Resenhas - 1984

Tatiane554 02/02/2021

George Orwell foi um visionário, que escrita poderosa !!!
Uma leitura chocante,difícil, mas maravilhosa!!
Como pode?? Ser escrita anos atrás e ser tão atual,chocada !!!

Derick.Renan 19/02/2024

Um soco no estômago!
Essa é a sensação ao terminar ?1984?. Toda a jornada humana, social e psicológica sendo percorrida por um homem comum que ousa pensar, faz com que o impacto de cada passo dado, em busca de esperança, nos encha de desespero e medo daquilo que pode ser o seu futuro.

É impossível (IMPOSSÍVEL) ler esse livro sem entender um pouco de seu contexto histórico. A nuance política está aqui escancarada (ao contrário de ?a revolução dos bichos? que atua como uma fábula tratando-se do mesmo contexto), deixando claro o que Orwell deseja criticar.

Terminei o livro com um sabor amargo na boca, mas sem dúvida nenhuma da necessidade de leitura dessa obra. É uma aula de história, política e sociologia escrita no desespero de um homem pelo ato de acreditar que 2+2 é igual a 4.

carol.haupczz 03/02/2024

Previsível até dizer chega
Não preciso nem dizer, o título já fala por mim. Não tem nada mais tenebroso que universo distópico feito pra chocar com coisa óbvia e muito mais do mesmo. "meu deus quem diria que talvez fôssemos presos a ideias postas pela sociedade e governo." Aí que chega o ponto, falar de governo totalitário sem colocar o capitalismo como um dos meios a qual isso ocorra é só papo de liberal pra não explorar o sistema amadinho da vez. Tudo que engloba a narrativa é extremamente previsível e parece conspiracionista demais. "Olha lá ein gente, estamos sendo vigiados" e esse é literalmente um dos menores dos nossos problemas, em vista que o sistema corrompe o trabalhador e inclusive, explora o nosso ecossistema. Na minha opinião, 1984 é só bem construído, mas pode-se equiparar a conspiracionista da nova ordem mundial, soa pitoresco e até meio bobo.

Taynara142 25/09/2023

R E S E N H A | 1984- George Orwell
1984 é uma clássico distópico, um dos livros mais influentes do século XX. Publicado em 1949. O livro retrata um novo mundo: um mundo dividido e egoísta.

O mundo se dividiu em três potências Oceania, Lestásia e Euranásia. Todos os estados são totalitários, sem excessão. A história ocorre na potência de Oceania, nela a figura de poder amada por todos é o Grande Irmãos (Big Brother), uma figura simbólica do partido que controla tudo e todos. O protagonista da trama é Winston Smith, um homem que comete a heresia de, é pior contrariar o governo. Posteriormente, Winston vive um romance, como já descrito na sinopse, com sua colega de trabalho Julia e uma organização revolucionária secreta.
Uma obra mais atual é impossível, não relatarei todos os aspectos da obra para não influenciar na sua experiência de leitura.
Só peço que se atente a algo, repare na forma na qual a internet age sobre nós com alguns aspectos da obra.
O autor George Orwell pseudônimo de Eric Arthur Blair, nós presenteou com sua obra. Una narrativa clara e envolvente. No mínimo viciante.
Por ser um clássico, muitos temem a sua leitura, entretanto, sendo uma adolescente de 16 anos eu o recomendado para qualquer um com interesse histórico ou que gostam de ficção. O livro é uma fonte de conhecimento e entretenimento.



Relato de leitura:

A minha professora me recomendou A revolução dos bichos, com um toque de receio me aventurei a ler... amei tanto a leitura que era 01:00 da manhã quando eu acabei o livro é fiquei comentando sobre ele até mais tarde com a minha mãe, depois de ver que 1984 foi lançado pouco antes da morte do autor não parei de falar que queria o livro. Em resumo, tarde da noite tão cansada a minha comprou o livro na promoção no mercado livre, kkk

Eu estava com recheio de não dar conta da leitura, mas outra vez, foi de boa. Eu já estava por dentro do contexto histórico da vida do autor, então não foi um mistério as suas inspirações. Denunciando todos os governos totalitários (diferentemente do que os norte americanos pensam), mostrando na prática como ele se instala aos poucos. Como eu fiquei muito obcecada pelo autor, vi palestras li artigos é acredito eu que ele não se limitou a denunciar apenas um governo em específico. Outra coisa curiosa é que eu criei conexões da narrativa com Gertulio Vargas e outras eleições e governantes brasileiros, desde seus métodos até suas figuras públicas (aparências). Mas isso é assunto para outra história, não quero ser lixada, kk


