O olho mais azul

O olho mais azul Toni Morrison




Resenhas - O olho mais azul


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luizagross 11/05/2024

Não é a toa que Toni Morrison é ganhadora do prêmio Nobel de literatura. Livro muito profundo e forte, escrita impecável, narrativa e personagens extremamente bem construídos. A história conta a tragedia vivida pela criança Pecola, pela visão de também de uma criança, Claudia. Aprofunda no tema do racismo estrutural de uma forma muito impactante. Como uma amiga citou ?um soco no estômago teria sido mais fácil?.
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Matheus 07/05/2024

A infertilidade do belo
?Espelho, espelho meu, existe alguém mais belo do que eu?? A famosa fala dos clássicos faz alusão a busca incessante do conceito de belo e perfeito. A parametrização da beleza em um nível a ser alcançado pelos demais. Quem sabe, até a exclusão da imagem da parte do indivíduo que não se sente vinculado a padronização de um todo. De um conceito. De uma definição única e singular: o belo é.

O Olho mais azul de Toni Morrison aborda os impactos da delimitação do conceito de beleza assim como seus reflexos na construção social de indivíduos a beira da marginalização social na década de 40, enquadrados, principalmente, a minorias de classe, gênero e cor.

Pecola, a personagem central da história, é descrita inúmeras vezes como preta e feia. Muito feia. O desejo ardente de sua alma é de se encaixar no parâmetro de beleza do regime atual a época: possuir os olhos azuis. Para a Pecola não há foco, não há holofotes, o que se absorve por sua história são os fatos descritos em outras narrativas de pessoas presentes em sua vida: amigas, mãe, pai e até desconhecidos.

A ideia de Toni é de criar nenhum vínculo afetivo com a personagem e sim causar repulsa e indignação aos fatos apresentados que levam ao clímax do enredo final. Por tanto, focada em trazer um lado obscuro e real dos acontecimentos narrados, a autora acaba pesando a linguagem em certos pontos, transformando a leitura em nenhum pouco convidativa e até intragável em certos momentos. Podendo ser tida até como confusa pela falta de linearidade com os diversos narradores presentes.

Contudo, o desfecho final, apesar de extremamente penoso e triste, é impactante e reflexivo. O sonho de uma criança de ser bela, de ser aceita, de ser acolhida é podado pela brutalidade da sociedade. A somatória de todos os acontecimentos narrados, culminaram para o não florescimento da vida da personagem. A culpa aqui não é destinada a semente, ao indivíduo, mas sim ao meio, a terra na qual ela estava inserida.

A fertilidade dos sonhos e os motivos destinados a continuidade de sua existência plena são extinguidos. Sendo a tragédia perpetuada na inocência e na pureza que blindam a personagem de toda infelicidade a ela acometida. E no fim só lhe resta um único questionamento que nutre sua reafirmação de belo e genuíno, de anseio arrematado: ?Amigo, amigo meu, existe um olho mais azul do que o meu??.
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Vitor16Hq 05/05/2024

Primeiro livro da Toni Morrison que leio, autora que ganhou o prêmio Nobel de literatura e foi um livro que me deixou impactado.

O livro narra muitas situações do dia a dia de Pecola Breedlove, uma menina negra que sonha com uma beleza diferente da sua. Ao longo do livro várias reflexões sobre raça, classe social e gênero vão aparecendo.

A narrativa é muito bem construída, as partes da Pecola na escola trabalham bem a mentalidade dessa personagem, tem algumas cenas de bullying e como ela lida com isso me pegou de surpresa.

Em casa, tem uma cena com a mãe, que foi uma das emocionantes do livro, e foi praticamente no início do livro, a autora teve muita sensibilidade ao escrever personagens que conseguem transmitir suas emoções para o leitor.

Pesquisando mais um pouco, descobri que fizeram a idiotice de proibir o livro em escolas, tem algumas partes que são mais fortes, mas são coisas da realidade que não podem ser ignoradas, mesmo que seja um pouco duro de ler, esse não é um livro que vai te tirar da realidade.

É uma leitura que eu recomendo muito. Ele vai impactar e concientizar. Esse livro conseguiu me deixar pensando nele até quando não estava lendo.
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Natielli 02/05/2024

Não é um livro ruim, mas não me prendeu tanto. A narrativa é muito interessante, mas foi uma leitura bem arrastada..
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Fernnanda.Stumbo 02/05/2024

Uma das obras mais difíceis que resenhei.
Meu primeiro contato com Toni Morrison, a tão falada, e infelizmente frustei-me!
Talvez eu tenha colocado muita expectativa na obra, após tantos textos lidos e vídeos assistidos sobre o assunto que me falta saber por onde iniciar a resenha, há muito o que ser dito, ao mesmo tempo que as palavras se escondem!

