Léxico familiar

Léxico familiar Natalia Ginzburg




Resenhas - Léxico Familiar


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regifreitas 27/02/2023

LÉXICO FAMILIAR (Lessico famigliare, 1963), de Natalia Ginzburg; tradução Homero Freitas de Andrade.

Publicada em 1963, LÉXICO FAMILIAR é considerada uma das obras mais importantes da italiana Natalia Ginzburg. Trata-se de um livro de memórias, no qual a autora escreveu apenas sobre aquilo que se lembrava, segundo ela mesma nos diz em uma nota de advertência, logo de início.

Nessa mesma nota, ela esclarece que, sempre que o lado romancista entrava em cena, tentando ficcionalizar o que a memória não alcançava, recusava-se a ir adiante. Logo, os nomes e lugares mencionados são reais, as situações tratadas condizem o mais próximo possível com a realidade, conforme a memória o permitiu. Por isso também não existe uma ordenação cronológica desses acontecimentos. Assim, certamente existirão lacunas. Algumas até propositais, principalmente, confessa Natalia, no tocante a sua pessoa.

O livro é estruturado numa coleção de histórias curtas centradas em pessoas e eventos da vida familiar de Natalia. Contudo, ao retratar a intimidade de sua família, entre as décadas de 1920 e 1930, ela acaba nos oferecendo, por reflexo, um panorama da Itália daquele período. Principalmente a ascensão do fascismo ocupa um lugar de destaque, pois a autora teve diversos amigos e familiares presos durante aqueles anos - além de antifascistas, eram judeus.

Ginzburg escreve de forma simples e direta, mas sua prosa é profundamente evocativa. São os pequenos detalhes, os eventos mais banais do cotidiano, que constituem a essência da obra. Natalia sabe como captar com sutileza e vivacidade a complexidade dos seus personagens. Suas histórias são cheias de humor, tristeza e ironia, mas também são profundamente humanas e reconfortantes.

Este foi o segundo livro dela que li. E sim, quero ler tudo da autora que for possível chegar às minhas mãos!
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Vicente 16/05/2020

Para ler aos poucos
Nesse belo livro a escritora Natalia Ginzburg evoca as lembranças de sua família.
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Ademilson 12/08/2022

A memorabilia de Natalia Ginzburg
Uma "memorabilia" é um conjunto de itens que remetem a uma lembrança de algo ou alguém. Em Léxico Familiar, Natalia Ginzburg escreve a partir da memorabilia linguística da sua família. Frases, expressões, cacos, palavras inventadas: tudo leva a uma tessitura afetiva como forma de resistência - o universo daquela família quer permanecer, no esforço da memória, frente ao contexto do fascismo. E esse esforço da memória leva o texto a um cabo de guerra, já que, inseridas nesse tempo de perseguições, desaparecimentos e mortes, todas as coisas tem de existir esforçadamente, contra a tentativa de pulverização, de extermínio. É uma história que cava coisas miúdas, talvez as que mais importem. Uma história da matéria humana frente à desumanização. Acho linda a maneira como Natália fez sua carreira literária dissecando o pequeno grande cômodo chamado Família, de uma forma tão íntima, complexa, verdadeira e, por quê não, universal. Também gosto de como Natalia apresenta o fascismo na sua narrativa: acredito que da forma como ele é, de fato. Como algo à espreita, um morto que nunca morre, algo que talvez pensemos, com retidão, que nunca chegará até nós, que não, jamais será possível que ele aconteça. Quando, na verdade, ele já está lá, ele já aconteceu, ele está acontecendo.Tenho em mente que faz parte do humano essa premonição para a autodestruição. Talvez não uma premonição, mas uma intuição, como se sempre estivéssemos à beira de um colapso. Nossa forma de andar, de falar, de pegar as coisas, de se relacionar, sempre esmiuçada a outra coisa - o medo da morte, o terror da desumanização diária, institucionalizada, até. No Léxico Familiar, amor, afeto, temor, angústia, está tudo tensionado no deslimite da memória, na busca hercúlea de não esquecer, de impedir que a imagem opaca do presente torne a revelar os mesmos erros do passado.
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mimperatriz 16/05/2023

