Resenhas - Mais Pesado que o Céu

Leitor Cabuloso 14/02/2011

MAIS PESADO QUE O CÉU
” … Se meus olhos mostrassem a minha alma, todos, ao me verem sorrir, chorariam comigo … ” Kurt Cobain

Faz um tempinho que terminei de ler a biografia do Kurt Cobain (“Mais pesado que o céu/paraíso” do Charles R. Cross lançado no Brasil pela editora Globo) e tenho digerido sua história de vida.Sua infância marcada pelo divórcio dos pais, adolescência conflitada tendo que dormir na casa dos outros e já na fase adulta, seu envolvimento com o sucesso e as drogas, tudo isso agregado a uma dor insuportável de estômago, cuja razão nenhum médico sabia o porquê.

Confesso que gosto de Rock, apesar de não ser mais um adolescente sempre ouço bandas que me cativaram nessa fase de minha vida,quando conheci o Nirvana, seu vocalista já havia se matado há uns 3 anos e só vim descobrir isso pela televisão, já que onde eu morava não passava nenhum canal musical interessante e também não tínhamos computador e muito menos internet, que nos idos dos anos 90 era surreal pelo menos pra mim que era um legítimo filho da classe operária, apenas um eufemismo para: pobretão.

Para mim, ser “roqueiro” era bastante conveniente, pois além da atitude que eu achava que tinha, ao usar uma calça jeans velha (pois só ganhava uma por ano) e um tênis (que também só ganhava um par por ano, e usando-o para todo e qualquer evento social, inclusive para ir à escola), qualquer camisa preta ou de banda me fazia um “rebelde do rock”, já que quando eu era adolescente só quem conseguia pegar mulher era quem freqüentava casas de pagode ou era muito “bonito” ou tinha $abedoria $uficiente para $e dar bem com as mulheres, eu não tinha nenhuma dessas qualidades.

Juntando isso a vinhos baratos (vinho carreteiro) e acordes mal executados em violão de nylon e um pouco de revolta(medo) que é bem peculiar a alguns adolescentes me considerava “roqueiro”, mas do tipo que não se drogava e não tinha as chaves de casa, para não chegar em casa de madrugada, pois meus pais só dormiam quando eu estivesse sã e salvo em casa na frente da TV rsrsrsrsr.

Quando eu terminei o livro sobre kurt cobain fiquei um pouco estarrecido como as pessoas não enxergavam o sofrimento dele! o cara era um maníaco-depressivo desde os 9 anos de idade! Ele estava dando todos os sinais de que iria dar cabo da própria vida!

RIP Kurt…

Lembro que fiquei algum dias triste por causa do livro(mesmo sabendo de cor o final dele), eu sou fã da banda e sempre ouço as músicas e depois do livro começo a perceber a fúria e frustração que ele sentia e que sua letras explicitavam com a coragem que os gênios têm para expor seus sentimentos.

Senti-me um velho após a leitura do livro, um velho ranzinza e frustrado, mas quando eu me olhava no espelho eu ainda era jovem…

Minha vida “Smells Like Teen Spirit” parece um mar de rosas, comparada com a que à dele foi, mas cada um sabe a vida que tem e os problemas que enfrentou e enfrenta pra continuar vivendo e sonhado em ser uma pessoa melhor e casar e por crianças no mundo, que vão correr e voar no seu pescoço quando você chegar cansado física e mentalmente do trabalho.

Às vezes acho isso muito comovente, às vezes acho um super clichê, às vezes fico encantado com algumas atitudes das pessoas que convivem comigo ou pessoas que mal conheço. Quando eu era adolescente eu achava todas as pessoas ridículas, mas percebia que muitas vezes eu era muito mais que elas…

Ouvindo: Nirvana – Sappy

por Leitor Cabuloso (http://cabulosocast.wordpress.com/)

Pati 11/03/2011

Pesado demais, pra mim, pra nós.
Nunca tinha lido uma biografia. No começo me prendeu completamente mas foi perdendo a emoção no decorrer da história, parecia tudo muito repetitivo. Antes de enjoar me lembrei que não era uma história fictícia e sim, a vida de um cara que eu posso chamar de comum e, ao mesmo tempo, nada comum. Um trauma na infância, uma adolescência complicada, um talento nato, uma fase adulta mais complicada ainda. Assim eu posso (quase) definir: Kurt Cobain.