Eu realmente esperava mais, senti um baque com algumas falhas na narração como por exemplo quem é o narrador "curandeiro" que na minha opinião, apresentou um dos melhores capítulos do livro, mas não faço ideia de quem seja! A comparação com Dick e Jane e a casa bonita, que eu não compreendi durante a leitura e depois que soube que é uma referência da época a família perfeita, como nosso famoso comercial de margarina.

Mesmo com minha frustração não deixei de considerar uma leitura válida e gostei muito da escrita da autora, de fácil compreensão, simples e leve, mesmo trazendo temas pesadíssimos! Apresenta personagens bem elaborados, que ao meio de suas vidas pesadas conseguem nos manter num misto de risos e choro, me despertando vontade de ler seus demais trabalhos...
Nos faz lembrar outras obras como Tomates Verdes Fritos, A Cor Púrpura e A Vida Secreta das Abelhas... Percebemos o conceito de que o negro não faz parte do padrão da beleza pela visão dos brancos, mas por que os próprios negros acreditam nisso também?
A falta de demonstração de afeto entre os familiares talvez justifique um pouco esse ponto, uma criança que vê sua mãe tratar com tanto carinho outra criança que ela cuida por trabalho contrabalanceado com toda a ignorância e desleixo que é tratada realmente não tem como desenvolver uma boa autoestima.

A relação tóxica de Pauline e Cholly que faz seus filhos terem outra visão do amor é algo marcante e justificável a reação de Pecola ao abuso cometido, um ser humano criado em um ambiente onde visualiza seus pais brigando, xingando ao mesmo tempo que possuem relações sexuais é considerável para sua inversão de bem/mal.

Outro assunto muito marcante no enredo é o relacionamento das famílias e suas reações sobre abuso sexual. Fica bem notável a presença de ignorância e falta de afeto em ambas como já citei anteriormente mas há uma diferença que muda todo o contexto da formação familiar de cada uma: o amor.
A mãe de Claudia pode ser nervosa, de poucas palavras amigáveis, exagerada na hora de bater nas filhas no intuito de educá-las. O pai "ausente" no dia a dia. Mas quando houve o incidente de abuso (bem menor comparado ao de Pecola) vimos o amor presente ali, na reação direcionada ao abusador, na proteção a filha, o amor ali vive, mesmo que pouquíssimo falado.
Já na família de Pecola, ao acompanharmos a história de seu pai abandonado pelos próprios genitores, sua busca infinita pelo pai, sua vergonha ao ser exposto em sua primeira tentativa de demonstrar um sentimento acaba nos esclarecendo o que o faz levar a cometer o abuso à sua filha, o que claro, não o defendo! Isso me gerou uma contradição tão imersa que me sinto incapaz de transcrever... Não posso dizer que conhecendo sua vida miserável somos capazes de perdoá-lo pelo ato, mas ao mesmo tempo compreendemos sua visão, a vida que lhe foi apresentada e a maneira que a interpretou. Somos capazes de justificar seu ato, mesmo sendo tão errado, doloroso e mal!

Houve uma passagem que considerei uma das mais bonitas que nos faz entender um pouco da contradição do amor de Cholly ao mesmo tempo que entendemos o amor no mundo real:
"O amor nunca é melhor do que o amante. Quem é mau, ama com maldade, o violento ama com violência, o fraco ama com fraqueza, gente estúpida ama com estupidez, e o amor de um homem livre nunca é seguro. Não há dádiva para o ser amado. Só o amante possui a dádiva do amor. O ser amado é espoliado, neutralizado, congelado no fulgor do olho interior do amante."
Esse trecho é capaz de nos ensinar duas coisas, primeiro: as pessoas só dão o amor que possuem dentro de só, reflexo do que são; e segundo: só o ser amante possui amor, enquanto o amado não é nada, além da interpretação do amador.

O livro acaba por culpar uma falha da sociedade em relação a incentivo, apoio, reconhecimento e amor aos outros.
Faz com que pensemos no que fazemos pelo outro, em nossa empatia, na facilidade que o ser humano possui de apontar no outro, seus próprios erros e defeitos. Em suas últimas páginas, Morrison traz trechos lindos, relatando características pessoais da sociedade com a verdadeira realidade miserável em que está inserida.
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inasantos 27/04/2024

Foi uma leitura dolorida, violenta, reflexiva. Toni Morrison escreve de forma simples a dor e ao mesmo tempo a inocência. Perfeito demais!

