Todo dia a mesma noite

Todo dia a mesma noite Daniela Arbex




Resenhas - Todo Dia a Mesma Noite


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Maurício 30/01/2018

Para não esquecer!
Perdi meu primo naquele dia 27. O maior medo da minha tia é que meu primo seja esquecido, esquecido pela justiça, esquecido pelas pessoas, esquecido pelos amigos. Por isso digo que este é um livro importante. Minha primeira reação ao me apresentarem a obra foi de repulsa, acho que é algo natural para quem perdeu algum ente querido naquela noite, qualquer coisa relacionada com o acontecimento, ainda mais com os desdobramentos na justiça, causa uma repulsa quase que involuntária. Confesso também que pensei em uma jornalista querendo faturar com o sofrimento alheio. Depois a curiosidade fez-me lê-lo. O livro não é nenhuma obra prima, mas é bem escrito, fácil de ler, mas difícil de digerir, não pelas letras, mas pelas memórias. Mesmo quem não tem nenhuma relação com o fato, mesmo quem não tenha acompanhado as notícias, fotos, reportagens, ao ler vai resgatar as suas piores memórias sejam quais forem. Quem ler vai lembrar da sua família, dos vivos e dos já falecidos e se tiver um coração vai chorar. Minha repulsa depois de ler o livro se tornou em um sentimento diferente, nenhum sentimento bom a não ser o de uma pequena ponta de esperança de que talvez meu primo e os outros 241 jovens não sejam esquecidos.
@lendocomacamis 03/02/2018minha estante
Maurício, não consigo imaginar sua for, apesar de saber que é triste perder alguém dessa forma. A gente lê e se sente impotente, lembro que acompanhei as notícias naquele período, ainda hoje choro apesar de não ter perdido ninguém, choro porque sei que famílias não conseguiram se reerguer após a perda, sofro porque ali com o fogo e com a fumaça se foram muitos sonhos. Que Deus conforte os corações de vocês! Não esquecemos daqueles jovens!


Gabi 06/02/2018minha estante
Meus sentimentos a todos que perderam seus entes e à vc, Maurício.

Sem dúvida, imagino que deve ter batido uma raiva e repulsa gigantes, mas é importante acompanharmos esses eventos, sem dúvida.
Sou de Campinas/SP, cidade do interior, acompanhei a história bem triste daquele 27 de janeiro de 2013 com muita dor, sentimento de abandono e descaso de quem deveria fiscalizar aquela boate e de quem era dono e não zelou, só buscou dinheiro. Meu pai faz alvarás para muitas empresas, lojas, clínicas, bares, etc, eu sei como é complicado: algum proprietário aluga um local sem habite-se pra outros usarem como inquilinos ou o Corpo de Bombeiros não faz seu trabalho direito ou o proprietário não quer gastar e arrasta os docs, etc e a mer** acontece. São ene situações. Brasil precisa compreender, conhecer essas histórias pra que nunca mais aconteçam outras "Boate Kiss", tenhamos consciência de nossos atos, tenhamos responsabilidades civis. Temos muito o que aprender.


Maurício 07/02/2018minha estante
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Maurício 07/02/2018minha estante
Cara Camila! Obrigado por doar um pedacinho da sua memória ao meu primo e todos os outros! Fica com Deus!


Mariana 11/05/2018minha estante
Fiquei tocada com o livro e procurei o máximo de sobreviventes e familiares das vítimas para poder mandar uma mensagem de apoio. Deixo aqui minha força pra vocês.


Bruna 29/08/2018minha estante
Mauricio, sem palavras que possa confortar sua família, seu relato me deixou mais tocada do que o próprio livro, que já tinha me feito chorar (e muito).
Espero que saiba que esse livro fez com que eu não me esqueça daquelas pessoas que morreram na Kiss.
Me faz dar mais valor para os pequenos momentos com a minha família, e até da consciência sobre os lugares muito tumultuados, tenho procurado reparar mais nas saídas de incêndio e segurança como um todo.


Troian 14/07/2020minha estante
Maurício, tb sou de Santa Maria. Moro perto da Kiss. Sinta-se abraçado. Um abraço que queria dar em todas as pessoas que perderam um ente querido.


Lili 15/09/2020minha estante
Foi tão difícil ler esse livro, mas tão necessário! Que Deus conforte o coração de todas as famílias. Jamais esquecerei desses jovens. Um forte abraço.