A cada pesquisa um choque, a cada choque vi que os meus pensamentos talvez não estivessem tão errados. Acreditem ou não, muitos aspectos do livro eram questões inacabadas em minha mente e se casavam perfeitamente com o livro. Teve até um texto que eu escrevi, após me revoltar estudando a segunda guerra mundial que se assemelha com aspectos do livro. Outra vez eu reforço, a obra é atual, atente-se aos detalhes tende adapta-los a seu mundo. Já estamos sendo vigiados e a todos vigiamos. Denunciamos o que julgamos errado, independente dos fatos, somos alienados sem nós darmos certa. A pobreza, a educação sabotada os prazeres imediatos a escassez de pensamento, desconfio eu ser intencional. Um mundo onde a pobreza é inviável, abre espaço para a educação, a educação por sua vez abre espaço para mentes pensantes. É as mentes pensantes, não se irão submeter-se ao controle e trabalhos mal remunerados. Afinal, quem tem que se preocupar com o pão de hoje não tem tempo para analisar as histórias de ontem. Sendo assim, não faria sentido as classes econômicas. Faz quase dois anos que eu comecei a estudar psicologias e neurociências, por interesses pessoais, percebi que a obra também trabalha muito o lado psicológico. Sendo assim a obra também carrega Muitas coisas além da critica. Queria eu ter tido a de dizer um simples, obrigado a Orwell. Eu não sou uma jovem metida a intelectual, relaxem, sou apenas um ser imaturo com muitas perguntas e dúvidas, uma maldição que me cerca desse pequena, acho que eu vá fiz tantas perguntas a minha mãe e aos meus avós... não perdoei nem os idosos na rua, kk

Sendo assim, eu ficaria feliz em ler o seu relato. Eu adoro o contato com outras experiências, outras percepções e outras mentes. Não se acanhe, se existe um certo ou errado na obra somente Orwell sabia ao certo. Eu ficaria feliz em saber o que você absorveu, o que lhe veio a mente etc. Sinta-se a vontade

25/09/23? 6ª resenha

(A experiência de leitura de cada pessoa é diferente, peço respeito a qualquer relato aqui deixado. Adoraria saber como foi a sua experiência com a obra, se pretende ler ou não e os seus porquês. Obrigado pela sua atenção! Desculpa por qualquer erro ortográfico, ficarei grata por qualquer correção, afinal se ainda respiro tenho algo a aprender e para corrigir.)

Obrigado pela sua atenção!

Anne 18/09/2021

Inversões
Leitura pesada em alguns momentos, e brilhante sempre. Um cunho político fortíssimo e uma crítica aberta aos regimes totalitários.

Escrito logo após o término da 2a GM, vemos muitas das dores sofridas pelas vítimas que passaram pelas mãos opressoras de quem detinha o poder. O que é o poder? O que é a verdade?
O passado aqui, é maleável. A verdade, depende do que for conveniente. Os antônimos co-existem. Alguém pode existir e não existir, ao mesmo tempo, sem que uma ideia anule a outra. Impossível? Claro que não. É só aprender o duplipensar.
Só uma coisa importa: a soberania suprema do Partido. O Grande Irmão. Detentor da verdade, das mentes, das vidas, do passado e do futuro.

Lenas 06/08/2021

Pessimista demais?
O mundo que Orwell criou é realmente bem assustador. O fato de que esse livro foi escrito em 1948 e que ainda ressoa tão fortemente no presente infelizmente fala muito sobre a maneira como o mundo e a humanidade são.

Não sei se o autor realmente achava que esse tipo de coisa era possível ou se ele apenas quis mostrar a pior versão de uma distopia, mas houveram muitas coisas no livro que achei desnecessárias. Eu entendo que é um livro que tem como objetivo nos chamar a atenção para regimes autoritários e manipulação etc, mas não teve nada que demonstrasse qualquer tipo de fé na humanidade e nenhum ponto de vista otimista.

Embora eu veja muitos paralelos dos acontecimentos no livro com as piores coisas que, de fato, já aconteceram no mundo, ainda há muitas coisas boas por aí. Todos os dias há pessoas que têm atos altruístas.

Acho que pra quem não liga para finais tristes e sem esperança, esse é um livro muito bom e super recomendo. Eu, particularmente, gosto exatamente do oposto, e por isso, para o enredo em si, dou 3 estrelas.

