Alê | @adagaliteraria 10/05/2024
Acho que essa é a diferença entre ser amado da maneira certa e da maneira errada. Ou você se sente amarrado a uma âncora ou sente que está voando.
A protagonista, Sloan, encontra-se aprisionada em um relacionamento tóxico com Asa, um homem cujos demônios internos o conduzem a comportamentos abusivos. A vida de Sloan se tornou um labirinto de conveniência e necessidade, e ela mal se reconhece dentro dessa realidade sufocante.
Dois homens entram em cena, cada um representando uma força oposta. Asa, o namorado problemático e traficante, é a personificação do perigo e da destruição. Carter, por outro lado, surge como um alívio e uma tormenta simultânea. Dividido entre suas responsabilidades profissionais e seu coração, ele se torna um ponto de fuga para Sloan.
“O mundo não nos deve nada. Pegamos o que nos é dado e aproveitamos ao máximo.”
A relação entre Asa e Sloan é um caldeirão de desespero, memórias dolorosas, mentiras e fantasias distorcidas. A autora habilmente retrata os meandros dos relacionamentos abusivos, envolvendo o leitor em uma trama intensa e conflituosa. Não é possível permanecer indiferente diante dessa história; ela nos atormenta e nos faz questionar os limites da sanidade e da moral.
A palavra-chave aqui é obsessão. Asa está obcecado pela ideia de ser amado por Sloan, acreditando que ela é sua única fonte de afeto. Ele ultrapassa todos os limites, traindo, mentindo e, quando contrariado, revelando sua face violenta e perigosa. Seu passado e sua genética podem explicar, mas não justificam, suas ações.
A busca pelo entorpecimento é sua válvula de escape quando as emoções se tornam insuportáveis. A autora nos conduz por um labirinto de sentimentos, onde o amor e a loucura se entrelaçam de forma perturbadora.
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