Manu.Mota 21/09/2020minha estante
Maurício sinta-se abraçado. Espero que o livro e esse espaço sirva de Memorial pra você e sua família


Nanda Bandeira 25/10/2020minha estante
Maurício, já se passaram três anos desde o seu comentário. Comprei recentemente o livro. Gostaria de acreditar que sua família está bem, com saúde e que sua tia sinta que seu primo e todos os outros que lá estavam não serão esquecidos.


Rosa 26/02/2021minha estante
Não será esquecido jamais


Maharet Sys 13/04/2021minha estante
Força, Paraboni. Não consigo colocar em palavras a emoção que tenho lendo o livro. Um sentimento de impotência, de medo, repulsa, dor... Seu primo certamente não será esquecido, nem as outras 241vitimas.
Espero que tenham conseguido força para continuar e seguir em frente...


Jairo.Oliveira 08/06/2021minha estante
Sem dúvidas esse foi o livro que mais me impactou, cara isso foi pior que um soco no estômago, eu não sou de demonstrar emoções e confesso que chorei ... Que deus conforte você e os familiares das vítimas.


Berenice.Thais 27/05/2022minha estante
Se depender de nós, não será esquecido


Francieldo.Souza 17/07/2022minha estante
Não consigo abrir pra leitura


Foxback 01/08/2022minha estante
Meus sentimentos. Uma leitura dificil e dolorosa. Mas necessaria. Força para Todos ai !


Luiza.Pettersen 19/01/2023minha estante
descrição exata, facil de ler, dificil de digerir. Meus pêsames


Andréa 24/01/2023minha estante
Maurício, não consigo nem imaginar a sua dor envolta em uma terrível revolta pelo descaso diante de uma tragédia tão aterradora. Que Deus conforte o coração de todos que viveram este drama na pele.


Paula777 08/02/2023minha estante
??


Bruna 01/03/2023minha estante
Meus sentimentos e espero que sua família e de todos que perder alguém tenham justiça,muita força ??


Maia120 20/03/2024minha estante
Muito triste o que aconteceu, durante a leitura desse livro eu chorei.




Clio0 29/01/2023

Como muitos que chegaram a essas páginas, eu também me lembro do que estava fazendo quando ouvi a notícia sobre a boate Kiss. Levei muito tempo para pegar o livro justamente por trazer à tona memórias pesadas sobre o ocorrido, e talvez tivesse levado mais tempo ainda se não fosse pela série da Netflix.

Todo dia a mesma noite reconta, numa mistura de crônica ficcional e documentário, os eventos daquela noite fatídica e seu desdobrar político. São depoimentos pessoais que se transformaram em narrativa e que aguçam as lembranças de quem também era jovem na época.

Não consigo imaginar o que as famílias sentiram e ainda sentem pois a história não acabou... como tudo em nosso país, o crime acabou em pizza. Mas, numa em que a massa entala na garganta queimando e amargando tudo pelo que sabemos da corrupção e do descaso de políticos, do ministério público e de outros órgãos responsáveis.

O texto de Daniela Arbex é emotivo, bem mais que informativo, inegável sua aproximação dos fatos e das famílias. Se tudo parece ficar um pouco em suspenso no final do texto, de cada capítulo, parece ser mais uma ocorrência devido a própria história ainda em conclusão.

Recomendo.
Felipe.Camargo 03/02/2023minha estante
Melhor perfil desta rede social!


Lelouch_ph 04/02/2023minha estante
Melhor resenhista do skoob. ? Amo a escrita dela.




Rosangela Max 29/08/2021

O livro expressa dor do início ao fim.
Impossível não se comover com a história das vítimas, seus familiares e de todos os profissionais e voluntários envolvidos nesta tragédia.
Também é impossível não se indignar com alguns fatos como: uma boate operar de forma irregular por quase 3 anos, da ganância dos donos das funerárias e da falta de empatia e sensibilidade de alguns moradores.
É nos momentos mais difíceis que as máscaras caem e a verdadeira face é revelada: seja para bem ou para o mal.
A competência da autora em livros-reportagem é indiscutível, mas aqui há o mesmo problema encontrado nos outros livros que li dela: capítulos mal finalizados.
Mas nada que abone a obra como um todo.
Joao 30/08/2021minha estante
Eu gosto da narrativa dela mas concordo com você quanto a finalização dos capítulos. Meio que senti isso em Holocausto Brasileiro.


