Ensaio sobre a cegueira

Ensaio sobre a cegueira José Saramago




Resenhas - Ensaio Sobre a Cegueira


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Livinha 14/09/2023

Não teria como descrever o espetáculo que fora ler esse livro. Um clássico distópico. Uma cidade em que as pessoas começam a ficar sem enxergar - tal qual a pandemia, mas uma pandemia de ?cegueira?. Saramago é tão genial que consegue descrever com magnificência o desespero de uma pessoa que sabe que, a qualquer momento, irá cegar. Portanto, os primeiros cegos vão para uma quarentena em um Hospital Psiquiátrico abandonado - já que muitas pessoas acreditavam que seria uma ?doença contagiosa?. Aqui falamos do quanto estamos próximos aos animais primitivos e que, para isto, só precisamos tirar de nós algo que é de todos: a civilização. Pessoas sem enxergar, sem saber como se limpar, como comer, o que comer, com quem fala? e o que há de mais primitivo em nós: a violência. Neste sentido, alerto para um gatilho de violência sexual, já que nesta obra é abordada (de forma explícita) estupros coletivos. É um livro difícil, angustiante. Mas é um livro sensacional. O final do livro é a cereja do bolo. Um clássico que mereceu o Prêmio Nobel de Literatura que ganhou ??
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Heloíse 11/01/2022

"Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara."
Apesar de ser uma obra complexa, inclusive esteticamente, é importante o modo como Saramago faz o leitor pensar a respeito das relações humanas, das perturbações e dores das personagens ao serem acometidos pela cegueira.
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Bianca 08/07/2020

Sombrio e esclarecedor.
Distópico, alegórico, incômodo e igualmente instigante.
Um dos clássicos da minha vida.
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Lucia101 28/06/2021

Ainda sem palavras para descrever as emoções que este livro me provocou. E ganhou um novo sentido agora durante a pandemia. No início estranhei um pouco a escrita do autor, mas depois de umas dez páginas já não queria mais largar.
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Juliana.Franz 09/07/2021

Eu adorei, uma leitura chocante! Não dá vontade de parar de ler, alguns momentos são tensos, mas te faz pensar como seria se toda população ficasse cega ao mesmo tempo, é preciso ter empatia. A escrita sem os ponto e o começo de parágrafos me lembrou o "Remorso de Baltazar Serapião" de Valter Hugo Mãe, para mim não atrapalhou nem um pouco.
LOSK 10/07/2021minha estante
Resenheira!




Mariana 20/02/2020

E se todos ficassem cegos sem explicação?
É essa a pergunta que José Saramago responde em "Ensaio sobre a cegueira" -com certeza uma das obras mais desafiadoras e pesadas que conheci.
A maneira própria do autor de escrever, sem distinção de parágrafos e dispensando travessões, pode tornar a leitura arrastada e mais complicada. Entretanto, a mensagem contida no livro manteve o meu interesse e provocou reflexões relevantes.
Qual a importância de valores sociais em um mundo em que nada se vê? Até onde vale à pena ir pela sobrevivência em meio a uma sociedade "destruída"?
Nesse, os momentos de dificuldade levam o ser humano a um estado indigno e de selvageria capaz de evidenciar o quanto nossa civilização e normas são frágeis.
Em nenhum momento o autor se preocupa em explicar a epidemia, sim foca nas consequências de tal cenário paralelo. Ademais, a descrição minuciosa de cada cena brutal e repulsiva consegue aumentar a sensação de incômodo e cumprir com o que parece ser o objetivo de Saramago: tornar "Ensaio sobre a cegueira" uma obra perturbadora e incrível. Muito além do puro e simples, um soco no estômago.

site: instagram.com/eu.melivro
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deborattins 25/01/2021

Reflexivo em tempos de pandemia
Ensaio sobre a cegueira foi um daqueles livros que não me lembro como chegou na minha lista, e ao ganha-lo no fim do ano passado alguma coisa me dizia que eu tinha que ler ele ainda na pandemia.

Pra resumir a história em poucos carácteres: o romance (meio apocalíptico) conta a história de uma epidemia que acomete toda a sociedade, o único sintoma em comum é a cegueira branca, sem mais nem menos as pessoas começam a enxergar nada além de uma branquidão leitosa.

Altamente contagiosa, a cegueira se espalha e todos aqueles que tiveram contato com algum contagiado rapidamente cegam também. O governo decide isolar os cegos em quarentena em um hospício e acompanhamos o desenrolar da história, narrada, na maior parte, pela única personagem que não cega.

