Vidas secas

Vidas secas Graciliano Ramos




Resenhas - Vidas Secas


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Amaurijbarros 07/12/2022

Vidas Secas
Uma família no sertão nordestino, suas vidas com muitas esperanças e vivendo a realidade, uma vida seca.
Leiam.
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Tuturu 10/01/2024

Essa é uma das obras mais tristes que já li. Trata-se de um retrato da realidade nordestina que se revigora até hoje. A história da humanidade é a história da luta de classes, e as mais baixas são sempre marginalizadas e abandonadas.
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lourdinha 10/02/2022

impactante !
a leitura de Vidas Secas é muito densa devido à questão psicológico, a qual é exposta aos leitores, dos personagens.

essa obra pra além de retratar ficticiamente o contexto da seca como fenômeno natural e social, o retrata como um questão humana e psicológica dos sertanejos!

vemos que o sofrimento não se deve somente a um ponto da vida, mas uma cadeia de adversidades que assolam os menos favorecidos. a destruição e a sabotagem interna, o sentimento de inferioridade são questões que permeiam os personagens.

a cachorra Baleia é uma das partes mais preciosas desse história para a gente entender a animalização dos personagens e o sentimento que seus donos têm de igualdade perante ela.

uma obra interessantíssima que permeia aspectos importantes da humanidade e como ela se apresenta pra nós de diversos aspectos!

?Conformava-se, não pretendia mais nada. Se lhe dessem o que era dele, estava certo. Não davam. Era um desgraçado, era como um cachorro, só recebia ossos. Por que seria que os homens ricos ainda lhe tomavam uma parte dos ossos? Fazia até nojo pessoas importantes se ocuparem com semelhantes porcarias?
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Max 03/06/2021

Graciliano Ramos consegue, com bastante genialidade e sensibilidade, traduzir o sentimento do retirante nordestino, no meio de todas as suas dificuldade de sobrevivência e de ser dentro de uma sociedade.
Nélio 03/06/2021minha estante
Um dos meus livros preferidos!


Max 04/06/2021minha estante
Muito bom mesmo ??




Edson.Malik 16/06/2022

Vidas secas
Vidas secas foi uma leitura um pouco adversa, pelo fato que li, entre fortes chuvas aqui no estado onde moro (Pernambuco). Este livro e contado pela visão dos personagens Fabiano, Baleia (a cachorra) a mulher do Fabiano e seus filhos, Mais velho e Mais novo. Como já fala no título eles vivem uma vida difícil, com a saída de seu lugar por conta da seca estrema.
Os ossos das vacas, galhos secos das árvores chegam como tortura trazendo a nova realidade dura da região. No desenvolver da trama a fome, a falta de recursos maltratam todos os personagens. Porém, a mulher do Fabiano sempre otimista vê um futuro para seus filhos em outro lugar, onde não existe tanta dificuldade onde a comida pode até ser farta e a água não é somente o suar que desce nas costelas. Esse pensamento otimista é lindo e muito triste também.
Nesta obra uma coisa é retratada de maneira que poucos verão (eu não vi, minha professora me abriu os olhos) a humanização dos animais e a desumanização das pessoas já que a cachorra baleia tem nome e os filhos dos personagens não.
Existe um capítulo que todos acham triste, porém eu já presenciei isso infelizmente, e no meu ranking de tristeza ficou em segundo lugar. O primeiro lugar para mim seria o capítulo A FUGA; olhar pra tudo que construiu e se desfazer é muito triste e desesperador.
É uma leitura para se fazer colocando se na realidade da trama, na realidade de Fabiano e sua família, pelo fato de tudo ser triste e a realidade ser seca de água e esperança. Eu imaginei essa obra sendo traçada por negros na lavagem cerebral existente em mim, no entanto Fabiano é ruivo de pele clara, algo mais que mostra a dificuldade para todos.