Miguel 30/08/2021minha estante
Eu nem sabia da existência dela. Fiquei realmente interessado.




mpettrus 01/12/2023

A Tragédia Moderna da Corrupção
?Para quem perdeu um pedaço de si na Kiss, todo dia é 27.?

?O brutal caso do incêndio na boate Kiss e suas 242 vítimas fatais ainda está bem vivo na memória dos brasileiros, mesmo uma década após o ocorrido. A chocante madrugada do dia 27 de janeiro de 2013 que abalou o Rio Grande do Sul, ainda sofre com os fantasmas dessa tragédia anunciada.

? Em 2013, em Santa Maria, aproximadamente às 02h30min da madrugada, um incêndio ceifou a vida de 242 jovens e feriu 636. As investigações rapidamente determinaram que não foi um acidente, mas uma violação dos códigos de segurança, provocando a segunda maior tragédia no Brasil em número de vítimas de um incêndio.

? O incêndio começou no show da segunda banda a se apresentar naquela noite, ?Gurizada Fandangueira?, que utilizava artefatos pirotécnicos.

No entanto, outros problemas de segurança, incluindo espuma de isolamento acústico fora do padrão, extintores com defeitos, portas trancadas pelo lado de fora e a superlotação do ambiente, causaram uma fatalidade noturna, uma vez que, além de se espalhar rapidamente, a combinação de fogo e espuma provocou uma fumaça venenosa, cheia de cianeto.

? O fogo está longe de ser o único problema da tragédia. Muitos dos frequentadores da boate foram envenenados pelo monóxido de carbono, mesmo gás usado nas câmaras de gás em Auschwitz, a maioria dos corpos foram achados dentro do banheiro da boate.

Alguns jovens morreram ao tentar ajudar as vítimas, entrando na boate novamente sem saber do perigo do envenenamento através da fumaça, profissionais que ajudaram no resgate também tiveram problemas de saúde.

?A narrativa adotada pela autora é cuidadosa, sensível e, por vezes, bastante dolorosa. Dividido em 16 capítulos, acompanhamos as diversas nuances do fogo na vida das vítimas, dos familiares e amigos que nos envolve nos emociona e nos indigna.

Porque, por ser um livro-reportagem, essa é a grande intenção da autora. E, creio eu, foi uma escolha bastante acertada.

? Outra observação a ser feita é que todos os depoimentos estão situados sob o ponto de vista dos envolvidos na tragédia. São relatos carregados de sofrimento e saudade. Das vítimas temos oportunidade de conhecer parte de suas histórias.

A tônica da obra é construída a partir de uma dinâmica que nos insere em diferentes perspectivas do acontecimento a partir dos olhos dos profissionais de resgate, dos médicos do atendimento, dos familiares das vítimas e dos sobreviventes.

? O livro me rendeu passagens memoráveis, embora tristes e trágicas, das quais jamais esquecerei. O segundo capítulo, ?A Sinfonia da Tragédia?, foi onde eu literalmente desabei em lágrimas.

Os tantos celulares dos mortos, que tocaram por toda a noite, alguns mais de 150 vezes, cujas ligações nunca foram atendidas é destruidor. Mas o oitavo capítulo, ?Embarcando o Filho? é dilacerante.

? Quando a mãe, dona Fátima, se dirigiu as funcionárias da companhia aérea dizendo ?Cuidem bem do meu filho. Protejam-no. Ele vai ficar aqui com vocês?, e ninguém conseguiu dizer nada, apenas choraram, é visceral demais.

Dona Fátima era mãe de Rafael, que completaria 32 anos dia 28 de janeiro em Santa Maria. Seus pais se despediram do filho no dia 24 de janeiro no aeroporto de Guarulhos. Ele era o filho caçula, morava em São Paulo, mas era um aventureiro, um andarilho pelo mundo.

? O livro-reportagem é muito bem escrito a partir dos depoimentos dos sobreviventes da tragédia. Mas, sinto que ficou devendo a parte mais importante da reportagem: as denúncias.

O processo que está correndo na justiça contra os donos da boate e possíveis responsáveis pela tragédia, citando até o ex-prefeito de Santa Maria, Cezar Schirmer, não é tratado de maneira aprofundada. A autora não busca os responsáveis ou se exime de fazê-lo, nem apresenta fatos investigativos que levem o leitor a chegar a sua própria conclusão.

