Ensaio sobre a cegueira

Ensaio sobre a cegueira José Saramago




Resenhas - Ensaio Sobre a Cegueira


3115 encontrados | exibindo 256 a 271
18 | 19 | 20 | 21 | 22 | 23 | 24 |


Bianca 08/07/2020

Sombrio e esclarecedor.
Distópico, alegórico, incômodo e igualmente instigante.
Um dos clássicos da minha vida.
comentários(0)comente



Mariane 17/01/2021

Que livro foda! Sempre ouvi falar bem, mas realmente, superou as expectativas! Simplesmente não dá pra parar de ler, me prendeu muito. É um livro que traz muita reflexão, já quero ler de novo.
comentários(0)comente



Patricia 14/03/2021

Brilhante
Li O ensaio sobre a cegueira tem muitos anos. Brilhantismo é a palavra que me vem quando leio Saramago. Ele escreve sem pontuações, sem parágrafos e divisão entre capítulos. Sua escrita é de um vocabulário rico, complexo e denso. Os personagens não possuem nomes, o enredo é angustiante e nos coloca em um calendoscópio de emoções... Me senti triturada emocionalmente, enquanto lia esse livro. Lembro o impacto que me causou a originalidade de Saramago. Sua escrita não é para todos, mas sem dúvida um dos mais brilhantes escritores que já li.
comentários(0)comente



Rebeca.lousz 12/03/2021

É espantoso o quão atual é esse livro
Ensaio sobre a cegueira é um chute no estômago, é a realidade crua da humanidade exposta da maneira mais odiosa possível. Saramago expõe e dilacera essa humanidade, nos mostrando que não somos nada além de animais.

Em uma pandemia de cegueira branca, depender da ética e do caráter alheio é amedrontador, em terra de cego quem tem um olho é escravo, não rei. É espantoso o quão atual é esse livro, ele mostra os limites da moralidade humana em um momento tão delicado no mundo.

A leitura é difícil, não só as palavras mas também os longos parágrafos e as falas que se misturam com a narração. A história em si também não é pra quem tem estômago fraco, tiveram momentos que eu precisei deixar o livro de lado.

É um livro forte que com certeza nos tira da zona de conforto, além de ser extremamente atual dada a pandemia que vivemos.
comentários(0)comente



Marcelle.Abreu 24/08/2021

@passageiradaspalavras
Uma cegueira branca se espalha por uma cidade e atinge um enorme número de pessoas, como uma epidemia.
O primeiro a cegar foi um homem parado com o carro no sinal vermelho, que desesperado começou a gritar "ESTOU CEGO"
De início o governo acha que a melhor solução é isolar os cegos em um manicômio.
A partir desse momento, vemos o que as pessoas são capazes de fazer para sobreviver em um lugar em que cada um tem de buscar se adaptar para se manter de pé e conseguir manter viva a esperança de voltar a enxergar.
Nessa obra, nós leitores, nos colocamos na pele de cada personagem e podemos ver o quão terrível é estar em um mundo mergulhado em uma cegueira branca. ⭐Também é retratado até onde vai o egoísmo do ser humano, a capacidade de ferir outras pessoas e de exigir vários tipos de favores em troca de supostos atos de generosidade.
Este livro me fez ter um misto de sensações, ri, fiquei nervosa,sofri, senti raiva e no fim fiquei com aquele sentimento de que queria ler mais e mais.
Esta foi a primeira obra que li de José Saramago e sem dúvidas entrou para a lista de favoritos do ano! Não imaginei que fosse me apaixonar tanto pela história e me importar tanto com os personagens.
Sem duvidas deixo esse livro como dica para quem nunca leu nada do autor e quer um norte para começar !
Andre.Trovello 24/08/2021minha estante
Meu deus, sou doido pra ler esse livrooo!
Amei a resenhaa, mt boa


Marcelle.Abreu 25/08/2021minha estante
Super indico, se tornou um dos meus favoritos!




Delano Delfino 09/11/2020

É o meu primeiro livro de Saramago, sempre ouvi falar dele e de sua genialidade mas nunca havia me interessado em ler nada do autor. Talvez pelo momento atual de pandemia que estamos vivendo me deu uma enorme vontade de embarcar nessa aventura.
Confesso que o fato do livro estar em português de Portugal me incomodou bastante ao longo da leitura, mas nada que me impedisse de me envolver profundamente na história e perceber a genialidade desse autor que partindo de uma premissa muito simples foi capaz de criar uma das histórias mais interessantes que eu já li.