No entanto, essa edição da Companhia das Letras está incrível. Além de ser esteticamente linda, traz uma parte só de Fortuna Crítica, com oito ensaios críticos muito bons sobre o enredo e algumas páginas sobre a vida do autor para encerrar o livro. A edição com certeza é 10/10, então aumentei para 4 estrelas porque tudo que a editora colocou agregou muito na experiência.

Daniel-Ef2:8 15/04/2021

Que livro!
Um livro meio apocalíptico e sinistro isso sim, porém, não tem como não comprar o que o autor escreve com nossa realidade, lendo o livro lembrei de uma matéria onde a imprensa estava "admirada" pela tecnologia inventada pelos chineses que facilita o reconhecimento facial e que de acordo com eles isso "aumentaria a segurança proporcionando assim indentificar e prender fugitivos da justiça", como não comparar com as teletelas que tanto monitoravam a vida das pessoas?

Outro ponto é o 2+2=5, recentemente um grupo de PhDs de Havard haviam publicado um artigo falando que 2+2 não era igual a 4 e sim igual a 5 e que a matemática não era "exata".

O dicionário de Novafala e as constantes mudanças na língua e mudança de palavras e significados se mostram com o que nos vemos hoje que é um grupo de pessoas e ativistas tentando "cancelar as palavras" criando assim a "linguagem neutra".

O ponto mais tenebroso é quando Wiston e Julia se surpreendem ao perceberem que estavam sendo monitorados a todo o tempo e são presos iniciando assim um período tenebroso e de tortura constante!!

Que livro! Talvez você não concorde comigo porém não tem como não comparar esse livro e sua narrativa a nossa realidade, e principalmente ao que o partido comunista chinês e a Coreia do Norte vem fazendo em seus países. Livro que recomendo sem pensar duas vezes!!

Andrade 15/09/2017

Livraço!!
Orwell me tirou aquele olhar de duvida que eu tinha sobre o mesmo. Por isso que não é bom julgar um escritor só por uma obra lida. Confesso que ao término da leitura fiquei pasmo e até agora não consigo pensar em outra coisa se não ao final do livro.

Orwell quis fazer referência a temida segunda guerra mundial, onde um lado temos Stalin e no outro nada menos do que Hitler. A primeira parte do livro mostra ao leitor como era na época da guerra e os costumes que os trabalhadores do governo tinham que fazer para sobreviver. Smith, personagem principal, decaiu depois que conheceu uma jovem de quem adquiriu uma paixão. Até que ponto uma mulher muda a cabeça do homem? Será que ela foi o ponto do declínio do Smith? Na segunda e terceira parte do livro é que a leitura começa a fluir, ficar mais prazerosa de ler. Essas e outras perguntas os leitores se fazem ao andar da narrativa.

Eu, como leitor, penso: como tem gente tão ignorante em querer a volta da ditadura? Pessoas que se dizem “estudadas” e mesmo assim querendo um governo que nos oprima? Como seria se Hitler tivesse ganhado a guerra? Será que hoje o nazismo seria tão bem aceito na sociedade como o capitalismo? A guerra era pra ter território e nada mais do que isso, levando em conta que muitas vezes o vencedor nem assumia o local. Então pra que destruir varias famílias?
O livro me causou uma sensação incrível, muitas vezes tive vontade de está lado a lado do Smith, outras vezes queria matá-lo por ser tão inocente. Ao final fiquei até um pouco emotivo, não esperava isso, já que é cenário de guerra, enfim, pra mim foi um deleite!
Citações:

“Quando você ama alguém, ama essa pessoa e mesmo não tendo mais nada a oferecer, continua oferecendo-lhe o seu amor.”

“Os melhores livros, compreendeu, são aqueles que lhe dizem o que você já sabe.”

“Onde há igualdade, pode haver sanidade mental.”

Amanda 14/04/2024

1.984 uma leitura densa, porém necessária.Senti um pouco de dificuldade de embalar na estória, principalmente nas partes do Apêndice e do livro do Goldstein, até porque esta ficou muito repetitiva, pois recobrou assuntos que já tinham sidos abordados anteriormente. Confesso que fiquei a espera do surgimento de um super herói( Goldstein) ou de um grupo revolucionário (a Confraria) que surgiria e se juntaria a Winston na luta contra o Partido levando assim a queda do Grande Irmão rsrs. Inocente não.... mas até nisto o autor acertou! Não há super-herói! Ninguém virá nos salvar! Retratou bem a realidade, aonde mesmo sabendo em nosso íntimo que as coisas não estão corretas, preferimos nos acovardar e aceitar o que nos é imposto, dá menos trabalho assim, não é mesmo? O estado de aceitação das pessoas me lembrou muito uma frase de Martin Luther King " O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons." Meu mundo caiu com a queda do quadro, foi ali naquele exato momento que entendi que não haveria final feliz! Aconselho a leitura, embora não leria novamente.

