Morte Matada

Morte Matada G.G. Diniz




Resenhas - Morte Matada


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Ivan 18/01/2022

Muito bom!
O livro faz parte do Projeto Carcarás, que tem como objetivo publicar contos que trazem a verdadeira essência do nordeste, escrito pelos próprios nordestinos. G.G. Diniz é uma escritora cearense, moradora de Fortaleza.

A pequena cidade de Cedrinho, no interior do Ceará, era tranquila e já havia sido um local seguro, mas algumas coisas fizeram com que tudo isso mudasse. Mas. após perceber que as terras eram prósperas, o Coronel Gomes enviou seu filho Luís Felipe para controlar a população dali, sob ameaça e coleiras. Essas coleiras ajudavam os capangas a manter a população sob controle e evitar revoltas. Mas, no meio deles havia uma pessoa que não possuía essa coleira: Heloísa, a única médica na cidade. Após a chegada de duas fugitivas de outra região, as coisas começam a mudar.

Morte matada é uma história rápida, sem muitos rodeios. Bem ambientada e com um trama muito bem construída, explora temas como exploração da mão-de-obra humana, liberdade e devastação do meio ambiente. Em um futuro distópico as pessoas são controladas pelo coronelismo e acorrentadas por coleiras controladas digitalmente.

Sem dúvida, vale a pena dar uma chance a esse estilo diferente, e assim conhecer mais sobre o sertãopunk. E é sempre bom incentivar os escritores nacionais!
Leticia.Machado 18/01/2022minha estante
Esse livro me parece ótimo, e acabou me levando a uma série de outro título que parecem igualmente interessantes. Valeu pela resenha :)


Ivan 18/01/2022minha estante
Tem vários contos interessantes neste Projeto Carcará! Vale a pena conhecer.


Roberta 19/01/2022minha estante
Sou fã do nordeste!




Fabio Pedreira 02/02/2020

De matar
Cedrinho já foi uma cidadezinha tranquila, esquecida do mundo e onde o pessoal podia fugir das amarras impostas pelos coroneis.
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Mas como nem tudo são flores, aos poucos mais pessoas foram chegando e junto vieram os jagunços, que acabaram colocando todos na coleira (literalmente).
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A única que não usa a coleira - que é um objeto que deixa os habitantes presos aos trabalhos - é Heloísa, a médica da cidade. Isso porque ela conseguiu a confiança das pessoas certas ao salvar uma vida.
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As coisas começam a mudar quando do meio do mato saem duas mulheres buscando ajuda, pois uma delas está ferida. Heloísa prontamente se move para ajudá -las, mas não garante que elas irão encontrar refúgio ali, pois a cidade é pequena e qualquer mudança de rotina pode trazer a desconfiança das piores pessoas.
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Morte Matada faz parte do Projeto Carcarás da Editora Corvus onde em um projeto bimestral eles trazem um conto diferente que se passe no Nordeste. E logo de início já nos deparamos com um muito bom.
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É muito fácil fazer ligações com o coronelismo e como a vida das pessoas são influenciadas por quem tem poder. Coisa que acontecia bastante antigamente e infelizmente acontece ainda hoje.
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Os personagens passam muito bem o clima do lugar e da pra ver a diferença entre quem é do interior e quem é da cidade grande. O suspense também é dos bons, mas o final deixa qualquer um doido, não só por ser bom, mas principalmente porque te deixa louco querendo saber mais.
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Morte Matada é uma mini distopia bem interessante que recomendo principalmente para quem gosta de histórias que se passam nessa região do Brasil.
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Luiz 06/10/2020

Essa leitura foi uma experiencia deliciosa. Já havia lido outro conto da autora no "Sertãopunk" e estava ansioso pra conhecer mais. Ganhei essa cortesia como assinante do Clube da Caixa Preta.
Apesar do ambiente meio desesperançoso que a autora cria, as personagens são cheias de força e resiliência. Cheias de uma vontade inconsciente e transgressora de continuarem vivas. Com suas próprias peculiaridades, me lembrou muito a sensação que tive lendo Ana Paula Maia.
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Manu 02/06/2021

aaaaa
mulher que autora que escreve pra caralho
tô amando ler contos do sertaopunk pqp mas esse foi um dos meus favoritos até agora, uma pena que é muito curto, queria mais.
Li num tiro só, fiquei presa dms.
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Fernanda1156 02/02/2021

Uma continuação com emoção!!!!
Esta é uma continuação do conto "O sertão não virou mar". Kátia e Jusciara conseguiram fugir, deixaram os familiares de Jusciara na nova capital que é Juazeiro do Norte e bateram em retirada porque se Kátia ficasse lá seria executada, era uma jagunca traidora. Então fugiram aos trancos e barrancos até que chegaram em Cedrinho, uma cidade onde aparentemente, as últimas notícias que tinha ouvido era que o povo ainda estava livre, sem as coleiras... Mas infelizmente não foi este Cedrinho que encontraram. Mas como Kátia não pode voltar, ela vão arriscar a lutar por Cedrinho junto com Heloísa que é a médica do vilarejo.
Adorei a continuação e realmente um completa o outro, neste tem mais emoção e a estória tem uma cronológica aplicada... Tem mais diálogos explicando melhor as situações, será que vem mais por ai? Agora estou curiosa mesmo sobre a continuação desta saga...

CARCARÁS

É uma coleção de noveletas 100% nordestinas, um projeto feito para espalhar a palavra do Nordeste pelo Brasil e trazer diversidade e conhecimento ao mercado literário. As noveletas são lançadas bimestralmente e variam entre ficção, fantasia, terror e suspense.