"Não sei, talvez um dia se chegue a conhecer a razão, Queres que te diga o que penso, Diz, Penso que não cegámos, penso que estamos cegos, Cegos que veem, Cegos que, vendo, não veem."
comentários(0)comente



Milena.Bessan 03/03/2024

O livro "Ensaio sobre a cegueira" do renomado autor José Saramago mergulha os leitores em uma trama envolvente e angustiante, onde um motorista parado em um sinal de trânsito repentinamente se vê atingido por uma cegueira súbita e branca. Esse incidente inicial desencadeia uma epidemia que se propaga descontroladamente, forçando os afetados a enfrentarem a escuridão que se instala em suas vidas.

A narrativa se desenrola com os personagens, agora cegos, sendo colocados em quarentena, onde a trama explora a essência humana quando privada da visão. Saramago utiliza a cegueira como metáfora para explorar a condição humana, levando os personagens a uma jornada sombria e introspectiva. A obra ressoa com a responsabilidade de possuir a visão quando outros a perderam, enfatizando a importância da empatia e compaixão.

O autor tece uma imagem aterradora e comovente de tempos obscuros, conectando-se a grandes visionários modernos como Franz Kafka e Elias Canetti. Saramago transcende as barreiras da narrativa convencional, desafiando os leitores a refletirem sobre a condição humana, a perda da lucidez e a busca pela essência perdida.

Ao cruzar literatura e sabedoria, o autor convida os leitores a uma experiência imaginativa única, onde a pausa, o fechamento dos olhos e a observação interior se tornam imperativos. A recuperação da lucidez e o resgate do afeto emergem como tarefas essenciais tanto para o escritor quanto para cada leitor diante das pressões temporais e das perdas vivenciadas. Essa obra poderosa e reflexiva não apenas oferece uma narrativa envolvente, mas também desafia a percebermos a profundidade da condição humana e a importância de mantermos a compreensão e a humanidade em tempos adversos.
comentários(0)comente



Higor 15/10/2023

"LENDO NOBEL": sobre contextos antes inverossímeis, mas hoje coerentes
Depois de uma primeira experiência nada boa com José Saramago em 2018 ao ler "Caim", eu posterguei ao máximo um retorno, e, sem muita convicção, optei por seu popular e aparentemente unânime "Ensaio sobre a cegueira".

Primeiro, sejamos sinceros: falar de Saramago é um tanto batido, pois todos conhecem tanto sua obra, quanto o autor e suas convicções, sejam elas políticas, religiosas ou artísticas, então, de maneira sucinta, minhas resenhas poderão ser um tanto redundantes.

"Ensaio sobre a cegueira" se tornou uma leitura muito mais possível, desconcertante e real, pois aborda uma pandemia, algo antes impensado em pleno século 21, mas que, ao conviver com nosso próprio problema sanitário poucos anos atrás, a possibilidade de encarar novamente algo do tipo é assustador, logo, muito do que é tratado no livro, como o novo modo de viver, a selvageria e a falta de humanidade não são tão irreais ou forçados na narrativa, se comparado com o que vivemos e lemos nos jornais da época.

Saramago foi muito sincero ao narrar que, em meio a guerra, os mais fortes de fato são os que sobrevivem, e quando atingem um novo patamar de sobrevivência, seja ele inferior ao que as pessoas viviam, os novos hábitos, responsabilidades, sensos de justiça e de bem-estar social também se inferiorizam para atender às novas necessidades.

Além disso, foi um tanto curioso, e a peça chave do livro, acompanhar a história pelo prisma de uma pessoa que enxerga em meio a um mundo de cegos, onde o que, em um primeiro momento, auxilia os demais, acaba por se tornar um fardo, quase que uma maldição. Passa-se a ser, então, na verdade, o erradio do mundo, como se, ao invés de todo o mundo estar doente, eles foram curados de um problema, e essa única pessoa que enxerga, se torna, na verdade, a doente.

Objetivo, reflexivo e sincero, Saramago enfim me conquistou e, principalmente, convenceu com "Ensaio sobre a cegueira". Uma história de panorama ou possibilidade das mais impossíveis ou fictícias, mas que, de repente, se torna amarga a boca e agonizante ao pensamento.