? São vários os fatores envolvidos no funcionamento irregular da boate, incluindo liberações incorretas que vão desde integrantes do Corpo de Bombeiros até os políticos mais influentes, portanto, é um caso que segue até hoje, sempre havendo recurso antes que a condenação de fato ocorra.

Também faltou uma denúncia da obstrução da justiça por parte de pessoas influentes e da dificuldade e sofrimento daqueles que dão tudo de si para que ela seja realizada ao longo desta década. A corrupção moderna escancarou suas tragédias ceifando vidas inocentes por conta de sua ganância e irresponsabilidade social.

? A ferida já está aberta, então porque não ser mais elucidativa sobre as questões judiciais na esperança de que assim tudo isso possa finalmente ser fechado?

As vítimas nunca voltarão à vida e as suas famílias nunca superarão a sua dor, mas talvez, ao expor as falhas da justiça neste caso, os envolvidos possam finalmente descansar e outra tragédia possa ser evitada. Infelizmente, percebi esse silenciamento voluntário por parte da autora.

? Entretanto, de maneira geral, considerei a obra da Daniela muito bem executada, bem escrita e planejada, pois um livro-reportagem demanda muita pesquisa e uma árdua investigação e colaboração de conseguir quem ajude o autor a remexer em feridas que estão longe de serem cicatrizadas. A autora foi muito além do que qualquer outro jornalista já havia conseguido falar sobre a tragédia.

? Tragédias dessa magnitude e proporções que perpassam a esfera individual e atingem a coletividade, precisam ser remexidas para serem evitadas no futuro. E as feridas dos sobreviventes que sobraram desses tristes episódios precisam passar por procedimentos médicos para se fecharem, pois, elas não fecham se você as esconde.

E, às vezes, mesmo que você as coloque sob a luz mais potente que existe, feridas assim jamais irão se fechar para aqueles que ficaram e que certamente, preferiam mil vezes ter morrido com seus entes queridos e amados.

??Pela Justiça. Pela memória. Para que isso nunca mais aconteça?.
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Mendonca_mai 19/07/2023

Uma Experiência Dolorosa e Profundamente Impactante.
Esta leitura foi a mais difícil e dolorosa que já enfrentei. O livro mexeu comigo de uma forma indescritível. Em alguns momentos, precisei interromper a leitura para respirar, pois as lágrimas simplesmente não cessavam. Foi uma experiência angustiante e profunda, que deixou uma marca intensa em meu coração.

A autora retrata com extrema precisão o cenário prévio e póstumo dessa tragédia. Os gatilhos presentes na narrativa são muitos, mas mesmo assim, considero essa leitura necessária. Não podemos permitir que esse acontecimento trágico caia no esquecimento, nem que outros semelhantes venham a ocorrer.
Fabio 20/07/2023minha estante
Parabéns pela resenha Maíra!
?


Mendonca_mai 20/07/2023minha estante
Muito obrigada, Fabio!!!


Diogo Crema 14/08/2023minha estante
Tenho receio de ler este livro..
Conheci pessoas de Santa Maria...
Mas um dia vou enfrentar ele...


Mendonca_mai 14/08/2023minha estante
Diogo, compreendo o seu receio; de fato, o livro é bastante pesado. É melhor você respeitar o seu próprio tempo e lê-lo quando sentir que é o momento adequado para você.




LidosdaCris 01/07/2023

Eu me lembro do incêndio da boate kiss, essa tragédia me marcou muito porque foi 10 dias depois do meu aniversário de 21 anos, e a maioria das vítimas tinham essa faixa etária.

A autora fez um excelente trabalho contando essa história e não apenas mostrando a dor das famílias, mas também o trabalho difícil dos médicos, bombeiros e policiais.

Ler esse livro e saber que mesmo depois de 10 anos os responsáveis ainda não foram punidos trás um sentimento de revolta, tristeza e sofrimento pelas famílias das vítimas.
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Flavia_Lo 02/04/2024

Uma luta constante contra o esquecimento
Eu me lembro, claramente como foi a repercussão do incêndio da Boate Kiss, todos os veículos de comunicação tradicionais falavam só disso, mas naquele final de janeiro de 2013, mesmo acompanhando diariamente, eu não tinha o mínimo de noção real da gravidade dos acontecimentos, até porque isso logo se tornou notícia antiga e outras pautas ocuparam o seu lugar.

