Resenhas - Campo geral

Sara 13/07/2021

Persista!
?Pois, Mãe, então mar é o que a gente tem saudade??
Eu não faço ideia de quando foi que esse livro me conquistou. No começo estava lendo por obrigação, queria desistir. Mas estão me vi apegada a Miguilim e sua família. Comecei a amar esse menino, comecei a sentir suas dores e alegrias. Ler essas páginas foi como ver o mundo através dos olhos de uma criança, crescemos tão rápido que esquecemos como era.
Guimarães, através de sua linguagem única, nos mostra o dia a dia de Miguilim. Parecia que eu estava do lado dele, ou melhor dentro dele. Parecia que eu participava de cada evento da vida dele em tempo real, acompanhava seus pensamentos que nem sempre seguiam um caminho lógico mas que sempre encontravam seu destino.
O livro tem muitas nuances, muitos detalhes que você não percebe se não estiver atento.
Não consigo encontrar palavras suficientes para me expressar (quem dera eu fosse capaz de inventar palavras como Guimarães).
Enfim, simplesmente leia esse livro, persista até o final. Você não irá se arrepender.

clichesliterarios 14/07/2021

gostei mas ainda não encontrei a "magia" do livro.
Logo de início eu fiquei bem receosa de ler esse livro ao perceber que ele não tem capítulos! Mas devagarinho eu fui conseguindo pegar o ritmo da leitura e no fim deu certo!

No começo do livro, o narrador apresenta muito mais o ambiente e as personagens, então achei meio parado. Apenas depois da metade, que eu já tinha entrado no ritmo do livro que consegui me envolver mais com a história e com as personagens. Tiveram momentos que eu passava correndo e outros que me chocaram.

No entanto, eu admito que eu não senti muito a "magia" do livro. Sim, é uma história ok de um menino no meio de Minas Gerais e com uma escrita muito boa. Mas eu não senti aquele toque mágico que quando você termina o livro você fala "uau". Então espero, mais para frente, reler "Campo Geral" e descobrir essa mágica, ou esperar minha professora de literatura me explicar durante a aula rsrs.

Giu 14/07/2021

Campo Geral
Li por causa da fuvest? Confesso que não é meu preferido da lista, a leitura não é prazerosa e a história não é muito interessante, mas o final é incrível!

Gustavo.Henne 16/07/2021

Abrindo os olhos
A obra de Guimarães Rosa, que é uma novela, traz a história tocante de amadurecimento do pequeno Miguilim, uma criança de 8 anos, que é sensível, apesar de não entender o mundo em que vive. 

 Para entendermos a obra, é preciso compreender o tempo e espaço, o tempo é em torno dos anos 50, e o espaço é o sertão mineiro, em uma cidade que se chama: Mútum. Uma pequena cidade cercada por dois montes. Todos a consideram ruim, Miguilim não tem uma opinião formada. 

 A vida de Miguilim é cercada pela sua família, que é composta por: Pai (Bero), mãe (Iaiá), vovó Izidra, Tio Terêz, Tomèzinho, Drelina, Chica e Dito. Além das pessoas que aparecerão, e os co-moradores da casa, como: Rosinha, Maria Pretinha, Mãitina, Vaqueiros Jé e Salúz e assim por diante. 

 Enfim, diante a tantas personagens, devemos entender que o Guimarães as olhará, bem como o espaço aos olhos de uma criança. E o fará de um jeito realista, mas subjetivo e em terceira pessoa, haja vista que uma criança não narraria um livro.

 Dado os fatos, é possível entender mais sobre os fatos que serão expostos. Sobre a dinâmica da família, temos o pai, que é abusivo e impulsivo, que, para se ter uma noção, no começo da obra, tem vontade de matar tio Terêz, seu irmão, por acreditar que está se relacionando com sua esposa, mataria, portanto, seu irmão. Com isso, entendemos a violência do pai da família, que, em vários pontos da história, mostra como odeia sua situação de serviçal e pobre.

 Já sobre a mãe, ela não gosta do Mútum, e odeia a cidade em que vive. Mas, em contraste ao seu marido, ama sua família e os trata bem, contudo, é omissa ao que o pai faz, haja vista que não tem poder para fazer nada. Bem como vovó Izidra faz, ela não é alegre, não traz felicidade aos netos, nem nada do gênero, mas os protege, dentro do seu limite. 

 Já sobre seus irmãos não há muito a dizer, com exceção de Dito. Esse é o guia de Dito, muitas vezes apontado como sábio, um adulto em corpo de criança, é ele quem mostra o que Miguilim deve fazer. Dito se preocupa com seu irmão e Miguilim, com ele. Ao longo da novela, vemos como os pequenos têm um relacionamento forte, uma relação mútua, em que Miguilim não consegue se irritar com o irmão, mesmo que tente. Enfim, eles querem viver juntos até suas mortes.