4,5 ? super indico!
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Noites777 16/06/2023

Vidas secas trata da realidade ignorada da vida dos nordestinos, sobre a crueldade de viver recluso do mundo, sobre nunca creser totalmente, pois o pai não sabe muito mais que o filho. Sobre a dureza da seca, sobre não ter uma terra para chamar de sua, sobre estar a merce dos desejos dos patrões, do tempo, da chuva. Sobre ter coração ingênuo, que se zanga com pouco e se agrada com menos. Sobre ter muita fé, pois é tudo o que lhe resta.
Tudo isso acompanhado de uma escrita crua, como a realidade que descreve. Como uma prosa próxima de mais para ser conto. Tudo isso fruto de um grande Ramos ? Graciliano Ramos.
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Layla.Ribeiro 08/10/2022

Desafio literário 2022- Região Nordeste
Um livro muito profundo e sofrido que através das suas páginas traz uma realidade na qual em sua época muitos ignoravam e o autor foi brilhantíssimo por saber trazer assuntos como a secas e a extrema pobreza de maneira realista, utilizando a linguagem popular, os sentimentos e pensamentos dos personagens aproximando-os do leitor, os personagens são bem construídos principalmente a cachorra Baleia e de fato o capítulo sobre Baleia é um dos mais lindos que eu já li da literatura brasileira. Esta leitura é indispensáveis a todos os brasileiros.
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Rafael 31/07/2020

"Por que haveriam de ser sempre desgraçados, fugindo no mato como bichos? Com certeza existiam no mundo coisas extraordinárias"
Vidas secas é um livro bem curto, mas de uma profundidade tamanha. O texto conduz o leitor a uma série de reflexões e independentemente de ter sido escrito na década de 30 é uma obra atemporal. Aborda o sofrimento e a luta do povo sertanejo, o valor da família, justiça social, abuso de autoridade, resiliência e esperanças. Emociona. Certamente figura entre as grandes obras literárias brasileira. Graciliano Ramos provoca o leitor, colocando-o em um cenário infértil, seco, incômodo, repleto de escolhas difíceis e ao mesmo tempo cercado pelo contraste do aconchego familiar, unidos em busca da sobrevivência. O desconforto vem das incertezas climáticas, dos anseios e frustações, das privações, da humilhação, da sensação de não pertencimento e da ignorância que acomete, principalmente o personagem Fabiano, o chefe da família. Quanto ao contexto dessa maravilhosa obra ainda é possível traçar um paralelo com o filme (baseado em fatos reais) "O menino que descobriu o vento". O filme trabalha em um contexto similar de dependência do clima para o sustento, valor da família, humilhações e até perdas ao longo do caminho. Enfim, a obra de Graciliano nos concede uma empatia ainda maior com o povo sertanejo e nos inteira das lutas e força desse pedaço de Brasil tão marginalizado pelos grandes centros urbanos. Cabe ainda mencionar que na edição da Record, há um posfácio muito oportuno que se aprofunda nas nuances da obra e enriquece ainda mais essa discussão.
Renato Paniagua 31/07/2020minha estante
Boa resenha, Rafael! Salvei aqui pra 2021 já.


Rafael 31/07/2020minha estante
Um ótimo livro Renato.




Mauricélia 31/05/2020

Meu primeiro encontro com "Vidas Secas" foi há 18 anos e foi inesquecível! Eu sou do Sertão de Pernambuco e minha infância passou-se muito em graves períodos de seca brava. Conheci de perto a paisagem e o enredo desse clássico da Literatura Brasileira, que completou este ano 80 anos de sua publicação. Esse novo encontro agora foi feito com um olhar mais maduro e tornou o livro ainda mais sensacional. .

Graciliano Ramos, um dos mais aclamados autores que esse país conheceu, narra a história de uma família do Sertão nordestino em busca constante pela melhoria de vida, impedida pelos longos períodos de estiagem. Pela vivência de Fabiano, Sinha Vitória, o menino mais velho, o menino mais novo (assim mesmo!) e a cachorra Baleia, a gente vai participando de uma reflexão filosófica, sociológica e humanista das desigualdades que assolam nosso Brasil. .

O estilo de Graciliano coloca "o outro" no foco. O narrador onisciente e observador nos conduz a elaborarmos juízo de valor sobre as relações sociais da família e dela com os que exploram sua mão de obra; podemos nos emocionar com os simples sonhos de seres humanos que vivem em situação tão degradante. Sinha Vitória sonhava em ter uma cama. Isso, uma cama com colchão, para parar de sentir dor e dormir mal no leito feito de varas. .

