Santuário dos Ventos

Santuário dos Ventos George R. R. Martin




Resenhas - Santuário dos Ventos


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Diogo Matos 17/07/2018

Excelente protagonista
Excelente leitura. Ótima protagonista. Recomendado!
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Kalyne @oreinodaspaginas 01/07/2018

Resenha
Santuário dos ventos
Você já parou para observar as aves voadoras, voando livremente no céu? Creio eu que todo ser humano já se deparou com essa cena na vida. Como seria ter a capacidade de voar? Experimentar o sopro dos ventos diretamente na face, se sentir o dono dos céus. Seria uma experiência maravilhosa correto? E é nesse clima de voos que começa a nossa história.
O Santuário dos Ventos é um lugar onde os ventos são uma força quase cósmica, e voar é o melhor modo para transmitir noticias, eventos importantes, dentre outras informações. Cruzando os mares tortuosos e fugindo de monstros marinhos, os voadores, pessoas que possuem asas de um metal bastante antigo e resistente, são considerados as pessoas mais importantes do planeta, já que suas asas só passam para outra pessoa, através da linhagem sanguínea.
Maris, uma jovem filha de pescadores, sempre sonhou em voar pelos céus, mas isso jamais seria possível, em virtude de sua descendência. Mas quando Russ, um experiente voador, decide criar Maris como sua filha, nossa garota tem a oportunidade de realizar o seu sonho de voar. Porem as coisas mudam quando Coll, o primeiro filho legitimo de Russ nasce, e pela tradição, e ele quem herdara as asas do pai.
“- ... As asas são uma responsabilidade; elas devem ser usadas por aqueles que amam o céu, que vão voar melhor e mantê-las da melhor maneira. Em vez disso, o nascimento é o nosso único critério para conferir as asas. O nascimento, não é talento. Mas o talento de um voador é o que o livra da morte, é o que mantém o Santuário dos Ventos unido.” (Página 59)
Tradições, tradições, tradições, Maris não aceita perder a suas tão amadas asas, apenas por uma lei antiga dos voadores, o correto seria que as asas ficassem com quem voasse melhor, e todos sabiam como ela era fabulosa nos céus. Em meio à dor e o pavor de perder suas asas, Maris enfrenta uma jornada épica para tentar mudar a tradição tão antiga do Santuário dos Ventos, mas se ela terá sucesso ou não, isso meu caro leitor, você só saberá quando ler o livro.
Esse livro me despertou um misto de sensações, tanto a vontade de voar pelos céus, quanto a de lutar pelos meus direitos como cidadã. Pode ser apenas ficção, mas a história me fez associar a fatos que aconteceram recentemente em nosso país, penso que se lutássemos como essa jovem protagonista, as coisas tomariam rumos totalmente diferentes dos atuais. A força de Maris me contagiou, sua determinação e ousadia foram algo que fizeram a história decolar.
“O fato de uma coisa sempre ter sido feita de um jeito não quer dizer que a mudança não seja possível, ou desejável.” (Página 84)
O livro é dividido em três partes. Na primeira conhecemos a vida de Maris após ganhar os céus, uma jovem no auge de seus 19 anos e que deseja acima de tudo manter as suas asas, na segunda parte já temos uma Maris mais experiente, adulta e sábia. Alguém que sabe a hora certa de agir e tomar decisões, uma pessoa que apóia os outros sem pensar nas conseqüências, e que nunca, jamais, permite que mudem a sua opinião.
E na terceira parte meus amigos, que vemos um lado totalmente melancólico, mas vital de Maris, que nos fazem analisar toda a nossa trajetória de vida. Será que viver é algo passageiro? Será que deixaremos nossa marca no mundo de alguma forma? Maris me encantou com tamanha inteligência, coragem e perseverança nessa terceira parte.
Se você é um fã do amado George Martin, saiba que essa história é totalmente diferente das crônicas de gelo e fogo, mas nem por isso deixa de ser digna, ou bem escrita. Em parceria com a autora Lisa Tuttle, eles criaram um universo que fará qualquer leitor desejar voar pelos céus. Publicada originalmente em 1981, a editora Leya acertou em cheio ao publicá-la nos dias atuais, afinal, Martin é Martin.