 Miguilim, do jeito sensível que é, várias vezes sente por pequenas coisas, como a cachorra Pingo de Ouro, que é pega por uns militares, e não volta, deixando Miguilim depressivo. Sobre doenças, o menino fica fatalmente doente, mas sobrevive, apesar do sofrimento, contudo, antes da cura, ele pede a Deus que o matasse ou curasse em dez dias, para cessar seu sofrimento, essa é uma das fases do seu amadurecimento, isto é, a proximidade com a morte. Outro momento de amadurecimento é quando tem o dever de entregar uma carta do Tio a sua mãe, ato em que falha, por conta própria, chora muito, mas sabe que acertou. 

 Um momento que marcou a vida do pobre garoto foi a morte de seu irmão-guia, Dito, ele morre após ficar com uma simples inflamação no pé, mas sem atendimento morre, após muito sofrimento. Depois disso, Miguilim reconhece a importância da vida de Dito, bem como a falta que ele fará, e ele tenta ser mais como seu falecido irmão. Ele amadurece.

 Contudo, seu pai não suporta perder seu filho, seu filho perfeito, e desconta tudo em Miguilim, haja vista que não suporta sua falta de pulso firme, e odeia seu jeito sensível, ele bate, portanto, no menino, ele destrata o menino e assim por diante. 

 Antes do pobre Dito morrer surge um novo morador na casa do Miguilim, esse é Luisaltino, um homem de bom coração e bom amigo de Bero (pai). E esse trata as crianças bem, assim como a mãe, bem melhor do que o Bero. Portanto, um dia que o Pai e a Vovó Izidra (que era seca com todos e intolerante com Mãitina, pois não era católica, enfim, não fomentava na harmonia do lar) não estão em casa, há a paz, e o melhor dia de todos, nesse dia as crianças, mãe e Luisaltino se divertem ao luar. 

 Agora, voltando aos momentos após a morte de Dito. Miguilim adoece de novo, e o pai (devido a um recente espancamento que faz no menino devido a brigas dele com Liovaldo, irmão que mora longe e é maldoso e que bate no Grivo, menino pobre), com remorso, enlouquece, e mata Luisaltino - por ciúmes - e se mata depois. 

 Nessa situação, vovó Izidra vai embora, Miguilim adquire a missão de proteger os mais fracos e amadurece mais, a mãe e assumem relacionamento. 

 E, no final, na casa de Miguilim aparece um Doutor, e esse observa que o menino tem problemas de visão e lhe dá um óculos, que o faz enxergar e ter sua própria visão e opinião sobre tudo, como se fosse a recompensa de seu amadurecimento, agora vê como tudo e todos são. E abandona o Mútum.

 Portanto, diante da ficção apresentada, é possível ver os problemas da classe média do sertão, que ainda naquela época era patriarcal, e vemos que esse sistema é obsoleto, e só levou desgraça a Miguilim e sua família, tendo em vista que o pai era uma péssima pessoa, e os tratava na base do medo, com isso, a morte dele foi uma alívio a família sertaneja.

Rabrisa 20/07/2021

Uma história de amadurecimento.
Eu ainda não superei esse livro. Um livro triste, mas que abre os olhos para outras realidades. O personagem principal ganhou um grande espaço no meu coração, fico imaginando como seria um outro livro com ele, como será que o homenzinho estaria?

elisaalyz 22/07/2021

Leitura muito rápida
Esse livro foi bem interessante de ler, de início eu achei que não ia gostar nem um pouco, mas eu até que me interessei bastante pela história.

Foi uma leitura bem rápida.

Mah 26/07/2021

Campo Geral
A obra é muito boa e te envolve emocionalmente no sofrimento dos personagens,apesar de muito triste tem um final razoavelmente de esperanças, a linguagem nao é muito difícil e muito bem elaborado com metáforas a visão e a metamorfose da infância para a vida adulta

hammezita 27/07/2021

Esse livro é muito bom! É um pouco complicada a leitura, mas a história em si é simples e muito bonita. Eu me encantei pelo Miguilim e ver o sertão por seus olhos foi lindo.