Léxico familiar
Sabe aquela conversa que você ouviu ou participou, sentada no sofá da sala ou ao redor da mesa na casa da sua tia, avó ou mãe (minhas referências e lembranças são sempre femininas), recheada de comentários pessoais que em nada mudam os fatos, mas que reafirmam uma cumplicidade única e, de quebra, dá um calorzinho no coração? É o que encontramos nesse livro de Natalia Ginzburg.
?Quando nos encontramos, podemos ser, um com o outro, indiferentes ou distraídos. Mas, entre nós, basta uma palavra. Basta uma palavra, uma frase: uma daquelas frases antigas, ouvidas e repetidas infinitas vezes, no tempo de nossa infância. (?) Uma dessas frases ou palavras faria com que nós, irmãos, reconhecêssemos uns aos outros na escuridão de uma gruta, entre milhões de pessoas. (?) Essas frases são o fundamento de nossa unidade familiar, que subsistirá enquanto estivermos no mundo, recriando-se e ressuscitando nos mais diferentes pontos do planeta (?)?.
Isso é o que mais ficou presente na minha leitura: o poder de Natalia em nos deixar à vontade e íntimos de sua família, mas também de fazer a gente procurar as memórias da nossa família.
Comigo funcionou e atiçou algumas lembranças boas - lembrei muito da minha infância, das minhas tias-avós, de como era gostoso descascar laranjas e dividir com uma delas enquanto conversávamos, de como era difícil não falar ou fazer barulho enquanto uma outra assistia a novela, o quanto era delicioso dar muitas risadas com outra tia e como hoje gosto de tomar algum líquido quente depois das refeições ou antes de dormir, do mesmo jeitinho que ela fazia.
Tudo isso é muito íntimo e altamente reconhecível na escuridão, como bem descreve Natalia. Carregamos uma memória afetiva forte que se mantém na essência e reconhece a fonte original, ainda que replicada para novas pessoas!
E é com essa lembrança que Natália mostra sua família - socialista e judia -, seus amigos e conhecidos como Cesare Pavese, Turati e os Olivetti, e um pouco da evolução do fascismo e do nazismo pela Europa - fugas, esconderijos, a campanha racial e a ocupação alemã.
Mas definitivamente o foco de Natalia é a família e não a guerra. Ela conta uma história gostosa e delicada da porta pra dentro, e menciona uma outra, horrível e bruta, da porta pra fora. Terminei há pouco o livro de Marguerite Duras, A dor, onde ela esmiuça alguns horrores da Guerra, e, ainda que Natalia não siga essa linha, sabemos que esses horrores permaneceram ali enquanto ela narra, de forma muito mais sutil que Duras, suas histórias.
Ettore Finazzi Agró inicia o posfácio com uma descrição sobre isso: ?Esta é a história de uma família de bem, dentro de uma História de tempos sombrios, encharcados pelo autoritarismo e pela repressão, e pelos horrores da Segunda Guerra Mundial.?
Aliás, pensando aqui enquanto escrevo, foi muito assertiva a opção de Natalia em nos presentear com o leve, com o cotidiano vivo em sua memória! Ela não narra o horror de maneira detalhada, mas sim a vida.
O prefácio dessa edição (2022) foi escrito por Alejandro Zambra e eu não posso deixar de contar sobre a coincidência de iniciar a leitura de um livro dele, Poeta chileno, um pouco antes de Léxico - estou na reta final do livro e apaixonada pela sua escrita. Em certo momento do prefácio ele escreve que ?A enorme originalidade desta obra reside em sua tremenda simplicidade.?, e é impossível não concordar.
Léxico foi publicado em 1963 e continua muito atual, justamente por mostrar essa intimidade familiar, tão gostosa e real. É um livro de memórias da Natalia e considerado sua grande obra!
Li ?As pequenas virtudes? antes de Léxico, mas recomendo fortemente a leitura contrária. Em Léxico conhecemos melhor a sua família e amigos e acredito que os contos de As pequenas virtudes fiquem mais claros após essa apresentação feita em Léxico. Vou relê-los em breve, sem dúvida.
Mas não se preocupe com a ordem da leitura! Seja qual for a sua escolha, vai valer a pena. Apenas leia Natalia Ginzburg.
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Helena Guerra Vicente 30/04/2020