Este livro faz parte do projeto "Lendo Nobel".
comentários(0)comente



nathalya. 13/10/2023

A responsabilidade de ter olhos quando os outros os perderam
Esse livro foi mais um dos que li em que não há respostas e justificativas, só há sofrimentos e reflexões. Estou aprendendo cada vez mais com histórias assim, que pontas fechadas, linearidade e aprofundamento de cada personagem nem sempre constroem o melhor dos livros. As histórias abertas e de difícil digestão também se classificam como tal.
Foi muito interessante meu primeiro contato com José Saramago pois como todos falam, não é a escrita mais fácil de se ler graças aos parágrafos corridos e sem marcações de diálogos e algumas expressões portuguesas. Mas fora isso, achei muito legal que ele escrevia sempre incluído alegorias, ditados e sarcásticos pensamentos. Tudo muito bem escrito.
Quanto a história achei envolvente, amo livros distópicos que utilizam de uma realidade diferente para descrever a nossa. Pois nossa cegueira pode não ser de fato literal mas acredito que o autor quis mostrar que somos cegos de uma visão mais aprofundada do ser humano, somos cegos de nossa vida cotidiana e individual.
O quão interessante é perceber que os nomes dos personagens não eram especificados não somente para demonstrar que naquela situação, eles estavam tão a beira da humanidade que não poderiam ser nomeados. Mas também, que em momentos em que a sobrevivência é o foco principal, pouco importa a infância da pessoa, seu cargo ou papel social, sua aparência e diversas outras coisas que consideramos que nos tornam nós mesmos. E essa foi uma das reflexões mais intensas para mim, pensar que num mundo onde não há olhos para ver, pouco importa a estética, coisa que move o mundo atual, com influencers e a indústria no auge. Evidenciando o fato de que a cegueira reduziu as pessoas a não possuírem mais um pingo de dignidade.
"É dessa massa que somos feitos? Metade indiferença, metade ruindade". Essa frase me marcou pois vemos claramente isso quando os malvados se juntam. O quão bizarro é, eles estando naquela mesma situação, sob as mesmas regras, diante da mesma marginalização e sofrimento, se colocando no topo da pirâmide, comandando e abusando das pessoas a sua vontade... Vemos isso no mundo atual, nos países marginalizados e precários, e em todos os lugares. É cruel.
Não achei as cenas de crueldade gráficas mas achei pesadas e muito triste, demonstrou novamente o papel da mulher em uma sociedade opressora e ainda, o quão os homens se sentem proprietários delas. Mas "a mulher do médico" foi a grande protagonista de todo o livro, me deixava reflexiva o quanto ela foi forte e o quanto ela fez tudo que pode para obter justiça, alimento e dignidade para o máximo de pessoas que conseguiu. Que mulher, meus amigos! Ela teve que segurar o peso de ter olhos para ajudar aqueles que já não tinham.
Enfim, que grande livrão! Quanta reflexão e intensidade. É um livro sobre comportamento humano, e apesar de não ser fácil de se ler, vale a pena!
Taynara.Souza 21/10/2023minha estante
elevou o nível de resenha, muito chique! ??? um clássico em, fiquei com vontade de ler


nathalya. 21/10/2023minha estante
indico tay, a bea leu em 2020 acho e a opinião dela me marcou bastante até quando eu lia me lembrava kakaak obrigada pelo elogio ?


Taynara.Souza 17/11/2023minha estante
aaaa lembro dela lendo mesmo


Gleice83 13/06/2024minha estante
Amiga precisarmos conversar sobre essa leitura


nathalya. 15/06/2024minha estante
@Gleice simm precisamos




Julia Dutra @abibliotecadebabel 07/04/2020

Decidi aproveitar a quarentena para ler os livros que com ou sem motivos comecei e abandonei. E, além de lê-los, eventualmente estarei aqui arriscando-me a dar impressões pessoais por escrito.

Comecei pelo Ensaio sobre a cegueira e dele já tinha lido umas cento e cinquenta páginas alguns meses atrás. Não me lembro exatamente por que parei, mas acredito que tenha sido a escrita de Saramago um dos motivos. Àqueles que não a conhecem: esse homem usava a pontuação quando lhe convinha.

Depois de um tempo nos acostumamos e enxergamos a genialidade naquilo. Faz parte da cadência e do ritmo que se quer dar ao texto escrevê-lo como bem se entende. Sorte a dos brasileiros de poder lê-lo no original.

Passemos à história.

Trata-se de uma epidemia de cegueira. Uma cegueira branca como leite, de origem e formas de contágio ignorados. Os primeiros casos são levados ao isolamento em um manicômio abandonado. Não há tratamento. Não há contato com o mundo exterior. As condições de higiene são mínimas.

É um mundo de novos cegos, que tateiam o ar à procura dos próprios sentidos. E, tão logo o grupo aumenta, os mantimentos se tornam escassos e os mais fortes - ou melhor armados - tomam o controle do lugar, de forma tão irracional quanto se pode imaginar.

Acompanhamos ao longo das páginas um núcleo principal, que é composto pelos primeiros cegos. Neste grupo também está aquela que aparenta ser a única pessoa que ainda vê. Ela os guia enquanto o mundo submerge em caos.

