Água para Elefantes

Água para Elefantes Sara Gruen




Resenhas - Água para Elefantes


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Nathan Soares 26/07/2020

Um romance incrível. Impossível não se encantar e torcer para que os Jacob e Marlena vivam o seu amor. Um livro maravilhoso, um enredo majestoso.
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Takakura 07/01/2022

O livro é interessante em dois aspectos. Primeiro: mostra o dia a dia de um idoso e as limitações e as frustrações por ver sua dignidade sendo tirada pela idade. E o segundo é a visão do circo. Como eram os circos nos Estdos Unidos entre década de 20 e 30. As dificuldades da economia, os mal tratos com os animais, a divisão nítida de classes... mudou minha visão sobre o circo.
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Karoline356 03/07/2022

Rico em detalhes.
O contexto criado pela autora é extremamente envolvente, por semanas fiquei louca de vontade de ir ao circo, tudo para poder experimentar um pouco da magia narrada no livro, os espetáculos de malabarismo, a grande lona, os animais, os refrescos e brindes, a música, cada detalhe da trama é tão rico que é fácil se perder na beleza da história. Mas por trás das aparências, a autora também abordada os pontos negativos que eram comumente presenciados nos circos, como o maltrato aos animais, a racionalização de alimento para os mesmos, a discriminação entre as classes de trabalhadores do circo, entre outros elementos.
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Helder 17/05/2011

Faltou elefante para a agua.
Há muito tempo queria ler este livro, pois o nome e a capa me atraiam muito. Até agora não tinha tido a chance, mas agora com a reedição por causa do filme consegui colocá-lo na minha fila.
Confesso que me frustrei um pouco. Na verdade eu acho que esperava mais da estória, porém o final é tão alto astral que torna o livro especial.
Conta a estória de Jacob, um velho de 90 e poucos anos que vive num asilo. Sua vida segue na rotina tediosa até o dia que ao lado do asilo monta-se um circo, e todos os idosos do asilo passam a se organizar para ver o espetáculo. Este acontecimento traz a Jacob, lembranças remotas que ele já tinha esquecido. Principalmente as lembranças sobre um crime antigo, que aparentemente ainda continua insolúvel até hoje.
Jacob era um estudante de veterinária que vê seu mundo despedaçar-se quando seus pais morrem exatamente na época da depressão pós crash da bolsa de Nova York.
Sem rumo ele embarca num trem e somente depois descobre que este trem pertence a um circo.
E assim começa sua nova vida. O estudante universitário passa a ser de trabalhador braçal a veterinário e vai adquirindo seu espaço no grupo, até se envolver com August, o domador de animais e Marlena, sua bela mulher que faz um numero com cavalos.
O livro nos mostra a realidade da vida do circo. A constante falta de parada, as divisões “sociais” entre artistas e operários, a ganância de seu dono, a exploração do bizarro.
E assim conhecemos também Rosie, a elefanta, que aparentemente é burra, mas que na verdade esconde um pequeno segredo.
Falando assim, segredo da Elefanta, um crime não solucionado, parece até que o livro é de suspense, mas é exatamente este o problema. A autora tentou criar diversos climas, mas parece que nenhum chega lá. Assim, Agua para Elefantes não é um livro de suspense, pois logo o segredo de Rosie se revela e o crime é banal e sem grandes conseqüências. Mas tb não é um romance romantico clássico, pois falta bastante de sal para o romance de Marlena e Jakob. Também não é um livro de aventura, pois é tudo muito linear na estória de Jakob. E o pior de tudo é que a participação de Rosie é muito pequena. Ou seja, parece que falta Elefante para a agua.
Mas qdo estava me perguntando : É só isso? A autora trouxe um final ensolarado, que este sim me pegou de surpresa, pois eu achava que com 90 ou 93 anos não tinha mais nada a se fazer ou nenhuma supresa para Jacob, mas ai a autora me mostrou o tamanho de meu preconceito.
Leia para ter sua opinião. Não vá com muitas expectativas, mas deixe-se envolver pela estória de Jacob.
DIRCE 24/05/2011minha estante
Oi Helder!
Gostei da sua resenha e, talvez, ela tenha me revelado a causa do meu desafeto em relação a esse livro: ele não se enquadra em nenhum gênero literário. Quem sabe seja esse motivo que me levou a associar e comparar a história de Sara Gruen com a história armazenada em memória de infância acerca do mundo circense.