site: http://oreinodaspaginas.blogspot.com.br/
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Gisele @abducaoliteraria 25/06/2018

A menina que queria tanto suas asas que acabou mudando o mundo
"Porque depois que você experimenta voar,
Passa a andar pela terra com os olhos postos no céu;
Pois terá estado lá,
E sentirá vontade de voltar".
? Leonardo da Vinci

Santuário dos Ventos, escrito por George R. R. Martin e Lisa Tuttle, é um dos lançamentos recentes da editora Leya. Quando se trata de George R. R. Martin, um dos responsáveis por eu gostar tanto de livros de fantasia, qualquer título que leva o seu nome naturalmente me chama atenção.

O Santuário dos Ventos é um mundo que apresenta um compilado de ilhas pequenas e espalhadas, com uma atmosfera tempestuosa. Por conta da distância que cada ilha tem entre si, do clima de ventos fortes e criaturas monstruosas marítimas, voar é o principal recurso para manter a comunicação entre a população. As asas de um voador são feitas de metal, construídas a partir dos destroços da espaçonave responsável por toda a vida no Santuário dos Ventos.

Com o tempo, os voadores começaram a ganhar fama e prestígio. Eles são apresentados como uma sociedade de elite e não respondem aos governantes. Grande parte da população se anima ao vislumbrar um deles planando sobre as praias, com suas asas metálicas reluzindo sob a luz do sol. Era assim que Maris, uma garotinha, se sentia sempre que via um voador deslizando diante dos seus olhos. A ansiedade e a empolgação tomavam conta dela, e tudo o que ela mais desejava era poder sentir a sensação de voar. De ser uma voadora.

Mas isso não seria possível. Entre Maris e o seu sonho de voar, havia também a antiga lei dos voadores, declarando que o direito de voar é hereditário; portanto as asas são passadas de pai para filho. A esperança de Maris se acende quando um voador afetuoso decide adotá-la, e com isso ensiná-la a voar. A garotinha decide agarrar a oportunidade e cresce ganhando os céus, conhecendo lugares diferentes e deslizando por correntes fortes de ventos, mas com a realidade amarga de que em algum momento, ela terá que passar as suas asas para Coll, o pequeno e legítimo filho de seu pai de criação.

Este é o conflito que incendeia e dá início à trama de Santuário dos Ventos. De um lado, temos a tradição, e do outro, um espírito rebelde, ávido por mudanças. A partir do momento que Coll não sente a mínima simpatia com a ideia de voar, Maris não pretende desistir fácil de suas asas. Ela decide confrontar a sociedade e suas leis, com a proposta de que voadores sejam escolhidos por mérito, não por herança.

Ao me deparar com este plot, automaticamente trilhei a jornada de Maris dentro da minha cabeça, e imaginei que todo o livro dependeria de sua busca. De certa forma, posso dizer que não estava completamente errada, mas o livro tem uma proposta diferente e apresenta rumos inesperados. Ele é dividido em três partes, todas com seus arcos fechados, mas que se conectam. A frente de cada arco, temos Maris como a personagem de destaque, e com ela os pontos de mudanças que prometem transformar para sempre o Santuário dos Ventos. O ponto alto da trama é o cenário político e social, e sua maior questão não é só apontar a necessidade da mudança, mas também as consequências de adaptação que vem com ela.

"Pelo tempo em que essa canção for cantada eles saberão de você, a menina que queria tanto suas asas que acabou mudando o mundo".