Quando esses primeiros cegos saem do confinamento, encontram terra devastada. O mundo como antes conheciam não mais existe. Perdeu-se o controle de tudo. Aqueles que saem de casa não conseguem retornar. Os supermercados estão vazios. As ruas enchem-se de corpos e de animais abandonados à própria sorte.

O alívio para nosso grupo é ter uma guia, que consegue enxergar além da brancura e da desolação. Há ali um mínimo de solidariedade que os salva da completa selvageria.

E, como se há de esperar, não há cegos, há uma cegueira coletiva. No mesmo sentido, talvez o que vivamos hoje seja um pouco como aquilo, um tipo de teste de responsabilidade social.

Tratando da política do caos, nosso “cronista do fim dos tempos” trouxe passagens que poderiam ter sido extraídas das últimas semanas de crise que vivemos.


“O Governo está perfeitamente consciente das suas responsabilidades e espera que aqueles a quem esta mensagem se dirige assumam, como cumpridores cidadãos que devem de ser, as responsabilidades que lhes competem, pensando também que o isolamento em que agora se encontram representará, acima de quaisquer outras considerações, um acto de solidariedade para com o resto da comunidade nacional.”

Esse livro é sobre o caos. Recomendo a quem quiser entendê-lo.
comentários(0)comente



Ronaldo 31/03/2023

Profundamente cru
É um livro cru. Texto cru. Páginas e páginas de sofrimento inimaginável, mas que, ainda assim, consegue ser singelo e bonito.

Excelente livro. Faz refletir um monte.
comentários(0)comente



crixtine 04/10/2021

Uma leitura que durou um mês, mas que não parece que se arrastou por tanto tempo assim. Talvez tenha sido melhor digeri-la aos poucos.

É a primeira vez que tenho contato mais próximo com uma obra de Saramago e seu estilo de escrita. Foi difícil de acompanhar no começo, mas depois se tornou quase uma correnteza, me arrastando pela leitura ao longo do livro, onde as únicas chances de pausa eram os porto-seguros no fim dos capítulos.

Terminei me questionando se teria gostado tanto do livro se o tivesse lido a dois anos atrás. Será que teria sido mais tedioso ou mais tranquilo lê-lo em um tempo onde não são possíveis fazer comparações tão próximas com a realidade em que estou vivendo?
Samuel Simões 04/10/2021minha estante
A escrita é muito pesada?


crixtine 05/10/2021minha estante
Samuel, na minha opinião, ela faz jus ao peso das cenas de ação ou psicologicamente mais densas (nessas horas não conseguia parar de ler). Porém, em momentos mais "parados", os parágrafos imensos tornaram a leitura mais arrastada pra mim.


Samuel Simões 06/10/2021minha estante
Entendi. Faz tempo que quero ler esse livro, falam mesmo desses parágrafos imensos kkk mas valeu! Vou encarar sim. Dizem ser incrível mesmo




Cintia295 28/05/2021

"É desta massa que nós somos feitos, metade de indiferença e metade de ruindade."

E se do nada o povo começassem a ficar cegos, ninguém sabe o porque, da onde está vindo, como está acontecendo. Os primeiros a cegar são levados para um "sanatório" e a cada dia que passa chega mais e mais gente cegas. Fica prometido que o governo irá alimenta-los e distribuir produtos de higiene, mas que estarão a própria sorte. Apesar de estarem no mesmo "barco" sempre tem os espertinhos ou maldosos que acham que são melhores, merecem mais e começam a roubar a comida e fazer exigências. Mas tem também os que acham errado tudo isso e querem os que é de direito. Agora só lendo para descobrir mais kkkkk.
Esse livro nos mostra vários tipos de cegueira a dos olhos, da humanidade, da maldade, do preconceito, da alma, do corpo, do coração. Será que estamos todos enxergando ou cegos com tudo que nos acontece??

"Penso que não cegamos, penso que estamos cegos, Cegos que vêem, Cegos que vendo, não vêem."
spokey dokey 29/05/2021minha estante
Ela gostou brasiiiiil ?


Cintia295 29/05/2021minha estante
Ehhh finalmente ?????




Vivi 27/03/2021

Narra história de um vírus da cegueira branca que infecta toda a população do local. Apenas a mulher do médico que continuava enxergando. Excelente livro. Li em 2007 e reli em 2021.
comentários(0)comente



Nyck 22/09/2021

A escrita do Saramago é desafiadora por ser diferente, mas é fácil se acostumar ao longo da história. Ademais, acrescento que é difícil escrever sobre esse livro, pois ele tem muito mais camadas do que eu consegui entender nessa primeira leitura. É um livro potente e com uma história pesada que com certeza irei reler.
comentários(0)comente



3115 encontrados | exibindo 256 a 271
18 | 19 | 20 | 21 | 22 | 23 | 24 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR