/https://skoob.s3.amazonaws.com/livros/784540/VARIACOES_ENIGMA_1528784236784540SK1528784236B.jpg "Variações Enigma")
Resenhas - VARIAÇÕES ENIGMA
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Rafael Mussolini 11/05/2024
Variações enigma
"Variações enigma" do André Aciman (Intrínseca, 2018) é um romance que segue características parecidas com “Me chame pelo seu nome”, história que o popularizou no meio literário, ganhou uma adaptação cinematográfica e o Oscar. André volta a explorar a capacidade de um homem de se apaixonar loucamente e todas as idealizações e sofrimentos que um amor arrebatador pode causar. Tudo isso é feito com uma escrita poética, sincera e, por vezes sensual, que utiliza de elementos das artes e da cultura erudita. Em Variações enigma nos conectamos com Paul (ou Paolo) em fases diferentes da vida, onde o tom da história será sempre a forma pungente como ele lida com as relações amorosas.
A escrita de Aciman é algo que sempre me impressiona. Ela consegue ser poética e bruta ao mesmo tempo e em “Variações”, como se trata do fluxo de pensamentos do protagonista, a prosa de Aciman assume um caráter de discussão interna, bem nos moldes daquelas que temos com a gente mesmo. André Aciman sabe escrever lindamente sobre paixão e amor.
Ainda muito jovem, com apenas 12 anos e vivendo em um vilarejo no interior da Itália, Paolo se vê encantado por um marceneiro de vinte e poucos anos que aparece na casa de sua família para reformar um móvel antigo. Esse amor platônico servirá como um movimento de descoberta de uma das facetas da sexualidade de Paolo. O capítulo inicial, que para mim é um dos melhores do livro, já nos dará dicas interessantes de como funcionará a cabeça e os desejos do personagem na vida adulta.
"- Sim, o passado é um país estrangeiro - falei -, mas alguns de nós são cidadãos de pleno direito, outros turistas ocasionais e outros itinerantes incertos, ansiosos por ir embora, mas sempre desejosos por voltar."
Para algumas pessoas, esse recorte do despertar da sexualidade e dos desejos de Paolo, ali pelo final da infância, pode gerar alguns incômodos. Particularmente, não vi problemas na forma como o autor explora o assunto. Aciman segue os passos de como se dá esse despertar de um sentimento que é algo muito novo e que surge ali, numa fase da vida onde a puberdade e os hormônios já estão ditando algumas regras. Fomos condicionados, culturalmente, a ignorar o florescer da sexualidade humana, que acontece muito mais cedo do que pensamos.
Os demais capítulos darão um salto no tempo e veremos Paolo como um jovem adulto, vivendo na cidade de Nova York e envolto em algumas tramas amorosas complicadas. É interessante a forma como Aciman constrói a personalidade de Paolo. Ele é um homem difícil de se decifrar, repleto de neuras e de atitudes que por vezes não entendemos muito bem. Exatamente por isso ele se torna um personagem bastante real.
As relações amorosas seguem sendo o calcanhar de Aquiles do personagem. Seja se relacionando com mulheres ou com homens, Paolo repete alguns ciclos de comportamentos que transforma as relações em tramas cheias de reviravoltas. Paolo parece não conseguir se firmar em um amor tranquilo e mesmo quando não há tensões ele acaba criando-as, ainda que seja apenas em sua mente. Ele parece se reconhecer enquanto sujeito quando envolto em caos.
"O arrependimento é o modo como ansiamos por coisas que perdemos, mas nunca tivemos de verdade. O arrependimento é a esperança sem convicção, eu disse. Estamos divididos entre o arrependimento, que é o preço que pagamos pelas coisas que não fazemos, e o remorso, que é o preço que pagamos por fazê-las. Entre um e outro, o tempo se diverte com seus convidativos truques."