Jacky Rossetti 21/07/2011minha estante
Oi, Helder!
Me identifiquei com sua resenha, mas, ao contrário de você, nem o final me surpreendeu e fez gostar do livro. Como você disse, não se enquadra em nenhum gênero literário. Achei absolutamente sem sal e, pior: mal escrito. Fez-se uso de uma linguagem chula, repleta de palavrões, numa história que vende-se como romance dramático, mas não é nada disso. Me decepcionou.




Mell 22/05/2011

Link direto para a resenha publicada em meu blog: http://croissantparisiense.blogspot.com/2011/04/resenha-agua-para-elefantes.html

Desde que terminei a leitura de Água Para Elefantes e conclui que realmente passei a amar a estória narrada por Sara Gruen, passei a me perguntar todo santo dia "Como irei fazer uma resenha que esteja ao nível do livro? Como levarei o leitor a querer ler esse maravilhoso livro?"

Pois é dessa forma que o classifico: maravilhoso. Com a sutileza da escrita de Gruen, uma estória emocionante e um exótico ambiente circense, o livro me conquistou e prendeu a minha atenção até mesmo numa semana de provas.

A estória é contada por Jacob Jankowski, o personagem principal da trama. Ele a conta durante sua estadia num asilo, já idoso, com 90 ou 93 anos de idade, como o próprio autor revela. Na realidade, começa a narrar o que lhe aconteceu quando ficou órfão de pai e mãe e foi impelido a abandonar a renomada faculdade em que cursava Veterinária. Foi então que, atordoado diante do luto, acabou por embarcar no trem do circo dos Irmãos Benzini. A partir daí, sua vida não seria a mesma; passaria por maus bocados, se apaixonaria, faria amizades, inimigos e aprenderia a viver no mundo caótico e real que existe de verdade.

Jacob nos surpreende revelando-se possuidor de um caráter honroso e de admirar qualquer um. O livro tem como base o romance entre Jacob e Marlena, a estrela do número dos cavalos, mas ao meu ver, o personagem Jacob em si é que está em primeiro plano na estória. O romance é deixado apenas como segundo plano, de tão belo que é visualizar as atitudes do protagonista diante de um ambiente ignóbil quanto o circo dos Irmãos Benzini se mostrou ser.

Com o passar das semanas, dos meses, Jacob passa a perceber o verdadeiro ambiente por detrás das tendas que separam a platéia dos bastidores: acomodações precárias, forte hierarquização dos trabalhadores (formando a "elite artística" e a "classe de operários"), exploração servil, maus-tratos aos animais e diversas outras situações desumanas, na maioria geradas pelo dono do circo, Tio Al, e o chefe da área dos animais, August (também marido de Marlena.) Sua tentativa árdua de não se corromper é o que mais nos prende à estória, pois seu heroísmo é iminente em todo o transcorrer do livro.

Os personagens são habilmente construídos, cada qual com suas características marcantes e muito bem desenvolvidas ao longo da narração. A esquizofrenia, a tirania, o heroísmo e até a figura feminina e delicada, todos são, sem exceções, apresentadas com muita maestria.

Outro ponto maravilhoso do livro foi a narrativa em primeira pessoa quando idoso. Isso fez toda a diferença, uma vez que as passagens tornam-se muito mais reflexivas, necessárias ao entendimento da estória, das ações do personagem e do que acabou por acontecer a ele.


O contato com animais fez da estória doce e imprevisível, principalmente porque não estamos acostumados com o comportamento de animais selvagens, como um macaco chamado Bobo, um felino Rex e a linda e fofa elefanta Rosie. Jacob, como o veterinário do circo, acaba por se relacionar bastante com a maioria deles. Rosie, no entanto, é a que mais chama a atenção do leitor; não tem como não se apaixonar por aquele sorriso gigante e cinzento! Ela faz cada traquinagem, todas responsáveis por minhas gargalhadas durante a leitura.


