Ensaio sobre a cegueira

Ensaio sobre a cegueira José Saramago




Resenhas - Ensaio Sobre a Cegueira


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Isabella 02/06/2023

Único. Excepcional.
Alguns livros tocam nossas vidas de forma diferente. Com Saramago foi assim. Uma mistura de soco no estômago com uma viagem ao interior, ao avesso, para trazer à tona o que de fato importa.

?Provavelmente só num mundo de cegos as coisas serão o que verdadeiramente são?. É isso. O descapricho de coisas materiais, que já não importam, e o prazer de conhecer verdadeiramente o outro. A empatia. O aconchego do acolhimento. O que somos nós se não tocarmos verdadeiramente quem nos aproxima?!

Saramago é um encontro de almas e um descompasso de nossa própria natureza: capazes de inimagináveis maus, ainda há quem escolha - graças a Deus!!!!!! - fazer o bem.
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Natalia Reis 01/12/2021

Denso
Eu quase abandonei o livro por uma série de fatores, mas continuei pois queria saber o desfecho. E apesar de entender muitas coisas que livro quis passar, não serviu para mim.
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Vini 03/01/2021

Espetacular e Tenso!
Certo que a pandemia atual não é uma maravilha, mas em comparação a situação do livro... seria algo terrível, uma calamidade global.
Me senti preso à leitura pela forma da narrativa. Um pouco diferente do acostumado, a tradução do português de Portugal tem algumas pronúncias diferentes, mas nada que atrapalhe a compreensão.
Prepare-se pois terá aflição, alegria, medo, compaixão. Sentimentos múltiplos pois os personagens são muito específicos em suas características.
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Luiza 22/04/2020

se não formos capazes de viver inteiramente como pessoas, ao menos façamos tudo para não viver inteiramente como animais
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TheusKemper 23/01/2023

Esse livro é uma tortura.
Tanto por conta da escrita que é maçante, tanto pela história que é angustiante.

A história em si é boa, mas o estilo da escrita definitivamente não é pra mim. Os diálogos misturados com a história deixa um pouco confuso. Os capítulos longos e sem parágrafo dão a sensação de nunca chegar ao fim.

O livro trás muitas reflexões sobre a nossa sociedade e é possível fazer um comparativo com a pandemia que vivemos recentemente. Nos mostras o quão cruel as pessoas podem ser mesmo dividindo um fardo em comum.

Eu não leria novamente por conta da escrita, mas a premissa da história é boa.
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@eusoudanivieira 26/07/2020

'Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara'.
Eis aqui o responsável da minha primeira ressaca literária da vida.
Ganha disparado como a leitura mais densa e claustrofóbica. Em oposição a todo este sentimento, confesso que me apaixonei por Saramago e sua escrita 'virgular'.
Ensaio sobre a Cegueira foi um livro devorado. Acho que todos que lêem Saramago pela primeira vez sentem uma certa estranheza ao seu estilo, mas quando 'pega o jeito' só descansa quando termina. (Ou não)
Eu estou há mais de 20 dias sem ler um novo livro. Até escrever sobre ele é difícil. Tenho tentado desde que terminei.
Saramago nos adentra num mundo onde uma súbita cegueira acomete as pessoas sem causa aparente. Enxergando apenas branco como leite denominam-a 'cegueira branca'.
Saramago não dá nome à cidade ou aos seus personagens: acompanhamos o primeiro cego, a mulher do médico, a rapariga dos óculos escuros, entre outros. Penso ser proposital: sem os rótulos sociais, as pessoas são 'vistas' como realmente são.
"É desta massa que nós somos feitos, metade indiferença e metade ruindade".

Os primeiros contaminados foram postos em quarentena em manicômio desativado. Acaba sendo cômico diante de toda a loucura descrita. Deixavam a comida do lado de fora, mas o caos já estava reinando lá dentro. Super lotado, alguns cegos passam a reter a comida e exigir pagamento em troca: primeiro são os pertences pessoais, depois, as mulheres como moeda de troca.
"Há muitas maneiras de tornar-se animal, está é só a primeira delas".