O livro é estruturado em cinco partes em uma escrita que se assemelha aos contos. Algo interessante é que cada um dos capítulos pode ser lido de forma aleatória e isso não irá interferir no entendimento da obra. Seguindo nessa ideia de aproximação dos contos, cada um dos capítulos possui uma espécie de ponto final, de conclusão, ainda que se tratem de episódios da vida amorosa de Paul. E cada um deles termina de forma inesperada, trazendo uma revelação difícil de se prever.
site: https://rafamussolini.blogspot.com/2023/10/variacoes-enigma-de-andre-aciman.html
Variações enigma
"Variações enigma" do André Aciman (Intrínseca, 2018) é um romance que segue características parecidas com “Me chame pelo seu nome”, história que o popularizou no meio literário, ganhou uma adaptação cinematográfica e o Oscar. André volta a explorar a capacidade de um homem de se apaixonar loucamente e todas as idealizações e sofrimentos que um amor arrebatador pode causar. Tudo isso é feito com uma escrita poética, sincera e, por vezes sensual, que utiliza de elementos das artes e da cultura erudita. Em Variações enigma nos conectamos com Paul (ou Paolo) em fases diferentes da vida, onde o tom da história será sempre a forma pungente como ele lida com as relações amorosas.
A escrita de Aciman é algo que sempre me impressiona. Ela consegue ser poética e bruta ao mesmo tempo e em “Variações”, como se trata do fluxo de pensamentos do protagonista, a prosa de Aciman assume um caráter de discussão interna, bem nos moldes daquelas que temos com a gente mesmo. André Aciman sabe escrever lindamente sobre paixão e amor.
Ainda muito jovem, com apenas 12 anos e vivendo em um vilarejo no interior da Itália, Paolo se vê encantado por um marceneiro de vinte e poucos anos que aparece na casa de sua família para reformar um móvel antigo. Esse amor platônico servirá como um movimento de descoberta de uma das facetas da sexualidade de Paolo. O capítulo inicial, que para mim é um dos melhores do livro, já nos dará dicas interessantes de como funcionará a cabeça e os desejos do personagem na vida adulta.
"- Sim, o passado é um país estrangeiro - falei -, mas alguns de nós são cidadãos de pleno direito, outros turistas ocasionais e outros itinerantes incertos, ansiosos por ir embora, mas sempre desejosos por voltar."
Para algumas pessoas, esse recorte do despertar da sexualidade e dos desejos de Paolo, ali pelo final da infância, pode gerar alguns incômodos. Particularmente, não vi problemas na forma como o autor explora o assunto. Aciman segue os passos de como se dá esse despertar de um sentimento que é algo muito novo e que surge ali, numa fase da vida onde a puberdade e os hormônios já estão ditando algumas regras. Fomos condicionados, culturalmente, a ignorar o florescer da sexualidade humana, que acontece muito mais cedo do que pensamos.
Os demais capítulos darão um salto no tempo e veremos Paolo como um jovem adulto, vivendo na cidade de Nova York e envolto em algumas tramas amorosas complicadas. É interessante a forma como Aciman constrói a personalidade de Paolo. Ele é um homem difícil de se decifrar, repleto de neuras e de atitudes que por vezes não entendemos muito bem. Exatamente por isso ele se torna um personagem bastante real.
As relações amorosas seguem sendo o calcanhar de Aquiles do personagem. Seja se relacionando com mulheres ou com homens, Paolo repete alguns ciclos de comportamentos que transforma as relações em tramas cheias de reviravoltas. Paolo parece não conseguir se firmar em um amor tranquilo e mesmo quando não há tensões ele acaba criando-as, ainda que seja apenas em sua mente. Ele parece se reconhecer enquanto sujeito quando envolto em caos.
"O arrependimento é o modo como ansiamos por coisas que perdemos, mas nunca tivemos de verdade. O arrependimento é a esperança sem convicção, eu disse. Estamos divididos entre o arrependimento, que é o preço que pagamos pelas coisas que não fazemos, e o remorso, que é o preço que pagamos por fazê-las. Entre um e outro, o tempo se diverte com seus convidativos truques."
