GG 23/11/2023
Não teve jeito: fiz minhas pazes com o Asimov.
Depois de não ter curtido muito Fundação (sei que sou minoria and I don't care, pq o livro é muito chato socorro), ler O homem bicentenário foi muito, muito bom!
A novela fala de Andrew, um robô que é diferente dos outros robôs, ele é único. Ele pertence a uma família que o respeita enquanto máquina e leva em consideração suas vontades.
A princípio, parece a ser um livro sobre liberdade, mas à medida que lemos, vemos que a questão não é apenas essa. É sobre o que faz de nós humanos. Humano é quem pensa? Quem nasce? Quem interage? Quem tem vontade?
O próprio nome do livro é sutil na entrega do ponto principal dele e, no final, há a resposta, que faz sentido dentro do contexto.
O interessante do movimento do qual o autor faz parte, é esse diálogo constante sobre a coexistência de humanos e máquinas, que levantam questões sobre humanidade, dignidade, empatia, respeito. Temas explorados não apenas pelo Asimov, mas pelo Philip K Dick, em Blade Runner, e, mais atualmente, pela Beck Chambers, em Um salmo para um robô peregrino, por exemplo.