Aline Marques 26/04/2017Mais perdida que essa praia, só a escrita do autor! [IG @ousejalivros]Qual criança e adolescente nunca desejou que o mundo pertencesse a eles, sem adultos para ditar cada passo do caminho? Acreditando que suas escolhas tornariam tudo melhor, mais divertido e indispensável?
Bem-vindo a Praia Perdida ou LGAR - Lugar da Galera da Área Radioativa (como passam a chamá-lo) onde todos com mais de quinze anos desaparecem como num passe de mágica e os menores são deixados para sobreviver como puderem.
Entre o medo e a chance de comandar, todos em LGAR veem uma oportunidade de serem mais. Bom, menos o Sam, ele só quer passar desapercebido e descobrir o que está acontecendo, enquanto flerta com Astrid, seu amor platônico.
Por falar nela, eu lhes apresento o Pequeno Pete, seu irmão mais novo. Petey ou Pe-tardado, para os valentões acéfalos, é autista severo e, por isso, SEGUNDO O AUTOR E MAIS NINGUÉM, incapaz de interagir ou de sentir algo por outra pessoa, mesmo seus familiares.
Por viver num universo particular (?) o Pequeno Pete não se importa muito com o fato de estarem aprisionados em algum tipo de esfera, junto com animais mutantes e adolescentes com fome de poder, até que o forcem a isso. E não será bonito.
Grant luta para criar um universo mágico, capaz de mostrar ao leitor os pilares sociais básicos, suas possíveis falhas e qualidades, e a chance de transformar o futuro para melhor, mas não é bem sucedido.
Absurdo, previsível e preconceituoso são algumas das características que marcam o primeiro livro de uma saga que, para mim, parece muito, muito longa.