A diagramação é um ponto forte, com um material consistente, ótimo, com páginas amarelas (já disse que são melhores para a leitura em comparação com as brancas?) e uma fonte agradável. A capa é um espetáculo à parte: o cartaz do filme que será lançado no final desse mês tem tudo a ver com o livro, e vamos dizer, é linda até dizer chega!
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Mayane 01/07/2020

Uma aventura leve
Esse livro foi tudo que eu esperava, a aventura de um circo , animais e paixões, e também uma surpresa, uma história simples e de fácil leitura, mas contada em tempos diferentes o que dá um toque especial ao livro. Envolvente e não dá para parar de ler.
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Giovanna2273 12/03/2023

Fantástico
Do que trata: Uma história que se passa dentro de um circo em meado de 1931. São tantos detalhes sobre os circos de antigamente que eu fiquei presa na leitura, super intrigada com cada nova informação.

Meus sentimentos e reações: Senti tanta coisa nesse livro. Angústia, raiva, desespero, nojo, tristeza e no final, muito alívio.

O que mais gostei:
1° Do Jacob. Que personagem de coração bom. Até na velhice, quando ele passa a ser bem rabugento a gente não deixa de gostar dele, pq a gente entende os seus motivos.
2° A Marlena também me encantou, pois foi uma personagem muito forte, com uma história parecida com muitas mulheres reais.
3° Outra coisa que gostei muito foi o final. Esse livro realmente entregou tudo. Tudo se encaixava.
4° As fotografias que acompanham essa edição da sextante me encantaram. Facilitou a minha imaginação para o cenário e foi um detalhe que eu realmente amei. Na biblioteca da faculdade eu tive contato com a edição que carrega a capa do filme e notei que infelizmente não possuem essas fotos. Fiquei triste pelos leitores que não foram contemplaram, pq realmente muda muito a experiência de leitura.

O que eu não gostei: Eu não consigo pensar em nada que eu não gostei. Talvez o número de coisas tristes e absurdas que aconteciam no circo de antigamente e que foram descritos no livro tenham me causado um certo desconforto, entretanto, sem essas descrições a obra não estaria tão completa.

FIM
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Ric Matos 15/02/2009

Excelente leitura!
ÁGUA PARA ELEFANTES- SARA GRUEN

Água Para Elefantes é contado em primeira pessoa, mas sob duas perspectivas distintas—Jacob Jankowski com “90 ou 93 anos de idade” e aos 23 anos. Passado e presente se intercalam e fundem nesta fantástica história.
Jacob, aos 23 anos, está terminando o último semestre de Veterinária, quando uma tragédia o força a desistir antes dos exames finais. Sem dinheiro, ele entra em um trem em movimento, O Esquadrão Voador do circo Irmãos Benzini, o Maior Espetáculo da Terra. Precisando de um veterinário, o circo contrata o jovem Jacob. 1931 é uma época dura para a maioria dos americanos (grande depressão) e os empregados do circo também sentem a difícil realidade. Muitos ficam semanas sem serem receber e alguns desaparecem durante as noites que não há dinheiro (são jogados do trem). Mas o circo dá três refeições diárias e um lugar para dormir, então Jacob fica, apesar de sofrer nas mãos de Tio AL (o dono do circo) e de August (o chefe do setor de animais e marido de Marlena, por quem ele se apaixona). Uma das mais simpáticas personagens é Rosie, a elefanta, que possui mais sensibilidade que os chefes do circo. Jacob cresce como pessoa, tentando proteger todos dos abusos inflingidos.
No outro extremo, Jacob idoso é frustrado, amargo e rabugento, preso no asilo e em um corpo decrépito.
A história é fantástica, apaixonante, rápida de ser lida. Vale a pena! Um dos livros mais bem contados dos últimos tempos!
Recomendo!
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Fefa 10/10/2013

Apaixonada por animais, Sara Gruen já havia lançado dois outros enredos, que se baseavam na relação entre pessoas e cavalos, quando publicou Água para elefantes, em 2006. O livro foi o primeiro título da autora publicado no Brasil e é resultado de uma vasta pesquisa sobre o universo do circo norte-americano. A composição das personagens e situações que enredam a trama é inspirada, inclusive, em anedotas e histórias reais que Sara juntou ao longo de seu estudo.

Deparamo-nos, então, com Jacob Jankowski, paciente de uma casa de repouso, que vive entre os horários dos medicamentos e os cuidados da enfermeira. Com a chegada de um circo à cidade, ele volta ao passado para nos descrever sua própria experiência com o mundo dos espetáculos. A partir daí, já entendemos que os capítulos se alternarão entre a narrativa do Jacob atual e do Jacob de 1931, aos 23 anos.