Fabiano conduz a família por uma caminhada sob sol escaldante em busca de oportunidade de trabalho em alguma fazenda, como vaqueiro. Seus dias de glória dão-se quando a terra fica verdinha, o que planta dá pra comer e o gado engorda para abate. Aos seus olhos, isso é a verdadeira riqueza. O que não entende é como trabalha tanto para ter um salário tão miserável e no fim do mês sempre fica devendo ao patrão. Sem estudo, a matemática da exploração não fica clara para ele, mas mostra-se melhor para sua esposa, que com pouco conhecimento interpreta que o suor da família, seca após seca, não conseguirá tirá-los da miséria imposta pelo sistema.

Fabiano e Sinha Vitória não querem essa vida para os filhos e sonham que eles possam estudar, para não viverem no cabresto de donos de terras, nem dependerem da natureza para terem dias de fartura ou de fome. Todas essas reflexões acontecem em fluxo de consciência, pois na pequena família os diálogos são escassos como a chuva. .

A fuga é a única saída, quando por mais que se trabalhe, mais a dívida aumente. E o ciclo continua: caminhadas sem rumo, comendo bichos do mato, bebendo água lamacenta, passando mal com o sol escaldante, passando fome, muita fome. Precisaram matar e comer o papagaio de estimação da família; mesmo que isso doa no coração, é preciso sustância pra continuar em busca da mudança de vida. Ela chegará?. .

A cachorra Baleia é um personagem à parte. Cada membro da família tem um capítulo dedicado às suas características e ideias e ela também tem o mesmo tratamento. Representa a humanização do bicho, em contraponto ao homem animalizado em situações como as que se mostram na história. Ela é gente, pensa como, age igual e luta tanto quanto eles. Impossível não se emocionar com essa personagem que tem nome de bicho que vive no mar, na água, no que falta em abundância ao sertanejo nordestino. .

O silêncio significa muito nesse livro. É preciso entender esse tipo de discurso, seja quando usado pelos personagens ou pelo narrador. O silêncio afaga, acusa, mostra sofrimento, admiração. O mesmo silêncio traduz o sentimento de injustiça por que Fabiano passa na cidade e a certeza de que falar e tentar a defesa não o livraria na sua condição. É o silêncio da fome, da incerteza, da agonia. .

Não à toa, "Vidas Secas" tem uma bibliografia imensa de trabalhos acadêmicos a seu respeito. É um dos clássicos mais aclamados de nossa literatura, enquadrado no Modernismo-Regionalismo. Oitenta anos depois, a paisagem e a vivência desses seres repetem-se a cada ano. A seca é certa, mas nada é feito para a enfrentar. Graciliano lia como ninguém que esse fenômeno é parte do sistema de exploração do Nordeste brasileiro e, talvez, nunca chegue o dia em que essas vidas secas deixem de existir e de abalizar o cabresto dos mais poderosos. Apenas leiam
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LiteraLucas 04/06/2021

A Desumanização
O maior mérito de Vidas Secas é apresentar de forma bem direta o quanto os seres humanos, em sua miséria, acabam sendo reduzidos a meros seres orgânicos, que sobrevivem conforme às suas necessidades mais básicas. Desprovidos de ferramentas de linguagem, aqui os personagens tem dificuldade de se expressar, de refletir e até de sentir, pois não conhecem palavras suficientes para dar sentido a tudo o que acontece em suas vidas. Um retrato bem contundente de um país extremamente desigual e ainda atual.?
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arthur966 10/02/2022

agarrou-se a esperanças frágeis. talvez a seca não viesse, talvez chovesse. aqueles malditos bichos é que lhe faziam medo. procurou esquecê-los. mas como poderia esquecê-los se estavam ali, voando-lhe em torno da cabeça, agitando-se na lama, empoleirados nos galhos, espalhados no chão, mortos?
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anaclarabcruz 22/07/2021

Vidas Secas é agonizante!
Retrata essa realidade onde o ser humano é sugado de toda sua humanidade e tratado como um animal, em que o descaso atinge sempre o mais vulnerável. No começo é bom, mas do meio até o final existe uma tensão imensa no ar, tornando os últimos capítulos ainda mais tristes e chocantes. Com certeza recomendado!
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Becca Miller 01/09/2020minha estante
Eu li na época do meu meu vestibular. Ainda penso neles... E em baleia.