Apenas uma pessoa ficou imune a cegueira: a mulher do médico. Fingindo-se cega, pode acompanhar o marido e presenciar todo o horror. Ela é para mim, das personagens mais fortes: pior que ser cego é ser a única que pode ver.

Ensaio sobre a cegueira perturba porquê sabemos que, em situações extremas, alguns se tornam o que de pior pode existir. (Recentemente vimos o poder de papéis higiênico e álcoois em gel sobre algumas pessoas).
Penso que até hoje só tivemos evolução tecnológica. Precisa pouco pro ser humano cair de quatro babando, animalesco.

" ...o certo e o errado são apenas modos diferentes de entender a nossa relação com os outros..."
Há que se ter coragem para terminar a leitura.
"Penso que não cegamos, penso que estamos cegos, Cegos que veem, Cegos que, vendo, não veem."

Existe uma Dani antes e depois deste livro.
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Thiago548 31/03/2023

Um Verdadeiro Ensaio
Como esse livro é esplêndido! Quando ouvi falar dele, esperava uma coisa, mas quando comecei a ler, vi que era outra, mesmo assim, me surpreendeu igualmente!
O livro é muito bem desenvolvido, tendo um início que na minha opinião é excelente, e muito bem pensado, tendo bastante detalhe na escrita e principalmente um foco nos detalhes e contextos da história.
A história realmente faz jus ao título, não só o final mas também a história deixa claro o motivo.
Eu adorei ler esse livro, me senti como um personagem secundário.
Foi um dos melhores livro que li, mesmo assim, não posso deixar de destacar pequenas críticas negativas, sendo primeiro a escrita. Não sei se é por má tradução ou pela escrita própria do autor, porém, ela possui alguns incômodos como as falas dos personagens, que não são muito bem destacadas. E segundo, sendo a história um pouco arrastado em alguns momentos, porém esse eu desconsidero um pouco pois o tendo uma relação com distopias, o autor precisa contextualizar algumas coisas, e acaba ficando um pouco chato as vezes. Mas não tirando o mérito do livro.
É um livro excelente e pra mim, é com certeza um dos livros que todos deveriam ler em algum momento da vida, principalmente no início da vida adulta.
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Bia 26/09/2021

?Cegos que vêem, cegos que, vendo, não vêem?
300 paginas de fome, sede, cansaço, dor, traição, abusos sexuais, vômito, morte, tiros, sangue, crueldade...
Um livro que nos mostra o quão maus podemos ser quando precisamos de sobreviver.
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Julie 18/03/2020

Uma leitura um tanto difícil, dado ao estilo de escrever de Saramago, que joga as informações e diálogos em parágrafos intermináveis separados, muitas vezes, por vírgulas. Mas não deixa de ser formidável. Através da cegueira física e repentina, o livro nos faz pensar na essência (muitas vezes animal e egoísta) do ser humano e em como não só os olhos da carne podem ser cegos. Os da alma também.
Martita 18/03/2020minha estante
Estamos vivendo muito desse livro nesse momento no mundo. ?


Julie 18/03/2020minha estante
Eu pensei exatamente a mesma coisa, terminei de ler assim que começaram as quarentas na Europa.


Martita 18/03/2020minha estante
Triste... num mundo onde a palavra empatia está tão na moda, a verdadeira empatia fica apenas nas palavras mesmo. Pq nas atitudes pouco se vê. Salve-se quem puder pq empatia está longe de virar Pandemia.


Julie 18/03/2020minha estante
Exatamente. É em situações como essa que a essência do ser humano finalmente dá as caras.




