Queria Estar Lendo 29/07/2013
Só mais um - O Menino do Pijama Listrado
Resenha: O Menino do Pijama Listrado
Link oficial da resenha: http://tinyurl.com/o2nf2u8
Bruno é um garoto comum de nove anos que adora brincar com os amigos e explorar. Seu pai tem um emprego muito importante junto do Fúria, sua casa tem empregados, ele ama a mãe e tem que suportar a irmã mais velha, Gretel, com seu quarto cheio de bonecas apavorantes.
Mas a vida de Bruno muda completamente quando o Fúria da um emprego importante para os eu pai, que faz a maior injustiça do mundo com o pequeno: ele precisa se mudar e deixar para trás seus melhores amigos para a vida toda! Bruno odeia a mudança, mas não pode evitá-la e é assim que eles se mudam para a casa de Haja Vista, ao lado de uma fazenda onde, oras essa, as pessoas vivem de pijamas listrados o dia inteiro!
Como um bom explorador que é, Bruno logo se aventura ao longo da cerca que delimita as fronteiras da fazenda e acaba por fazer um novo melhor amigo para a vida toda: Shmuel.
O menino do pijama listrado é, com certeza, o livro mais atordoante que já li.
Situado em uma Alemanha nazista do século passado, o relato infantil e a ingenuidade de Bruno me fizeram chorar com o final do livro, me levando ao ponto de não conseguir ver o filme pois já sabia o final da história - era triste demais revivê-la.
John Boyne consegue transmitir toda a infantilidade, imaginação e sentimentos de uma criança de nove anos, completamente alheia ao mundo a sua volta neste livro. O fato dele trocar o nome dos locais (por não entender seus nomes reais) como Fúria no lugar de Füher e Haja-Vita ou invés de Aushwitz, passa tamanha inocência que é difícil lembrar que a história é uma obra de ficção.
Descobri o nome do livro do nada, em um comunidade do orkut que mediava, comprei apenas por comprar e depois percebi que havia sido uma de minhas melhores compras, inconscientemente. Assim como em "O caçador de pipas", onde a frase Por você eu faria mil vezes me deixa emocionada, em "O menino do pijama listrado", a frase que me deixa mais fascinada com Bruno e seu senso de amizade eternar e lealdade, é quando ele diz a seu mais novo amigo, Shmuel: 'Você é o meu melhor amigo para a vida toda, Shmuel
Acredito que a escrita calma e leve - apesar do conteúdo - de Boyne foi o que melhor contribuiu para transmitir tamanha inocência e sensibilidade, mostrando aos leitores o mundo através dos olhos de Bruno: um mundo onde a maldade não existia, onde a amizade não tinha limites e onde todos eram iguais, mesmo com todas as suas diferenças.
Boyne nos oferece as portas para um mundo maravilhoso, que não possui qualquer noção das monstruosidades que o ser humano é capaz porque, afinal de contas, é o mundo perfeito que apenas uma criança, em toda sua ingenuidade e beleza de alma, poderia nos levar.
E qualquer um pode abrir essas porta e se aventurar pelo mundo de Bruno, pela bagatela de um coração partido.
E agora eu deixo vocês com uma imagem e alguns quotes que eu amo!
A infância é medida por sons, aromas e visões, antes que o tempo obscuro da razão se expanda.
"Temos que procurar fazer o melhor de uma situação ruim.
" - E se eu também tivesse um par de pijamas listrados, aí eu poderia passar para o seu lado e fazer uma visita, sem que ninguém percebesse.
- Acha mesmo? Faria isso?
- É claro. Seria uma grande aventura. Nossa última aventura."
Bruno e Shmuel
Não torne as coisas piores, pensando que dói mais do que você realmente está sentido.
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Esta resenha foi feita por Bianca da Silva, membro do blog 'Só mais um', e a reprodução integral ou parcial da mesma é proibida. Plágio é crime.
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