"Este solo é ruim para certo tipo de flores. Não nutre sementes, não dá frutos, e, quando a terra mata voluntariamente, aquiescemos e dizemos que a vítima não tinha o direito de viver. Estamos errados."
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Julesleao 18/04/2024

Emocionante
Li esta obra pela primeira vez pra uma disciplina da faculdade, discutimos sobre alguns dos temas que o livro aborda e tudo mais, mas confesso que reler o livro foi uma experiencia 1000 vezes melhor do que ler pela primeira vez. A carga ao mesmo tempo emocionante e cruel que a obra carrega é impressionante e avassaladora. Toni Morrinson, você sempre será lembrada
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Mari 18/04/2024

Pecola Breedlove é uma menina negra que vive em uma época onde o padrão de beleza é a branquitude, seu maior sonho então é ter essa tal beleza que tanto fascina as pessoas.

Maltratada e negligenciada não só pela sua família mas também por outras crianças, ela vive num mundo cheio de preconceitos e injustiças. Um racismo estrutural brutal, onde não se difere somente em raça e sim em colorização.

A Toni Morrison foi genial e impecável com a escrita desse livro e seus personagens que são vários. Em tão poucas páginas, ela consegue disseminar os percalços de uma geração atemporal, sem vilões ou vitimismo, mas sim com um realismo analógico impressionante.

É um livro doloroso, triste e tem alguns gatilhos.
Pesadíssimo (infelizmente).
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Carol Guimarães 16/04/2024

A autora adentrou na história de vários personagens, para explicar o comportamento deles ou para explicar as situações em que se encontravam.
A narrativa cheia de divagações é entediante pra mim e a cronologia confusa talvez não tenham me ajudado a apreciar esse livro tanto quanto ele merece.
Mas as histórias em si, marcam, comovem e nos fazem refletir que o mundo retratado pela autora naquela época não mudou tanto assim quanto nós pensamos apesar de tanta luta.

"...quebrar a narrativa em partes a serem reunidas pelo leitor — pareceu-me uma boa ideia, cuja execução, agora, não me satisfaz. Além disso, não funcionou: muitos leitores se sentem tocados, mas não instigados..."

Essas palavras da autora refletem bem como me senti durante a leitura.
Apesar disso, recomendo a leitura. Um livro que nos faz refletir.
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Leila 15/04/2024

O olho mais azul
Esse livro fala sobre o racismo, toda crueldade e violência relacionada ao tema. Conta a história de Pecola, uma menina de 12 anos que sofre todos os tipos de preconceito e violência, até mesmo de outras pessoas negras. Pecola se sente feia e reza todas as noites para ter olhos azuis, dessa forma se sentiria bonita e seria respeitada.
Muitos pontos fortes podem ser destacados:
??O livro é narrado na década de 40, período em que a segregação racial estava no seu auge nos EUA.
??Os padrões de beleza, na época, assim como hoje, privilegiam alguns biotipos em detrimento de outros. O que leva Pecola a não se aceitar enquanto criança negra.
??A política de branqueamento, praticada em muitos países, somente reforçou ainda mais a não aceitação da beleza da raça.
??Por fim, como é possível uma criança ser submetida a tantas formas de violência (física, moral, sexual) e privada do atendimento básico que é seu de direito, mesmo até os dias de hoje.

Recomendo a leitura!
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Higor 15/04/2024

"LENDO NOBEL": sobre protagonistas que não protagonizam
Toni Morrison muito me instigou com "Sula", seu segundo livro publicado (e minha primeira leitura da autora), tanto que parti imediatamente para "O olho mais azul", seu livro de estreia. Sim, o mérito principal se deve a escrita da autora, mas eu queria entender melhor o prefácio de "Sula", em que a própria afirma se tratar do único livro com ideia, estrutura e intenções diferentes de toda a sua vasta bibliografia. Com tal informação, a leitura deste livro se deu mais para entender o que ela queria dizer, entender as divergências e, de quebra, torcer para encontrar na história de Pecola aquilo que eu mais gostei no livro anterior, assim como não me aventurar novamente naquilo que mais detestei do núcleo familiar de Sula.

Acontece que, infelizmente, eu encontrei uma versão não polida - ou revisada - de "Sula", pois há, aqui, em "O olho mais azul", o que há de melhor e também de pior em seu segundo livro. A questão de Morrison, ao menos para mim, está na estrutura de sua narrativa, na maneira como ela organiza os fatos, e quem ela escolhe para nos apresentar seu doloroso mundo.

Se em "Sula", a personagem-título demorou diversos capítulos para aparecer, enfim, ao leitor, nossa protagonista da vez, Pecola, já é referenciada logo de cara, assim como seu destino trágico, mas parece que os fatos ocorridos na vida de Cláudia, a narradora, são muito mais interessantes, e o leitor se esquece em diversos momentos quem de fato é a personagem principal do livro.