O livro é estruturado em cinco partes em uma escrita que se assemelha aos contos. Algo interessante é que cada um dos capítulos pode ser lido de forma aleatória e isso não irá interferir no entendimento da obra. Seguindo nessa ideia de aproximação dos contos, cada um dos capítulos possui uma espécie de ponto final, de conclusão, ainda que se tratem de episódios da vida amorosa de Paul. E cada um deles termina de forma inesperada, trazendo uma revelação difícil de se prever.
site: https://rafamussolini.blogspot.com/2023/10/variacoes-enigma-de-andre-aciman.html
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vinizambianco 27/04/2024
[Sobre a intensidade das relações que vivemos e principalmente a que não vivemos]
Depois de um grande hiatus (rs) por conta de concursos e desenvolvimentos de TCC #barra finalmente terminei o último livro que comecei e agora o trem volta a andar, e voltarei a ser o blogueirinho da leitura #choices
Variações Enigma narra os encontros e desencontros românticos de Paul, um jovem-adulto que tem em suas relações uma intensidade gigante, acompanhamos cinco desses “encontros” conforme ele deixa de ser jovem e amadurece se tornando um adulto. O livro é do mesmo autor do aclamado Me Chame Pelo Seu Nome, e fica claro a estética do autor, visto que ambos os livros tratam da intensidade do amor, porém enquanto Me Chame foca em um romance de verão, Variações foca em toda uma construção de identidade de um único personagem.
A escrita do livro é bem agridoce, e muito da história se passa nos pensamentos do protagonista, o que nos deixa bem conectado com ele, visto que conhecemos a infância dele e os pensamentos mais íntimos dele. Outro ponto bastante positivo é que cada uma das relações de Paul é construída de maneira linear, e sendo que metade dessas relações envolvem personagens do mesmo sexo, ter um personagem principal bissexual poderia estragar qualquer um dos lados da balança, mas isso é feito de maneira muito boa.
De pontos negativos, creio que o fato do livro ser dividido em grandes contos faz com que não consigamos criar laços com outros personagens, e também achei os momentos finais do livro bem qualquer coisa, creio que se tivesse um capítulo só para desenvolver o “último” relacionamento ficaria um final bem melhor.
Com uma história bem intoxicante e fácil de ser lida, Anciman consegue criar um protagonista verdadeiro e desencontros amorosos críveis, porém não consegue sair da sombra do irmão mais velho que ainda vive em algum lugar na Itália
[Sobre a intensidade das relações que vivemos e principalmente a que não vivemos]
Depois de um grande hiatus (rs) por conta de concursos e desenvolvimentos de TCC #barra finalmente terminei o último livro que comecei e agora o trem volta a andar, e voltarei a ser o blogueirinho da leitura #choices
Variações Enigma narra os encontros e desencontros românticos de Paul, um jovem-adulto que tem em suas relações uma intensidade gigante, acompanhamos cinco desses “encontros” conforme ele deixa de ser jovem e amadurece se tornando um adulto. O livro é do mesmo autor do aclamado Me Chame Pelo Seu Nome, e fica claro a estética do autor, visto que ambos os livros tratam da intensidade do amor, porém enquanto Me Chame foca em um romance de verão, Variações foca em toda uma construção de identidade de um único personagem.
A escrita do livro é bem agridoce, e muito da história se passa nos pensamentos do protagonista, o que nos deixa bem conectado com ele, visto que conhecemos a infância dele e os pensamentos mais íntimos dele. Outro ponto bastante positivo é que cada uma das relações de Paul é construída de maneira linear, e sendo que metade dessas relações envolvem personagens do mesmo sexo, ter um personagem principal bissexual poderia estragar qualquer um dos lados da balança, mas isso é feito de maneira muito boa.
De pontos negativos, creio que o fato do livro ser dividido em grandes contos faz com que não consigamos criar laços com outros personagens, e também achei os momentos finais do livro bem qualquer coisa, creio que se tivesse um capítulo só para desenvolver o “último” relacionamento ficaria um final bem melhor.
Com uma história bem intoxicante e fácil de ser lida, Anciman consegue criar um protagonista verdadeiro e desencontros amorosos críveis, porém não consegue sair da sombra do irmão mais velho que ainda vive em algum lugar na Itália
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Lucy 24/03/2024
Esse título resume a obra
Iniciamos o livro com Paul um préadolescente e seguimos com ele até sua idade madura, já mais pra lá que pra cá.
Esses elementos não se estabelecem em números exatos e as referencias ficam entre relações com as histórias das outras personagens e as histórias passadas, criando um retrato da passagem do tempo um pouco difusa, mais impressionista, porém distinguível.
