Urupês

Urupês Monteiro Lobato




Resenhas - Urupês


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L Soares 16/04/2020

Os contos adultos de Monteiro Lobato parecem causar certa aversão nos leitores. No fim, os autores, como qualquer pessoa, são apenas reflexos de seus próprios tempos. E ele era muito bom ao narrar seus contos, com diversas críticas sociais e seus próprios preconceitos. Mas no geral, apesar dos finais trágicos, os contos são divertidos, lendo-os como sátiras e não como depoimento autobiográfico que o livro não se propõe a ser. Apesar da linguagem já muito em desuso, o que exige um pouco do leitor, a narrativa te dá a sensação de um dedo de prosa na venda da esquina com um conhecido contador de causos em mais uma de suas histórias. Ele te transporta para esse retrato do interior do Brasil de sua época, seus hábitos e suas superstições. Somos tão expostos a culturas estrangeiras, e cada vez mais, mesmo por meio de suas tragédias, vícios e defeitos, é válido ter contato com histórias da nossa terra, me deixa nostálgico, lembro as histórias que ouvia dos mais velhos quando moleque.
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Vitor 11/04/2020

Urupês
Sendo publicado em 1918, essa coletânea de textos do Monteiro Lobato pertence ao pré-modernismo no Brasil e, como alguns dos autores daquela época, busca trazer originalidade à literatura do nosso país através do caboclo.

É indispensável falar que Monteiro escreve muito bem. Ele tem um domínio da Língua Portuguesa impressionante. Contudo, é possível dizer que por ter um domínio tão bom da linguagem, os seus textos se tornam complexos e muitas vezes difíceis de serem lidos. Quando eu comecei a leitura dos contos eu tive muitas dificuldades, mas ao decorrer do livro, fui me acostumando com a narrativa do autor.

Os contos têm como tema geral o homem que está afastado dos grandes centros nessa época do começo do século XX. Em vários contos ele traz perspectivas únicas de cidadãos que naquela época (e ainda hoje) se encontram marginalizados mediante a sociedade.

Apesar disso, os dois últimos contos (na verdade eles são artigos publicados no jornal do Estado de São Paulo) trazem uma mentalidade mais negativa acerca dos homens sitiantes. Ele os comparar a urupês e diz que são o motivo de atraso do Brasil. Eu senti que essa visão é pertinente ainda nos dias atuais, mas tendo em vista o índio como causador desse problema.

O livro é realmente muito bom, porém não me prendeu muito. Acho que se eu não tivesse que lê-lo para a escola, eu teria abandonado facilmente.
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Li 08/03/2020

Conto de Monteiro Lobato. Linguagem rebuscada e cheia dos preconceitos de Monteiro Lobato. É uma obra que deve ser lida, com reflexão e pensando no modo como Monteiro se usava das palavras para caracterizar um povo de forma agressiva até. Um texto cheio de ironias, que podemos levantar polemicamente o que o autor queria retratar nessa obra. O eu lírico impregnado nessa obra vem retratar um preconceituoso? Ou é mesmo o autor que o é? A Literatura nos trás inúmeras possibilidades de interpretação, onde a ironia pode vir para defender ou atacar um personagem, uma ideia, um ponto.
Leitura que dê fato trás muita coisa para pensar.
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Biblioteca Álvaro Guerra 12/04/2019

Lançado em 1918, este livro apresenta pela primeira vez um dos personagens mais marcantes da literatura lobatiana: o caipira Jeca Tatu, um “sombrio urupê de pau podre a modorrar silencioso no recesso das grotas”. Com ele, Lobato antecipa uma postura ecológica ao defender o meio ambiente, explorando temas como a queimada e o desmatamento no Vale do Paraíba, alertando, com o conto “Velhas Pragas”, sobre as causas do empobrecimento do solo.

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788525046888
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Daniel Dornelas 04/04/2019

Perfeito! O homem da roça na literatura!
Uma leitura fantástica, capaz de nos apresentar uma imagem de Monteiro Lobato que vai além do nosso imaginário. O Monteiro Lobato político!