Eu mal conhecia o cara; nasci um ano depois da sua morte, o que não quer dizer nada, apenas que não estava viva para ter uma real ideia do impacto que ele causou em uma geração. Desde que ouvi falar dele, em 2008, venho procurando tudo que posso pra entender o que se passava nessa mente brilhante, na alma dessa cara, que escolheu dar um adeus definitivo as dores da vida. Talvez uma boa escolha, ou não. Tudo é realmente confuso quando se trata de entender a mente de um ídolo em depressão.

Bom, eu sou péssima com resenhas, mas queria deixar escrito o que eu penso agora que terminei de ler essa história incrível. Me considero fã dele, eu o admiro. Confesso que achei uma história realmente pesada pra mim, pesada demais pra ele, acho que foi por isso que ele não aguentou.

Manu Uchoa 13/04/2011

Eu não conhecia muito bem o Cobain, nem o nirvana, só de nome, já que na época da banda eu era uma criança, mas minha irmã me indicou e eu comecei a ler, e nossa! me apaixonei pelo Kurt, virou meu ídolo, li tudo sobre ele, vi videos, li sobre a Courtney, Frances, o resto da familia, vi documentários, não tem como não ficar apaixonada por ele, ele era tão frágil, sensível, dava vontade de cuidar, fazer tudo por ele.
Kurt era genial, uma pessoa totalmente inigmática, nem sei explicar, ele conseguiu tudo que queria, e quando conseguiu, era mais infeliz de que quando não tinha nada, as pessoas gostam de falar que a Courtney é a culpada, eu não acho isso, ele sempre foi assim,se não fosse ela, tinha sido outra, e o sucesso só piorou tudo.

Enfim, o livro é muito bom, faz com que as pessoas conhecem o lado Kurt, e não o lado Kurt Cobain - vocalista do Nirvana. Me fez chorar muito.

Nessa 17/02/2009

Conturbadíssimo
Noticia
Diretor de '007' fará cinebiografia de Kurt Cobain

Marc Foster, diretor do último filme da série 007, Quantum of Solace, assinou com a Universal Pictures para comandar a cinebiografia de Kurt Cobain.
A viúva do roqueiro, Courtney Love, vai co-produzir a empreitada, que será adaptada conforme a biografia Mais Pesado que o Céu, do jornalista Charles Cross.
O cineasta Gus Van Sant (de Milk - A Voz da Igualdade), já tinha contado a história de Kurt Cobain - com nomes trocados e sem autorização - no filme Last Days.

Dioktoros 10/01/2010

Sensacional!
Todo adolescente que gostou de rock teve a sua fase "grunge" através do Nirvana... essa biografia mostra aos leitores e fãs do Kurt, o que realmente estava por trás desses cabelos desgrenhados e acordes desafinados... Vale a pena ler para saber realmente quem foi Kurt Cobain!

Samia Feio 13/05/2024

Se eu pudesse, de coração, dar um conselho. Se conselho na verdade VALESSE mesmo alguma coisa, eh diria: NÃO LEIAM ESSE LIVRO. Principalmente se você é fã. Hoje, terminando de ler, eu me arrependo de ter começado. Não porque o livro é ruim.. mas porque é tão bom que, a cada virada de página, eu me sentia entrando no mesmo fundo de poço que o Kurt Cobain viveu. Claro que é impossível entender profundamente o tamanho do desamparo e dor que ele viveu em 20 anos de vida (haja vista que o caos começou lá pelos 7 anos dele), mas da pra ter uma ideia do QUÃO ATORMENTADO ele era. Finalizei o livro aos prantos. Foram exatos 23 minutos chorando copiosamente. Não só é triste demais ler sobre a vida caótica e o final trágico de um jovem de 27 anos tão talentoso como tb de um dos maiores nomes do rock mundial, que inspirou tantos. As últimas páginas talvez tenham sido as páginas mais angustiantes que já li na vida, descrevendo os últimos dias, as ?despedidas? e o fim. E a sensação que tive, mesmo que um tanto quanto dramática, é que parte de mim, pelo menos uma parte imaginária, morreu de novo quando ele apertou o gatilho.

