Cristiane 17/05/2015
Uma história para levar para o resto da vida.
Winston o herói da história é um cara sem graça, tímido, tranquilo e sem muitos amigos, mas que não aceita as condições em que vive e as situações que o Partido governado pelo Big Brother impõe a todos. Ele se sente incomodado com toda a situação vivida, até porque o passado foi e sempre é modificado para que fique adequado ao que o Grande Irmão diz.
Não se tem base nenhuma e nem muito menos provas das falsificações feitas de documentos, jornais, livros, e entre outros, por que assim que as modificações são feitas as originais antigas são queimadas e desaparecem entre as cinzas de forma que nunca, ninguém conseguirá recuperá-las.
As pessoas na Oceania onde Winston vive são divididas da seguinte forma: As pessoas do Núcleo do Partido são as que têm alguns privilégios como, por exemplo, comida a vontade, casas melhores e bons empregos, as do Partido externo trabalham com o serviço de apoio para modificar tudo que o partido precisa, moram em condições ruins e tem salários ruins e os Proletas que são pessoas normais, que tem direito de viver como querem sem terem medo de serem pegos pela Polícia das Ideias, pois não tem em seu encalço uma teletela e nem muito menos o partido tem interesse neles. Winston faz parte do Partido externo, isso não significa muita coisa. Ele não tem privilégio nenhum por isso, pelo contrário, isso faz com que ele viva com medo de fazer qualquer coisa que pareça estranho e que chame a atenção da Polícia das Ideias. Isso mesmo galera, quando me deparei com isso fiquei em choque. As pessoas são forçadas a usar o duplipensamento que consiste em: "abrigar simultaneamente duas crenças contraditórias e acreditar em ambas". Bem, a Polícia das Ideias existe para investigar e descobrir qualquer pensamento e ou atitude que fuja dos interesses do Partido.
Em todas as casas, locais públicos e onde houver pessoas do partido existem as Teletelas, por onde todos são vigiados e ouvidos para que possíveis "crimes" de pensar sejam detectados e os responsáveis sejam punidos.
Pois bem, Winston conhece Julia, e ambos se envolvem emocionalmente, mas infelizmente os dois fazem escolhas, que acarretará em um trauma psicológico muito profundo na vida de ambos.
O que acontece com os dois, foge ao controle e a imaginação de qualquer um. Julia faz uma afirmação que na minha opinião vai ficar marcado: "Eles podem fazê-lo dizer qualquer coisa – qualquer coisa -, mas não podem fazê-lo acreditar nisso. Não podem entrar em você.”
Desse momento em diante, o inferno começa na vida dos dois. Aos que acreditam em teoria de conspiração ou profecias, este livro não tem nada disso, é apenas uma história fictícia, para fazer todos refletirem como o ser humano pode ser tão sórdido e cruel.
Gosto muito do Winston, achei desde o começo que uma hora ele ia acabar sendo pego, mas não pensei nada nem perto do que aconteceu com ele. Uma coisa que eu gostava muito era da esperança dele de que um dia tudo mudasse e que ele poderia viver livre novamente, fazer o que quiser, pensar o que quiser. A única esperança que ele se agarrava era aos Proletas. Segundo ele “ Se é que há esperanças, escreveu Winston, a esperança está nos proletas.”. Como eles eram os únicos que podiam pensar e agir livremente, se eles se revoltassem na opinião de Winston, tudo isso poderia acabar. Mas infelizmente nem sempre ter esperanças significa que as coisas vão mudar.
Preparem seus corações, levarei essa história para sempre comigo e não tenho dúvidas que todos que lerem, não vão se arrepender e vão querer mais e tenho certeza que muitos vão se lembrar da seguinte pergunta: "Quantos dedos tem aqui Winston?”