Lela Tiemi 26/11/2011O título “A breve segunda vida de Bree Tanner” já resume muito bem do que se trata toda a história e deixa evidente como terminará – mesmo para aqueles que não leram o terceiro livro da saga “Crepúsculo”, chamado “Eclipse”.
Bree Tanner é uma jovem que possui pouquíssimas lembranças de sua vida anterior à transformação e cuja sua breve segunda vida se resumia em viver isolada dos outros recém-criados, tentando não chamar a atenção e não se meter em brigas que frequentemente ocorriam e sem qualquer motivo plausível. Ela faz parte do exército de recém-criados do qual Riley lidera ao comando de Victória – que durante o livro é citada somente como “ela” – para vingar a morte de seu antigo companheiro, James.
Bree e os outros recém-criados vivem na “escuridão”, nos dois sentidos: eles não sabem o porquê foram criados e não sabem que podem sair à luz do sol sem se tornarem cinzas. Mas a sede de sangue que sentem é tão grande que nada mais passa por suas mentes.
Até o momento em que Bree conhece Diego, um vampiro um pouco mais velho entre eles, mais próximo a Riley e questionador. Diego desconfia da criação de tantos vampiros e juntos tentarão descobrir respostas às suas perguntas. Só lamento pelos dois terem sido tão ingênuos...
Eu gostei da personagem. E isto se deve ao fato de que eu acredito que se estivesse em seu lugar teria agido da mesma maneira: escondida pelos cantos, só observando e tentando não chamar a atenção em um ambiente tão hostil. Graças a sua cautela – ou medo, se preferir – foi que Bree sobreviveu por mais tempo, e se não fosse pelos Volturi – ou melhor, pela Stephenie! – talvez ela não tivesse este fim.
O romance entre Diego e Bree é muito fraco vindo de uma autora como Stephenie Meyer que sabe escrever belos romances de tocar o coração e nos fazer suspirar. Neste caso, pareceu claro que não era este o foco da história.
O livro não alcançou minhas expectativas, mas eu gostei. O livro é curto, nem sequer chegar a ser dividido em capítulos, e dá para ser lido rapidamente. Posso dizer que ao finalizar a leitura de “A breve segunda vida de Bree Tanner” fiquei imaginando como seria se Bree não tivesse aquele fim e, sim, a chance de integrar a família Cullen. Eu gosto de livros que me faz imaginar além de suas páginas, que dão asas à minha imaginação, criando uma continuidade para história; ou neste caso, que me fez desejar um fim diferente para a personagem, desejar que não fosse tão breve assim a segunda vida de Bree Tanner.