O olho mais azul

O olho mais azul Toni Morrison




Resenhas - O olho mais azul


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lucaismaia 23/03/2024

Comecei a ler em janeiro e só consegui terminar agora por causa das leituras obrigatórias/teóricas que me infernizam há 3 meses. mas desde então, a história de Cláudia, Frieda e Pecola, principalmente esta última, têm me acompanhado semanalmente.

uma historia pra ficar horrorizado do começo ao fim, e nem é do gênero terror. digo isso pq a escritora deixa claro como a opressão racial impacta psicologicamente suas vítimas, destruindo e colapsando a imagem de si: terror diário, constante. a leitura fica mais densa, mais pesada e sombria pq ocorre com uma criança, a mercê da violência intrafamiliar e social, de abandono e abusos.

infelizmente o fim é tão cruel qnt uma narrativa de Conceição Evaristo. e tão poeticamente cruel quanto!
Priscilla280 23/03/2024minha estante
Fiquei com vontade ler!


lucaismaia 23/03/2024minha estante
indico demais, viu. li para o clube da faculdade, e foi uma das melhores leituras desse ano!!!


Priscilla280 23/03/2024minha estante
Obrigada!




Daniela742 21/03/2024

"Eu acabei o livro ou o livro acabou comigo?"
Esse é, sem dúvidas, um dos livros mais tristes que já li na minha vida.
Estou sem palavras.
Tive que parar a leitura várias vezes para respirar e absorver o que tinha acabado de ler.
Uma história fortíssima sobre infâncias roubadas pela violência e racismo.
É triste e revoltante saber que a história da Pecola não está somente na ficção. Quantas Pecolas existem no mundo?
É impressionante como a autora consegue aprofundar temas tão sensíveis em 200 páginas. Vou precisar de um tempo para conseguir digerir essa história.
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davidionisio 19/03/2024

Uma história trágica e brutal sobre o racismo estrutural e as violências sistemáticas que a personagem principal está exposta.
O Olho Mais Azul traz o arquétipo branco como principal referência de beleza e as consequências desse conceito na mente de Pecola, uma menina negra que sonha em ter os olhos azuis. Esse símbolo do olho azul remete à disseminação de um ideal de beleza calcado em ideais racistas no norte dos Estados Unidos por volta dos anos 40.
Toni Morrison foi genial em abordar um tema tão delicado e de forma extremamente humana e real. Na história não existem heróis ou vilões, mas figuras que são a mágoa de uma sociedade que dispõe de todos os meios para marginalizar determinados indivíduos, desumanizando seus corpos e suas vivências.
Toni Morrison traduziu a agonia de existir em um corpo que não se adequa, e brilhantemente o fez com o intuito não de gerar compaixão (somente) pela personagem, mas de estimular a crítica a respeito de nossos conceitos.
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Viviane 18/03/2024

Sinceramente quando vi este livro pensei este negócio não vai prestar, mas a medida que fui lendo fiquei triste, com raiva e chocada com tudo o que aconteceu a Pecola e tudo por que ela era Negra.
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luizacvi 12/03/2024

Extremamente dolorido e marcante
Um dos livros mais doloridos que já li. a forma como a autora mostra as violências, os abusos e cada sofrimento vivido pelos personagens da história é ao mesmo tempo humana, real e brutalmente agressiva como um soco no estômago. a vida de Pecola é completamente moldada pelas suas vivências pautadas no racismo, em um desejo inalcançável, na falta de carinho e cuidado. o sonho de ter olhos azuis traz muitos significados, marcas e muitos responsáveis pela destruição e pelo colapso de uma menina negra. é impossível fazer essa leitura e não pensar nela a cada minuto do dia. é impossível conhecer Pecola e continuar a mesma pessoa de antes.
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e.denildo 12/03/2024

Pecola jamais será esquecida, tampouco ?O Olho Mais Azul?
Não sei se terminei o livro ou ele que terminou comigo. Acompanhar a vida de Pecola é uma viagem muito dolorosa, por muitas vezes, indigesta e repugnante, mas sem dúvidas uma experiêncial visceral e necessária.
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Tamara 11/03/2024

Dolorido
Por vezes senti vontade de vomitar... q dor senti durante detalhes de momentos que eu gostaria de imaginar que jamais poderiam acontecer na vida de uma menina...
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joaoggur 10/03/2024

Convite à misantropia.
O protagonista deste livro, em contraste as comuns sinopses, não pode ser resumido a um só indivíduo; contando tristes histórias de vida, Toni Morrison retrata os percalços de pessoas negras em um estados-unidos entreguerras.

Mesclando da linguagem oral até a cacofonia de vozes narrativas, os sofrimentos de um povo marginalizado é canalizado nas irmas Claudia e Frieda, na vizinha Pecola Breedlove e sua desajustada família, e em muitos outros personagens que, por vezes, tangenciam a narrativa inicialmente exposta.

A dificuldade da leitura é diversa, - primeiro, sem dúvida, pela gráfica violência exposta. Ha estupro, violência de todas as estirpes e tudo que pode nos dar ódio ao nosso semelhante. Segundo, e menos falado, é como a dissonância de vozes nos deixa inebriados, confusos no quem-é-quem; creio, particularmente, que esta cacofonia é o retrato dos gritos de luta racial, que muitas vezes se confundem em um certo hinário de dor. As narrações, por vezes concretas e por outras misteriosas, nos fazem refletir como ?qualquer? negro pode narrar a vida ?de outro qualquer?; a melanina, infelizmente, não é o único traço de semelhança. As cicatrizes são comuns.

