Letícia 18/04/2023
A missa é o céu na terra
O livro é dividido em três partes: o sacramento da Eucaristia, o Apocalipse, e a Missa. Devo dizer antes de tudo que esclareceu-me mais quanto ao livro de João que aos mistérios do Santíssimo Sacramento. Pois bem, falarei dos pontos que mais me chamaram a atenção.
Primeiro, a extensa quantidade de sinais apontados no Antigo Testamento. É quase como se Deus nos desse um spoiler do que iria acontecer. Bem, na verdade foi exatamente isso. Desde Abraão, passando por toda a história do povo judeu e por todos os reis e profetas, o povo escolhido esperava pelo Messias. Isso torna bem mais grave o pecado cometido pelos sacerdotes de Jerusalém que condenaram-o: quando viram os prodígios e Lázaro vivo, recusaram tudo com pura malícia. Assim, quando Jesus morreu, verdadeiro Sacrifício e Sacerdote, na Velha Jerusalém que sacrificava meio milhão de cordeiros todas as Páscoas, o véu do templo se rasgou, e pudemos ver o lugar que era chamado de Santo dos Santos, ou seja, onde estava Deus. O plano de salvação estava consumado, e podíamos ver de novo o nosso Criador.
Naquela cidade, com a instituição da Eucaristia e a vinda do Espirito Santo no monte Sião, criou-se a Igreja, a Nova Jerusalém. Uma geração depois, os romanos invadiram-a e o templo foi destruído. Romperam-se os selos do livro, e são testemunhas a antiga lei e as profecias. Aqueles que fugiram para a montanha de Sião sem olhar para trás, no entanto, viveram, e sob a mão de Pedro o fazem até hoje.
Quanto ao Apocalipse, é menos estranho e assustador se você for católico. Uma mulher revestida de sol, coroada de estrelas e com a lua sob os pés? É Maria Santíssima, a Nova Arca da Aliança que carregou nosso Salvador, Rei, Lei e Alimento. E onde encontramos sacerdotes paramentados, incenso e cantos de louvores? Pois bem, já lhe contei a resposta. Assim, na interpretação do autor, que é um resgate do que falavam os Padres da Igreja primitiva, a liturgia celeste da Nova Jerusalém já é vivida aqui, em cada missa. Em cada magnífica catedral ou pequena capela, louvamos nosso Deus com miríades de Anjos e centenas de Santos. Derramamos nosso sangue junto aos mártires e participamos da família de Deus, que é um Sacrifício Eterno de Amor. O Apocalipse, em linguagem simbólica, é apenas o desvelamento de tudo isso.
Pois, se lermos o último livro das Sagradas Escrituras, conheceremos o final da história: não importa o quanto o mal trabalhe, ele perde. A Glória do Senhor é infinitamente maior. E Ele mostra-se, já hoje, com toda esta Glória, e nem uma gota a menos, na Santa Eucaristia, em cada paróquia do mundo. É boa nova esta conclusão: o dia da vitória é hoje!