Resenhas - O Nariz

miriamiria 06/01/2024

Divertido
Esse foi meu primeiro contato com a literatura russa, e foi o suficiente para me cativar. A leitura foi leve, divertida e cômica. Não imaginava que seria tão engraçado. Aliás, ao chegar ao final e perceber que a proposta da história é ser realmente absurda, fiquei ainda mais conquistada. Enfim, achei a ideia original.

Sofia654 05/01/2024

Um livro cheio de sátiras.
Não sei exatamente o que eu esperava dessa leitura, mas até que gostei.
É tudo tão absurdo, surreal e provoca tanta estranheza que chega a ser cômico.

"O título e a aparência formam a base da sociedade petersburguesa representada por Gógol, de modo que até mesmo um nariz é capaz de ganhar respaldo nessa sociedade, desde que agraciado com um título"

Carol 04/01/2024

Impressionante!
O nariz, já começa com um título e uma temática extremamente original e que me proporcionou várias risadas, as interpretações feitas por especialistas na leitura de Gógol adicionaram muito a leitura. Assim é a história de um cara que perdeu o nariz e o nariz sai por ai fazendo bagunça simplesmente cinema!

giih_ellipsis 04/01/2024

Quem diria que um nariz poderia causar tanto problema, né!
É uma história tão curtinha, - por isso não dá para falar muito do enredo, porque já vira spoiler -, mas, é engraçado e vale a leitura.

Giovanni66 04/01/2024

??
Gostei do recurso de humor empregado pelo
Gógol para criticar o funcionalismo russo e sua obsessão por status social ! Nunca pensei que iria imaginar um nariz rezando ?

Nayra61 04/01/2024

Ri da desgraça dos outros
Com toda certeza foi um dos livros que mais me causou estranhamento em 2023. Você se pega literalmente rindo de um homem que acabou de perder o seu nariz e descobre que o bendito está por ai, caminhando pela cidade de farda e tudo. Sem contar que durante toda a leitura se questiona de coisas absurdamente simples, como:
cadê o sangue quando o barbeiro encontra o nariz no pão?
por que o rosto do Kovaliov está chato e não há nenhuma cicatriz para indicar como o nariz sumiu de lá?
e por que diabos ninguém acha toda situação estranha ou absurda e só agem como se fosse algo totalmente rotineiro?
No final, apenas nós leitores e o narrador, nas últimas páginas, que de fato aparenta ter noção do fantástico que foi narrado até ali.
Mas não posso deixar de citar o brilhantismo de Gogól na forma como ele apresenta e nos imerge na atmosfera de São Petersburgo e de seus habitantes, além da forma genial que através de sua escrita ele nos arranca risos e reflexões. Nos pegamos pensando até nos mais simples detalhes da narrativa, em como o Kovaliov só está desesperado para ter seu nariz de volta por conta da vaidade e aparência, por exemplo.
No final da leitura também me peguei me colocando no lugar do personagem principal, em como me sentiria sem o meu nariz kk e em como me sentiria vendo uma pequena parte minha ascendendo mais que o meu todo.

Isis Michele 03/01/2024

Mais ou menos
Curioso e um pouco engraçado, mas a leitura não me prendeu nem suscitou grandes reflexões. Talvez eu que não estivesse no clima.

analuukkkjk 03/01/2024

O nariz
Como o autor cita: ?incidentes semelhantes acontecem no mundo; é raro, mas acontecem?.
Esse foi meu primeiro contato com uma leitura de um autor russo, devo dizer que gostei. A princípio não entendi a mensagem passada, então estarei deduzindo.
Fala bastante sobre a hierarquia em cargos sociais, faz alusão ao fato das pessoas ligarem com vaidade para a aparência, em que é admirada e respeitada como algo primordial antes de ideais. O lance do nariz perambular por aí é uma metáfora? Não entendi direito. Para mim foi algo relacionado a ele (sem sentido) ter uma posição hierárquica superior ao seu próprio dono, que é algo anormal apenas, tratado com normalidade pela maioria.

Rauecker 29/12/2023

O Nariz
Primeiro contato com Gógol, e com certeza lerei outras obras gostei bastante da escrita e da profundidade que o mesmo conseguiu com uma história completamente maluca.