Léxico Familiar
Ainda anestesiada e com dificuldade para engatar a próxima leitura... Natalia Ginzburg (née Levi, 1916-1991)... Como pode alguém usar de uma prosa tão delicada para falar de coisas tão devastadoras quanto as leis raciais italianas que perseguiam os judeus, a ascensão do fascismo, a perseguição política e a morte de entes queridos? Na verdade, essas questões são o pano de fundo para a autora ir costurando a história de sua família, de origem judaica, com palavras e expressões que faziam parte do seu dia-a-dia (daí o título do livro). Merecem destaque os pais de Natalia. A mãe, uma eterna otimista, solar e brincalhona, que não se cansava de repetir os mesmos causos e bordões. O pai, sempre mal humorado, e por isso mesmo tão engraçado, é até hoje considerado um dos mais importantes anatomistas italianos (Giuseppe Levi). Nata da intelectualidade italiana da época, Natalia foi colega de outros escritores, como Italo Calvino, Cesare Pavese e Pitigrilli. Seu filho, Carlo Ginzburg, ainda vivo, é um importante historiador. E viva o conhecimento, viva a ciência, viva a arte!
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allcalina 31/05/2022

Andei lendo umas críticas sobre Léxico familiar e uma das frases comentadas me marcou muito. Dizia que a escrita de Natália faz a rotina do dia a dia de nossas famílias se tornar literária.
E foi exatamente o que senti.
Apesar de ser uma história pesada, de relatar os anos de ascensão e auge do fascismo na Itália, a narrativa de Léxico familiar é leve e ressalta os pequenos costumes do núcleo familiar.
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Flá Costa 20/02/2021

Um livro para amantes das letras
E das palavras. E das memórias. É um lindo bonito que nos mostra o quanto as expressões compõem uma família e a imagem que temos das pessoas. É bonito, cru... mas fiquei com a sensação de que poderia ser maravilhoso e não foi.
Lucy 21/02/2021minha estante
Fiquei exatamente com essa impressão de que a ideia e a intenção eram bem melhores do que o livro. Mas entendo a ousadia, a delicadeza e o apreço aos detalhes como transgressoras, num livro que narra tempos de guerra :)




Ludmila 06/03/2022

Interessante.
Através de uma autobiografia, a autora narra o contexto da Itália nos anos de 1930 e a ascenção do fascismo e o eminente tempo sombrio da 2a guerra mundial.

E uma biografia, então muitos relatos do cotidiano, e como tinha lido recentemente a Autobiografia de Amoz Os "De amor e trevas", ler algo similar em seguida foi cansativo.
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Talia.Moniz 23/11/2021

Um bom livro. Gosto bastante de memórias e esse não esteve atrás. "Léxico familiar" de Natalia Ginzburg narra a história da sua família antifascista durante o período de Mussolini na Itália, acompanhado a família durante a infância nos anos 30 e a vida adulta durante a 2?Guerra Mundial. Foi um livro que me prendeu muito nos primeiros capítulos. Porém, o pós guerra me interessou bem pouco e divaguei imenso para ler. É um bom livro, mas não me marcou. Tanto que nem sinto a necessidade de escrever toda uma review elaborada.

Mas, digo que gostei bastante da escrita dele, muito detalhada mas não de forma aborrecida, estou curiosa para ler mais dessa autora.
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Mario Miranda 06/10/2021

Léxico Familiar é uma autobiografia distante da Natalia Ginzburg. Apesar de ser uma autobiografia, a autora o faz com uma narrativa literária, se deslocando muitas vezes do posto de personagem principal de sua própria vida - ver por outra legando a posição a pessoa de personalidade forte que foi o seu pai.

