Resenhas - A Moreninha

Júlinha 13/06/2021

A MORENINHA
A moreninha é um romance publicado em 1844 e escrito por Joaquim Manuel de Macedo, autor brasileiro que inaugurou o romantismo no Brasil, popularizou sua obra através dos folhetins, um meio ao qual proporcionava o maior acesso a classe burguesa do século XVIII.
A obra de caráter romântico começa nos contando a história de uma aposta entre quatro estudantes de medicina na cidade do Rio de Janeiro. Estes apostam que Augusto um dos jovens, considerado o mais namorador que não cria laços com as mulheres, irá se apaixonar e amar uma única por quinze dias ou mais.

" Afirmo, meu senhores, que meu pensamento nunca se ocupou, não se ocupa, nem se há de ocupar de uma mesma moça quinze dias."

O namorador garante que não irá perder a aposta. Então os quatro personagens partem para a casa da avó de Felipe, local que haverá um encontro com várias belas moças, aonde Augusto conhecerá, D.Carolina nomeada no livro como "A Moreninha".
O livro não se trata de uma leitura de fácil entendimento, porém ao se desenvolver a história o leitor se prende a narrativa. Está presente no livro diversas características românticas, sendo elas: um caráter sentimental o qual se refere a um amor de infância que se prolonga até a velhice, um caráter indianista encontrado através de uma lenda indígena citada na história e diversas outras características como o urbanismo retratando a vida dos jovens na cidade do Rio de janeiro e até mesmo o historicismo qual o leitor deve saber para se localizar e entender o desenvolvimento da escrita.

Paulo 27/03/2022

Romance leve
A história de Augusto e Carolina é muito divertida e sem muitos rodeios. A linearidade dos acontecimentos e a construção do romance é muito simples, mas cativante. O autor colocou muito de sua vida no enredo, o que é bem interessante para se imaginar como era a vida na época do século 19. Foi uma boa leitura!

Betânia 18/09/2021

A moreninha
?A moreninha? é um livro leve, simples, ingênuo e divertido. Um clássico bem romântico. Foi uma ótima leitura.

Aninha52 05/01/2022

a mocinha que corrige o cafajeste, da "antiguidade"
Maldade obrigar adolescentes a ler esse tipo de livro :(

A história tem como tema central o amor entre Carolina e Augusto: idealizado, puro e platônico. O livro se passa durante um final de semana e gira em torno de uma aposta feita entre amigos. Augusto é aparentemente um namorador incorrigível, então Filipe o desafia a conquistar uma moça no feriado, mas sem se apaixonar. Se conseguisse, Filipe deveria escrever um romance contando os fatos, caso contrário Augusto faria isso.

O vocabulário é um pouco difícil mas nada que atrapalhe muito a fluidez da leitura. É um livro do século XIX, então não é possível julgar os costumes demonstrados com base na nossa cultura de hoje, mesmo assim fiquei incomodada com algumas coisas (a diferença de idade entre os protagonistas, por exemplo). Não entendi muito bem o que o autor quis passar (tlvz eu seja burra) mas sua intenção era retratar os costumes da alta sociedade da época, então para eles deve ter sido interessante acompanhar, como uma novela kjkjkk.

Foi o primeiro clássico da literatura brasielira que não me dei bem, mas se você não prestar muito atenção até pode se surpreender com o plot twist e se divertir um pouco.

Rosália Salvatore 28/07/2020

Um clássico divertido
Esse é um daquele tipo de livros que é fácil descobrir o final, em muitas vezes bastante clichê, para muitas pessoas talvez ele não seja muito fácil de ser lido, ele é um livro bastante antigo e tem um vocabulário um pouco mais difícil.
A Moreninha é o primeiro clássico nacional que eu consigo me divertir, após se acostumar com a escrita é fácil se deixar levar pelo humor contido na história, muitas das situações comparada aos nossos costumes de hoje são um pouco absurdas, e da minha experiencia particular contribuíram para me fazer rir ainda mais.
Em momentos bem pontuados me senti incomodada, como por exemplo as poucas cenas em que podemos ter um contato com alguns escravos, a naturalidade como isso é tratado, a forma como alguns dos personagens se comportaram com eles é algo da qual eu não gostei.
Sim, é claro que consigo entender que estamos em épocas bem distintas, que a problemática sobre isso não era explorada quando o autor criou a obra, mesmo assim eu sinto a necessidade de pontuar sobre isso, além de ter baixado a nota de quatro para três estrelas.
Em um saldo total acredito que o livro tenha mais pontos positivos do que negativos, não me arrependo de ter feito essa leitura, o romance entre o casal me conquistou, achei aos dois bastante fofos juntos, torci bastante para que ficassem juntos

