Nalí 15/08/2020Um serial Killer criou um jogo mórbido onde só um pode sobreviver. Após encarcerar duas pessoas, sem água e comida, os põe diante uma decisão extremamente perturbadora: quem vive e quem morre. Para instigar os prisioneiros, é deixada uma arma carregada com apenas uma bala. A mensagem do psicopata não deixa dúvidas: um será libertado após a morte do outro.
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Helen Grace é considerada uma das melhores investigadoras. Ela é encarregada do caso e cobrada constantemente para capturar o assassino antes que sejam feitas novas vítimas. Helen é uma profissional competente e discreta, sua vida pessoal é uma verdadeira incógnita, mas conforme a narrativa progride, vamos descobrindo que ela tem seus próprios demônios e que nem tudo é o que parece.
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Acompanhamos também dois personagens misteriosos. Um aos poucos, revela ser o assassino contando o seu passado. O outro demora um pouco mais para revelar sua identidade, mas é alguém com um passado complicado e que usa uma forma um tanto quanto extrema para expurga-lo de sua alma.
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Uni-Duni-Tê é um thriller com suspense psicológico. Apesar de acompanharmos o desespero dos personagens, o enredo gira em torno da investigação policial e sobre a detetive Helen. Acompanhamos o avanço da averiguação de forma gradual e enquanto Grace tenta encontrar uma conexão entre as vitimas, segredos vão sendo revelados. Os detetives secundários, ganham destaque na trama, pois são de extrema importância para o desenvolvimento da narrativa e ajudam a personificar melhor a detetive Helen Grace.
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Narrado em sua maioria em terceira pessoa, os capítulos são curtos e a leitura flui num ritmo agradável. A trama sangrenta e violenta tem um final eletrizante. Algumas questões sobre a detetive Helen Grace ficam em aberto e acredito que teremos explicações no segundo volume: “Da morte ninguém escapa”, também protagonizado por ela.