O Sonho dos Heróis

O Sonho dos Heróis Adolfo Bioy Casares




Resenhas - O sonho dos heróis


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Ilmar 21/04/2019

+-
Achei o livro enrolado. Tudo bem que se você pegar a história mesmo, a linha principal fica interessante. E foi um belo plot twist o final. Mas podia ter se resumido muita coisa na minha opinião.
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leonardo camargo 21/04/2019

Um incômodo reflexivo.
Ao terminar a leitura, coloquei este livro ao lado de Lolita e A Velocidade da Luz, na minha estante mental. O porquê? Bem, estas três obras possuem uma característica em comum: o machismo nosso de cada dia. Personagens que sustentam práticas que, para alguns, se tornaram tóxicas e abusivas.

Em um primeiro momento, a premissa do livro não me pareceu interessante. Com o desenrolar do enredo, o mistério do carnaval – que deveria permear o livro todo – acaba perdendo força, até apontar como uma estrutura fantástica nas últimas páginas, o que potencializa o desfecho.

Na estrutura do romance, também é possível entender a razão pela qual o livro se encaixa como costumbrista, ou seja, uma interpretação literária com enfoque no cotidiano. Os personagens, cenários e modos de falar caracterizam a Buenos Aires de onde a trama se desenrola. Neste sentido, a revista da TAG auxilia com um mapa ilustrado dos lugares que aparecem na história.

Falando na revista, um texto presente nesta edição, intitulado "Violência, literatura e o papel da ficção", enriquece a discussão sobre o machismo na literatura. Até que ponto é necessário ler histórias machistas? É justo abandonar uma história por essa característica? Eu, como leitor de uma minoria LGBTQ+ e apreciador do feminismo, não me senti confortável em mergulhar na obra. Posso dizer que todos os personagens masculinos me incomodaram. Porém, acredito que a leitura é válida para nos fazer pensar na construção desses “valores”, para então podermos agir de forma mais atenta ao desconstruí-lo, entendendo a raiz do que hoje é, de fato, um problema.
Andre.Gondim 22/04/2019minha estante
Ótima resenha! O incômodo foi verdadeiro e evidente em mim. Apesar disso, ou também graças a isso, acho que engrancedi lendo esta obra




Pandora 18/04/2019

Eu não sei bem expressar o quanto gostei deste livro: é aquele tipo de leitura que à princípio não te agrada - até te repele - e depois você vai se encantando com tudo, da ideia à escrita. Pra começar, não gostei da sinopse: a ideia de um homem ser obcecado sobre o que havia acontecido em três dias de Carnaval há três anos não me conquistou. Li porque peguei o livro na portaria, pus na bolsa e saí... na rua terminei outro livro e peguei este. Que bom! Porque eu amei!

Gauna é um rapaz comum, um tanto inseguro e covarde, que deseja se firmar como “macho” perante os amigos e a sociedade, mas que não tem bem certeza de como agir. Ele frequenta um grupo composto por rapazes da sua idade e um homem mais velho, que apesar de ser um escroto, os rapazes seguem e admiram. Na verdade ele tem um único amigo: Larsen, com quem divide um quarto. Um dia, conhece Clara e seu pai, o bruxo Taboada; se apaixona pela moça e passa a viver entre aquilo que sente e deseja e aquilo que supõe deva aparentar ser.

É uma narrativa que cresce aos poucos, no início você se pergunta qual o sentido daquilo, aonde vai dar, mas quando vê está envolvido numa história cheia de simbolismos, que vale uma segunda ou terceira leituras, porque sempre há mais um detalhe a encontrar.

Bioy Casares não só é um grande escritor (porque grandes escritores nunca morrem), é também de uma sutileza e ironia ímpares; talvez por isso sua literatura não tenha, por vezes, sido bem compreendida e apreciada. Vi tantas críticas de leitores ao machismo nesta obra, mais ou menos como não ver a crítica social/política em “Mulheres de Atenas”, do Chico Buarque. Uma pena!

E o final? Simplesmente sen-sa-ci-o-nal!!! Um livro para ser lido e relido.
Debora 21/04/2019minha estante
Eu estou lendo o livro ainda, mas estou com a mesma sensação que você, por enquanto. Acho q o Gauna deve estar incomodando, pq não tenho ouvido falar bem, mas vejo outra coisa ali, uma necessidade de ser forte em uma sociedade q exige isso


Pandora 21/04/2019minha estante
Isso, Debora. Existe um contexto e eu não fiquei com essa raiva toda do Gauna como algumas pessoas.


B. 27/04/2019minha estante
Muitos pontos a se destacar, mas gostaria de pontuar o "machismo" como o que eu poderia classificar como mais contundente na história. Entre outros, a fantasia, a imersão onírica, a dúvida, às obsessões cotidianas movidas pela paixão, a dúvida, às contestações, às ambiguidades, ambivalência naturalmente humanas,...
As tendências inatas ao ser humano, para me valer de Freud; sexualidade e agressividade;, nua e crua
Tudo isso evoca o que também é nosso, muito nosso, e por isso é um livro que merece uma segunda leitura.
A leitura embora tediosa no início, lhe arranca do chão quando aos poucos você se p
O jovem Gauna


Pandora 28/04/2019minha estante
B., vejo sua postagem cortada. Mas realmente o livro merece uma segunda leitura.




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Toni Nando 12/04/2019

Livro que precisa de releitura
É uma obra que explora bem as misérias humanas, fica evidente em Guana, as nossas fraquezas, machismos e leviandade.
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