Território Lovecraft

Território Lovecraft Matt Ruff




Resenhas - Território Lovecraft


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umi minoris 12/12/2020

Lovecraft Country
Embora a série de TV seja incrivelmente mais profunda e complexa (chega a parecer absurdo), tanto enquanto história, como em profundidade dos personagens e discussão racial, ler o livro é uma ótima experiência e funciona muito bem como complemento tanto para entender a fonte e origem, como também pra suprir sua vontade de querer consumir mais dessa história incrível.
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Isabela 06/09/2022

Bem bom, mas minhas expectativas eram altas demais
O livro me deixou um tanto a desejar em comparação com a série que assisti antes, o carisma dos personagens não é tão grande quanto na série mas a história é ótima e nos transporta por aí pelas aventuras dessa família. Narração dos acontecimentos e cenários de forma ótima!
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Rob 27/12/2020

Necessário, mas com ritmo arrastado
Território Lovecraft foi o livro que escolhi para retomar o hábito da leitura e talvez por isso eu tenha me frustrado um pouco. O livro não é ruim, longe disso, mas ele falha ao despejar muita informação no leitor e depois simplesmente não utilizá-las. Óbvio que o gênero tem muito disso, mas senti que muitas partes poderiam ter sido retiradas sem que fizessem falta. Esses detalhes acabam deixando a narrativa lenta e cansativa. Diversas vezes deixei o livro de lado por semanas.
Tirando a parte da falta de ritmo esse ainda é um livro que vale muito a pena, tanto pelo assunto abordado, quanto pela construção de universo. E se vc não se animar com a leitura, vale dar uma chance pra série que, até onde assisti, está incrível e não parece ter o mesmo problema do livro.
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Karoline 29/12/2020

Território Lovecraft pode ser definido como um livro de contos ao mesmo tempo que pode ser um romance também. Isso é possível porque a sua estrutura é fragmentada em diversas histórias - cada uma com o foco em diferentes personagens ou em um grupo de personagens - mas elas são interligadas pelo tema principal da trama que uns podem dizer que é a fantasia/terror, mas para mim é algo bem mais real: racismo.

Aqui todos os protagonistas são negros e o autor os coloca em primeiro plano como crítica às narrativas chamadas Pulp Fiction, publicadas no começo do século passado, pois elas ficaram conhecidas pelo caráter bastante racista quando tratavam de personagens não brancos.

Misturando syfy, horror, fantasia, super heróis, história, além de temas trashes e sensacionalistas, achei a leitura desse livro sensacional. Sempre muito bom ler algo que desconstrói conceitos pré estabelecidos por questões de privilégios.
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Ludmilla Silva 10/01/2021

"Não julgue o livro pela capa. Um livro não recusaria nos servir. Nem cuspiria nos nossos copos"
Estava com vontade de ler este livro desde que vi a série da HBO. E gostei muito de ter a visto antes, pois acreditei que uma obra complementou a outra. Estava com muitas dúvidas quanto a série que foram, por fim, esclarecidas aqui, e muitas cenas do livro já existiam perfeitamente na minha cabeça por já terem sido adaptadas a televisão. E mesmo com as similaridades entre ambas as produções, ainda sinto que são obras completamente distintas entre si, até porque a série teve tempo de explorar e aprofundar mais detalhes do que o livro, então é bom ter a experiência de vivenciar às duas obras, as quais eu altamente recomendo.

Eu gostei bastante do livro. Um dos meus pontos favoritos é o que o livro é dividido em capítulos e cada capítulo parece ser um conto único na história, que, mais tarde, se entrelaçará a história final. E o mais legal desses capítulos é que cada um é contado pelo ponto de vista de um personagem diferente, o que possibilita o protagonismo de vários personagens distintos entre si. Foi muito gratificante para mim, estar na cabeça de vários personagens e entender melhor sua história e motivação.