Os personagens do livro não possuem nomes pela seguinte explicação: ?tão longe estamos do mundo que não tarda que comecemos a não saber quem somos, nem nos lembramos sequer de dizer-nos como nos chamamos, e para que, para que iriam servir-nos os nomes, nenhum cão reconhece outro cão?.

Embora a epidemia que é retratada no livro é bem diferente da que estamos vivendo, em certos pontos se assemelham bastante. É possível refletir sobre como reagimos a uma doença que acomete a todos mas ao mesmo tempo privilegia alguns, sobre como as pessoas agem diante de uma situação de caos e insegurança afinal ?nao creias que a cegueira nos tornou melhores, também não nos tornou piores?.

José Saramago tem sua fama de leitura difícil, por utilizar uma linguagem um pouco diferente do comum, principalmente no que diz a pontuação, paragrafação e etc, e isso não posso discordar, em certos momentos a leitura se torna confusa e maçante.

Porém isso não impede de ser uma leitura muito enriquecedora, já que nas palavras do autor: ?Utilizo o romance como veículo para a reflexão?.
@gomesthais___ 25/01/2021minha estante
Resenha perfeita. ?




Guilherme 24/07/2023

Perfeito
Ufa... Um livro de tirar o fôlego, o sono, de fazer pensar, de deixar triste e feliz...
Acho que todos estranhamos a escrita e a disposição dos diálogos de início, mas logo se acostuma, até porque a história prende. É uma loucura pensar em como somos frágeis, como pessoas e como sociedade. Saramago prova que basta que nos falte a visão, como epidemia, por poucos meses e de forma geral, para que a sociedade desmorone por completo. Claro que é uma ficção, mas uma ficção de uma profundidade filosófica que chega assustar quando paramos pra pensar do que realmente somos capazes, seja qual for o sentido que se atribua a palavra capaz.
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Raquel 17/11/2021

Maravilhoso
Definitivamente o livro pra vc odiar estar lendo mas admitir que é maravilhoso! O filme já causa muitas sensações, mas a leitura te faz em migalhas por dentro.

Leitura complexa com paragrafos longos, pontuações em lugares não habituais, estilo saramago, porém não sem ter um objetivo: parece que o autor está dialogando com o leitor. Não é uma leitura difícil mas não indico para quem está começando a ler ficção agora.

Alerta: contém gatilhos, e quantos!
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OgaiT 01/07/2020

"Cegos que, vendo, não vêem"
Não é de hoje que canto essa bola: Saramago é o grande escritor a ganhar o Nobel. Reafirmo isso, pois muitos cultivam a ideia equívoca de que foi esta obra que lhe concedeu o prêmio literário, mas a verdade é que a academia concedeu a honraria pelo conjunto da obra.
Posto isso, cabe a mim revelar que essa obra reflete o que estamos a viver durante esta pandemia, sobretudo a nossa realidade política brasileira. Nós, brasileiros, sofremos uma dupla epidemia, isto é, além do Covid-19, convivemos com a cegueira, visto que fingimos não ver a miséria humana, as desigualdades de gênero, os conflitos étnicos. Literalmente, "Cegos que, vendo, não vêem" como o próprio Saramago afirmou.
Sobre a obra, propriamente dita, acompanhamos o caos que se instaura em uma cidade, não nomeada, após pipocarem diversos casos de uma cegueira branca. Como é de se esperar, o Governo, cerceia a população infectada em uma espécie de manicômio, em condições desumanas análogas ao Hospital Colônia de Barbacena/MG. Enfim, sem mais delongas, indico na só a leitura de Ensaio Sobre a Cegueira, mas também a sua continuação, Ensaio Sobre a Lucidez.
Paulinho 01/07/2020minha estante
Adorei a sua resenha. Como disse Harold Bloom, tem autores que tem duas ou três obras-prima, mas oito livros impressionantes, só Saramago. A relação entre a cegueira e nossa pandemia como vc tão bem colocou torna essa obra ainda mais urgente. Fico super feliz que ela esteja sendo lida.


OgaiT 01/07/2020minha estante
Obrigado!




Mariane 17/01/2021

Que livro foda! Sempre ouvi falar bem, mas realmente, superou as expectativas! Simplesmente não dá pra parar de ler, me prendeu muito. É um livro que traz muita reflexão, já quero ler de novo.
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Gustavo.Cabral 24/01/2021

A cegueira que os cega é a que nos faz ver.
5 estrelas e indicação para todos colocarem na lista de 2021.
Esse livro é um presságio para o que foi a quarentena e a pandemia. A atitude do governo e a da população com os próximos.