A magia do livro mora na poética da prosa, - em como as passagens de tenebrosos momentos são desenvolvidas com uma delicada beleza, que nos toca e, mesmo não nos apaziguando, consegue fazer-nos sentir o comodismo e banalidade que a discriminação erroneamente recebe. A escritora é minuciosa nas palavras, cirúrgica nas analogias, criando poesias oriundas dos mais terríveis submundos, e, principalmente, conseguindo incutir tudo que lemos permanentemente em nosso cérebro.

Uma leitura pesadíssima, que infelizmente ainda permanece atual. Vale a leitura, - para os fortes. Você não quererá terminar; todo o suplício de Pecola (e tantos outros inomináveis) irá se transpor ao leitor. Abrir os olhos sempre é doloroso.
Nina 12/03/2024minha estante
Livros dolorosos são os mais necessários.




Krishna.Nunes 08/03/2024

Racismo, colorismo e abandono
"Ao igualar beleza física com virtude, ela despiu a mente, restringiu-a, e foi acumulando desprezo por si mesma."

Pecola é uma menina que não consegue encontrar seu lugar no mundo e sente a dor de não enxergar nenhuma esperança, nenhuma perspectiva. Uma pessoa feia, inapropriada, uma menina que não se encaixa nos padrões de beleza, que não se vê retratada no cinema e nas peças de publicidade. Uma menina que tem uma grande ambição na vida: ter olhos azuis. Ela associa os olhos azuis, que ela vê em toda parte, por exemplo nas bonecas que se dão de presente para as crianças e nos rótulos dos doces que ela compra com moedinhas de 1 centavo, como sinônimo de beleza, bondade e virtude. Tudo o que ela não possui.

"Toda noite, sem falta, ela rezava para ter olhos azuis."

Escrito de forma poética, mas que não deixa de ser indigesta e repugnante, esse texto representa um pedido de socorro. É uma obra profundamente comovente que chama a refletir sobre as consequências da busca por se adequar a padrões inalcançáveis.

Pecola nunca foi protegida por ninguém, nunca recebeu amor e cuidados das pessoas que deveriam ser responsáveis por ela. Na escola ela sofria um bullying violento de outras crianças. Não importava que eram também crianças negras - "O desprezo que sentiam pela própria negritude fez irromper o primeiro insulto." E em casa era exposta a violências, xingamentos, até que acaba sofrendo abuso sexual do próprio pai. A autora propositalmente humaniza todos os que fazem mal a Pecola para que o leitor não sinta ódio deles e encare toda aquela sujeira, miséria e crueldade da maneira mais normal possível. Tudo isso leva a menina ao um completo colapso mental.

A questão do colorismo retratada no livro ainda é muito forte e mal resolvida. A indústria cultural está sendo pressionada, seja por força de legislações ou outros movimentos sociais, a dar lugar a outras imagens, outras cores o outros modelos de corpos. As pessoas têm exigido que seus cabelos, seus olhos, suas cores e suas formas também tenham espaço no cinema, nas novelas e na publicidade. Mesmo assim, quando pessoas negras são representadas, são geralmente por pessoas de pele mais clara e traços mais embranquecidos.

No Brasil, ainda que os negros e afrodescendentes sejam maioria na população, não são maioria entre os representantes na política, nos cargos de liderança, nas propagandas nem nas salas de aulas das universidades. As situações retratadas por Toni Morrison nesse livro comovente estão longe de ser superadas.
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Kasimoes 07/03/2024

Racismo / Beleza
O padrão de beleza estabelecido pelos brancos atravessa os negros e principalmente as meninas crianças, que almejam traços inalcançáveis.
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Gustavo.Morsch 07/03/2024

Soco no estômago
Livro absolutamente fundamental. É o racismo tratado de forma pura e viceral. Não tem como ignorar Pecola
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Hannah.Guedes 06/03/2024

Livro lindo e sensível.
A falta de linearidade me incomodou um pouco, a mudança de personagens também quebrou o ritmo de leitura algumas vezes.

Mas foi um livro lindo e difícil ao mesmo tempo.
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Ana 05/03/2024

O triste mundo de Pecola
"O Olho Mais Azul", de Toni Morrison, é uma obra que me tocou profundamente e provocou uma mistura de emoções, principalmente tristeza. A narrativa meticulosamente construída mergulha nas profundezas da alma humana, explorando temas como racismo, opressão e trauma. A jornada de Pecola, uma jovem negra que busca desesperadamente aceitação e amor em uma sociedade que a menospreza, é comovente e angustiante. Morrison habilmente desvela as camadas de dor e sofrimento que permeiam a vida de Pecola, fazendo com que o leitor compartilhe de sua dor e anseie por justiça e redenção. Ao final da leitura, fui deixada com um sentimento de melancolia profunda, mas também com uma admiração pela poderosa escrita de Morrison e sua capacidade de provocar uma reflexão tão intensa sobre as injustiças do mundo.
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DeCardoso 04/03/2024

Doloroso
Esse foi um daqueles livros que me causou ressaca literária. Fiquei dias pensativa e angustiada após o término da leitura.

A personagem Pecola, uma menina negra, tem o sonho de ter os olhos azuis e essa ideia fica martelando no livro. Pois, a estética de pessoas brancas são considerados o padrão de beleza.

As passagens de racismo, pobreza e violência me fizeram interromper a leitura por uma questão de não conseguir digerir alguns acontecimentos.

Foi um livro difícil no sentido de ser triste e pesado, mas é uma escrita fácil de ser interpretada. Na fase final, a história me arrancou um choro silencioso e doloroso.
A autora é incrível e a história é cruel e real.
Está entre uma das leituras mais marcantes que já li.
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