Forte. Muito forte.

ALEX 10/09/2009

TRISTE TRAJETÓRIA
ESSE LIVRO NOS FAZ VER AS AMARGURAS QUE UM ÍDOLO PODE PASSAR E DE COMO AS DROGAS PODEM ACABAR COM UM ARTISTA TALENTOSO E ATORMENTADO.
VALE A PENA

Laura Regina - @IndicaLaura 05/09/2009

Quem era Kurt Cobains?

[visão de um renomado jornalista, que conheceu um dos maiores músicos do rock mundial]

Micha 08/07/2009

Simplesmente maravilhoso demais.

Mari 26/05/2009

uma biografia pretenciosa, SIM, mas verdadeira.

eu era uma dessas adolescentes perturbadas pela influência do Nirvana na vida - sem rumo, diga-se de passagem. lembro que li esse livro em uma hora e meia, mais ou menos. simplesmente entrei na livraria, bati meus olhos nele e senti que precisava ler, naquele momento.

mudou minha maneira de pensar sobre Kurt, em diversos sentidos. depois daquela tarde eu entendi muitas coisas e desencanei do meu fanatismo; aprendi à admirá-lo de uma maneira diferente.
só quem passou por esse "teen spirit" entende o que eu quero dizer. ainda bem, AINDA BEM que uma hora nós crescemos.

já dizia o próprio Kurt:
"teenage angst has paid of well, now i'm bored and old..."

:)

Rafo 16/06/2009

The great pretender
Kurt Cobain é uma dessas figuras que precisavam de mais de uma vida ao mesmo tempo. Assim como Ernest Hemingway (outra biografia que li mais ou menos na mesma época), Kurt sentia uma necessidade de re-escrever suas memórias, mudando sua atitude diante de fatos do passado. Coincidentemente, os dois acabaram se matando com tiros de rifles na cabeça.
O livro mostra a tragetória do rock star desde a infância, contando tanto a versão de Kurt como a de pessoas próximas - versões essas extremamente diferentes em alguns casos. Vale a leitura.

Babi 17/05/2009

Kurt Cobain, um dos maiores lideres da musica grunge, teve uma vida curta, mais que ainda dá muito o que falar, as pessoas se perguntam se ele realmente se matou ou se foi assassinado, o livro deixa bem claro o comportamento de Kurt, e que cada um tire suas proprias conclusões.

Nunca tinha lido uma biografia antes, e senti um pouco enjoativa, mesmo que não contasse o dia a dia de Kurt, mas é bem interessante.

Recomendo para quem admira Kurt Cobain e a banda NIRVANA.

Andre.Crespo 13/10/2009

Uma biografia um pouco pretensiosa
Esse livro eu li no computador e eu odeio fazer isso, só que o mesmo é muito caro e eu não tinha dinheiro para comprá-lo.

Gostei muito de livro. Fala sobre Kurt desde a infância, seus problemas familiares, seu amor pela música. O único - mas enorme - defeito que eu percebi no livro foi a pretensão do autor em colocar a todo o instante Kurt como um suicida desde a infância. Isso me deixou muito contrariado. Pareceu um livro custeado pela Senhorita Courtney Love, a verdadeira assassina! Não aparece nada no livro sobre as muitas coisas estranhas que aconteceram em sua morte.

Tirando esses "detalhes" o livro é muito bacana! Vale para quem é fã de verdade!