Contos bem escritos que mexem com o nosso imaginário.
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Wagner 04/11/2018

URUPÊS...

(...) Só ele não fala, não canta, não ri, não ama.
Só ele, no meio de tanta vida, não vive...

in: LOBATO, Monteiro Urupês, São Paulo: Brasiliense, 1961. pg 155.
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Tania Regina 31/08/2018

Urupês
Urupês é um livro de contos para adultos escrito por Monteiro Lobato, escritor muito conhecido por seus contos e personagens infantis.
No geral ele retrata a vida do caipira, preguiçoso por natureza, que perde suas terras para formigas e cupins por preguiça.
Quase todos os contos, apesar de não ser terror, acabam de maneira trágica, entre eles, o que eu achei mais chocante foi "A Vingança da Peroba". Esse em especial, retrata a vida de uma família, um casal com muitas filhas mulheres e só o caçula um homem. O pai da família, tinha inveja da família do vizinho de muitos filhos homens para trabalhar. Retrata o alcoolismo sendo incentivado a uma criança, essa mesma criança incentivada a usar violência contra suas irmãs, mulheres.
Tem o conto "Os Faroleiros" que trata de uma história muito interessante do Gerebita e do Cábrea.
Tem "O Engraçado Arrependido" que, mesmo depois de morto, continua fazendo todo mundo achar graça de seus atos. Mesmo quando tenta ser sério, ninguém bota fé nele.
"A Colcha de Retalhos" conta a história de Pingo D'Água. Por sinal, uma história triste de final mais triste ainda.
Achei muito boa a experiência de ler Monteiro Lobato pela primeira vez.
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Leila de Carvalho e Gonçalves 02/08/2018

Fungo Parasita
Publicado originalmente em 1918, "Urupês" é o texto mais importante, aquele que intitula a coletânea de contos e crônicas de Monteiro Lobato que é considerada sua obra-prima.

A narrativa traça uma visão depreciativa do caboclo brasileiro, inaugurando um regionalismo crítico e mais realista do que aquele apresentado anteriormente pela nossa literatura. Isso ocorre através da famosa figura do protagonista, Jeca Tatu, apelidado de "Urupê", uma espécie de fungo parasita, que serve sob medida para descrevê-lo.

Ele nada mais é do que um caboclo acostumado a levar a vida sob a lei do mínimo esforço, usando e abusando de tudo o que a natureza gratuitamente oferece. A personificação da ignorância do homem do campo, fruto do descaso do governo com as pessoas da zona rural, pois "Jeca Tatu não é assim, ele está assim".

Merece destaque sua linguagem, graças a influência sobre nosso idioma. A partir dela, surgiram diversas palavras e expressões que hoje constam no dicionário, por exemplo o termo "jeca", originado do personagem homônimo que passou a significar "caipira", "morador da zona rural" ou ainda "pessoa de hábitos rudimentares".

Eis uma boa amostra do talento e da versatilidade de Lobato, um grande nome no mundo das letras, especialmente conhecido pelos seus livros infantis.

Edição caprichada e adaptada à nova Reforma Ortográfica.
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Leila de Carvalho e Gonçalves 02/08/2018

Bom Entretenimento
Monteiro Lobato é o nome de maior destaque no nosso panorama literário infantil. Entretanto, seu inquestionável e multifacetado talento vai muito além e esse livro, considerado sua obra-prima, é uma boa oportunidade para comprovar o fato.

Publicada em 1918, "Urupês" é uma coletânea de contos e crônicas que inaugura na nossa literatura um regionalismo crítico e mais realista do que apresentado anteriormente, especialmente durante o Romantismo.

A crônica que intitula a obra, retrata o nosso caboclo sob uma perspectiva depreciativa e tem como protagonista uma das figuras mais conhecidas de nossa literatura, o Jeca Tatu, apelidado de "Urupê", uma espécie de fungo parasita, que serve sob medida para descrevê-lo.

