Território Lovecraft

Território Lovecraft Matt Ruff




Resenhas - Território Lovecraft


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Ohara 12/02/2020

Ocorre em um período real e horrível da história americana com idas e vindas na ficção (analisando criteriosamente, as partes de ficção são mais reais do que realmente parecem).

Atticus um aficcionado por ficção científica, parte em uma viagem em plena segregação racial dos EUA, para encontrar seu pai. Mas ele pode encontrar mais do que estava procurando.

"A segregação racial foi algo tá absurdo, que é dificil acreditar que existiu..."

"As vezes os monstros humanos são piores do que os que tem tentáculos..."
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Cachamorra 20/06/2022

Melhor que o próprio Lovecraft
Antes de mais nada, sou um homem branco, filho de um homem negro. Comecei a ler ficção cientifica antes dos meus 10 anos por estímulo do meu pai. E me encantei, mas apesar disso, me sentía mal porque havia representações para mim, mas meu pai aos poucos foi abandonando essas leituras. Dizia que não se animava em ler, aos poucos entendi ele não tinha espaço nos livros e isso foi desanimando.

Aqui tudo é representativo, com um final empolgante e que é o mais puro tapa na cara da sociedade racista que vivemos. E eu como pessoa branca, li com um sorriso sem graça, entendendo meus privilégios e vendo alguma justiça sendo feita.lara os protagonistas.

Esse é o melhor livro que li esse ano, sem dúvidas. Agora é assitir a série.
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Leonardo Bezerra 01/05/2022

Queria MUITO ter gostado dessa leitura, mas só o fato do livro ser dividido em contos que se conectam deveria ter acendido uma luz vermelha para mim. Creio que seria muito mais interessante se o livro fosse mais longo e dividido em tramas paralelas como Stephen King bem faz em suas obras.

Além disso, senti um tom anticlimático na maioria das histórias. Apesar de ter gostado do desenvolvimento de várias delas, senti que seus finais foram decepcionantes e pouco elucidativos. A tática do autor de explicar rapidamente o que aconteceu com cada personagem em capítulos posteriores foi não só mal executada como também chata de se ler.

O autor tinha uma ideia muito boa, mas que foi parcamente executada e que tenho certeza que na mão de outros escritores poderia ter sido performada com maestria.

Me peguei desejando acabar o livro logo, mas ao mesmo tempo não conseguia terminar porque cada virada de página havia se tornado um sacrifício.
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Fernanda.Guimaraes 16/03/2020

Território Lovecraft
Nos Estados Unidos segregados da década de 1950, Atticus é um rapaz negro, veterano da Guerra da Coreia, fã de H. P. Lovecraft e outros escritores de pulp fiction. Ao descobrir que o pai desapareceu, ele volta à cidade natal para, com o tio e a amiga, partir em uma missão de resgate. Na viagem até a mansão do herdeiro da propriedade que mantinha um dos ancestrais de Atticus escravizado, o grupo enfrentará sociedades secretas, rituais sanguinolentos e o preconceito de todos os dias.

Ao chegar, Atticus encontra seu pai acorrentado, mantido prisioneiro por uma confraria secreta, que orquestra um ritual cujo personagem principal é o próprio Atticus. A única esperança de salvação do jovem, no entanto, pode ser a semente de sua destruição ? e de toda a sua família.

E esta é apenas a primeira parada de uma jornada impressionante. Estruturado ao mesmo tempo como uma coletânea de contos e um romance, Território Lovecraft apresenta, além de personagens memoráveis, elementos sobrenaturais, como casas assombradas e portais para outras realidades, objetos enfeitiçados e livros mágicos.

Um retrato caleidoscópico do racismo ? o fantasma que até hoje assombra o mundo ?, a obra de Matt Ruff une ficção histórica e pulp noir ao horror e à fantasia de Lovecraft para explorar os terrores da época de segregação racial nos Estados Unidos.
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Rodolfo.Ferreira 28/07/2020

Boa leitura...
A narrativa é muito boa. No final achei que deu uma enrolada mas gostei do desfecho. Não aprofunda o racismo mas faz leitor pensar muito sobre. Achei que faltou um clímax, porém é uma boa leitura e estou ansioso pela adaptação da HBO.
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Patricia.Olazar 08/08/2020

Bom
Não gostei muito, achei ele bom. Foi uma leitura difícil, não via a hora de acabar. Mas recomendo a leitura, ele pode agradar o gosto de alguém.
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Claudia 03/06/2022