Contudo o atrativo principal do livro não é a história em si de Natalia, que em muito se assemelha a vidas comuns que tanto encontramos. O principal aqui é a naturalidade que ela apresenta no âmbito familiar do avanço do Fascismo - e aqui podemos incluir qualquer outro autoritarismo - na vida cotidiana. Cada vez mais isolada, a família anti-fascista vê a política influenciar e determinar suas vidas, de uma maneira contundente.

Mesmo que não haja nenhum interesse especial do leitor pela vida da escritora, a leitura torna-se rica quando analisada o impacto da alteração político-social na vida cotidiana.

Para os que se interessam, fica a sugestão de leitura sobre a época: M, o filho do Século, de Scurati.
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Livia1107 10/11/2023

O que faz uma família
Se eu alguma vez pensei que a 2ª Guerra Mundial já tinha sido mostrada por todos os ângulos possíveis, o Léxico Familiar de Natalia Ginzburg veio para me lembrar que existem tantas histórias quanto existiram pessoas que viveram aquele momento. Natalia viveu a ascensão e consolidação do fascismo na Itália em sua infância e juventude como caçula de cinco irmãos de uma família judia e antifascista, e revela, para quem quiser ler, todas as idiossincrasias de seus pais, irmãos e amigos – as características nem sempre lisonjeiras, mas também as corajosas, generosas e aquelas que se tornam engraçadas à medida em que vamos nos sentindo parte da família.

A contracapa da edição da Companhia das Letras afirma que “trata-se de uma história de resistência, narrada em tom menor”, como se o ponto de vista da jovem Natalia e suas questões familiares não fossem uma versão mais discreta, quiçá menos importante, do quadro “em tom maior” de um momento crítico da História. Mas a potência desse livro está justamente em que Natalia nos lembra da intimidade de milhões de famílias que foram destruídas por um ódio ignorante, incapaz de compreender a riqueza que se constrói por meio das relações cotidianas entre as pessoas, um ódio incapaz de se colocar no lugar do outro para entender que temos mais afinidades que diferenças. Ouso até imaginar: se houvesse um “Léxico Familiar” palestino, será que tantos judeus, e não judeus, apoiariam os crimes que Israel está cometendo diante do mundo neste momento?

Entre as férias da família na montanha, as contradições do pai, as alegrias da mãe, as aventuras dos irmãos, Natalia menciona as prisões, as perseguições, a necessidade de se esconder, os exílios, tudo como parte do tecido da vida: enquanto leva roupas limpas para os filhos na prisão, a mãe de Natalia também reclama que a caçula não quer acompanhá-la no cinema, por exemplo. Fiquei intrigada com as escolhas da autora, o que ela decidiu mostrar sobre os pais e irmãos, mas especialmente sobre o pai. Ela o expõe em toda a sua humanidade: defeitos terríveis, entremeados por atos cotidianos de amor à família, que a princípio nos fazem ter grande antipatia por ele, mas, ao final, acabam nos enternecendo – ou apenas a mim, que tenho coração mole. Léxico Familiar me fez lembrar do léxico da minha própria família, daquilo que nos torna uma unidade, das palavras e histórias que nos conectam e são a própria vida.