Victor Moreira 26/10/2023

Bom, mas não era para mim :(
Enquanto eu lia esse livro, eu interpretava a história como um ponto de vista de uma pessoa "classe média" num cenário distópico e totalitário.

Esse universo é tão bem criado, que parece errado chamar de universo kkkkkkk Eu tenho a sensação que li um livro histórico, de não ficção, de um país Europeu de anos atrás e ao mesmo tempo de um futuro próximo (Engraçado, não? ???).

A criação das representações de um estado, como a economia, política e poder militar; a criação das classes sociais, cargos e propósitos de pertencimento ao grupo e não como individual era simplesmente fascinante.

Entretanto, ao mesmo que eu achava essa história muito bem criado, eu simplesmente não conseguia sentir nada. Após entender esses pontos, a história ficou arrastada e não me instigava em nenhum momento para ler.
(Diferente do Admirável Mundo Novo, que tem uma prósta semelhante, muito mais fraca em construção de mundo, mas que me gerou muito mais emoções e fascínio, do que aqui)

A história é tão bem construída que tudo está conectado e tudo faz sentido. Em um momento é apresentado uma filosofia e analise política (dentro de um livro secreto naquele mundo), que chegou a me assustar que parecia uma previsão do futuro que se concretizou.
Eu concordava com muito do que é dito ali, mas discordo em alguns sentidos. E após ver os vídeos de apoio da antofágica deixou o plot final mais interessante e não desnecessário, conforme eu pensei.

Fiquei muito triste por não ter me conectado com a história e não ter sentido nada lendo ela, pq eu simplesmente conseguia ver a grandiosidade desse livro, mas não conseguia sentir.

Não era o que eu estava procurando naquele momento.

JAlia372 03/05/2023

Jurei que seria bem melhor.
Eu tava muito ansiosa pra ler esse livro e saber do que ele fala, porém eu coloquei espectativa demais e nenhuma atendeu ao que o livro fala.
No meu ponto de vista ele fica repetindo a mesma coisa, clicando na mesma tecla. Ele fala sim sobre coisas da atualidade, porém ele é muito chato, a linguagem é muito cansativa e isso acaba tornando a leitura um pouco lenta.
Esse livro é com certeza um daqueles que eu não recomendaria pra ninguém (apenas se a pessoa quisesse ter a experiência, assim como eu queria ter tido), porém esse livro é uma das leituras "obrigatórias" então meio que é bom ler. Eu tava até cogitando ler a revolução dos bichos, mas depois disso, não quero ler mais nada desse cara.

thaynara 24/04/2022

melhor leitura que fiz na vida
eu tinha esse livro em casa a muito tempo mas enrolei pra ler ele, acho que li no momento certo, esse livro é incrível do começo ao fim a visão que o george orwell tem do futuro chega a ser assustadora, e o personagem central é incrível você se apega a ele e ver ele passando por todas aquelas coisas... melhor leitura do ano

Pedróviz 17/04/2021

Distopia coletivista
1984 é um modelo perfeito de como acabam as utopias coletivistas: em distopias onde é cada um por si. Sob o controle absoluto do Estado, os cidadãos não têm a mínima intimidade e seus direitos mais básicos são negados. Até mesmo suas expressões faciais são fiscalizadas através das onipresentes teletelas.
A trama consiste na rotina da vida do protagonista que num certo momento burla a vigilância sobre ele e passa a viver uma vida clandestina até que uma surpresa acontece e o leitor tem de suportar um dos desfechos mais revoltantes da literatura.
Na obra o leitor é propositalmente exposto a contrassensos como o Ministério do Amor e o Ministério da Verdade, para citar dois. A ambiguidade é a tônica no Estado do Grande Irmão, em cujo idioma oficial, a novilíngua, muitas palavras foram abolidas. É o povo submisso à razão de ser do Estado: uma busca de poder pelo poder, sem qualquer ideal verdadeiro.

É interessante chamar atenção para o fato de que, inopinadamente, a obra se tornou uma arma de todo insatisfeito. Apesar da total falta de consistência nas comparações feitas, há cidadãos que citam esta obra contra certos governos que de uma forma ou outra não satisfazem seus desejos.