Interessante
É um livro muito bonito, as páginas tem a borda azul e a capa dura com escrita em alto relevo, logo de cara me chamou a atenção. Não é o tipo de livro que normalmente me interessa (terror, fantasia), mas gostei da resenha por retratar a situação do racismo nos EUA dos anos 50. A história é muito bem escrita e me prendeu bastante, mas me decepcionei um pouco com o final por isso não dei as 5 estrelas. De qualquer maneira recomendo a leitura e agora quero ver a série.
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Rob 27/12/2020

Necessário, mas com ritmo arrastado
Território Lovecraft foi o livro que escolhi para retomar o hábito da leitura e talvez por isso eu tenha me frustrado um pouco. O livro não é ruim, longe disso, mas ele falha ao despejar muita informação no leitor e depois simplesmente não utilizá-las. Óbvio que o gênero tem muito disso, mas senti que muitas partes poderiam ter sido retiradas sem que fizessem falta. Esses detalhes acabam deixando a narrativa lenta e cansativa. Diversas vezes deixei o livro de lado por semanas.
Tirando a parte da falta de ritmo esse ainda é um livro que vale muito a pena, tanto pelo assunto abordado, quanto pela construção de universo. E se vc não se animar com a leitura, vale dar uma chance pra série que, até onde assisti, está incrível e não parece ter o mesmo problema do livro.
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Karoline 29/12/2020

Território Lovecraft pode ser definido como um livro de contos ao mesmo tempo que pode ser um romance também. Isso é possível porque a sua estrutura é fragmentada em diversas histórias - cada uma com o foco em diferentes personagens ou em um grupo de personagens - mas elas são interligadas pelo tema principal da trama que uns podem dizer que é a fantasia/terror, mas para mim é algo bem mais real: racismo.

Aqui todos os protagonistas são negros e o autor os coloca em primeiro plano como crítica às narrativas chamadas Pulp Fiction, publicadas no começo do século passado, pois elas ficaram conhecidas pelo caráter bastante racista quando tratavam de personagens não brancos.

Misturando syfy, horror, fantasia, super heróis, história, além de temas trashes e sensacionalistas, achei a leitura desse livro sensacional. Sempre muito bom ler algo que desconstrói conceitos pré estabelecidos por questões de privilégios.
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Ludmilla Silva 10/01/2021

"Não julgue o livro pela capa. Um livro não recusaria nos servir. Nem cuspiria nos nossos copos"
Estava com vontade de ler este livro desde que vi a série da HBO. E gostei muito de ter a visto antes, pois acreditei que uma obra complementou a outra. Estava com muitas dúvidas quanto a série que foram, por fim, esclarecidas aqui, e muitas cenas do livro já existiam perfeitamente na minha cabeça por já terem sido adaptadas a televisão. E mesmo com as similaridades entre ambas as produções, ainda sinto que são obras completamente distintas entre si, até porque a série teve tempo de explorar e aprofundar mais detalhes do que o livro, então é bom ter a experiência de vivenciar às duas obras, as quais eu altamente recomendo.

Eu gostei bastante do livro. Um dos meus pontos favoritos é o que o livro é dividido em capítulos e cada capítulo parece ser um conto único na história, que, mais tarde, se entrelaçará a história final. E o mais legal desses capítulos é que cada um é contado pelo ponto de vista de um personagem diferente, o que possibilita o protagonismo de vários personagens distintos entre si. Foi muito gratificante para mim, estar na cabeça de vários personagens e entender melhor sua história e motivação.

Infelizmente, ainda hoje não é comum vermos livros de fantasia/ficção sendo protagonizados por pessoas negras, e isto felizmente já é uma realidade em ‘Território Lovecraft’. Eu gosto bastante de como o autor ressignificou o universo criado por H.P. Lovecraft, que era abertamente e claramente racista, e o colocou em um contexto racial, onde os protagonistas são de fato pessoas negras. O legal desse livro, que foi algo que ouvi enquanto via a série, mas que se aplica bastante aqui também, é o que o vilão do livro não seria de fato os monstros, e os feiticeiros, e sim o racismo enfrentado todos os dias pelos protagonistas. Eu me via mais tensa, nervosa e com medo, em situações onde os protagonistas enfrentavam situações de racismo do que quando eles vivenciavam situações sobrenaturais, com monstros, fantasmas e assombrações.

Sei que o autor, Matt Ruff, é um homem branco, mas mesmo assim sinto que ele conseguiu descrever muito bem a realidade das pessoas negras nos anos 60, é bem provável que ele tenha pesquisado e conversado com pessoas negras para desenvolver seus personagens. A história se passa em um contexto onde os EUA ainda eram segregados, onde existiam as duras e desumanas Leis Jim Crow, então é comum ver os protagonistas sendo humilhados e tratados como nada. Sinto que o autor fez isso de forma muito espetacular, pois a cada situação de humilhação a minha revolta crescia. E o pior de todo é ver semelhanças dos EUA de 1950/1960 com os EUA – e obviamente com o mundo – de 2020/2021 (é sempre bom lembrar da importância do “Black Lives Matter”).

