Nath 07/05/2024Resenha Pobre LeitoraUni-duni-tê tinha tudo pra ser um livro entre 4 e 5 estrelas, um thriller impressionante, cruel e bem detalhado, que prende o leitor em seus capítulos curtos e bem escritos, mas que avacalha totalmente no final.
Acompanhamos Helen Grace, uma detetive que se depara com uma possível serial killer com um modus operandi diferente e cruel: sequestrar duas pessoas, deixá-las trancafiadas beirando a morte por inanição e lhes dá uma arma com uma bala, para que decidam quem morre e quem vive. Acompanhamos a batalha da detetive para descobrir a assassina antes que mais pessoas morram, e enquanto isso vamos conhecendo a personagem e as pessoas que estão ao seu redor. Também conhecemos um pouco das vítimas, já que os capítulos vão alternando entre as buscas e o sofrimento deles, alternando também as visões dos personagens.
É um livro que prende o leitor desde o começo com bastante ação, cenas repulsivas e desesperadoras. Os capítulos bem curtos dão uma sensação a mais de urgência. Da metade do livro pra frente fica fácil descobrir qual é o plot final e quem é a assassina, mas ainda assim o autor consegue nos deixar curiosos pra saber como vai acabar. É aí que ele peca. Conforme fui lendo e terminando, fiquei nervosa ao ver que as páginas estavam acabando e o autor não ia ter tempo de trabalhar bem o final. Dito e feito. O final é jogado de qualquer jeito, parece que o autor ficou com preguiça ou realmente achou que não precisava elaborar muito. Sério, é muito rápido, praticamente nas últimas páginas. A investigação ficou bem encaixada e sem pontas soltas porque foi resolvida no decorrer do livro, mas a cena final, a descoberta, a redenção, a culpa, tudo foi escrito com pressa. É um final que me deixou revoltada, tinha tudo pra marcar o gol da vitória, mas aos 45 do segundo tempo, marcou um gol contra.
Ainda indico a leitura desse livro, mas já avisando que você pode passar uma raiva.