Espaço que não foi ocupado com a mesma facilidade na cidade, uma parte de Santa Maria vive até hoje, mais de 10 anos depois, um luto em constante busca de justiça.

Uma vez ouvi em um podcast, não me lembro quem disse ou onde disse, mas o entrevistado falava sobre o luto, diante de tanta sensibilidade no tema, ele fez um comparativo: quando uma pessoa perde o cônjuge, ela se torna viúva. Se alguém perde os pais, se torna órfão, porém não existe palavra alguma que descreva a ausência de um filho para um pai.

Nesse livro temos os relatos descritivos, de algumas pessoas que estavam presentes de diferentes formas no ocorrido, motorista de ambulância, médicos, pais, amigos, vizinhos, policiais, sobreviventes? Todas as histórias contam com uma narrativa repleta de detalhes, extremamente pessoais, memórias antigas, detalhes tão genuínos que tornam a leitura mais complexa, daquela noite que até hoje não obteve fim.

Uma escrita sensível, que tem como principal objetivo, com os textos extremamente documentais, não permitir que a memória dessas pessoas seja esquecida, de uma forma extremamente respeitosa e que não seja apenas midiática, com foco em vender mais exemplares e lucrar em cima de uma tragédia.

Temos detalhes da pericial, dos laudos médicos, das conclusões policiais, em que pé o processo ocorre, quem foram os acusados e quais as famílias se mantém na ?frente de batalha? em relação ao processo, detalhes do que causou a morte dos jovens e os artigos lançados.

Muitos pais tiveram suas vidas definhadas aos poucos, a tragédia mudou completamente a vida desses familiares, muitos casais se divorciaram, outros perderam o emprego, a depressão e falta de perspectiva de esperança foram muitos. Muito além de 242 falecidos, o incêndio gera vítimas indiretas mesmo depois de alguns anos ocorridos.

Um livro bem curtinho, mas difícil de ser lido, palavras duras, que não fáceis de serem digeridas, geram desconforto, enjoo e mal estar. Essa leitura não é indicada para pessoas sensíveis ou que podem ter esse assunto como algo sensível, que te faça mal.

A todas as pessoas enlutadas, meus mais sinceros sentimentos, essa luta continua, espero que a justiça seja realmente alcançada, mesmo que ela não diminua, de forma nenhuma a dor que vocês sentem, aguardamos pela justiça e que suas memórias não sejam perdidas, que elas não caiam no esquecimento assim como aquelas primeiras matérias televisivas.
Fabio 05/04/2024minha estante
Resenha impecável!???
Escrita envolvente e concisa!?
Com certeza despertou a vontade de ler esse livro!
Parabéns, Flavinha!!!???


Flavia_Lo 06/04/2024minha estante
Obrigada, Fa ??
Recomendo muito, um livro muito sensível e bem escrito, já quero ler os outros livros da Daniela ?




samira.marconde 14/01/2023

Leitura dolorida, porém necessária
Gostaria de começar dizendo que esse livro é maravilhoso. Entretanto, "maravilhoso" não poderia ser a palavra correta para usar, uma vez que trata de uma tragédia nacional, que infelizmente ceifou a vida de muitos jovens.

A autora escreve muito bem, a leitura é extremamente fluída e a obra traz fatos que não eram conhecidos do público geral ou há tempos esquecidos.

Minha vontade ao terminar a leitura era dar um abraço em cada mãe, pai, irmão e demais familiares que perderam um ente querido naquele janeiro de 2013. O mais triste de tudo é saber que até hoje não houve justiça.

É uma leitura dolorida, porém extremamente necessária para que essa tragédia não caia no esquecimento e outras similares não ocorram. Acabei o livro com lágrimas nos olhos.
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Letícia 13/07/2021

Doloroso, mas necessário
A Daniela Arbex é uma jornalista incrível. A forma como ela narra os fatos é sensível e envolvente, sem perder a seriedade e a responsabilidade na transmissão das informações.

Eu não sou de chorar lendo, mas com esse eu não resisti. Inclusive, em alguns momentos eu achei que não fosse conseguir concluir a leitura. Quando as vítimas de uma tragédia são apenas números, a gente fica chocado, é claro. Mas quando elas ganham rostos, famílias, histórias... Fica mais difícil.