É incrível ver o quanto Saramago como um maestro vai narrando oniscientemente tudo o que ocorre nos privando dos sentidos.
Sim, não Tocamos nem cheiramos, nem ouvimos os livros, e ainda assim não vemos tudo o que se passa na história... Imaginamos e sentimos porque quem acha que isso limitaria a experiência está muito enganado.

A jornada da perda da visão leva ao encontro de algo que há muito foi perdido... A essência humana. Aquilo que nós temos e não sabemos nomear.
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nathalya. 13/10/2023

A responsabilidade de ter olhos quando os outros os perderam
Esse livro foi mais um dos que li em que não há respostas e justificativas, só há sofrimentos e reflexões. Estou aprendendo cada vez mais com histórias assim, que pontas fechadas, linearidade e aprofundamento de cada personagem nem sempre constroem o melhor dos livros. As histórias abertas e de difícil digestão também se classificam como tal.
Foi muito interessante meu primeiro contato com José Saramago pois como todos falam, não é a escrita mais fácil de se ler graças aos parágrafos corridos e sem marcações de diálogos e algumas expressões portuguesas. Mas fora isso, achei muito legal que ele escrevia sempre incluído alegorias, ditados e sarcásticos pensamentos. Tudo muito bem escrito.
Quanto a história achei envolvente, amo livros distópicos que utilizam de uma realidade diferente para descrever a nossa. Pois nossa cegueira pode não ser de fato literal mas acredito que o autor quis mostrar que somos cegos de uma visão mais aprofundada do ser humano, somos cegos de nossa vida cotidiana e individual.
O quão interessante é perceber que os nomes dos personagens não eram especificados não somente para demonstrar que naquela situação, eles estavam tão a beira da humanidade que não poderiam ser nomeados. Mas também, que em momentos em que a sobrevivência é o foco principal, pouco importa a infância da pessoa, seu cargo ou papel social, sua aparência e diversas outras coisas que consideramos que nos tornam nós mesmos. E essa foi uma das reflexões mais intensas para mim, pensar que num mundo onde não há olhos para ver, pouco importa a estética, coisa que move o mundo atual, com influencers e a indústria no auge. Evidenciando o fato de que a cegueira reduziu as pessoas a não possuírem mais um pingo de dignidade.
"É dessa massa que somos feitos? Metade indiferença, metade ruindade". Essa frase me marcou pois vemos claramente isso quando os malvados se juntam. O quão bizarro é, eles estando naquela mesma situação, sob as mesmas regras, diante da mesma marginalização e sofrimento, se colocando no topo da pirâmide, comandando e abusando das pessoas a sua vontade... Vemos isso no mundo atual, nos países marginalizados e precários, e em todos os lugares. É cruel.
Não achei as cenas de crueldade gráficas mas achei pesadas e muito triste, demonstrou novamente o papel da mulher em uma sociedade opressora e ainda, o quão os homens se sentem proprietários delas. Mas "a mulher do médico" foi a grande protagonista de todo o livro, me deixava reflexiva o quanto ela foi forte e o quanto ela fez tudo que pode para obter justiça, alimento e dignidade para o máximo de pessoas que conseguiu. Que mulher, meus amigos! Ela teve que segurar o peso de ter olhos para ajudar aqueles que já não tinham.
Enfim, que grande livrão! Quanta reflexão e intensidade. É um livro sobre comportamento humano, e apesar de não ser fácil de se ler, vale a pena!
Taynara.Souza 21/10/2023minha estante
elevou o nível de resenha, muito chique! ??? um clássico em, fiquei com vontade de ler


nathalya. 21/10/2023minha estante
indico tay, a bea leu em 2020 acho e a opinião dela me marcou bastante até quando eu lia me lembrava kakaak obrigada pelo elogio ?


Taynara.Souza 17/11/2023minha estante
aaaa lembro dela lendo mesmo


Gleice83 13/06/2024minha estante
Amiga precisarmos conversar sobre essa leitura


nathalya. 15/06/2024minha estante
@Gleice simm precisamos




Jota Ge 29/12/2021

Cegos são os que conseguem ver
Eu já tinha ouvido falar sobre a genialidade deste livro em algumas aulas de redação que tive no colégio, porém, mesmo conhecendo a história, fiquei chocada com o quão assustador é o mundo em Ensaio sobre a Cegueira e o quanto ele é similar à realidade.
A construção dos personagens e a escrita são perfeitas e fazem o enredo ter a força que tem. Este livro é um retrato da sociedade, e, se não fossem os gatilhos pesados, eu o recomendaria para todes.
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