site: https://www.instagram.com/cortedesussurros/

Lala 23/07/2023

Aquele clichê bem feito
Eu jurava que esse livro não era pra mim: primeiro que eu não costumo gostar de romance (história de amor), segundo que eu não costumo gostar de clichês. Mas desse eu gostei kkkk.
O que mais me surpreendeu nesse livro é que ele faz com excelência tudo que ele se propõe a fazer. A ideia é ser uma história fofinha e engraçada, e ele abraça isso com gosto e entrega muito.
Os personagens são muito carismáticos, gostei muito da Carolina com todas as suas ironias e sagacidade, e do como o amor entre ela e Augusto é algo gradual. No início ele acha ela feia e chata, mas aos poucos vai notando a beleza e as qualidades dela e o processo disso é muito legal de acompanhar.
O que mais me ganhou foi o bom humor do Macedo, tiveram cenas que me fizeram rir demais e ele tem uma ironia que não poupa ninguém, com um gosto por situações constrangedoras e absurdas.
A escrita é muito fluida e gostosa de ler, o que me surpreendeu, afinal, esse é praticamente o primeiro romance (prosa longa) brasileiro. Eu achava que seria lento, mas não. É rapidinho, fácil e realmente entretém. Além disso, notamos várias características do início do romance, como o narrador sempre dialogando com os leitores (o que eu amo), brincadeiras metalinguísticas e uma forte autoconsciência do espírito do movimento romântico.
A ambientação na ilha também é muito bem feita e passa uma vibe de livro pra ler na praia. As interações entre as pessoas da casa é muito divertida de se acompanhar e você fica torcendo por quem você gosta e contra quem você não gosta.
O final é bem previsível, mas essa é claramente a proposta, o que torna tudo muito satisfatório pro leitor, deixando o coração quentinho.
Salvo os costumes bizarros da época (eu ignoro os 14 anos da Carolina) acho que a obra até hoje tem um estilo narrativo muito atual, e uma fórmula que é muito repetida atualmente em filmes de romance, sendo que muitas vezes senti que estava lendo uma boa e velha Sessão da Tarde hahaha

AnezenA 09/07/2021

Eu li pq eu queria ler um livro físico e tinha na minha casa, eu não tenho anda pra falar sobre esse livro, não melhorou nem piorou nada na minha vida, mas foi bom o passa tempo.

Lucas_Callisto 10/02/2023

Não consigo nem fazer piada sobre isso.
Não sei em que época da minha vida teria sido melhor apropriada para ser convencido por esse livro. É um romance bem "bobinho" devido a inocência que ele propõe. Os personagens são cativantes sem muito esforço mas o começo me freou com sua monotonia, a escrita não me satisfez e eu não consegui tirar da cabeça a idade dos envolvidos nessa relação.

Ela tem 14 anos e ele é universitário, enquanto ela brinca de boneca ele estuda medicina... Isso poderia ser considerado normal na época, mas pedofilia é crime hoje em dia, e esse livro ser recomendado como paradidático nas escolas, para crianças com a faixa etária da Carolina (a Moreninha), é tão "não precisamos pensar sobre isso?".

Além de ter um pouco de bloqueio com clássicos literários, o romantismo foi uma das escolas literárias que pouco me chamou a atenção. Ignorando as idades, a trama é bem atemporal, não me surpreendeu ter feito parte do pioneirismo do romance brasileiro.

A motivação desse romance é bem clichê, apesar de ser de 1844 ainda vemos todos os dias na Sessão da Tarde. Atribuo seus valores para a literatura, mas não consegui me identificar com nada pra ter a chance de me aproximar da história.