No clube do livro Leia Mulheres, do qual participo, o livro não foi uma unanimidade, muitas participantes se incomodaram ou com a falta de “enredo”, ou com a personalidade do pai de Natalia, ou com as infinitas repetições, ou com a quantidade de pessoas mencionadas, o que pode mesmo ser confuso às vezes. Mas, para mim, as escolhas de Natalia são o enredo, as repetições me fizeram rir e me sentir íntima, e a quantidade de pessoas que passam pela vida da família dá uma ideia da vida social daquelas pessoas, que foram íntimas de pessoas cujos nomes lemos em livros de História. O olhar observador, implacável, de Natalia, nos inspira a prestar mais atenção aos detalhes do cotidiano que, em retrospecto, fazem cada vida ser digna de um livro.

site: www.365livias.com
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douglaseralldo 08/04/2018

10 CONSIDERAÇÕES SOBRE LÉXICO FAMILIAR, DE NATALIA GINZBURG OU MUITO ALÉM DAS PARVOÍCES
1 – Léxico Familiar é uma narrativa interessante e necessária em que os limites entre registro histórico e literatura são esgarçados, pois como a autora anuncia como advertência “neste livro, lugares, fatos e pessoas sãos reais” mas talvez “deva ser lido como se fosse um romance”. Tal informação mais do que relevante ao leitor que principia a narrativa, é demonstração do domínio de quem compreende a particularidade da própria obra, habitante das linhas limítrofes dos gêneros;

2 – É justamente esta característica que faz do livro uma ampla possibilidade de leituras e interpretações, e possibilita ainda que a narrativa dispare gatilhos das próprias memórias dos leitores, imbuídos a mergulharem em suas lembranças pessoais enquanto acompanha a história da autora. Assim o próprio leitor percorre sua identidade como faz a narradora;

3 – Natalia Ginzburg narra então sua própria experiência de tal forma como se fosse um romance memorialístico. Autora de diversos livros e cuja família judia fez parte da resistência antifascista na Itália pré e durante a Segunda Guerra, nesta obra com sutil leveza e uma sinceridade ingênua, capaz de expor defeitos e imperfeições tornam suas páginas bastante intimistas;

Completa: http://www.listasliterarias.com/2018/04/10-consideracoes-sobre-lexico-familiar.html

site: http://www.listasliterarias.com/2018/04/10-consideracoes-sobre-lexico-familiar.html
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@fernandajfguimaraes 29/12/2020

Eu já era fã da Natalia e agora sou ainda mais. Recomendo a leitura sem medo.
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Karin 05/07/2021

Um retrato da família e do passar do tempo. Recomendo!
?Viviam assim, em estreita amizade, dividindo entre o pouco que tinham, e sem se apoiar em nenhum grupo, sem fazer projetos para o futuro, porque não havia nenhum futuro possível; provavelmente a guerra estouraria e seria vencida pelos idiotas; porque, dizia Mario, os idiotas sempre venciam.?
Devo admitir que eu não estava muito empolgada para ler Léxico Familiar. Eu havia lido outro livro de memórias no início deste ano, Anarquistas, Graças a Deus, da Zélia Gattai e, embora tenha gostado, não estava empolgada para outra temporada do gênero. Mas a reunião do Lendo Mulheres Brasília me forçou a isso, e quão grata eu sou...
Embora pareça, por causa das citações que já juntei por aqui, o livro não é sobre o fascismo, mas sobre uma família que resiste a ele. Assim, a política de Mussolini serve somente como pano de fundo, para mostrar como a resistência a regime autoritário pode mudar a rotina e o destino de uma família. Iniciando nos primeiros anos de Mussolini, vamos acompanhando a cada vez menor distância entre o particular e o privado, conforme ocorre o endurecimento da ditadura e crescem os filhos do Sr. e da Sra. Levi.
O livro causa discordância na reunião do Lendo Mulheres. Algumas, como eu, amaram o livro. Achei a escrita de uma sensibilidade profunda. Natália se coloca em segundo plano, deixando claro que não é um livro autobiográfico, mas um retrato da sua família e de como suas falas e tradições moldaram aquele pequeno grupo ligado pelo sangue, por isso o léxico do título. Ao longo da leitura, me senti íntima e parte da família, ri, chorei, me angustiei, e percebi mais uma vez o poder da passagem do tempo.
Outros acharam o livro parado, maçante. Embora eu tenha achado isso um crime, leitura é particular, não tem jeito. Mas se eu fosse você leria e depois formaria minha própria opinião.
Recomendadíssimo!
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