O desenvolvimento de Maris no decorrer da história é muito interessante. Ela é uma personagem com sonhos e força para correr atrás deles, mesmo que isso signifique abalar toda a sociedade. Você é capaz de sentir o que voar representa para ela, porque a cada voo ela se entrega aos ventos de coração. Acompanhamos a sua trajetória desde criança, vemos sua evolução e o que as mudanças provocadas pelo tempo faz com a sua personalidade quando ela amadurece. Ela passa de uma jovem sonhadora, rebelde e ao mesmo tempo inocente, para uma mulher forte, mais experiente e que sabe exatamente como agir. Com isso, também passamos a acreditar com muita facilidade em tudo o que sua imagem de revolução representa para as pessoas.

?Por um segundo, ou menos que isso, ela caiu, mas depois os ventos a pegaram, como se dedilhassem suas asas, fazendo-a subir, transformando seu mergulho num voo, um choque que a deixou ruborizada e sem fôlego e com a pele formigando. Naquele momento, o pequeno intervalo de menos de um segundo fez tudo aquilo valer a pena. Era melhor e mais emocionante do que qualquer sensação que Maris tivesse experimentado, melhor que o amor, melhor que tudo?.

Alguns outros personagens cativantes aparecem no decorrer da história. Um deles é Val Uma-Asa, o tipo de personagem que eu mais gosto, complexo e difícil de compreender. Em diversos momentos eu me vi dividida entre gostar ou odiar o personagem, enquanto quebrava a cabeça para entender as suas ações e motivações. Por consequência disso, e também por ser o plot mais intrigante e inesperado, a parte dois é a minha favorita do livro.

O Santuário dos Ventos não é uma história de fantasia propriamente dita, ela também apresenta muitos elementos de ficção científica dentro da sua construção de mundo. Desde o início da leitura, me senti muito curiosa sobre como o mundo realmente funcionava, e ansiei por descobrir mais. Os elementos históricos são apresentados aos poucos, apenas para compor o plano de fundo do enredo. Então me vi pescando as informações que eram dispostas de forma sutil, em alguma canção, ou durante uma conversa. Mas não foi o suficiente para mim, eu precisava mais desse mundo.

O epílogo é ótimo, tranquilo e ao mesmo tempo agridoce, como o final de uma incrível jornada deve ser. Você não quer se despedir dos personagens, nem daquele universo, então finaliza o livro com aquele gostinho de quero mais. Recomendo não só para fãs de Gerorge R. R. Martin, mas também a leitores que apreciam os gêneros citados e uma boa jornada atemporal. Ótimo leitura!
GrasieFink 19/07/2018minha estante
Comprei depois de ler tua resenha miga, doida para iniciar esta leitura




Priscila Matos (@resenhasdamoca) 18/06/2018

Quem começa a leitura já lembra de GOT, sem dúvida não deixamos de comprar no começo as características com as duas obras. De certa forma, eu sempre fico com receio de uma obra ter feito tanto sucesso e ofuscar outra. A semelhança que posso citar nas obras de George Martin é pela maneira como ele não carrega uma estória somente com um drama. Junto com Lisa Tuttle esse livro está dividido em três partes e cada vez que imaginamos que já acabou e não tem mais onde nos levar os dois nos surpreende nos deixando com mais um drama que por mais diferentes que sejam sempre chegam ao problema central. Achei uma obra fantástica.

site: @resenhasdamoca
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Isabela | @readingwithbells 09/06/2018

Maris sempre quis ser voadora. Após ser adotada por Russ, um antigo Voador, ela teve a oportunidade de desfrutar das asas, apenas pelo período de seu irmão mais novo, Coll, completar 13 anos e pela linhagem, ficar com as asas.
Ao ver Coll, que tem o sonho de ser cantor, lhe tomar as asas, Maris surta. Ela sabe que o irmão não deseja as asas, e ela as quer desesperadamente.
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"Vocês não veem o que a tradição está fazendo conosco? As asas são uma responsabilidade, elas devem ser usadas por aqueles que amam o céu, que vão voar melhor e mantê-las da melhor maneira. O nascimento, não o talento."
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Maris tem as asas tomadas, mas não por muito tempo. Ela decide roubá-las, e assim, convocar um conselho entre os Voadores. Sua proposta é clara, ela deseja que qualquer pessoa tenha o direito de ter as asas pela habilidade, não pela linhagem.
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"Não por nascença ou por idade, mas pela única medida que realmente conta: a habilidade."
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Ela propõe uma academia onde qualquer pessoa possa entrar, e tendo a habilidade suficiente, após muito treino, possa vir desafiar outro Voador e usar suas asas pelo período de um ano.
Após desafiar a tradição de anos dos Voadores, Maris não faz ideia do que suas atitudes podem acarretar.
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Lívia Gusson 01/06/2018