Explico melhor: dividida em três linhas narrativas principais, a não-linearidade cronológica de "O olho mais azul" se inclina para uma escolha pretensiosamente bem-sucedida (muito bem, diga-se de passagem), mas se perde ao intitular uma protagonista e, sinceramente, não dar a devida atenção, de maneira a deixar o leitor, embora tocado com o terror que assola a pequena Pecola, não conectado por completo ao seu drama, pois ou há uma curiosa cartilha sobre uma família branca e aparentemente perfeita, ou uma narradora, Claudia, uma criança também negra, mas não tão desprezada ou sofrível como a protagonista, que empolgam muito mais.

Acredito que, exceto pela parte final, o pouco que sabemos de Pecola se dá com comentários espaçados do narrador onipresente ou de Cláudia, em uma narrativa apenas expositiva, sem muitos detalhes do porquê ou de como aconteceu a ela. Todos os outros personagens são mais interessantes que Pecola, e digo de Cholly e seu passado angustiante, de como conheceu e se apaixonou por Polly, apesar de sua deficiência em uma sociedade preconceituosa, e como o amor se transformou no ódio, no vício, e principalmente, em algo tão criminoso.

Em contrapartida, enquanto o leitor acompanha o passado e a construção de todos os outros personagens e consegue reconhecer o talento da autora, afinal, ela escreve muito bem, por que Morrison não fez o mesmo justamente com Pecola? Até mesmo Soaphead, um personagem tão pequeno, teve uma construção, tempo de história maior que a própria Pecola, quando claramente é um personagem descartável, tanto que apareceu apenas naquele momento para nunca mais ressurgir.

Eu entendo perfeitamente o período de escrita e publicação de "O olho mais azul", assim como sua importância para a literatura, não só negra, mas da época de uma maneira geral, onde houve uma ruptura no modo de narrar a história, que era a de abordar os dilemas americanos pós Grande Depressão e Guerra Mundial, para se olhar e atentar aos problemas dos negros, além de, principalmente, resgatar a beleza racial há muito perdida. A questão é que eu saio muito frustrado da experiência de ler Toni Morrison.

A frustração ainda tomou proporções maiores com o posfácio da autora, em que ela muito questiona a si e as escolhas tomadas ao livro. Sério, se a própria autora reconhece que errou, e muito, nas escolhas estruturais e narrativas que tomou, por que eu deveria gostar?

Outro exemplo para reforçar meu pensamento: o título, "O olho mais azul", se dá à vontade de Pecola de ter os olhos azuis, olhos de Shirley Temple, e não ser mais feia. A primeira menção a isso está na página 22 e depois é retomado apenas na página 174. Não seria esse o fio condutor de toda a história? O dilema a que a dita protagonista lutaria a cada página, caso tivesse páginas decentes dedicadas a ela?

Inquestionavelmente bem escrito, "O olho mais azul" sofre com decisões catastróficas da autora, reconhecidas anos depois pela própria. Uma grande história sobre temas relevantes e atemporais, como infância negra, contraste entre a vida de brancos e negros, violência doméstica, racismo internalizado, dentre tantos outros, mas que se propõe a elevar uma personagem a status de protagonista, quando todos os outros são, ou quando não há necessidade de elencar apenas uma pessoa, quando se tem um grupo tão diverso e interessante.

Basta de Morrison por enquanto.

Este livro faz parte do projeto "Lendo Nobel".
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Ellen609 13/04/2024

Triste
Que livro triste. Tanta ignorância, tantos valores deturpados, tanto preconceito baseado numa meta cor de pele... Fiquei um pouco angustiada durante a leitura, que é mais densa do que estou acostumada, mas gostei e recomendo. Afinal, é um clássico.
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vivianne 08/04/2024

Qual é a cor de olho que recebe mais atenção?
Apesar de que quem tenha os olhos azuis terem seus privilégios sim, essa obra traz a reflexão de como o olhar que recebemos pode guiar nossos caminhos, como dar atenção ao olhar que recebemos do outro vai nos fazer sentir. Uma obra que sai dos eventos de escravidão de um homem sobre o outro para uma escravidão imposta a nós, por nós mesma quando o que importa é o olhar do outro.
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Lika.Tanaka 08/04/2024

Considerado um dos livros mais impactantes de Toni Morrison, o primeiro romance da autora conta a história de Pecola Breedlove, uma menina negra que sonha com uma beleza diferente da sua. Negligenciada pelos adultos e maltratada por outras crianças por conta da pele muito escura e do cabelo muito crespo, ela deseja mais do que tudo ter olhos azuis como os das mulheres brancas ? e a paz que isso lhe traria. Mas, quando a vida de Pecola começa a desmoronar, ela precisa aprender a encarar seu corpo de outra forma.
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