Também merecem destaque outros dois contos:
- "A Colcha de Retalhos", que conta a decadência de Pingo ou Maria das Dores, numa analogia com a zona rural onde ela vive.
- "Velha Praga", originalmente um artigo publicado em "O Estado de São Paulo", que denuncia as queimadas praticadas pelos caboclos nômades na Serra da Mantiqueira e suas consequências, mostrando inclusive, o descaso que essa população vivia na época.

Afora esses textos, fazem parte do livro: "Os Faroleiros"(singularmente ambientado no litoral), "O Engraçado Arrependido", "A Vingança da Peroba", "Um Suplício Moderno", "Meu Conto de Maupassant", "Police Verso", "Bucólica", "O Mata-Pau", "Boca-torta", "O Comprador de Fazendas" e "O Estigma".

Finalmente, não há como deixar de mencionar a importância da linguagem de Lobato presente nesses textos, graças a sua influência sobre nosso idioma. A partir dela, surgiram diversas palavras e expressões que hoje constam no nosso dicionário. Por exemplo, o termo "jeca", originado do personagem homônimo que passou a significar "caipira", "morador da zona rural" ou ainda "pessoa de hábitos rudimentares".

Excelente edição, comentada com índice ativo e adaptada à nova Reforma Ortográfica.

Bom entretenimento!
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TalesVR 17/07/2018

Horror Nacional
Talvez soe um pouco estranho, pelo menos de inicio, que o nome de Monteiro Lobato, conhecido por suas fábulas infantis, seja relacionado ao gênero do Terror/Horror, mas é perfeitamente compreensível ao ler esse seu primeiro livro de contos, os ''Urupês''. Neste livro, somente fãs do tipo devem se identificar com o conteúdo, pois as estórias giram primariamente nesse eixo, do inusitado ao grotesco, como já li em uma outra resenha por aqui.

Ao contrário de obras posteriores, como ''Negrinha'', em Urupês, Monteiro Lobato brinca com a imaginação fantasiosa; é uma ficção, ora essa. Deixemos que ele brinque, e que saibamos apreciar essa arte como ela foi concebida, com sua beleza natural de ser um livro de contos de semi-horror, com um toque de ''roça''.
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Israel145 28/05/2017

A obra de Monteiro Lobato vai muito além das historias infantis do sítio do Pica-Pau amarelo. Sua obra mais conhecida crivou uma aura de escritor de histórias infantis no autor que talvez para muitos, Urupês cause uma certa estranheza.
O livro traz um apanhado de histórias de cunho grotesco, ambientadas em sua grande maioria no interior, onde o cotidiano do caboclo do sudeste serve de mote para Lobato contar suas histórias. E que histórias!
Histórias de horror, morte, traição e tudo que sacode a alma humana num bom livro que não deixa em nada a desejar se comparado aos mestres universais do gênero. O autor se sai bem em todos os 14 contos do livro. Seus personagens são densos, sólidos, críveis e suas ações são todas voltadas para a autopreservação.
Apesar da linguagem rebuscada, Monteiro Lobato consegue encaixar a linguagem coloquial em seus contos fazendo com que o clima interiorano se torne mais verossímil, mostrando que Lobato conhece bem a linguagem do caboclo, pois se enfurnou nos rincões do país.
O autor mostra um país que poucos brasileiros conhecem e o mais interessante, pouca coisa mudou nesses quase 100 anos que o livro foi publicado.
O autor fecha com chave de ouro seu clássico com o homônimo Urupês, que apresenta Jeca Tatu, uma síntese dos personagens apresentados. O anti-herói criado por Lobato ainda causa fascínio quando lido e dissecado nesse livro.
Enfim, um livro excelente que merece ser degustado e guardado com carinho para uma releitura quando possível. O autor alça a literatura brasileira a níveis europeus. Recomendadíssimo.
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Ana Ponce 03/01/2017