A história toma forma com o trágico acidente que leva seus pais à morte. Órfão e sem herança, ele foge num ato desesperado de deixar a dor para trás e abandona, assim, uma promissora carreira de veterinário, cujo diploma estava, apenas, à distância dos exames finais. Sem perspectivas sobre seu futuro, o jovem não hesita e embarca clandestinamente em um trem em movimento – o Esquadrão Voador do Circo Irmãos Benzini, o Maior Espetáculo da Terra.

Longe de entreter o leitor com a magia dos picadeiros ou distrai-lo com uma história de amor açucarada entre um ex-estudante de veterinária e a esposa de seu chefe, os eventos seguintes inquietam pela crueldade e frieza dos acontecimentos. Com os Estados Unidos assolados pela Grande Depressão, um dos únicos divertimentos se apoia nas excentricidades e encantos dos números circenses, mas é nos bastidores da grande tenda que as páginas se recheiam.

Em uma época que a participação de animais nos shows é oportuna e esperada pelo respeitável público, nos defrontamos com a realidade sofrível desses bichos, constantemente humilhados e torturados. Rosie que o diga! A doce e brincalhona elefanta, que, a princípio, é considerada burra, esconde uma sagacidade capaz de roubar qualquer “cena”, mesmo tendo tão pouco espaço na história.

Não só os animais, operários e artistas parecem significar um mero negócio para o diretor do circo, Tio Al, que, ao menor sinal de descompostura com suas regras, não pensa duas vezes em jogar vidas humanas para fora do trem... em movimento. Embora seja o todo poderoso do Circo Irmãos Benzini, Tio Al não acrescenta muito valor à trama, podendo ele mesmo ter sido descartado.

Já o detestável August, superintendente dos animais e marido da bela Marlena, por quem Jacob se apaixona, é uma figura complexa e por isso mesmo chama a atenção. Sua personalidade bipolar e gênio intempestivo são responsáveis por garantir o pouco da ação e suspense do livro, já que o romance protagonizado por Jacob e Marlena parece não sair do lugar. O que por um lado agrada devido à ausência de pieguice, por outro, se torna maçante.

Cabe aqui, no entanto, destacar a reviravolta da narrativa: uma vez que as tagarelices de um senhor de 93 anos deveriam figurar como pano de fundo de suas aventuras de juventude, sua condição senil acaba se tornando um ponto muito mais atraente. Através de boas doses de sarcasmo, a autora conseguiu passar de maneira natural na narração a essência masculina necessária à personagem e os conflitos internos da idade.

No fim, a sensação é de que cada acontecimento narrado, de forma isolada, tem sua carga de importância se pensarmos que muitos deles foram tirados diretamente da realidade. Contudo, todos esses episódios, juntos, não convencem como história. Quem não se importar com a falta de clímax, consegue, mesmo que obstinadamente, chegar até as últimas páginas.

site: http://www.revistalis.com.br/blog/2013/10/03/resenha-agua-para-elefantes-sara-gruen/
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Juliana ;* 12/04/2013

Água para Elefantes - Sara Gruen
O livro conta a história de Jacob um senhor de 90 ou 93 anos de idade (não, ele não tem certeza de quantos anos ele tem) que vive em uma casa de repouso e ao descobrir em breve visitará um circo, começa a dividir conosco sua experiência de vida. Ainda bem jovem, ele perde os pais num acidente de carro e por conta disso, não consegue prestar os exames finais para a faculdade de veterinária. Extremamente abalado com a perda e sem saber como proceder, Jacob foge de sua antiga vida, e acaba topando com o circo, que naquela época, viajava pelas cidades de trem. Sem ter muita escolha, Jacob entra no circo como trabalhador e depois é aceito como veterinário.

Ao assumir a responsabilidade de cuidar dos diversos animais, Jacob acaba se envolvendo com eles e essa é a parte mais bonita do livro. Essa relação entre homem e animal, no meu modo de ver, foi muito mais marcante do que a relação entre homem e mulher presente no livro. Além do contato dele com os animais, a relação de amizade que Jacob constrói com Walter, um anão, é super especial. E, além disso, como quase todo romance, há um romance que era pra ser lindo, mas que não, não rolou, não pra mim.

