'duarda 09/03/2021uma má escolha de leitura, que tolinhaPeguei esse livro para ler alguns anos atrás, no início da adolescência achei um CD dela nas coisas da minha irmã e como toda garota de 13 anos me vi em "ovelha negra" e me identifiquei com várias canções.
Fora isso, não sabia nada sobre Rita Lee. Nunca nem cheguei a ouvir suas músicas com frequência. Quando comprei o livro anos atrás, achei que ia me apaixonar por uma rockeira vanguardistas, quebradora de tabus e feminista da porra. O livro foi para a estante e só saiu de lá agora.
Comecei a leitura para dar sequência a um projeto pessoal de ler uma biografia por mês. Fiquei empacada nas páginas, me estranhei com o formato narrativo e me vi decepcionada com a expectativa da figura pública que criei.
Rita Lee não era nada do que imaginei (talvez isso até a agrade, pelo que entendi dela no livro). Com o complexo de menina branca de família classe alta paulistana e todos os seus privilégios, cai por terra muitas das coisas que idealizei. Seus posicionamentos políticos e ideológicos, apesar das grandes amizades que mantinha, também foi uma decepção. Talvez aqui minha culpa seja ainda maior? Ninguém mandou não ir pesquisar ao menos um pouco sobre a pessoa antes de sair comprando a biografia, não é mesmo? Fica a lição.
Corre o risco de eu ter perdido muitas coisas por ter um background nulo quanto a música? E mais ainda por talvez não ter captados ironias e sarcasmos já que conhecimentos básicos me faltavam? Também. Mas não há nada que eu possa fazer quanto a isso. Li o livro com as palavras que nele estavam. Se era necessário conhecimento prévio para entender melhor certas nuances, não é culpa minha. Minha opinião é puramente baseada nas páginas que ali constavam.
Um adendo final para dizer que sofri com absolutamente cada uma das perdas que ela passou em relação a seus animais de estimação. E fiquei especialmente puta naquelas que ocorreram por negligência por parte dela. Terminei o livro indo abraçar meus gatos.