Longa história
Infelizmente a leitura de Santuário dos Ventos não me surpreendeu. O começo se desenrolou bem, com a apresentação da protagonista e o seu contexto de vida. O livro se torna desinteressante na segunda parte e o desfecho é apenas razoável.
Maris e sua trama não conquistam, o que torna a leitura um pouco difícil.
O período em que a história se passa também é outro ponto que pode causar confusão. A contra capa fala de um suposto contexto de naves intergalácticas e elementos espaciais que desembarcam no universo de Santuário dos Ventos, porém, à este assunto, um único parágrafo é utilizado para descrê-lo, ou seja: faltou uma melhor contextualização. Da mesma maneira, ocorre com "monstros" citados nos resumos disponíveis.
Tento sempre ver um lado positivo em cada história, em cada livro, mas definitivamente este não foi o caso. Fiquei esperando algo grandioso, algo que exigisse mais da força que a personagem principal apresentava, também esperava que outros personagens pudessem ser melhor desenvolvidos e as relações pudessem ter mais força.
Para não falar que o livro todo ficou devendo, achei o desfecho dado à história até digno, sem tentativas de rodeios ou enrolações.
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Gramatura Alta 29/05/2018

http://www.gettub.com.br/2018/05/santuario-dos-ventos.html
Antes de George R.R. Martin dominar o mundo com os livros de GAME OF THRONES, ele se uniu com sua amiga escritora, Lisa Tuttle, e juntos criaram uma aventura fantástica, explorando um dos maiores sonhos de muita gente: voar.

A trama se passa num mundo apocalíptico e distante, onde os humanos vivem em uma série de ilhas, algumas próximas, outras distantes, no meio de um oceano perigoso. Os seus ancestrais eram conhecidos por possuírem naves, e quando essa civilização entrou em ruínas, os destroços das naves se tornaram tesouros. Com eles, foi possível confeccionar uma série de asas mecânicas, onde seria possível planar e viajar entre as ilhas de forma segura, já que navegar no oceano era muito arriscado. Os que possuíam as asas eram chamados de “Voadores” e se tornaram uma classe social muito poderosa e influente em todo o mundo. Eram extremamente necessários na comunicação entre os chefes das ilhas, que são conhecidos como “Senhores da Terra”. Os voadores levavam e traziam mensagens, como declarações de guerra ou novidades sobre clima/comércio e etc. Mas as asas eram limitadas e as que tinham disponíveis eram passadas de pai para filho, então não existia quase nenhuma chance de uma pessoa comum conseguir explorar os céus.

A nossa protagonista, Maris, é uma pequena fazendeira que deseja com todas as suas forças conseguir um dia ser uma voadora. E, felizmente, a menina consegue realizar seu sonho, quando um Russ, um voador solitário, a encontra numa praia e a adota. Logo a menina se torna uma excelente voadora e consegue até mesmo superar as habilidades do seu pai adotivo. Maris não poderia estar mais feliz, pois quando completar 13 anos, as asas serão suas oficialmente. Anos depois, seu pai acaba se casando e se torna pai pela primeira vez de um menino, seu primogênito. Segundo a lei, as asas agora são de seu irmão, mas por desejo do próprio irmão, ele decide abrir mão delas e passar para Maris, já que o menino tinha medo de voar e não possuía nenhuma habilidade. Mas o governo não quer aceitar essa medida e logo convoca um conselho, onde julgarão se passarão as asas para um voador de sangue nobre ou deixarão com Maris. Logo, a menina precisara lutar pelos seus sonhos e para a mudança definitiva dessa lei que não é justa para todos.