Eu senti o desespero das equipes de resgate, das famílias sem notícias, dos pais no momento do reconhecimento dos corpos, dos sobreviventes que carregarão um trauma para o resto da vida.

A pior parte de tudo com certeza é saber que era uma tragédia evitável. "Na prática, a Kiss ficou aberta durante 41 meses e 27 dias. Nesse período, por 31 meses funcionou sem o Alvará Sanitário, incluindo o dia da tragédia. Por vinte meses, funcionou sem a Licença de Operação Ambiental. Por dezessete meses, funcionou sem o Alvará de Prevenção e Proteção Contra Incêndio. Por sete meses, funcionou sem o Alvará de Localização."

242 pessoas perderam aquela vida naquela madrugada ou nos dias subsequentes. Jovens, estudantes, grupos inteiros de amigos, irmãos, funcionários.

Espero que depois desses 8 anos, todas as pessoas direta ou indiretamente envolvidas na tragédia e suas famílias tenham encontrado algum conforto para continuarem suas vidas. Por mais difícil que isso seja.
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Anelise Cristine 27/01/2023

Todo dia é 27.
A dor ao ler este livro é tão real quanto o ocorrido. O coração dói de uma forma inexplicável, mas para quem perdeu um pedaço de si aquele dia, dói por 16 anos seguidos. Daniela Arbex trouxe humanidade ao livro informando nome completo, parentescos e riqueza de detalhes neste triste acontecimento. Me choquei com o pastor, ao culpabilizar os pais pela perda do filho. A história em si é chocante, triste, dolorosa.

O livro tem um trecho que me toca muito e eu me peguei lendo ele por diversas vezes, vou deixá-lo aqui para reflexão:

"Para quem perdeu um pedaço de si na Kiss, todo dia é 27. É como se o tempo tivesse congelado em janeiro de 2013, em um último aceno, na lembrança das últimas palavras trocadas com os entes queridos que se foram, de frases que soarão sempre como uma despedida velada. Retomar uma história brutalmente interrompida sem os personagens principais exige uma reinvenção de si mesmo. Muitos pais que reconheceram seus filhos mortos no chão frio do Centro Desportivo Municipal perderam a capacidade de trabalho, passaram a fazer isso contínuo de remédios ou de álcool e a sofrer de doenças mentais. Cinco faleceram, posteriormente, com problemas de saúde. Casais se separaram depois que um dos dois desencontrou-se de si mesmo. Algumas mães ausentaram-se voluntariamente da vida. E, mesmo tendo outros filhos, não foram capazes de se dedicar a eles de imediato. É como se a presença de um remetesse a ausência de outro, é como se elas não enxergassem mais nenhum."
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ruuubim 01/02/2023

a leitura mais dolorosa que eu já fiz
não tenho nem comentários pra fazer sobre

parabéns a jornalista e muita força a todos os sobreviventes e vítimas indiretas dessa tragédia ??
thaissesf 01/02/2023minha estante
Como é a leitura amg? São relatos dos sobreviventes?


ruuubim 21/02/2023minha estante
oi, desculpa pela demora
a jornalista, através dos relatos dos pais, amigos e profissionais que ajudaram, narra exatamente as coisas que aconteceram, desde o início do dia até dias depois.
é como se fosse uma história mesmo, não é uma reportagem, como se você estivesse lendo uma matéria, sabe? o que torna muito real pra você, como se estivesse vivendo tudo lá também, e é mil vezes mais doloroso




Leh 17/09/2023

?Nós não salvamos ninguém?
Nunca releria esse livro n importa o quão bem mentalmente eu esteja
esse livro me deixou mal como nenhum outro nunca fez
tudo q envolve ele da angustia pela falta de justiça q todas aquelas famílias sentem
é muito triste ver o luto, conhecer as histórias por tras de cada uma daquelas pessoas, reconhecer como eles eram realmente pessoas com sonhos, família, amigos e histórias antes de serem somente números
a daniela foi extremamente humana nesse livro e é mto bem escrito, mas n é um livro bom de ler
acho q é importante dar voz às famílias, aos sobreviventes e à todas as vítimas diretas e indiretas dessa tragedia e é importantíssima a leitura desse livro para reconhecermos e honrarmos todas aquelas pessoas
mas é dificílimo de ler
Josy.Teotonio 17/09/2023minha estante
Eu concordo, tanto com a importância do livro, como que é muito difícil de lê-lo. Eu comecei essa leitura há algum tempo e sinceramente ainda não tive coragem de concluir


Feh 17/09/2023minha estante
Sim, tive que parar várias vezes ( por semanas até ) e a sensação de angústia e desespero dos pais é horrível. Li por que é importante não esquecer mas definitivamente não leria novamente.




