) na linguagem de pessoas menos favorecidas por uma educação deficiente, ou por que não tiveram oportunidades de estudar. São apenas variações linguísticas.

Para isso, Bagno vai buscar respostas e exemplos na história do Português, Línguas originárias do Latim e outras mais, comparando-as e nos mostrando que fenômenos semelhantes acontecem com todas elas. A Língua evoluiu e o que foi errado um dia é o certo de hoje. Revelando-nos que por trás desses falares há grandes conhecimentos e se tornam preciosas poesias nas mãos de nossos compositores e poetas.

site: http://resliterafilmes.blogspot.com/
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Dd/Ju 11/03/2022

No geral, não é um livro para qualquer um ler, como um romance. Este livro é uma pesquisa no campo da sociolinguística, ou você lê porque estuda essa área, ou está interessado em aprender um pouco mais sobre a língua. Não é cativante, mas é extremamente informativo, com algumas questões interessantes e importantes (tirando a gramática, que me dá um nó nos neurônios).
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vanessamar 04/02/2022

Deveria ser uma leitura obrigatória
Juro, deveria ser uma leitura obrigatória universal. Fazendo com que as pessoas conheçam e tenham contato com essa obra, podemos conseguir erradicar o preconceito que se fantasia de culto, certo e superior: o preconceito linguístico. Essa discussão precisa ser pauta constante. O nosso mundo é composto, múltiplo, plural, diverso, diferente. Não faz sentido cobrar a singularidade da língua e muito menos apontar como erro aquele que fala diferente da gente. Não existe erros linguísticos (no âmbito da fala), mas sim variedades linguísticas.
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Elizabeth Cabanez 08/01/2022

Nossa língua como ela é
Através da ficção, o autor e linguista Marcos Bagno nos aventura ao âmago do nosso idioma com toda sua diversidade e beleza, desmistificando os mitos e preconceitos linguísticos.

A personagem-título é uma mulher simples de uma profunda sabedoria popular, através da sua figura, toda trama vai se desenrolando entre diálogos leves, engraçados, mas repletos de ensinamentos linguísticos.

Leitura obrigatória para os estudantes de Letras.

Leitura leve, divertida e essencial para todos os amantes do idioma falado no Brasil (Português?). Deixo aqui a provocação. ?
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Nath 11/05/2020

Ótimo para estudos sociolinguisticos. Questões narrativas não há muito que se considerar, uma vez que a função principal do livro era ser didático quanto à Sociolinguistica
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Emi 12/05/2021

O conhecimento liberta !
Estou no 1° semestre de Letras e tenho certeza que o contato com essa obra logo no início do curso foi de extrema importância para mim e minha formação !
É um livro ótimo, de linguagem acessível e que traz muitas informações com exemplos comparativos muitíssimo interessantes.
Na minha opinião, cumpre a proposta de informar e assim enfraquecer preconceitos. Eu mesma descobri que reproduzia vários preconceitos linguísticos mas felizmente tive a chance de ter contato com essa obra e ser apresentada à sociolinguística, uma chance para que eu possa mudar de postura em relação à essas falhas !
Uma leitura ótima, amei !
Só senti falta de mais aparições da Eulália, personagem inspiração para o nome do livro.
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