Assim como nos livros anteriores a prosa tem essa coisa do fala do outro em terceira pessoa e a minha em primeira, para o leitor, causando essa imersão bastante propria e gostosa do autor.
Tendo como eixo o triangulo amoroso sempre, a mulher, aqui, é mais amada que nos livros anteriores, tem um papel mais fundamental, e por isso gostei muito, apesar de o lirismo ser bem menor.
Dá pra percer a cadencia da obra em relação ao tempo, parece que enquanto o 1 é mais de acordo com uma idealização de xvii, esta vai mais pra frente, ainda que a ideia do locus amenus, dos seres superiores, quase deuses, do sacrificio enquanto se ama, do amor erótico que se realiza apenas no fracasso (ou não se realiza pelo excesso de orgulho), levam à baila, propondo nuances que não ficam resolvidas e nem se sabe se são realmente propostas, visto que tal qual as mitologias em geral e conforme as obras anteriores, a questão da hereditariedade, do incesto, de o amor ser algo que se passa de pai pra filho estar permeado nesta obra também.
O final é de grande choque, por que faz com que aquele ser de tamanha inefabilidade se torne extremamente carnal em detrimento dessa vida um tanto divina que a narrativa constroi, ainda que seja muito mais comum do que se pense, tais escolhas e resultados da vida comum se levarem nesse passo.
Esse título resume a obra
Iniciamos o livro com Paul um préadolescente e seguimos com ele até sua idade madura, já mais pra lá que pra cá.
Esses elementos não se estabelecem em números exatos e as referencias ficam entre relações com as histórias das outras personagens e as histórias passadas, criando um retrato da passagem do tempo um pouco difusa, mais impressionista, porém distinguível.
Assim como nos livros anteriores a prosa tem essa coisa do fala do outro em terceira pessoa e a minha em primeira, para o leitor, causando essa imersão bastante propria e gostosa do autor.
Tendo como eixo o triangulo amoroso sempre, a mulher, aqui, é mais amada que nos livros anteriores, tem um papel mais fundamental, e por isso gostei muito, apesar de o lirismo ser bem menor.
Dá pra percer a cadencia da obra em relação ao tempo, parece que enquanto o 1 é mais de acordo com uma idealização de xvii, esta vai mais pra frente, ainda que a ideia do locus amenus, dos seres superiores, quase deuses, do sacrificio enquanto se ama, do amor erótico que se realiza apenas no fracasso (ou não se realiza pelo excesso de orgulho), levam à baila, propondo nuances que não ficam resolvidas e nem se sabe se são realmente propostas, visto que tal qual as mitologias em geral e conforme as obras anteriores, a questão da hereditariedade, do incesto, de o amor ser algo que se passa de pai pra filho estar permeado nesta obra também.
O final é de grande choque, por que faz com que aquele ser de tamanha inefabilidade se torne extremamente carnal em detrimento dessa vida um tanto divina que a narrativa constroi, ainda que seja muito mais comum do que se pense, tais escolhas e resultados da vida comum se levarem nesse passo.
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Antonio566 22/03/2024
Apesar do protagonista não ser um dos melhores personagens da história, André Aciman consegue nos prender do início ao fim com sua escrita envolvente e carregada de poesia, encanto e sensibilidade. O livro conta as descobertas de Paolo através de seus relacionamentos, conhecendo e se desconhecendo através do tempo. Um livro de muito aprendizado e recomendado para maiores de idade.
Apesar do protagonista não ser um dos melhores personagens da história, André Aciman consegue nos prender do início ao fim com sua escrita envolvente e carregada de poesia, encanto e sensibilidade. O livro conta as descobertas de Paolo através de seus relacionamentos, conhecendo e se desconhecendo através do tempo. Um livro de muito aprendizado e recomendado para maiores de idade.