Urupês
Olá... Olá... Olá... Tudo bem com vocês?? Hoje quero comentar com vocês sobre o livro Urupês de Monteiro Lobato.
Essa edição da Editora Globo é composta pelos contos:

Os faroleiros
O engraçado arrependido
A colcha de retalhos
A vingança da peroba
Um suplício moderno
Meu conto de Maupassant
"Pollice Verso"
Bucólica
O mata-pau
Bocatorta
O comprador de fazendas
O estigma
Velha Praga
Urupês

Dos quatro livros de contos que li do Monteiro esse foi o que menos gostei, talvez pela temática. Enquanto Cidades Mortas, meu preferido, traz contos sobre a sociedade, já Urupês traz contos com temáticas mais interioranas, bucólicas... que não me agradou tanto. Mas a escrita de Lobato continua incrível e envolvente e vale muito a pena ler.
É no conto que dá título ao livro que surge o principal personagem de Lobato: o Jeca Tatu, sendo este um dos contos mais interessante do livro.
Algumas universidades compram esse livro no vestibular. Achei uns post da Abril bem interessante e útil para os vestibulando: LINK.

Espero que tenham gostado. Beijos e até a próxima.

site: viajandocompapeletinta.blogspot.com
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Raphael Cerqueira 13/03/2016

É um bom livro. A primeira vez que o li foi a uns 15 anos. Agora voltei a ler. Sou admirador do Monteiro Lobato, gosto de sua escrita irônica, ácida e, por isso, divertida. Quiroga disse, no decálogo do bom escritor, que devemos nos inspirar em algum escritor para produzirmos nosso próprio texto. Eu me inspiro em Monteiro Lobato para escrever meus contos. Acho que para entender o Brasil caboclo, o Brasil interiorano, o Brasil das crendices e do folclore é essencial ler Lobato, tanto a obra infantil quanto a adulta. E, por isso, indico outros livros seus: Negrinha e Cidades Mortas.
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Gláucia 07/10/2015

Urupês - Monteiro Lobato
Publicado em 1918, é o primeiro livro do autor a ser publicado e foi considerado um best-seller. Traz 14 contos, alguns dos quais já haviam sido publicados em jornal e tem como tema o universo rural, a vida do homem do campo porém não como costumava ser retratado na época por seus pares, que romantizavam a vida no campo. Lobato expõe em seus contos, o atraso e muitas vezes a indolência, contrapondo o universo urbano sob o ponto de vista de homens que visam ao cosmopolitismo europeu. Os contos vão do drama ao tragicômico e alguns tem toques grotescos.
Percebemos aqui como Lobato era extremamente crítico e contundente em suas opiniões. O penúltimo conto, A Velha Praga, esboça aquele que vem a ser um de seus mais conhecidos personagens, o Jeca Tatu que é esmiuçado em todas as suas características e mazelas sociais em Urupês, último conto da seleção e que deu dando o que falar na época que acabou intitulando a obra.
Meus dois contos preferidos: O Engraçado Arrependido e O Comprador de Fazendas.
Otavio.Vargas 03/04/2016minha estante
Obrigado Tava Precisando de um resumo,(e pra dever da escola :P) Obrigado!




Aline 15/06/2015

Urupês é a primeira produção literária de Lobato. A história que nele esta presente retratam basicamente a rotina do caipira que habita a região rural de São Paulo, e revelam suas opiniões e hábitos. As histórias se passam na pequena cidade de Itaoca, região do interior de São Paulo. A última parte, Urupês, introduz a imagem de Jeca Tatu, o sertanejo característico, lento e desprovido de cultura. É assim que o autor descreve o caboclo, um pequeno cogumelo, daí o título Urupês, que traduz esta espécie de fungo.
As demais narrativas é sobre os personagens que vivem no campo, relatam suas aventuras, apresentam sua fala e seus hábitos cotidianos.
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