Eu acredito que o autor conseguiu mesclar muito bem a fantasia e a ficção, isto é, dos monstros, da confraria, da magia, das assombrações com o contexto racial da época. Sinto que mesmo esse contexto sendo muito importante para a história, ela ainda não é o foco principal, o foco principal é a ficção e isso me agradou bastante, pois trouxe luz a um assunto de extrema importância. É muito interessante também nós percebermos a forma como cada protagonista negro lida com a situação. E não é só porque eles são negros que eles vivenciaram a mesma realidade.

Tem-se o Atticus, que é um jovem soldado negro, que lutou pelo seu país e mesmo assim não tem o mesmo respeito que os militares brancos. Atticus é negligenciado e esnobado até mesmo quando se descobre que ele é descendente de Titus Braithwhite e um dos mais importantes da Ordem. Temos o contraste perfeito entre Letitia e Ruby, onde mesmo elas sendo irmãs percebe-se que Ruby sofre bem mais que a irmã, sendo humilhada em seus trabalhos e implorando pelo mínimo de dignidade. É triste pensar que Ruby recorreu à magia para ser uma mulher branca, pois era apenas assim que ela se sentia humana, e no controle da sua vida. Temos também Hippolyta, uma mulher negra extremamente inteligente, que sempre teve o sonho de cursar astronomia, mas não conseguiu devido às faltas de oportunidades e a humilhação que sofria. E até mesmo Horace e os amigos, que ainda eram muito novos para entender por completo o racismo, mas que já vivenciavam a experiência na pele desde cedo.

É muito agradável para mim, ter esse contraste entre os personagens e ver que eles têm personalidades únicas que agregam bastante a história. De todos os contos, acredito que o primeiro “Território Lovecraft” foi um dos meus favoritos, justamente por fazer essa introdução ao místico e a ficção, o “Hippolyta Perturba o Universo” também consegue fazer uma ligação muito interessante com a ficção e com os monstros. “Jekyll em Hyde Park” e a “A Casa Narrow” são capítulos que abordam mais a fundo o racismo e a forma como este afeta as pessoas envolvidas – gosto bastante da menção ao massacre de Tulsa em 1921. E os outros capítulos acabam por trazer perspectivas únicas ao livro como “A Casa Assombrada dos Sonhos” que fala sobre espíritos e assombração e o “Livro de Abdullah” de poderes e ordens místicas.

Daria para fazer uma resenha sobre cada capítulo, mas de modo geral eu gostei bastante de todos. Para mim a leitura fluiu muito rápido e eu sempre me via instigada e curiosa para saber mais. Gostei muito da ideia da confraria e da Ordem dos feiticeiros. Gosto de como eles lidam com a situação como se eles fossem “filósofos naturais” e de como é uma Ordem antiga, secreta e bastante poderosa. Eu não dei cinco estrelas para esse livro, justamente por causa disso, apesar de eu gostar bastante da Ordem e de tudo que ela traz para a história, principalmente no que tange a Caleb Braithwhite, eu sinto que muitos pontos ainda ficaram abertos, muitas dúvidas não foram esclarecidas. Sinto que o autor poderia ter explicado mais sobre essa Ordem, sobre a sua origem e a sua motivação, por exemplo, estes detalhes com certeza enriqueceriam muito a história. A motivação do Caleb, por exemplo, se manteve um pouco perdida ao longo dos capítulos para mim, nunca entendi muito bem para que ele queria o Atticus, e como o ritual o beneficiaria.

Ligado a isso, temos duas figuras importantes na história, o policial Lancaster e o Burke, que em alguns momentos aparecem como aliados de Caleb e depois como rivais. Eu senti falta de uma explicação mais concisa sobre a relação mútuo. No meu ponto de vista deveria ter mais um capítulo, explicando mais detalhadamente sobre a Ordem e a intenção de Caleb e sinto que o último capítulo também foi escrito de maneira corrida. Se o autor tivesse se aprofundado mais nele, algumas coisas ficariam mais claras e o livro, sem dúvidas, seria impecável. O próprio autor disse que pode ter uma sequência, uma continuação, e talvez ele explique melhor essas minhas dúvidas nos próximos, mas de qualquer forma sinto que deveria ter sido mais aprofundado aqui.