Originalmente o livro foi publicado nos anos 80 em forma de contos e aqui, nesta publicação, temos todos reunidos e de forma cronológica. A leitura é extremamente imaginativa e palpável. Todo o universo criado é extremamente interessante e acessível. O livro também conta com um mapa das ilhas, facilitando muito a imersão do leitor, tornando possível conferir onde um personagem está indo e qual será a distância percorrida. As asas são o bem de maior desejo de todos, são limitadas e não podem ser substituídas. O texto é cheio de descrições detalhadas de sua composição e funcionalidade, tão estimulante, que fica impossível não querer possuir uma também.

Como dito acima, o livro originalmente era uma coleção de contos, inéditos no Brasil, e este primeiro resumo acima descreve apenas o primeiro dos contos. O que mais enriquece o texto é a habilidade dos autores de criar personagens, desenvolverem tramas e injetar emoção nas palavras. Nós acompanhamos Maris desde pequena, até o fim de sua vida. Entre um conto e outro, os anos avançam com violência e, mesmo você lendo o livro rapidamente, parece que estamos nesse universo há muitos anos. A analogia de eu desejar algo, lutar por algo, possuir algo e perder algo é fortíssima e passa uma mensagem intensa para o leitor. Tudo o que você lutou para conquistar era isso mesmo que queria? Você é feliz com tudo o que possui?

Maris nunca entendeu as regras e lutou para modificar coisas em que não acreditava, mas nunca parou para pensar nas consequências. O desenvolvimento da jovem de longe é a melhor coisa de todo o livro, ela é forte, decidida e uma heroína. Mas ela é perfeita? Sempre faz as escolhas certas? E durante quatrocentas paginas, seguimos seus passos e seu crescimento, o apego é muito forte e no final chega a ser difícil dizer adeus. O primeiro conto acompanha sua luta, o segundo lida com as consequências da vitória e o terceiro vai por em cheque tudo em que Maris acreditava. Uma trama melhor que a outra, que se casam perfeitamente entre si e quase mal dá para notar que aconteceu um grande intervalo na escrita de um conto para o outro.

Um fato interessante envolvendo a leitura, é notar as referências que George R.R. Martin levou para os livros de GAME OF THRONES, as famosas “Crônicas de Gelo e Fogo”, lançadas no final dos anos 90. Para quem já leu anteriormente, vai notar na hora a importância da música em sociedades antigas, algo muito presente em ambos os livros. Vários nomes de personagens e castelos em GAME OF THRONES também foram inspirados em passagens de SANTUÁRIO DOS VENTOS.

E no encerramento, temos um epílogo emocionante em todos os sentidos. É quase como se estivéssemos vivendo nós mesmos tal fato. A vida é bela e todas as coisas que vem junto também, a trama mostra uma menina que se tornou lenda, não porque foi escolhida, mas, sim, porque lutou. Um belíssimo exemplo para as jovens que buscam inspiração, e uma personagem desenvolvida com paixão. SANTUÁRIO DOS VENTOS apresenta um mundo fantástico e traiçoeiro, com personagens fortes e uma trama emocionante. Uma jóia que precisa ser conferida!

site: http://www.gettub.com.br/2018/05/santuario-dos-ventos.html
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Rosy 23/05/2018