"Mãe, que é que é o mar, Mãe?" Mar era longe, muito longe dali, espécie duma lagôa enorme, um mundo d'água sem fim, Mãe mesma nunca tinha avistado o mar, suspirava. "Pois, Mãe, então mar é o que a gente tem saudade?"

lissazinha 28/07/2021

Fuvest, eu exijo minha terapia
Terminei este livro há algumas horas, mas mesmo assim não sei ao certo como me expressar quanto a ele, então vamos aos fatos:

1) esta obra me destruiu. Pura e simplesmente, me deixou aos cacos e não me deu margem alguma de tentar reuni-los. (Chorei pelas duas horas a fio e nem é brincadeira.)
2) que ideia de jirico foi essa de ter isto como leitura obrigatória???? Já tenho pressão suficiente nos meus ombros quanto às minhas expectativas de me sair minimamente bem nos vestibulares, muito obrigada. Por outro lado, ... meus profundos agradecimentos a seja lá quem tenha achado que Campo Geral é uma peça essencial para a formação do brasileiro, porque, ao meu ver, é mesmo.

Por fim, gostaria de justificar as minhas 5 estrelinhas para os demais vestibulandos de plantão que possam estar estranhando minha escolha: para mim, o livro foi, sim, entediante de início. Na verdade, não apenas isso, mas também extremamente confuso, porque, afinal, a narração é feita por uma criancinha analfabeta de 8 anos do interior de Minas Gerais. O que quero dizer é que acho que o jeitinho arrastado, apesar de repleto de recortes de memórias, foi a maneira que João Guimarães Rosa encontrou de nos fazer progressivamente mais próximos dos personagens e de sua condição de miséria e, mas importantemente, de nos fazer baixar a guarda para possíveis reviravoltas. E, meu amigo, que reviravoltas.

Ok, talvez eu tenha achado algumas palavras para expressar a montanha russa de emoções que foi ler isto, então... por favor, deem uma chance a ele. Com certeza mudou minha perspectiva sobre certos valores, e espero que possam ser tocados pela leitura tanto quanto eu fui :)

Mari 30/07/2021

Amei
O livro é pequeno mas que história impactante, tantos acontecimentos que deixam o leitor com o coração na mão e tudo contado pela visão de uma criança que, apesar de não entender o que está acontecendo, em algumas situações sente que algo não está certo. É uma jornada de amadurecimento muito intensa em vários momentos e vale muito a pena, felizmente a fuvest colocou esse livro na lista de obras porque se não eu nunca teria lido.

Joy 02/08/2021

Campo Geral me surpreendeu tanto, a história é de uma sensibilidade enorme e a forma como foi escrita é incrível, vale muito a pena.

Leticia2513 03/08/2021

emotivo
é impossível não se emocionar com esse livro. a maneira com que Guimarães Rosa conecta o leitor com o personagem principal, Mingulim, através de uma narrativa em terceira pessoa que expõe os sentimentos de uma criança no sertão é magnífica. o livro apresenta neologismos e vocábulos regionais, então nas primeiras páginas a leitura é um pouco estranha (inclusive demorei pra terminar, mas do meio pro final realmente fica melhor). sou grata por ter sido obrigada a ler pro vestibular, porque é lindo demais

Reiko 08/08/2021

Perfeito
Um dos livros que mais emocionam!! Fiquei em prantos com o meio para o final. Eu sabia o que iria acontecer por spoiler, mas isso não mudou o fato de eu ter chorado muuuito.
Recomendo esse livro a todos os leitores, dês de iniciantes, até aos mais avançados. Não é apenas um livro com palavras, são ensinamentos para a vida.
Muitas vezes nos importamos com coisas frívolas e nele nos revela o que realmente importa - a humanidade.

sams 12/08/2021

me surpreendeu muito
esse livro me surpreendeu muito!! nunca imaginei que ia gostar tanto e me envolver tanto com os personagens da maneira que aconteceu. com certeza não me arrependo da leitura e por mais que tenha sido mais difícil no início, seja pela linguagem ou pela estruturação do livro. apesar disso, no final do livro a leitura fluiu muito e eu não queria mais parar de ler. com certeza um livro emocionante que tocou meu coração.

isa 12/08/2021

Campo Geral: poderia ter sido melhor
Primeiramente, quem sou eu pra falar de Guimarães Rosa? O cara é renomado e deve ter um motivo para isso. Mas parece que Campo Geral não contribuiu muito para a sua reputação (pelo menos em mim).
A leitura foi, sobretudo, MUITO lenta. Até 50% a coisa mais interessante que tinha acontecido era o Tio Terez saindo da fazenda por um caso com a mãe (sim, nós amamos um drama aqui).
Apenas de 65% pra frente que a leitura se tornou fluida e a realmente começou a ter uma história, seguindo o fluxo de causa e consequência. Antes disso, parecia apenas fatos e situações vividas por Miguilim ao longo de sua infância.
Confesso que a morte do Dito realmente foi muito bem escrita, assim como todos os eventos posteriores à isso. Mas pelo mal começo, tenho que dar 2 estrelas pq eu mal consegui acabar e se não fosse pela escola, eu parava muito antes de chegar onde realmente fica interessante.