Esther.Horn 05/04/2021

O livro mais superestimado de todos
Foi uma tortura terminar de ler o livro, além de chato é arrastado. Mas eu li, porque como adepta de ideologias comunistas, eu não queria abrir mão de ler um livro muito bem falado só porque é uma crítica ao que eu acredito.
Não, o livro não é uma crítica ao facismo, ou qualquer ditadura, é uma crítica DESCARADA ao socialismo da URSS. É um prato cheio pro imperialismo dos EUA e acredito que é por isso que faz tanto sucesso.
A crítica é tão errada que dá raiva. Não me entendam mal, tem críticas muito interessantes no livro se George Orwell tivesse escrito pensando em ditaduras de direita, mas não foi isso que ele fez.

Depois de terminar o livro, eu li a crítica do Isaac Asimov a ele (dá um google que acha fácil) e eu indico demais! Ele abre nossos olhos pra mostrar que além da crítica rasa, isso aqui não é uma ficção científica: é um amor descarado ao velho! Asimov inclusive diz não duvidar que Orwell escreveu esse livro com pena e tinta (risos). A única coisa "futurista" é a máquina que observa todos... Orwell parece que não fez um esforço sequer pra imaginar uma sociedade do futuro, tecnologia, nada!!!! Ele fez pura e simplesmente uma crítica fraquíssima a Stalin (e nem fingiu que não)

Enfim, a crítica do Asimov é muito mais profunda e interessante que a minha, e vindo dele tem infinitamente mais credibilidade hahahaha. Rei do sci fi sim!
Aguardando o momento que vão parar de endeusar George Orwell por tão pouco.

jardel 12/03/2021

Em 1984 acompanhamos o despertar de Winston para a realidade em que vive: uma superpotência totalitária em que a liberdade, em todos os seus sentidos, não existe mais. O Grande Irmão controla a tudo e a todos, mas Winston planeja o impossível, derrubar o Grande Irmão.

Desde o primeiro capítulo somos apresentados ao indestrutível Grande Irmão, personificação do Partido totalitário que governa a superpotência Oceânica.
No decorrer da história entendemos o que possibilitou a ascensão e, acima de tudo, a estabilização eterna desse regime. Gradativamente, o Partido reconstruiu a mente humana. Os maiores atos de rebeldia aconteciam primeiro por pensamento. Todos os regimes totalitários experimentados pelas civilizações entraram em ruína por não conseguirem controlar isso, mas o Partido sim!
O lema "O Grande Irmão está de olho em você" não se limitava aos dispositivos de vigilância chamados de teletelas, mas sim à própria população. Desde criança, todos os membros do partido eram treinados para vigiar uns aos outros e, principalmente, a si mesmo.
A nova mente humana desviava e refutava, involuntariamente, todos os pensamentos que iam contra a ideologia defendida pelo Grande Irmão. Assim, mudanças eram inviáveis não porque qualquer indício de rebelião seria contido, e sim, porque era impossível germinar uma rebelião sem conseguir ao menos formular a ideia de rebelião.

Os mecanismos que o Partido usava são apresentados no desenvolver da história, como a extinção de palavras (e consequentemente a limitação da mente), o fim das relações amorosas (pois essas criam laços que ameaçam a estabilidade do G.I) e os Minutos de ódio (uma forma de aliviar qualquer insatisfação e raiva, direcionando essa para o "inimigo" do Partido).

A partir de novos episódios na vida monótona de Winston, ele vai nutrindo a visão de que o Partido pode sim cair, e que está disposto a se sacrificar pela liberdade das futuras gerações, ciente do fato de que não será na sua que a opressão acabará.

O fim é surpreendente por não entregar o que o leitor deseja, mas é justamente por isso que as inúmeras reflexões que o livro traz se tornam tão fortes e inesquecíveis.

O livro é uma profunda crise ao totalitarismo, e como o próprio Orwell afirmou, não se trata de alfinetadas ao regime x ou y, como muitas pessoas alegam ser. Há sim alguns aspectos que relembram o rumo que a União Soviética levou, mas o que Orwell crítica é o totalitarismo em si, independente de posição, nomenclatura ou líder, e faz um alerta para não deixarmos ser enganados pelo jogo político dos oportunistas que almejam apenas o poder.

Eu tinha dúvidas se esse era meu livro favorito porque acreditava que tinha decidido pelo "calor do momento" na primeira vez que li. Mas tendo relido ele agora, vejo que definitivamente é meu livro favorito ?. Me emocionei em vários capítulos, e o diálogo rápido que acontece no reencontro nas partes finais foi pra mim um tiro no peito.

Indico pra absolutamente todas as pessoas que quiserem uma boa história. O início pode ser complicado, mas não desistam desse livro, vale a pena em todos os sentidos.