Abduzindolivros 25/08/2022
Esse é o melhor livro da saga, tenho dito.
É a pedra angular de toda a obsessão do pistoleiro. Aqui, seguimos um Roland Deschain adolescente, que se tornou o pistoleiro mais jovem, com apenas 14 anos. É como aquele seu primo que entrou no mestrado de Física antes de se formar no Ensino Médio, saca? Só que a família não tem tempo de ficar gabando o bonitão, porque todos estão tentando reprimir um levante popular. John Farson, O Homem Bom, quer derrubar essa sociedade milenar de pistoleiros e cerimônias para implementar um regime mais popular (?).
Além disso, aqui também conhecemos de onde surgiu a obsessão do pistoleiro pela Torre Negra. Para descobrirmos isso, é necessário mergulhar em uma história onde vários personagens distintos acham que lutam pelos seus próprios interesses; porém, estão dançando conforme a música do ka ? uma força maior capaz de varrer as vontades dos homens como um furacão (carregando a casa de Dorothy do Kansas para Oz).
O próprio Roland se vê dividido entre três interesses: se manter a salvo, como seu pai quis; desmascarar uma trama para derrotar os pistoleiros; e se entregar ao seu primeiro amor. Roland amou Susan Delgado desde a primeira vez, e ela amou de volta. Contudo, a paixão de ambos custou os sentidos de Roland, e logo ele se viu apanhado pelo vento, alheio a sinais de que seus dois primeiros objetivos faziam parte de uma trama com mais elementos que ele conseguiu prever.
Essas causas culminaram em consequências de morte e horror. E a pergunta que vai nos acompanhar pelo resto da saga: seria possível um final diferente, com outras escolhas? Ou o ka é como um vento inevitável?