Emilly.Larissa 08/11/2020

Magnífico
Um romance simples e inocente; Rápido, objetivo e gostoso de ler. O amor puro que vai crescendo diariamente e intensamente. O final é lindo e você fica com vontade de chorar.
Leiam, é maravilhoso. ??

Maria Julia 01/05/2020

meu primeiro livro
Essa foi minha primeira leitura, a que me fez amar o universo literário (mesmo sendo obrigada pela professora haha). Tão bom relembrar!

Gabis 26/07/2020

Comentário da Gabis
A leitura não é com a linguagem muito fácil (ano de 1844, né mores), mas depois que engatei gostei bastante. É engraçado, romântico e dá um quentinho no coração rs. Tem umas coisas que hoje em dia seriam no mínimo ridículas rs, mas eram coisas dá época... Enfim, é um clássico muito bom!

rafaelverolla 08/05/2011

Novela
Dai agente descobre de onde os autores de telenovelas brasileiras tiram tantas bobagens. Este livro é ingênuo, tediante, prolixo.

Já era clichê na época em que foi escrito ou virou clichê depois?

Realmente não sei. Minha opinião é que nem naquela época este livro fazia sucesso entre homens.

Porque nossos colégios insistem em fazer nossos meninos lerem este tipo de livro, e diminuirem as chances de que os rapazes se tornarão

Anne Laufeyhive 02/03/2020

É um romance bem gostosinho de ler, pra quem está saindo de uma ressaca literária é uma boa já que ele é bem curto e fácil de ler

Fabiola Hessel 16/09/2021

A moreninha travessa, uma aposta e um estudante de medicina
Achei esse livro uma fofura, um clássico que me conquistou pelo humor, pelas histórias entrelaçadas e por trabalhar tão bem o clichê de primeiro amor e reencontro. Já estou em busca de outros clássicos brasileiros fofinhos como esse.
Eu adoro um romance doce daqueles que eu fico suspirando junto com os paonagens e esse é no melhor estilo cão e gato (amo).

Eu tive certo estranhamento com a linguagem no começo, mas logo depois me acostumei e foi super tranquilo de ler. O livro começa com a reunião de estudantes de medicina meio bêbados falando sobre amores e mulheres, cada um vê o amor de uma maneira e eles termina com uma aposta e um convite para uma reunião familiar.

A senhorita Carolina, a Moreninha, alfineta o seu par romântico com suas respostas rápidas e seu jeito moleca, ele fica incomodado e fascinado com ela e isso deixa ele numa situação nova. O leitor se diverte com as idas e vindas deles e vai descobrindo o quanto os dois combinam, ambos tem um humor peculiar, adoram pregar uma peça e ficam nesse misto de birra e encantamento.

Eu gosto também do clima de festa no campo, de reunião entre amigos fora da corte. Também dá pra traçar um paralelo com o que encontramos nos clássicos de outros países e nos romances de época que se passaram em Londres.

Acho que é um clássico que agradara adolescentes, adultos e idosos, pela delicadeza, risadas e por ser leve, além de ser uma leitura super fluída. Fui arrebatada pela aposta, pela dinâmica dos amigos estudantes e pela moreninha travessa que encanta com sua língua afiada, suas alfinetadas e travessuras.


#clássico #nacional #romance #ficção

Bernardo 29/09/2021

A pior coisa que eu já li
Enquanto pensava no que colocar nesta resenha, veio como um flash, todas as problemáticas dessa bomba. A trama gira em torno de uma relação pedófila, mas ainda também apresenta várias situações machistas e repletas de racismo. Todos esses defeitos podem ser "justificados" pela época em que foi escrito, entretanto isso não tirou o nojo que eu senti das personagens.
O casal principal é tosco e sem sal, não consegui sentir nenhuma química entre os dois, apenas senti tédio. O romance além de possuir motivações ridículas, é repleto de clichés que não apresentam nada de cativante.
Como foi mencionado antes, o livro apresenta um pedófilo, o Augusto, que se apaixona por uma criança (existe até mesmo um certo momento em que se refere como uma criança), a Carolina, que possuem 6 anos de diferença, ela com 14 e ele com 20 anos. Os acontecimentos dessa obra são muito inconvenientes e psicodélicos. Certeza que o Joaquim Manuel de Macedo não estava sóbrio quando escreveu isso.
Péssima leitura.