PERFEITO!!!
Essa vai ser com certeza uma das melhores fantasias que li na vida. Incrível essa história, criativa, inteligente e emocionante.
Tudo se passa num cenário de ilhas onde a comunicação entre os povos é quase impossivel. A única maneira de levarem o que for necessário de uma ilha a outra é voando ou por barco, em mares perigosos com criaturas assassinas. Nesse arquipélago existe uma classe de pessoas chamada os voadores, que são diferenciados por possuírem asas de metal, asas feitas de uma nave intergalática após seu desastre nesse lugar, que tem o nome de Santuário dos Ventos.
As asas são herdadas de pais para filhos, de geração em geração.
Mas o sonho de ser um voador também atinge alguns de outra classe, os confinados a terra, entre eles está a pequena Mary, nossa INCRÍVEL protagonista, que foi adotada por um voador. Essa garota vai querer mudar as leis, por causa do seu sonho e vai lutar bravamente por mudanças, e como todas as mudanças, tem suas consequências.
É uma história fantástica, de muita emoção, de incentivo e de coragem.
"Você não pode mudar uma nota no meio de uma música, depois que você fez a primeira mudança, outras vão ser necessárias. E no final, você vai acabar refazendo a música inteira. Está tudo relacionado."
Leiam!!!! É um espetáculo!
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Gabriel 18/05/2018

Quem define o que você vai ser?
Quando comecei a ler os livros que o G.R.R.Martin escreveu antes de As Crônicas de Gelo e Fogo eu admito que fiquei receoso de que o autor fosse mais um daqueles escritores que só tem uma obra boa na carreira, e até cheguei a flertar com essa ideia ao finalizar seu romance Sonho Febril, de 1982, que apesar de algumas metáforas entre os vampiros e a escravidão no século XIX muito bem elaboradas, não me cativou durante a maior parte do tempo, fazendo dessa leitura bastante maçante. Felizmente esse pensamento foi mudando ao desbravar outros trabalhos dele, e depois de Santuário dos Ventos, recém-lançado título da editora LeYa, estou mais convencido de que o Martin já era um escritor promissor lá pelos anos 70.

Não vou me ater apenas a um dos dois colaboradores dessa obra, e terei que destacar também o trabalho de Lisa Tuttle, premiada escritora e ativista do movimento feminista (além de ex-namorada do Martin!), que teve nesse livro, indicado como melhor Ficção Científica no Locus daquele ano, o resultado de uma parceira tão produtiva que fica até difícil dizer onde acaba a parte do Martin e inicia os trechos da Lisa no livro. Mas muito mais do que o pano de fundo da amizade entre dois escritores ou os prêmios para os quais Santuário dos Ventos foi nominado, essa é uma história que por si só já tem sua riqueza literária.

Num planeta que leva o nome do livro, onde a proporção entre água e terra é bem mais desigual do que no nosso balanceado planeta Terra, os humanos que habitam as esparsas e distantes ilhas construíram mecanismos de asas que permitem a alguns indivíduos voarem possibilitando a troca rápida de mensagens. Acontece que esse “privilégio” é recluso somente a famílias nobres que olham aqueles vivem no chão, grande maioria, com certo desprezo, passando suas asas de tempos em tempos para seus herdeiros, quer eles queiram torna-se voadores ou não. Eis que uma jovem comum, Maris, decidi mudar essa situação, ávida pelo seu sonho de também poder voar pelo Santuário dos Ventos.

Tenho de dizer que esse livro começou bastante inocente, com um tom um pouco mais juvenil e com aquele velho clichê da protagonista que diferente de todos ao seu redor, claro, consegue enxergar uma solução para as desigualdades sociais onde vive, propondo uma sociedade onde todos podem ser voadores e a possibilidade de ter asas é ganhada pelo mérito através da competitividade. É utópico? Sim. É o que todos gostariam que fosse? Talvez. Mas tudo bem, o livro ainda estaria acima da média se fosse apenas isso.