Larissa3149 18/04/2023

"A cegueira também é isto, viver num mundo onde se tenha acabado a esperança".
Esse livro é uma bela de uma metáfora para a nossa vida, nosso egoísmo. É triste demais ver que o ser humano, de modo geral, é muito corruptível e totalmente ganancioso, passando por cima dos outros e da natureza como um rolo compressor para chegar onde quer. A pior parte do livro, para mim, a mais pesada, é quando as mulheres são subjugadas pelos cegos da outra camarata, senti até náuseas enquanto lia, foi horrível, é tudo muito visceral e comovente. A construção da narrativa é interessante, há boa progressão de ideias e eventos, o que deixa o livro muito fluido, apesar da questão da pontuação. Só sei que se Saramago queria dar esperanças para a gente de que nem tudo estava perdido, deu errado, infelizmente, passamos por uma pandemia mortal, e, pelo que tenho visto, o ser humano ficou ainda pior, parece que quase ninguém aprendeu algo sobre ser mais humano. Então não, eu não tenho esperança nenhuma desse mundo melhorar, acredito que vai ser cada vez pior, por isso eu evito contato com seres humanos e vivo apenas na minha bolha com pouquíssimas pessoas ao meu redor e acredito que tem sido melhor assim. Enfim, o ser humano está cada vez mais cego.

“Se queres ser cego, sê-lo-ás”.

“É desta massa que nós somos feitos, metade de indiferença e metade de ruindade”.

“Por que foi que cegamos, Não sei, talvez um dia se chegue a conhecer a razão, Queres que te diga o que penso, Diz, Penso que não cegamos, penso que estamos cegos, Cegos que veem, Cegos que, vendo, não veem”.

“O medo cega… são palavras certas, já éramos cegos no momento em que cegamos, o medo nos cegou, o medo nos fará continuar cegos”.
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Maria Brenda 24/04/2023

Uma leitura que só não andou mais por conta do jeitos de escrita único do autor, que retrata tudo (falas e etc) em texto corrido, com páginas em blocos quase de maciços de puro texto, a temática envolvente que cada hora dava vontade de saber para qual rumo iria caminhar? confesse q teve cenas que deram ânsia tamanho detalhamento, porém em tua totalidade remete a empatia por trazer cada personagem o verdadeiro traço humanístico destes! Além do auxílio para quem como eu não lembra fácil o no dos personagens, Hahahaha. Recomendo mto essa leitura
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Paloma 19/04/2022

Interessante e Chato
Muito interessante toda a questão da transformação do comportamento do ser humano quando este se encontra em uma situação de extrema necessidade e ausência de leis ou normas de comportamento. Até que ponto chegam para sobreviver e, sem que haja algo que coiba seus comportamentos, a que ponto chega o egoísmo. Mas não é de todo pessimista, ainda há alguma solidariedade.

"...os sentimentos com que temos vivido e que nos fizeram viver como éramos, foi de termos olhos que nasceram, sem olhos os sentimentos vão torna-se diferentes, não sabemos como, não sabemos quais..." p. 242

Querendo ou não admitir, bons ou ruins, são sentimentos humanos, que irão emergir dada a situação em que estes se encontrem, mas vai depender de cada um/uma quais irão coibir e quais irão incentivar.

Apesar de tudo, foi pra mim uma história chata de acompanhar. Não consegui me importar com nenhum personagem. No fim das contas senti que estava lendo um relato de um experimento e as reflexões que dele surgiram.
CPF1964 20/04/2022minha estante
O Stevie Wonder adorou.....




eduarda 31/03/2023

Obra prima
Eu amei tantos aspectos desse livro, o jeito que foi escrito, a forma como os personagens não são nomeados propriamente com um nome digno, a passagem do tempo?.

Esse livro é uma obra de arte feita com palavras, Saramago faz jus ao título de grande escritor que leva. Um poema de 300 páginas.

A história é cativante e serve de soco na barriga principalmente depois da COVID-19, sinto que é uma mistura de holocausto com pandemia e um salve-se quem puder. Recomendo de mais.
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Angelica91 21/02/2023

Aos que se atrevem...
Definitivamente não é um livro para todo mundo e ainda me pergunto se foi um livro pra mim.
A história é muito bem construída e toda a premissa é muito interessante, logo que começa ja pega o leitor em busca de respostas.
A cena do estupro não sai da minha mente, foi tão tenso e brutal. Assim como todo o livro, que transmite uma energia caótica e violenta, ao mesmo tempo que as reflexões são potentes. O livro inteiro me perguntei, será que preferiria enxergar ou ser cega nesse cenário?
Amei, porém admito que talvez ainda não tenha sabedoria de vida suficiente pra captar todas as nuances, com certeza voltarei a ler daqui algumas décadas.
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