Marlonbsan 30/01/2024

Todo dia a mesma noite
A reportagem que traz um outro lado da tragédia que abateu a cidade de Santa Maria em 2013 e uma forma de relembrar e homenagear as vítimas da Boate Kiss.

O livro é narrado em terceira pessoa e acompanhamos algumas histórias em formato de relato, a linguagem é simples e fluída.

É impossível não se emocionar lendo esse livro, conhecendo mais os relatos e como a tragédia afetou a vida toda de uma cidade e até mesmo do resto do país. Lembro muito bem de quando aconteceu, pois estava na faculdade, as pessoas que estavam na boate tinham a minha idade e no domingo de manhã estava assistindo à TV sobre o que tinha acontecido.

Os relatos apresentados de pais e parentes que perderam pessoas importantes em suas vidas fazem nos aproximar deles e nos solidarizamos com a dor. Assim como também podemos entender mais os processos e o caos que foi aquele dia 27 de janeiro, tanto para eles, quanto para os profissionais de saúde que trabalharam nos atendimentos, os bombeiros e os voluntários.

Além de perceber o lado humano para o bem, também temos um exemplo claro dos abutres que se aproveitam da situação, sem contar as irregularidades do prédio e falta de uma fiscalização mais firme que poderiam ter evitado ou amenizado a tragédia, mas como diz o @lito, trata-se de elos de correntes que vão se encaixando até o resultado desastroso.

Outro ponto importante está na própria escrita e forma de contar a história que a Daniela faz, que traz aos poucos uma linha do tempo e vai se coadunando e afunilando com os relatos. A edição traz os nomes das vítimas nas segunda e terceira capas e é difícil não ler algum relato e já ir procurar se o nome está lá.

Por fim, um livro muito humano sobre um dos momentos mais tristes que já acompanhei, mas que possui uma forma muito importante para que as famílias pudessem falar e expressar seus sentimentos.
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luanastefanie 26/08/2021

Um livro triste de ser lido
Pais, mães, irmãos, filhos, filhas, primos, netos, amigos... 242 vítimas fatais e 636 vítimas sobreviventes de uma das madrugadas que mais entristecera o país. A noite da tragédia na Boate Kiss em Santa Maria/RS.

Todo dia a mesma noite de Daniela Arbex, narra a história de incontáveis vítimas sob as perspectivas de pessoas próximas, assim como detalha o acontecido nas horas que antecederam e sucederam àquele 27 de janeiro de 2013.
Não há como não se emocionar com os inúmeros relatos de pais de jovens que tinham em seus filhos pontos de apoio. Ainda havia tanta vida pela frente...

São relatos duros de serem lidos quando pensamos que aquilo poderia ter acontecido com um de nós ou com um próximo. Imagina então uma cidade inteira perder 242 filhos e visitantes de uma única vez? Daniela, com sua narrativa fluida, nos aproxima dos familiares e profissionais que atuaram naquela madrugada e faz com que vivenciemos com eles a dor da perda de alguém.

No decorrer de cada história o leitor torce para que aquele jovem tenha sobrevivido, mas a verdade é que nem sempre a história é feliz. Na maior parte do tempo não é.

Recomendo o livro, um dos que mais me emocionou este ano. Um 10/10 com muita dor.

E parabéns a autora por conseguir imprimir a empatia ao leitor. Um excelente livro para conhecer o dia mais triste da história recente do Brasil.
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Gessyka.Loyola 12/08/2023

27 de Janeiro de 2013
Eu sinto como se tivesse perdido alguém nesse dia tão terrível. Não sei o que dizer nessa resenha além do quanto eu sinto dor e revolta.
Dor por ser uma mãe e não conseguir mensurar o que essas mães sentiram e sentem à perda de seus filhos. E revolta pela justiça que nunca veio.
Um excelente livro, cuidadoso com um assunto tão sensível que é a morte de 242 pessoas em uma tragédia que nunca deveria ter existido.
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