Mas o charme de Santuário dos Ventos começa pelo fato de que essa luta por igualdade que acarreta numa revolução no sistema ocorre logo nas primeiras cem páginas da história, e não no seu clímax, como seria em outras obras. O mais importante aqui é o que vem depois, dadas as sanções que permitem às classes menos favorecidas também obterem as asas. A discussão passa a ser se essa nova organização social é melhor, se essa igualdade de chances proposta anteriormente realmente existe no presente. Martin e Lisa querem dizer ao leitor que a luta por direitos é muito mais complicada do que se parece e deve ser ininterrupta, e que o catalisador dessas hierarquizações que tanto fazem mal ao progresso humano é algo muito mais profundo do que simplesmente homens cegos que não percebem uma alternativa melhor do que uma sociedade repleta de injustiças.

Aliás, a ideia de homens que voam acima dos outros é uma excelente figuração das divisões que existem em nossa sociedade, e mostra, mesmo que não goste de todos os livros do Martin, como o escritor gosta de entregar obras cuja construção do universo também é um meio para passar a mensagem que se quer entregar. E os conflitos frutos desse arranjo social vão se tornando cada vez mais sombrios, a discussão mais madura, os personagens ficam mais complexos, através da introdução de um lado mais extremista do lado dos subjugados com o personagem Val, que deixa a Maris, antes símbolo dos “inferiores”, bem indecisa sobre que partido tomar, se um lado mais conservador ou adentrar ainda mais em seu radicalismo na sociedade dos voadores. Em suma, essa é uma obra que ganha mais camadas com o passar do tempo.

A Maris por si só é uma protagonista muito bem elaborada. Criamos empatia por seus sonhos logo de cara, mas também nos surpreendemos de algumas atitudes que ela surpreendentemente toma ao longo de livro, fazendo-nos duvidar o que ela afinal quer. Um recurso que o Martin gosta de utilizar em suas obras, o de manipular-nos a ponto de passarmos a apreciar antagonistas, é pelo menos pra mim aplicado nesse livro no personagem Corm, que a princípio o leitor criará um desgosto enorme, mas com o tempo vai suavizará seus pensamentos em relação a ele.

Há uma subtrama envolvendo o meio-irmão da Maris, Coll, que também me agradou bastante. Forçado a se tornar um voador, o jovem garoto anseia em ser cantor, uma profissão menos digna aos olhos de seu pai, Russ. Esse arco expande a temática do livro, que passa a não ser somente a busca por igualdade de chances, mas também sobre a possibilidade de ser aquilo que você quiser, sem discriminação. E com o passar das páginas vemos que mesmo numa profissão sem o mesmo frissom que o cargo de voador, o Coll tem um papel importante de disseminar histórias, lendas, e construir uma cultura. Pena essa outra discussão não receber às vezes o mesmo desenvolvimento que o eixo principal da história, na minha opinião. Creio que ambas estão no mesmo patamar de importância no nosso mundo atual.

Santuário dos Ventos é um ótimo livro que só melhora a cada parte. Divertido, instigante, com um bom valor para entreter, mas também reflexivo. Lisa Tuttle e G.R.R.Martin entregaram uma excelente protagonista feminina nessa história meio fantasiosa meio ficção-científica. Em qual gênero a obra se encaixa melhor, no entanto, é o de menos. A mensagem dessa surpreendente história é consistente e precisa em ambos os casos!

site: https://leitoresvigaristas.wordpress.com/2018/05/18/resenha-santuario-dos-ventos-g-r-r-martin-lisa-tuttle/
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Acervo do Leitor 07/05/2018

Santuário dos Ventos | Resenha | Acervo do Leitor
Há uma mudança a caminho. Uma transformação chegando como o vento, hora uma simples brisa, hora um furacão. Em uma sociedade engessada pelos costumes herdados pelos que navegavam as estrelas uma mulher ousou se levantar. Primeiro ergueu sua cabeça, depois começou a caminhar, passou a correr… até finalmente voar! No “Santuário dos Ventos” ela se tornou uma lenda, e essa é sua história.

“O fato de uma coisa sempre ter sido feita de um jeito não quer dizer que a mudança não seja possível, ou desejável.”