Estes detalhes não, foram algo que atrapalharam a minha experiência com o livro, foram coisas que eu percebi mais no final mesmo, quase como um gostinho de ‘quero mais’, e de modo geral eu gostei bastante da narrativa, e de seus capítulos e personagens únicos. Ter visto a série me deixou bem mais animada para a leitura, mas obviamente como é a adaptação do livro, o livro merece pontos por sua genialidade em vários aspectos. Eu recomendo muito a leitura e espero ansiosamente para uma possível continuação, pois ainda não me cansei deste universo.
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brnow 11/01/2021

O nojento do H.P LOVECRAFT que lute!
senti entrar em um universo de sci-fib tão do realista! queria ter cumprido só uma leitura melhor em comparação com a série ;p
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Mari158 24/01/2021

Eu li o livro após assistir a série, então já sabia o que esperar. O livro é bem narrado, deixando a leitura rápida e agradável. Da metade para o final, fica um pouco mais lento, porém não decaindo de qualidade. O capítulo da Hippolyta é o mais chato, porém na série também é a parte mais chata, logo, era o esperado.

Indico o livro e a série.
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ALLAN 24/01/2021

Território Lovercraft
Atticus Turner é um jovem, de 22 anos, que após receber uma carta de seu pai, vai embarcar em uma jornada para esse reencontro. O problema é que o Estados Unidos passa por uma época de segregação racial e isso acaba dificultando em sua jornada.

Ao chegar em Chigado, Atticus se encontra com Letitia e George e eles vão embarcar nessa jornada junto com ele. O que Atticus não esperava era que seu pai havia desaparecido. Juntos, vão em busca de respostas.

O problema que essa busca por respostas, muitas coisas estranhas começam a aparecer. Todas essas descobertas é apenas um começo para os inúmeros questionamentos e coisas que irão acontecer a seguir.

De qualquer forma, para quem gosta de livros com contos, gosta de gêneros de terror e ficção, e também sobre o assunto abordado, aventure-se por ?território Lovecraft?. Não foi um livro que me conquistou, mas talvez pode conquistar você.
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Yuri Ferreira 25/01/2021

"Onde está o verdadeiro horror?"
Se prender ao que é ou não terror (ou horror) é cansativo.

Durante toda a leitura de "Território Lovecraft", nunca fica claro algum tipo de intenção ao gênero, especialmente ao horror cósmico. O que Matt Ruff propõe está muito mais ligado ao suspense e às narrativas pulp, do que a mais um pastiche de Lovecraft - e que isso fique bem claro para quem pretende ler.

Dito isso, o livro é sensacional. O que nós temos de Lovecraft está mais relacionado à ambientação e às referências feitas no livro, do que a uma narrativa apavorante e terrível. Na verdade, o pavor e a tensão surgem muito mais a partir do real, do que do fantasioso. Os trechos que mais te deixam agoniado são os que monstros se escondem sob o manto de pessoas; a questão é que não há monstro algum (pelo menos, não nessas situações). Ao invés de recorrer ao fantástico para abordar a crueldade e injustiça do racismo, despersonificando o problema e caindo no mesmo conto de "nem todo mundo é racista, são só esses monstros", Ruff se atêm a única coisa capaz de produzir tal preconceito: os seres humanos. Brancos, para ser mais exato. Me surpreendeu muito o autor não cair na fórmula dos "bad apples", ainda mais com a suposta simpatia de Caleb Braithwhite durante o livro, que, no fim, não deixa de ser tão racista quanto todos os outros.

Ruff utiliza os Estados Unidos segregacionista da década de 50 como plano de fundo para tal narrativa. É um olhar sutil em relação à mitologia lovecraftiana para, assim, dar um espaço enorme de discussão sobre o racismo e seus efeitos na sociedade; e isso fica claro na dicotomia Braithwhite-Atticus. Enquanto Braithwhite diz se preocupar com ameaças fantásticas, assombrosas e sobrenaturais, todos os familiares e amigos de Atticus estão mais preocupados em sobreviver de um terror real, que mata mais do que qualquer encantamento ou ser absurdo; algo institucionalizado e estrutural, que deixa cicatrizes por gerações. Não é à toa que o pavor do homem branco rico se torna piada.

Me cansa ter que ver pessoas problematizando o fato do autor não ter trazido o horror de Lovecraft, sendo que, talvez, nem tenha sido a intenção ser esse tipo de livro. Mais ainda: "Território Lovecraft" não precisa desse tipo de horror para ser um bom livro; e pelo contrário, ao se distanciar de Lovecraft, Matt Ruff escreve um bom livro.

Mesmo depois de 350 páginas, 70 anos, 1 século, o problema continua sendo o mesmo: o racismo impregnado em todos nós.
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