Um homem que acorda certo dia sem seu nariz, nariz esse que tomou ?forma? de um humano e onde os dois chegam a conversar entre si? É hilário e esquisito, muito bom!

A literatura Russa é surreal, com coisas pequenas e estranhas conseguem nos entregar coisas de uma profundidade e complexidade de outro mundo.

Citação preferida:

?Mas no mundo não há nada que dure muito, e, por isso, até mesmo a alegria já no minuto seguinte, já não é tão vivida.?

andreza 29/12/2023

Esse é meu segundo conto russo, nunca tinha lido Gógol. confesso que esperava algo diferente, mas foi divertido

Ariadne 28/12/2023

Muito divertido
A literatura russa clássica possui uma aura de seriedade, angústia, sofrimento que é mais uma atribuição de imagem criada por quem não leu livros russos do que quem leu. Esse ano tive a oportunidade de ler dois livros russos/ucranianos que são divertidíssimos: O mestre e Margarina, de Michael Bulgákov e esse O Nariz, de Nikolai Gógol. Ambas são narrativas fantásticas que usam desses elementos fantasiosos para criticar seus contemporâneos e a sociedade do momento.

O Nariz é uma narrativa curta e muito divertida. Mal posso esperar para ler mais do autor.

Lara 27/12/2023

Que surpresa encontrar uma obra de realismo fantástico tão longe da minha amada América Latina, eu nem sabia que isso era um lance! Essa edição da Antofágica tem uns textos de apoio incríveis e abriram minha percepção para uma faceta da literatura russa da qual eu nunca tive contato. Em um mundo normal, um nariz passa a viver todo o prestígio da alta sociedade russa, sem que explicações ou perguntas sejam feitas. O nariz volta para "casa" tão sem justificativa como quando saiu. Essa questão da dupla na literatura russa já é conhecida, trabalhada e estudada, mas a forma como a dupla deste livro é trabalhada é muito interessante, em especial por se tratar de duas partes de um todo. Uma leitura fluída, uma história peculiar e um texto muito bem trabalhado, com ironia e críticas sociais, um belíssimo combo em pouquíssimas páginas.

Raquel.Furchinetti 27/12/2023

Nariz revoltado e com vida própria
Amei essa novela também. Ri bastante e só fiquei triste porque acabou. De novo aqui o Gógol critica a máquina pública da Rússia e mais uma vez de maneira hilária. Achei bem fofo e divertido.

alexsandernsantos 25/12/2023

UMA CRÍTICA SOCIAL DE SEU TEMPO
Esse conto foi minha primeira leitura do autor. Por mais que não tenha entendido a estória muito bem no início, o livro traz críticas sociais pertinentes ao contexto da Rússia do século XIX, abordando o funcionalismo público da época como um meio de ascensão ou declínio na sociedade. O enredo é ambientado em São Petersburgo, capital do império russo na época. De maneira cômica, porém séria, o autor mostra a preocupação do personagem Kovaliov em seu iminente rebaixamento social devido ao fato de encontrar-se desmembrado. A meu ver, a estória não teve uma explicação e nem um desfecho, mas imagino que a intenção do autor era exatamente a de colocar o cômico e o absurdo no centro do enredo.

O livro aborda o conceito literário do "duplo" ao contrastar o personagem Kovaliov e seu nariz. Outros autores utilizaram o duplo em seus escritos, a exemplo de Dostoiévski, Edgar Allan Poe e Robert Louis Stevenson.

Marto 24/12/2023

Do grotesco ao cômico
Um conto que inicia com um fato absurdo me lembra muito Kafka em vários sentidos, a construção desse texto está encrustada de referências grotescas como no texto kafkiano ?A metamorfose? e ao mesmo tempo cheio de críticas sociais. No contexto da sociedade da Rússia do século XIX, que é extremamente segmentada e reflexo do cenário burocrático de então. Um nariz que dar-se seu valor a partir de seu título em paralelo ao rebaixamento social do corpo a que pertence. O texto é cômico em vários pontos, apesar de ser um humor soturno e de estranhamento, diga-se de passagem, mas não deixa de ser uma das principais marcas do conto, assim como a reflexão social e os questionamentos das estruturas que os personagens estão envolvidos. Recomendadíssimo!