Infelizmente, ainda hoje não é comum vermos livros de fantasia/ficção sendo protagonizados por pessoas negras, e isto felizmente já é uma realidade em ‘Território Lovecraft’. Eu gosto bastante de como o autor ressignificou o universo criado por H.P. Lovecraft, que era abertamente e claramente racista, e o colocou em um contexto racial, onde os protagonistas são de fato pessoas negras. O legal desse livro, que foi algo que ouvi enquanto via a série, mas que se aplica bastante aqui também, é o que o vilão do livro não seria de fato os monstros, e os feiticeiros, e sim o racismo enfrentado todos os dias pelos protagonistas. Eu me via mais tensa, nervosa e com medo, em situações onde os protagonistas enfrentavam situações de racismo do que quando eles vivenciavam situações sobrenaturais, com monstros, fantasmas e assombrações.

Sei que o autor, Matt Ruff, é um homem branco, mas mesmo assim sinto que ele conseguiu descrever muito bem a realidade das pessoas negras nos anos 60, é bem provável que ele tenha pesquisado e conversado com pessoas negras para desenvolver seus personagens. A história se passa em um contexto onde os EUA ainda eram segregados, onde existiam as duras e desumanas Leis Jim Crow, então é comum ver os protagonistas sendo humilhados e tratados como nada. Sinto que o autor fez isso de forma muito espetacular, pois a cada situação de humilhação a minha revolta crescia. E o pior de todo é ver semelhanças dos EUA de 1950/1960 com os EUA – e obviamente com o mundo – de 2020/2021 (é sempre bom lembrar da importância do “Black Lives Matter”).

Eu acredito que o autor conseguiu mesclar muito bem a fantasia e a ficção, isto é, dos monstros, da confraria, da magia, das assombrações com o contexto racial da época. Sinto que mesmo esse contexto sendo muito importante para a história, ela ainda não é o foco principal, o foco principal é a ficção e isso me agradou bastante, pois trouxe luz a um assunto de extrema importância. É muito interessante também nós percebermos a forma como cada protagonista negro lida com a situação. E não é só porque eles são negros que eles vivenciaram a mesma realidade.

Tem-se o Atticus, que é um jovem soldado negro, que lutou pelo seu país e mesmo assim não tem o mesmo respeito que os militares brancos. Atticus é negligenciado e esnobado até mesmo quando se descobre que ele é descendente de Titus Braithwhite e um dos mais importantes da Ordem. Temos o contraste perfeito entre Letitia e Ruby, onde mesmo elas sendo irmãs percebe-se que Ruby sofre bem mais que a irmã, sendo humilhada em seus trabalhos e implorando pelo mínimo de dignidade. É triste pensar que Ruby recorreu à magia para ser uma mulher branca, pois era apenas assim que ela se sentia humana, e no controle da sua vida. Temos também Hippolyta, uma mulher negra extremamente inteligente, que sempre teve o sonho de cursar astronomia, mas não conseguiu devido às faltas de oportunidades e a humilhação que sofria. E até mesmo Horace e os amigos, que ainda eram muito novos para entender por completo o racismo, mas que já vivenciavam a experiência na pele desde cedo.

É muito agradável para mim, ter esse contraste entre os personagens e ver que eles têm personalidades únicas que agregam bastante a história. De todos os contos, acredito que o primeiro “Território Lovecraft” foi um dos meus favoritos, justamente por fazer essa introdução ao místico e a ficção, o “Hippolyta Perturba o Universo” também consegue fazer uma ligação muito interessante com a ficção e com os monstros. “Jekyll em Hyde Park” e a “A Casa Narrow” são capítulos que abordam mais a fundo o racismo e a forma como este afeta as pessoas envolvidas – gosto bastante da menção ao massacre de Tulsa em 1921. E os outros capítulos acabam por trazer perspectivas únicas ao livro como “A Casa Assombrada dos Sonhos” que fala sobre espíritos e assombração e o “Livro de Abdullah” de poderes e ordens místicas.

Daria para fazer uma resenha sobre cada capítulo, mas de modo geral eu gostei bastante de todos. Para mim a leitura fluiu muito rápido e eu sempre me via instigada e curiosa para saber mais. Gostei muito da ideia da confraria e da Ordem dos feiticeiros. Gosto de como eles lidam com a situação como se eles fossem “filósofos naturais” e de como é uma Ordem antiga, secreta e bastante poderosa. Eu não dei cinco estrelas para esse livro, justamente por causa disso, apesar de eu gostar bastante da Ordem e de tudo que ela traz para a história, principalmente no que tange a Caleb Braithwhite, eu sinto que muitos pontos ainda ficaram abertos, muitas dúvidas não foram esclarecidas. Sinto que o autor poderia ter explicado mais sobre essa Ordem, sobre a sua origem e a sua motivação, por exemplo, estes detalhes com certeza enriqueceriam muito a história. A motivação do Caleb, por exemplo, se manteve um pouco perdida ao longo dos capítulos para mim, nunca entendi muito bem para que ele queria o Atticus, e como o ritual o beneficiaria.