Eu não estou dizendo que o livro é ruim, não mesmo, mas o problema é que eu não consegui me envolver na história, não consegui sentir os personagens. E não adianta, esses dois quesitos pra mim são essenciais. Se eu não conseguir entender e enxergar a história como real através das sensações, das minhas emoções, a leitura não funciona.

O final é maravilhoso! Sensacional, mas só o final mesmo. Eu, particularmente, não consegui gostar dos personagens. Os únicos que eu gostei foram o Walter e o Jacob, quer dizer, o Jacob idoso, não o jovem.

Eu sei de muita gente que adora esse livro, e que muitas dessas pessoas se sentirão ofendidas com essa resenha, mas é necessário deixar claro que a leitura é pessoal, e que o mesmo livro pode funcionar muito bem pra algumas pessoas enquanto não funcionam para outras.
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Gabriela 23/01/2013

Você não precisa gostar de circos, nem de elefantes. Mas precisa gostar de gente velha que gosta contar histórias.
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Dani.Costa 11/07/2021

Era um livro que estava parado na estante e resolvi dar uma chance, fala sobre as lembranças de um senhor de idade que mora em uma casa de repouso recordando da sua juventude de como ele foi trabalhar em um circo. Achei médio.
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ClaudiaQueirozPereira 11/06/2010

Água para Elefantes é uma das histórias mais comoventes que eu li nos últimos anos. A autora trata com grande sensibilidade de temas como velhice, perdas, amor, através de personagens que transbordam humanidade. Os personagens quase beiram o maniqueísmo e há a sensação em alguns momentos de que os bons são sempre bons e os maus sempre maus, mas essa impressão é logo desfeita em outras passagens.É sem dúvida um livro encantador, com um final surpreendente e que vale a pena ler e reler.
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Drika 26/02/2013

O lúdico e a realidade
A trama de Àgua para elefantes transcorre num ambiente circense, a maior parte nos bastidores do circo. A história desenrola-se a partir das lembranças de um senhor idoso (Jacob) que se encontra numa casa de repouso, esquecido pelos familiares os quais, ocupados com seus próprios afazeres e ritmo de vida, não têm tempo a dedicar ao parente velho.
Achei interessantes as passagens em que Jacob narra suas sensações com o envelhecimento, as estranhezas que tem ao se olhar no espelho e não reconhecer a própria imagem, ao olhar suas mãos e vê-las enrrugadas e magras, sentir-se com o espírito jovem e aventureiro mas estar limitado pelo corpo desgastado pelo tempo e limitado pelos olhares alheios que o vêm como alguém inútil e sem credibilidade.
Jacob recorda sua juventude, a perda dos pais, sua vida no circo. Suas lembranças traz-nos o triste cenário de maltrato aos animais e aos próprios trabalhadores e artistas circenses. Logo no início da história há um assassinato que somente será explicado ao final da narrativa.
Este ambiente circense é que me trouxe lembranças de minha infância. Quando estava com 3, 4 anos de idade um circo chegou em minha cidade (Nova Andradina), algo fantástico, maravilhoso. Aconteceu um desfile pelas ruas da cidade, dentre os animais havia elefantes e uma gorila. Que coisa linda e aterrorizante ao mesmo tempo, recordo-me de me esconder dentro do carro com medo daqueles animais gigantescos que eram os elefantes e que andavam soltos pelas ruas. A gorila estava em uma jaula e por isto não causou tanto pavor. Havia um número “bizarro” que era “monga, a mulher macaca”. Quando a gente é criança só consegue enxergar o lado mágico e lúdico das coisas.
Obviamente que antes deste livro já havia lido sobre o maltrato aos animais de circo e já havia ficado feliz com a proibição de os circos os utilizarem em seus números. Por melhor que sejam tratados já é uma violência tirá-los do habitat natural e fazê-los viver em lugares bem diferentes e realizando atividades que não lhes são naturais. Mas este livro mexeu com meu emocional e me entristeceu pensar que existiram (e devem existir ainda) trabalhadores que não foram tratados com dignidade. Pessoas que se dedicaram a atividade de levar alegria ao grande público mas que sofreram grandes amarguras e descasos em suas vidas.
Enfim, Àgua para elefantes é uma história empolgante, emocionante. Envolve vida, dignidade, seres humanos, animais, convivência, cores, sombras, riso, choro, compaixão, abandono, amor, ódio, lucidez, loucura. O lúdico e a realidade.
Erika 06/05/2012minha estante
Ótima sua resenha!




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