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Julia G. 10/03/2024
Merece 0 estrelas
Após ler Me chame pelo seu nome, fui correndo atrás de outras obras do autor e essa me decepcionou demais. A ordem cronológica dos acontecimentos não é informada corretamente, largando acontecimentos aleatórios na história, a escrita é boa mas não me prendeu além de termos um protagonista merda que nunca está satisfeito com suas relações, sempre procurando algo melhor, principalmente traindo sua parceira para ir atrás de suas "paixões" doentias. Claramente um protagonista feito para mostrar como há pessoas que nunca estão satisfeitas com o que tem, que não se importa com o que tem agora e sempre quer algo a mais, mesmo que para conseguir isso ele tenha que trair alguém. Esse livro é ridículo.
Merece 0 estrelas
Após ler Me chame pelo seu nome, fui correndo atrás de outras obras do autor e essa me decepcionou demais. A ordem cronológica dos acontecimentos não é informada corretamente, largando acontecimentos aleatórios na história, a escrita é boa mas não me prendeu além de termos um protagonista merda que nunca está satisfeito com suas relações, sempre procurando algo melhor, principalmente traindo sua parceira para ir atrás de suas "paixões" doentias. Claramente um protagonista feito para mostrar como há pessoas que nunca estão satisfeitas com o que tem, que não se importa com o que tem agora e sempre quer algo a mais, mesmo que para conseguir isso ele tenha que trair alguém. Esse livro é ridículo.
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oMatheusFa 07/03/2024
Bom
O livro tem seus altos e baixos. Em alguns momentos fiquei bem entediado com a leitura. Já em outros, achava muito interessante ver o desenrolar nos romances.
Obviamente, sendo um livro do André Aciman, tem algumas coisas bem controvérsias. O primeiro capítulo é sem dúvida uma delas. Pensar em um homem adulto descrevendo aquelas cenas do ponto de vista de uma criança é bem estranho.
Bom
O livro tem seus altos e baixos. Em alguns momentos fiquei bem entediado com a leitura. Já em outros, achava muito interessante ver o desenrolar nos romances.
Obviamente, sendo um livro do André Aciman, tem algumas coisas bem controvérsias. O primeiro capítulo é sem dúvida uma delas. Pensar em um homem adulto descrevendo aquelas cenas do ponto de vista de uma criança é bem estranho.
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Thatyane Jardim 26/11/2023
Poético e entediante
A escrita do autor é altamente poética, porém esse mix de tentativa de ser altamente culto com palavras de baixo escalão, a obessessão sexual do protagonista e seus delírios, tornam a leitura chata e irritante.
O primeiro capítulo ainda vai, mas o resto piora a cada capítulo.
Poético e entediante
A escrita do autor é altamente poética, porém esse mix de tentativa de ser altamente culto com palavras de baixo escalão, a obessessão sexual do protagonista e seus delírios, tornam a leitura chata e irritante.
O primeiro capítulo ainda vai, mas o resto piora a cada capítulo.
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Gabi 01/10/2023
O livro tem uma ótima escrita, mas as vezes me peguei perdida nos diálogos. O livro nas primeiras histórias é muito boas, a leitura flui, mas chegando pro final eu senti uma dificuldade pra terminar. Achei razoável.
O livro tem uma ótima escrita, mas as vezes me peguei perdida nos diálogos. O livro nas primeiras histórias é muito boas, a leitura flui, mas chegando pro final eu senti uma dificuldade pra terminar. Achei razoável.
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Ewerton 25/09/2023
Variações enigma
Eu fiquei com o pé atrás para ler outro livro do Aciman depois de ler (e não ter gostado) "Me chame pelo seu nome". Mas o fato é que esse livro me surpreendeu até que positivamente. O André é um excelente escritor, descreve como poesia e prosa as cenas e diálogos e isso traz uma beleza pro seu texto.
A história é sobre um cara que encontra variações do amor ao longo de sua vida, ao passo que descobre sua própria sexualidade e liberdade.
O primeiro capítulo é muito interessante, porém toca num ponto bastante sensível que é a de interações sexuais (ainda que indireta) entre uma criança de 12 anos e um adulto. Ainda que o capítulo seja narrado pela criança, me senti um tanto incomodado com ele fantasiar coisas com o marceneiro etc. Sei lá. Isso também me fez lembrar do livro "me chame pelo seu nome" e até a suspeitar das intenções pessoais do autor de estar sempre andando nessa linha polêmica como algo que ele mesmo possa "normalizar".
