Resenhas - O Livro dos Abraços

Lara 13/10/2021

O livro dos abraços
No começo achei o livro leve, até meio divertido, mas ao longo das narrativas fui sendo tomada por um sentimento de agonia, angustia e até revolta. Galeano parece conversar com a gente, como um professor contando historias aos quais ele pretende com isso, nos fazer pensar no outro lado da historia que nunca foi dada a oportunidade de ser vista. E por esta razão gostei tanto da leitura, ele nos faz olhar pra nós mesmos, a vida que temos repetido por séculos e séculos como nossos antecessores sul-americanos. Podemos ver que não mudou quem continua sendo explorado e desprezado, e quem é explorador e valorizado, isso que ele nos mostra nessa leitura, quase um pedido de acordem, nada disso é novo, a história ainda se perpetua. Conhecendo essas existências, essas tragédias, podemos abraçar o que somos e quem sabe nos libertar de quem nos mantem preso nesse Dejavu.

haru 24/05/2020

Um abraço sufocante
Ganhei o livro do meu amigo Israel depois de ter ficado curiosa com a resenha dele.
Simplesmente fantástico, um livro que me chamava a leitura nos crepúsculos do dia, ou que me oferecia um abraço após ouvir as besteiras que meu pai profere apoiando o governo. Às vezes chegava a me sufocar com seu aperto e sua realidade, mas também provocando uma reflexão sobre nossa desastrosa,mas linda América Latina.
A conexão que você cria com o autor é sensacional, a leitura te faz sentir como se estivesse tomando um bom vinho enquanto ele conta suas histórias e crônicas.
recomendadíssimo.

@helensince1994 04/04/2021

Encantador
Galeano escreve de um jeito simples e despreocupado. Pequenos contos, frutos de suas andanças, capazes de refletir o olhar poético do autor frente a trágica história da América Latina. Uma leitura encantadora, é como dizem um "livro-polvo" que te abraça por inteiro.

Jessica Pereira 30/05/2021

Me sentindo abraçada
Que livro profundo! Surgiu um misto de emoções lendo que nossa... Cada conto/crônica sentia um abraço. É estranho dizer que o livro lhe abraça, mas foi a sensação que tive. ?
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As histórias são curtas, porém carregam grandes reflexões que mexem com a gente. Galeano descreve sua vida no exílio no período da Ditadura civil-militar uruguaia, ou seja é carregado de cenários históricos da época, sobre lendas, mitos e cultura de alguns países. ?
?
Como também críticas tristes sobre a política, triste por ser a realidade mesmo, pois foi um tempo sombrio da história da América Latina. Mas o livro não tem somente esse sentimento de tristeza, eu senti várias coisas, como amor, aflição, saudade e até ri também rs.?
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Eu diria que é um livro para se ler aos poucos, degustar cada trecho lido, visto que é uma leitura forte e profunda. A linguagem do autor é sensível e verdadeira.?

BrunaSoares 08/06/2021

Ah Galeano ????
Que abraço são suas palavras, que lindo ver o mundo por seus olhos.
Esse livro foi um acalanto para mim.

Monique 21/02/2022

Um abraço forte que pode fazer rir ou chorar. Essa leitura vale a pena por vários motivos. Uma leitura despretensiosa que faz você acompanhar a vida e acontecimentos cotidianos de várias pessoas. É tão bonito que faz você sentir que fez parte dessas pequenas histórias. Como um filme da vida. Na alegria e na tristeza. Nos momentos mais dificieis dentro da história da ditadura e de como enfim sobreviver a esses marcos que impactam a vida de várias pessoas. É bonito porque é a história de um país contado pelas pessoas.

Ilana 12/04/2020

Habemus um novo livro favorito
Há muito tempo eu não lia um livro tão bom. Textos com os mais diversos temas - de pichações à perda de um filho. Pelas palavras de Galeano, mergulhamos dentro de nós, enquanto caminhamos por toda América Latina. Entre meus livros favoritos, estão os bem escritos que recorrem a recursos inovadores. E esse não deixa a desejar.
No meu primeiro livro de Galeano, compreendi seu papel para a literatura latina e o porquê de ser uma importante referência.

Lory fada 27/02/2023

O livro dos abraços
Nossa que livro bom.
Eu aproveitei bastante a leitura e li com calma para captar tudo que o autor queria passar, e tava tão bom acompanhar as histórias que eu não queria que acabasse. A escrita do autor tem uma fluidez e ao mesmo tempo é muito envolvente, me ganhou. Vou ler mais livros do Galeano com toda certeza.