O “Santuário dos Ventos” é um grande arquipélago de ilhas independentes que se comunicam através de uma classe especial de mensageiros: os Voadores. Uma casta de cidadãos que possuem a habilidade, passada de pai para filhos, de singrar os ares usando asas metálicas feitas de um metal adquirido por seus antepassados. Há muito tempo atrás grandes navegações estelares acabaram “naufragando” neste planeta. Houve uma guerra por poder e liberdade. De suas poderosas velas metálicas foram extraídos o material para a construção das asas destes Voadores. Um material escasso e com número limitado. Dos viajantes interplanetários originais, que obtiveram a posse deste material, se originaram toda a classe de Voadores. Eles prometeram cruzar os ares conectando as ilhas, governadas por “Senhores da Terra”, de forma pacífica sem nunca pegar em armas. Privilegiados e arrogantes por saberem que a sobrevivência da sociedade depende de suas habilidades se consideravam intocáveis, assim como seus costumes. Mas uma órfã vai provar o contrário e seu nome é Maris.

“Ela tinha sim, um lar, e era ali, no céu, com o vento forte e frio, atrás dela e com suas asas nas costas.”

Maris sempre sonhou com o céu. A liberdade de conhecer qualquer lugar podendo voar sentindo o vento no rosto, a água em seus cabelos e o sol em seus olhos. Mas ela não é filha de um Voador, e seu destino é ser confinada a terra. Porem ela teve o privilégio de ser adotada por Russ, um Voador que lhe ensinou esta centenária arte e a deixou usar suas asas até que seu filho Coll chegasse a maioridade. Mas Coll não tem interesse no céu, ele quer apenas cantar, apesar de uma forte tradição obriga-lo a isso. Alguns afirmam que costumes são criados para serem quebrados, mas para isso é necessário uma pessoa tão apaixonada pelo que acredita que é capaz de morrer por sua causa. Maris e suas asas são inseparáveis e não há conselho ou tradição capaz de remove-las. Para ela a capacidade de voar deveria ser avaliada pela habilidade, não pelo sangue. Ela vai se opor a todo o sistema até coloca-lo de joelhos. Uma mulher contra a sociedade. Um sonho contra o destino. Talvez ela consiga, mas as consequências desta conquista podem fazê-la desejar o contrário.

“Talvez o mundo esteja pronto para outra mudança (…) Mas é desse jeito que devemos muda-lo?”

SENTENÇA
Esse livro único foi escrito em 1981 por George R.R. Martin, criador das “Crônicas de Gelo e Fogo” e Lisa Tuttle. Apesar de ser uma obra feita por dois escritores, em nenhum momento você identifica duas “vozes” tamanha harmonia e coerência entre eles. Uma linda história sobre a importância de se terem sonhos e lutar pelo que se acredita. A carismática protagonista Maris, uma mulher a frente de seu tempo, personifica toda a paixão, dedicação e desejo daqueles que ao longo da nossa história ousaram se opor a todo um sistema vigente. Mas essa história não é um drama, e sim uma excelente Fantasia como todo o toque de maestria que se espera de George Martin. Em poucas páginas ele (Martin) consegue uma excelente construção de mundo (Worldbuilding), personagens cativantes, incríveis reviravoltas na trama e uma história que te prende do começo ao fim através da sua elegante escrita. Só lamento que essa obra tenha demorado tanto para ser publicada no Brasil, talvez ela tenha se perdido voando pelo tempo, mas enfim ela chegou e você precisa conhece-la.



site: http://acervodoleitor.com.br/santuario-dos-ventos-resenha/
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Ryllder 18/04/2018

Surpreendente
Até metade do livro tive a impressão de estar lendo um YA de fantasia, como muitos que são lançados mais recentemente.No entanto, do meio para o final a história se torna mais sombria, com foco em desenvolvimento de personagens,e o final melancólico me agradou bastante.Quando iniciei a leitura veio a tendência de comparar essa obra com As Crônicas de Gelo e Fogo,e é um erro.
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