O segundo e terceiro capítulos, pra mim, são o auge do livro. Gosto muito das histórias contadas ali. Gosto do jeito que ele se aproxima do Manfred, as voltas que ambos fazem antes de finalmente se encontrarem.
O quarto capítulo jogou um balde de água em cima das minhas expectativas, quando o autor decide mudar totalmente o rumo amoroso do Paul com a justificativa de um amor inesquecível de outrora. Amor esse que não é citado em nenhum momento antes desse capítulo, mas que durante esse ato faz parecer que era isso o tempo todo que o Paul esperava.
Daí para o capítulo final foi desnecessário. A Última parte só mostra que o Paul é uma pessoal perdida dentro dos seus próprios sentimentos.
Outros problemas que eu senti foi com a dificuldade em se posicionar no tempo em que a narrativa está. Você não consegue distinguir bem se ele está falando com 30 ou 40 ou 50 anos nos 3 capítulos finais.
Fora que é tanta citação de coisas secundárias e personagens irrelevantes que por vezes me perdi quando o narrador citava um ou outro que já nem lembrava mais.
Eu recomendo a leitura. Até daria uma nota melhor, mas não foi dessa vez.
Variações enigma
Eu fiquei com o pé atrás para ler outro livro do Aciman depois de ler (e não ter gostado) "Me chame pelo seu nome". Mas o fato é que esse livro me surpreendeu até que positivamente. O André é um excelente escritor, descreve como poesia e prosa as cenas e diálogos e isso traz uma beleza pro seu texto.
A história é sobre um cara que encontra variações do amor ao longo de sua vida, ao passo que descobre sua própria sexualidade e liberdade.
O primeiro capítulo é muito interessante, porém toca num ponto bastante sensível que é a de interações sexuais (ainda que indireta) entre uma criança de 12 anos e um adulto. Ainda que o capítulo seja narrado pela criança, me senti um tanto incomodado com ele fantasiar coisas com o marceneiro etc. Sei lá. Isso também me fez lembrar do livro "me chame pelo seu nome" e até a suspeitar das intenções pessoais do autor de estar sempre andando nessa linha polêmica como algo que ele mesmo possa "normalizar".
O segundo e terceiro capítulos, pra mim, são o auge do livro. Gosto muito das histórias contadas ali. Gosto do jeito que ele se aproxima do Manfred, as voltas que ambos fazem antes de finalmente se encontrarem.
O quarto capítulo jogou um balde de água em cima das minhas expectativas, quando o autor decide mudar totalmente o rumo amoroso do Paul com a justificativa de um amor inesquecível de outrora. Amor esse que não é citado em nenhum momento antes desse capítulo, mas que durante esse ato faz parecer que era isso o tempo todo que o Paul esperava.
Daí para o capítulo final foi desnecessário. A Última parte só mostra que o Paul é uma pessoal perdida dentro dos seus próprios sentimentos.
Outros problemas que eu senti foi com a dificuldade em se posicionar no tempo em que a narrativa está. Você não consegue distinguir bem se ele está falando com 30 ou 40 ou 50 anos nos 3 capítulos finais.
Fora que é tanta citação de coisas secundárias e personagens irrelevantes que por vezes me perdi quando o narrador citava um ou outro que já nem lembrava mais.
Eu recomendo a leitura. Até daria uma nota melhor, mas não foi dessa vez.
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Bruna 14/09/2023
Variações Enigma
Esse foi meu primeiro contato com a escrita desse autor e eu gostei bastante. Achei bem poético e fluído... amei que o personagem era o maior emocionado do mundo.
Variações Enigma
Esse foi meu primeiro contato com a escrita desse autor e eu gostei bastante. Achei bem poético e fluído... amei que o personagem era o maior emocionado do mundo.
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Tamires P. 12/09/2023
Bom, mas perdi o feeling?
Eu gostei bastante do livro, adorei os plots no final de alguns capítulos (achei bem diferente pra escrita do André e me surpreendeu positivamente). Mas eu sinto que eu algum momento - lá pros 60% do livro - eu perdi o feeling do autor? Quem já leu André Aciman sabe como seus livros são densos e intensos, e se você não estiver na mesma vibe, começa a cansar. Não acho mesmo que foi algum problema com o livro, eu só perdi a vibe mais ou menos nesse ponto e aí foi difícil terminar.