Ligado a isso, temos duas figuras importantes na história, o policial Lancaster e o Burke, que em alguns momentos aparecem como aliados de Caleb e depois como rivais. Eu senti falta de uma explicação mais concisa sobre a relação mútuo. No meu ponto de vista deveria ter mais um capítulo, explicando mais detalhadamente sobre a Ordem e a intenção de Caleb e sinto que o último capítulo também foi escrito de maneira corrida. Se o autor tivesse se aprofundado mais nele, algumas coisas ficariam mais claras e o livro, sem dúvidas, seria impecável. O próprio autor disse que pode ter uma sequência, uma continuação, e talvez ele explique melhor essas minhas dúvidas nos próximos, mas de qualquer forma sinto que deveria ter sido mais aprofundado aqui.

Estes detalhes não, foram algo que atrapalharam a minha experiência com o livro, foram coisas que eu percebi mais no final mesmo, quase como um gostinho de ‘quero mais’, e de modo geral eu gostei bastante da narrativa, e de seus capítulos e personagens únicos. Ter visto a série me deixou bem mais animada para a leitura, mas obviamente como é a adaptação do livro, o livro merece pontos por sua genialidade em vários aspectos. Eu recomendo muito a leitura e espero ansiosamente para uma possível continuação, pois ainda não me cansei deste universo.
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brnow 11/01/2021

O nojento do H.P LOVECRAFT que lute!
senti entrar em um universo de sci-fib tão do realista! queria ter cumprido só uma leitura melhor em comparação com a série ;p
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Mari158 24/01/2021

Eu li o livro após assistir a série, então já sabia o que esperar. O livro é bem narrado, deixando a leitura rápida e agradável. Da metade para o final, fica um pouco mais lento, porém não decaindo de qualidade. O capítulo da Hippolyta é o mais chato, porém na série também é a parte mais chata, logo, era o esperado.

Indico o livro e a série.
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ALLAN 24/01/2021

Território Lovercraft
Atticus Turner é um jovem, de 22 anos, que após receber uma carta de seu pai, vai embarcar em uma jornada para esse reencontro. O problema é que o Estados Unidos passa por uma época de segregação racial e isso acaba dificultando em sua jornada.

Ao chegar em Chigado, Atticus se encontra com Letitia e George e eles vão embarcar nessa jornada junto com ele. O que Atticus não esperava era que seu pai havia desaparecido. Juntos, vão em busca de respostas.

O problema que essa busca por respostas, muitas coisas estranhas começam a aparecer. Todas essas descobertas é apenas um começo para os inúmeros questionamentos e coisas que irão acontecer a seguir.

De qualquer forma, para quem gosta de livros com contos, gosta de gêneros de terror e ficção, e também sobre o assunto abordado, aventure-se por ?território Lovecraft?. Não foi um livro que me conquistou, mas talvez pode conquistar você.
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Yuri Ferreira 25/01/2021

"Onde está o verdadeiro horror?"
Se prender ao que é ou não terror (ou horror) é cansativo.

Durante toda a leitura de "Território Lovecraft", nunca fica claro algum tipo de intenção ao gênero, especialmente ao horror cósmico. O que Matt Ruff propõe está muito mais ligado ao suspense e às narrativas pulp, do que a mais um pastiche de Lovecraft - e que isso fique bem claro para quem pretende ler.