Duda 26/01/2022

O livro dos abraços, Eduardo Galeano
Poético. Político. Místico. São esses os três traços mais marcantes da obra literária de Eduardo Galeano, por isso, adianto: não se deixe enganar com a leve abordagem do autor uruguaio, quando você menos espera, uma página sacode teus sentimentos e une a dor com sentimentos de ternura.

O livro é composto por pequenos contos e crônicas, e é através de curtos textos que viajamos com Eduardo Galeano pela trágica história da América Latina, tendo alguns cantos da Europa também presentes na obra, já que o autor esteve exilado na Espanha durante ditaduras militares latino-americanas. Ao longo da leitura, é com uma extraordinária capacidade descritiva e um comovente olhar poético que ele descreve sua trajetória geográfica e histórica, suas dores e felicidades, reunindo em um único livro memórias, sonhos e todo o significado de sua vida.

?A primeira condição para modificar a realidade consiste em conhecê-la?, diria o próprio autor. Galeano que não se deixou colonizar, resgatou em sua obra pedaços constantemente apagados da memória latino-americana e deu voz a todas às histórias encontradas durante suas andanças. Assim, compôs um livro relatando fomes, dores e guerras que não são somente suas.

Insisto que realizem essa leitura que, como o título do livro, te abraça por inteiro. A editora alerta: "Abra este livro com cuidado: ele é delicado e afiado como a própria vida. Pode afagar, pode cortar. Mas seja como for, como a própria vida, vale a pena."

Alcinéia_az 08/12/2015

“A função do leitor
Quando Lucia Pelaez era pequena, leu um romance escondida. Leu aos pedaços, noite após noite, ocultando o livro debaixo do travesseiro. Lucia tinha roubado o romance da biblioteca de cedro onde seu tio guardava os livros preferidos.
Muito caminhou Lucia, enquanto passavam-se os anos. Na busca de fantasmas caminhou pelos rochedos sobre o rio Antioquia, e na busca de gente caminhou pelas ruas das cidades violentas.
Muito caminhou Lucia, e ao longo de seu caminhar ia sempre acompanhada pelos ecos daquelas vozes distantes que ela tinha escutado, com seus olhos, na infância.
Lucia não tornou a ler aquele livro. Não o reconheceria mais. O livro
cresceu tanto dentro dela que agora é outro, agora é dela.”
Eduardo Galeano

Vitória Romeiro 04/06/2021

acalanto literário
este livro foi minha primeira experiência lendo galeano e só posso dizer que é um bem casado de poesia, ácidas críticas e bastante necessárias e muita, mas muita política.
te faz sentir emoção e logo em seguida um longo tempo de reflexão sobre o que você acabou de ler e no final o que sobra é apenas uma enorme paixão pela obra.
mal posso esperar para ler outro título do mesmo!

Kichee_julia 21/04/2022

Escrita tocante.
Amo de paixão Galeano, esse livro foi muito importante para um processo de coragem dentro de mim. Leitura de Abril ficara pra sempre marcada... poemas ricos de sabedoria.

Apenas Evelim 28/01/2022

O livro dos abraços
De longe é um dos meus livros favoritos.
Contos sutis e ao mesmo tempo afiados, desses que destroçam o coração. Fortes!
Ler Eduardo Galeano é manter acessa a chama de conhecer mais sobre a nossa história, somos latinos americanos, sofremos ditaduras terríveis, sofremos a invasão dos nossos colonizadores, não passamos de países em subdesenvolvimento.
"Os ninguéns" me faz chorar sempre que o leio. "As impressões digitais" me trazem o meu reconectar comigo mesmo.

Serena 03/01/2011

Quando um livro supera qualquer expectativa pessoal,
é muito dificil para mim escrever sobre ele.
Porque torna-se sentimento e posse, como se fosse
parte de algo que se viveu e ficou esquecido.

Pequenas crônicas, contos e sonhos de uma
América Latina ferida por anos de ditadura.

A linguagem de Galeano é doce, mesmo quando triste.

**

"Certa manhã ganhamos de presente um coelhinho das Índias.
Chegou em casa numa gaiola. Ao meio-dia, abri a porta da
gaiola.
Voltei para casa ao anoitecer e o encontrei tal e qual
o havia deixado: gaiola adentro, grudado nas barras,
tremendo por causa do susto da liberdade"

[O Medo - Pg 111]