De qualquer forma, gostei do formato do livro, com pequenos contos da mesma personagem, e amei como, no final, o Paul parece terminar como começou: paranoico e imaginando que alguém está correspondendo a paixão dele. Aliás, o Paul é um baita de um paranoico que vive muito mais na sua cabeça do que no mundo real.
O meu capítulo favorito foi ?Amor Estelar?, com a Chloe. Amei o amor dos dois, e como a conexão nunca se partiu, independente de tudo mais que viveram.
Enfim, resumindo em ordem do autor: Me Chame Pelo Seu Nome > Variações Enigma > Me Encontre
Bom, mas perdi o feeling?
Eu gostei bastante do livro, adorei os plots no final de alguns capítulos (achei bem diferente pra escrita do André e me surpreendeu positivamente). Mas eu sinto que eu algum momento - lá pros 60% do livro - eu perdi o feeling do autor? Quem já leu André Aciman sabe como seus livros são densos e intensos, e se você não estiver na mesma vibe, começa a cansar. Não acho mesmo que foi algum problema com o livro, eu só perdi a vibe mais ou menos nesse ponto e aí foi difícil terminar.
De qualquer forma, gostei do formato do livro, com pequenos contos da mesma personagem, e amei como, no final, o Paul parece terminar como começou: paranoico e imaginando que alguém está correspondendo a paixão dele. Aliás, o Paul é um baita de um paranoico que vive muito mais na sua cabeça do que no mundo real.
O meu capítulo favorito foi ?Amor Estelar?, com a Chloe. Amei o amor dos dois, e como a conexão nunca se partiu, independente de tudo mais que viveram.
Enfim, resumindo em ordem do autor: Me Chame Pelo Seu Nome > Variações Enigma > Me Encontre
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Thiago Silva 26/08/2023
O que presta aqui é a escrita
É inegável o fato do autor escrever incrivelmente bem. A forma como ele escreve não é para qualquer um.
Porém, não sei o que pensar desse livro, ele não é bom.
Você não consegue traçar uma linearidade com os acontecimentos de fato, as coisas
simplesmente acontecem sem nenhuma explicação.
Essa transição de parceiros que o protagonista vai fazendo dá apenas a sensação que ele fica buscando constantemente a sensação da paixão.
Além de, a parceira final, ser uma completa surpresa. Como eles acabaram assim? Não sabemos, simplesmente aconteceu - isso me incomodou demais. Para esse livro ser bom mesmo, o autor deveria ter feito ele com mais páginas e entrelaçado os acontecimentos.
Talvez assim, entraríamos melhor o protagonista, bem como o processo de término e troca de companheiros.
O que presta aqui é a escrita
É inegável o fato do autor escrever incrivelmente bem. A forma como ele escreve não é para qualquer um.
Porém, não sei o que pensar desse livro, ele não é bom.
Você não consegue traçar uma linearidade com os acontecimentos de fato, as coisas
simplesmente acontecem sem nenhuma explicação.
Essa transição de parceiros que o protagonista vai fazendo dá apenas a sensação que ele fica buscando constantemente a sensação da paixão.
Além de, a parceira final, ser uma completa surpresa. Como eles acabaram assim? Não sabemos, simplesmente aconteceu - isso me incomodou demais. Para esse livro ser bom mesmo, o autor deveria ter feito ele com mais páginas e entrelaçado os acontecimentos.
Talvez assim, entraríamos melhor o protagonista, bem como o processo de término e troca de companheiros.
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belabasouza 12/04/2023
Empurrei a leitura desde 2019. Achei muito parado, você não entende boa parte do livro até chegar nas últimas páginas: onde percebe o que o personagem quis passar.
No final adorei o livro, mas pra quem gosta de algo mais emocionante esse deixa um pouco a desejar, é uma leitura parada e calma.
Empurrei a leitura desde 2019. Achei muito parado, você não entende boa parte do livro até chegar nas últimas páginas: onde percebe o que o personagem quis passar.
No final adorei o livro, mas pra quem gosta de algo mais emocionante esse deixa um pouco a desejar, é uma leitura parada e calma.
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