Dito isso, o livro é sensacional. O que nós temos de Lovecraft está mais relacionado à ambientação e às referências feitas no livro, do que a uma narrativa apavorante e terrível. Na verdade, o pavor e a tensão surgem muito mais a partir do real, do que do fantasioso. Os trechos que mais te deixam agoniado são os que monstros se escondem sob o manto de pessoas; a questão é que não há monstro algum (pelo menos, não nessas situações). Ao invés de recorrer ao fantástico para abordar a crueldade e injustiça do racismo, despersonificando o problema e caindo no mesmo conto de "nem todo mundo é racista, são só esses monstros", Ruff se atêm a única coisa capaz de produzir tal preconceito: os seres humanos. Brancos, para ser mais exato. Me surpreendeu muito o autor não cair na fórmula dos "bad apples", ainda mais com a suposta simpatia de Caleb Braithwhite durante o livro, que, no fim, não deixa de ser tão racista quanto todos os outros.

Ruff utiliza os Estados Unidos segregacionista da década de 50 como plano de fundo para tal narrativa. É um olhar sutil em relação à mitologia lovecraftiana para, assim, dar um espaço enorme de discussão sobre o racismo e seus efeitos na sociedade; e isso fica claro na dicotomia Braithwhite-Atticus. Enquanto Braithwhite diz se preocupar com ameaças fantásticas, assombrosas e sobrenaturais, todos os familiares e amigos de Atticus estão mais preocupados em sobreviver de um terror real, que mata mais do que qualquer encantamento ou ser absurdo; algo institucionalizado e estrutural, que deixa cicatrizes por gerações. Não é à toa que o pavor do homem branco rico se torna piada.

Me cansa ter que ver pessoas problematizando o fato do autor não ter trazido o horror de Lovecraft, sendo que, talvez, nem tenha sido a intenção ser esse tipo de livro. Mais ainda: "Território Lovecraft" não precisa desse tipo de horror para ser um bom livro; e pelo contrário, ao se distanciar de Lovecraft, Matt Ruff escreve um bom livro.

Mesmo depois de 350 páginas, 70 anos, 1 século, o problema continua sendo o mesmo: o racismo impregnado em todos nós.
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Cachamorra 20/06/2022

Melhor que o próprio Lovecraft
Antes de mais nada, sou um homem branco, filho de um homem negro. Comecei a ler ficção cientifica antes dos meus 10 anos por estímulo do meu pai. E me encantei, mas apesar disso, me sentía mal porque havia representações para mim, mas meu pai aos poucos foi abandonando essas leituras. Dizia que não se animava em ler, aos poucos entendi ele não tinha espaço nos livros e isso foi desanimando.

Aqui tudo é representativo, com um final empolgante e que é o mais puro tapa na cara da sociedade racista que vivemos. E eu como pessoa branca, li com um sorriso sem graça, entendendo meus privilégios e vendo alguma justiça sendo feita.lara os protagonistas.

Esse é o melhor livro que li esse ano, sem dúvidas. Agora é assitir a série.
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Joao.Lucas 24/11/2021

Achei uma leitura muito boa, mas admito que não me despertou o interesse por ler os contos de Lovecraft. Pra mim a situação racial do livro é um chamativo e motivo de tensão infinitamente maior que o surreal. Tirando um dos contos, em que o protagonista é uma criança, em nenhum os elementos "lovecraftianos" me despertaram medo ou interesse...
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nemlanency 23/06/2022

Incrível!
Vim da adaptação e por isso já tinha expectativas bem altas. Para a minha felicidade, todas foram superadas. Leitura fantástica!!!
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spoiler visualizar
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Everton.Paulo 31/12/2021

O monstro do racismo
Qual o terror maior? Monstros ou o racismo? Ambientado na década de 50, nos Estados Unidos, acompanhamos a vida de personagens negros e suas crenças numa sociedade ainda muito racista. Rituais religiosos, seitas, monstros e situações sobrenaturais eram apenas o pano de fundo desse problema social muito mais evidente. A história, em formato de contos conectados entre si, homenageia ao mesmo tempo que critica autores consagrados do terror, como H. P. Lovecraft, abertamente racista.
A adaptação feita pela HBO teve um certo sucesso e obviamente assistirei para tirar minhas conclusões.

site: www.intrinsecos.com.br
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fernandamari.a 08/01/2022

Eu achei a escrita muito leve, fácil de ler. Os capítulos são muuuuuito bem construídos, no entanto, são pouco conectados. Achei as motivações do "vilão" meio "rasas", não me convenceu muito. Claro, o último capítulo conecta todos os outros e trás um sentido maior, mas mesmo assim, achei que seria mais legal....
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