Ricc 05/04/2023
Nadou, nadou... e morreu na praia
Andrew e Eric são os pais adotivos de Wen. Eles decidem passar uns dias em família num chalé isolado dos grandes centros. O que eles não esperavam é que teriam péssimas visitas.
***PODE CONTER SPOILERS***
A premissa é interessante e, pelo menos nos capítulos iniciais, a escrita prende a atenção do leitor. Começa bem, apresentando os fatos diretamente no ponto, criando um suspense e mistério em relação às motivações dos malfeitores.
A ideia é ótima. Soa original e intrigante. Porém, a execução deixa a desejar.
O autor se utiliza de descrições e flashbacks na tentativa de ambientar o leitor, mas peca pelos excessos. Páginas de descrições e flashbacks vazios, sem utilidade alguma para o desenvolvimento da história e até mesmo dos personagens, tornam a leitura maçante e arrastada.
A trama central é rasa em sua execução, tornando apenas mais um livro sobre sequestro. Temos uma história que promete ser pós-apocaliptica, mas só promete mesmo.
Do meio pro fim, tive a sensação de que o próprio autor desistiu do livro. Finalização corrida, sem grandes explicações, deixando a cargo da interpretação de cada um (se a intenção aqui foi trazer uma reflexão mais filosófica, o autor falhou miseravelmente).
Enfim, foi frustrante. Tinha potencial, mas acabou se tornando denso e sem profundidade. Uma pena!
***
Precisamos falar sobre gafanhotos... (risos)
#1: A coisa já não ia bem, mas a morte da Wen foi a gota dágua pra mim. A única personagem cativante do livro foi totalmente desperdiçada. Que ódio!
#2: Que apocalipse foi esse? E as visões aleatórias? Origens? O que justificam os eventos? PI-A-DA! Explicar pra quê né, sr. Paul? VOCÊ ME PAGA!
#3: Eric e Andrew foram um casal tão sem carisma, tão chatos... Deu até preguiça!
#4: Os malfeitores foram tão rasos que, mesmo com as cenas de violência, não chegaram a me assustar. Talvez seja pela falta de argumentação nas ações. Fracos.
#5: Ainda não assisti a adaptação recente mas pretendo assistir somente pela direção do M. Night Shyamalan. 'Batem à porta' pode ser um raro caso em que a adaptação se sai melhor do que o livro.