maria clara 31/12/2023

Vidas secas
Mais um dos livros que eu li esse ano por causa da escola, então eu já não tava tão animada pra ler por ser mais uma daquelas "leituras obrigatórias", mas devo dizer que acabou sendo bem envolvente a narrativa!
a história em si é muito forte e triste de ser lida, é ainda mais impressionante vc pensar que isso acontece e com frequência ainda no contexto atual. esse livro é o puro caroço do naturalismo e o seu zoomorfismo.
como eu estudei sobre esse livro antes de ler, muitos pontos eu achei de extrema relevância inclusive; o fato dos filhos serem constantemente zoomorfizados e não terem ao menos um nome ? sendo chamados apenas de menino mais velho e menino mais novo ? é de tocar na ferida; em contraponto temos a cachorra baleia, um animal que é muitas vezes personificado, sendo considerado de fato gente da família.
o nome da baleia em si também é bastante instigante; nós conhecemos baleia como um animal enorme, com bastante massa, que vive no ambiente aquático. a baleia de graciliano é um animal pequeno e extremamente magro, que passa fome e vive na seca fulminante do sertão.
é triste quando vc para pra analisar os sonhos de cada membro também: a sinha vitória que sonhava em ter uma cama de couro; o fabiano que muitas vezes ficava deslumbrado com as palavras e tentava repeti-las sem sucesso, querendo que os filhos fossem homens inteligentes, que fossem à escola, diferentes do pai; o menino mais velho que também sonhava em conhecer um vocabulário mais amplo; o mais novo, tão inocente, que sonhava em ser vaqueiro como o pai, e por fim a cachorra baleia, que ao morrer, nos é revelado seu sonho de caçar preás livremente e alimentar sua família. sem palavras, não acha?
por fim, gostaria de dizer que algumas partes eu não compreendi muito bem por causa da escrita e do vocabulário do autor, mas esse livro me ajudou a compreender que o conhecimento pode ser usado de duas formas, tanto para o mal ou para o benéfico, assim como sua posição social, como é visto no soldado amarelo.
amei ler essa obra de graciliano!
JGuSoul 31/12/2023minha estante
Um dos livros que mais marcou durante o período da escola. Até hoje lembro dele as vezes.


Gabi 31/12/2023minha estante
Nunca tinha me interessado por esse livro, mas essa resenha foi tão boa que deu vontade de incluí-lo na minha meta de leitura! Parabéns ?


Ana 31/12/2023minha estante
Esse livro é um dos meus preferidos, as partes que você diz não entender muito bem, sobre o vocabulário, talvez seja por você não ser da região, pois o regionalismo é muito forte nesse livro. Há várias palavras que lemos e automaticamente lembramos dos mais velhos, nossos pais, avós, que sempre falaram e ainda falam daquela forma e de como foram sofridas suas vidas por conta da seca e isso deixa a leitura muito mais intensa. E mesmo assim, mesmo que a pessoa não seja daqui ainda é uma leitura muito dura, muito triste.


maria clara 31/12/2023minha estante
na verdade, eu sou do nordeste, baiana de salvador kkkkkkk! vc tem toda razão, esse livro tem bastante regionalismo mesmo. quando falo da escrita, quero dizer que algumas descrições ficaram um pouco nebulosas pra mim, mas não foram obstáculos pra acompanhar a narrativa de forma alguma. e concordo com vc, independente da nossa região, graciliano tem o poder de tocar nossos corações de forma definitiva


maria clara 31/12/2023minha estante
e gabi, muito obrigadaa! fico extremamente contente por saber que vc gostou da resenha e ainda mais por se interessar tanto ao ponto de colocá-lo na lista, vc não vai se arrepender ??




Vieira 18/01/2021

Vidas secas
A obra de Graciliano Ramos nos transporta para o universo do sertanejo que fustigado pelo fantasma da seca, luta pela sobrevivência. A família de retirantes composta do vaqueiro Fabiano, a esposa Sinha Vitória e o filho mais novo e o mais velho. Compõem a trupa o papagaio (morto para matar a fome no caminho) e a cachorra baleia. Os cenários e elementos do sertão são retratados de forma 'poética'. A dureza e a sensibilidade do pobre sertanejo, o medo da seca e a espectativa da chuva, a fome que vai secando os seus corpos, as rezas e superstições do homem do campo, o aió, o caritó, a cama de varas. As descrições são tão vivas que por vezes é possível condoer-se ante o sofrimento dessa família pobre.
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