Instagram: @viajeira.literaria
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Renata 04/09/2020

Até agora um dos melhores da coleção, o final foi simplesmente perfeito, provavelmente terá episódio sobre ele no meu podcast @pcomspoiler.
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Lucas 31/10/2020

Um bom conto
O livro, por ser um conto, pode ser lido facilmente em uma tacada só, mostra um mundo distópico em que uma médica se depara com um acontecimento que inicia a virada de sua pacata vida em ação e suspense.
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Lore Cris 26/06/2020

Tenso e eletrizante
Acompanhando a história da Heloísa, somos apresentadas a uma região no Ceará, que há alguns meses foi invadida por empregados de um coronel, que controla os habitantes do local por uma coleira elétrica. A maior parte das pessoas em todo o estado vive assim. Através dessa narrativa futurística, a G.G. Diniz traz à tona discussões como: exploração da mão de obra humana, escravização, o estrago no uso de agrotóxicos... é uma leitura rica e que me deixou tensa, ansiosa para saber a conclusão. Gostei demais de Morte Matada!
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Gabizoca 17/03/2021

Distopia fantástica no nosso querido sertão nordestino! O ambiente da história conciliado com a política de repressão aplicada nos moradores da região nos transporta à uma distopia que não se encontra tão longe assim da nossa realidade. É perceptível as analogias, mas o mais gratificante da leitura é a luta dos personagens para conquistar a sua liberdade.
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Kassiane.Mendes 13/10/2020

Conto rápido
Mais uma historia rápida de ser lida, dessa vez se passa no sertão, com uma médica e duas mulheres fugitivas e uma delas feridas, e a vida pacata sofre uma reviravolta! Fiquei com gostinho de quero mais! Do que ia acontecer a seguir!
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jon 30/01/2021

maravilhoso
me interessei pelo movimento Sertãopunk e, depois de ler o e-book organizado pelos idealizadores do movimento, procurei as histórias e comecei a ler Morte Matada. a trama é muito bem construída, não percebi nenhuma ponta solta e todo o universo é apresentado brevemente, mas sem deixar dúvidas sobre o contexto de tudo. amei as personagens, são super cativantes e torci muito pra que conseguissem fugir. vi que tem outro livro relacionado a Morte Matada, então vou ler. por isso eu aaamo a literatura independente, vei
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Mariana - @escreve.mariana 24/04/2020

Distopia ou realidade do sertão nordestino? [IG: @epifaniasliterarias_]
Ambientada no interior do Ceará, na cidade de Cedrinho, a noveleta "Morte matada" tem como protagonista Heloísa, uma enfermeira que vive em uma casa afastada, no meio da floresta, e que presenciou sua cidade, antes livre, ser controlada pelo coronelismo.

Apesar de Cedrinho ser um dos últimos lugares a sofrer a dominação dos coronéis, sua população foi igualmente escravizada por coleiras eletrônicas, assim como já havia ocorrido em outras localidades. Dessa forma, submetido ao trabalho forçado nas lavouras e impedido de sair da cidade, o povo é mantido no cabresto e qualquer tentativa de revolta é contida imediatamente por choques em suas coleiras.

No entanto, por um golpe de sorte, Heloísa é dispensada do uso de sua coleira, o que não significa que não está sob constante vigilância dos jagunços da região, os quais discordam da liberdade que lhe foi concedida pelo filho do Coronel Gomes.

Em certo momento, a suposta tranquilidade de seu cotidiano é rompida, com a chegada de duas fugitivas em sua casa no meio da noite, uma vez que uma delas está visivelmente ferida e o primeiro instinto de Heloísa é de prestar os primeiros socorros. O que se torna um impasse é se conseguirá mantê-las abrigadas e a salvo dos olhares vigilantes dos jagunços, porém, volta a crescer nela o fio de esperança de que ainda há salvação para Cedrinho.

Um dos pontos que mais me surpreendeu foi a ambientação construída com maestria pela autora, que traz um retrato palpável da cultura, tradição, geografia e política do sertão nordestino. Além disso, os elementos distópicos da história proporcionam debates sociais, ambientais e de gênero extremamente pertinentes, que foram muito bem trabalhados, sem deixar a narrativa perder sua fluidez e dinamicidade.
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Gabriel Aleksander 28/09/2020

G.G. Diniz apresenta o Nordeste como você nunca viu! - literagabs.com
Neste conto da coleção Carcarás, somos apresentados a um nordeste distópico onde o coronelismo passou a ser o regime político regente, colocando os indivíduos que ali viviam em assujeitamento, tendo como forma de dispositivo de controle uma coleira posta no pescoço das pessoas que explode caso as ordens não sejam cumpridas.

No vilarejo de Cedrinho existe uma médica que mesmo com os poucos recursos busca fazer seu melhor para salvar a todos que ali vivem, mesmo que com isso tenha que pagar o preço da sua própria saúde física e mental.

Durante mais um dia emocionalmente exaustivo em sua vida, Heloísa depara-se com um casal de visitantes inesperadas aparecendo no terreno de sua casa, nitidamente em fuga e com uma delas estando gravemente ferida.

O instinto de cuidado e proteção que rege as escolhas da nossa protagonista faz com que ela acolha aquelas mulheres, mesmo com os riscos envolvidos. Mas ao se envolver naquela situação, Heloísa passará a entender que o regime de opressão que vem se estendendo pelo nordeste, e que reduz as pessoas de seu vilarejo a servidão, precisa chegar ao fim.

Juntas, três mulheres se unirão para derrubar um sistema e buscar a reconstrução de seu lar, a terra que um dia lhes acolheu mas que passou a ser cenário de violência e estabelecimento de sub-humanidades.

“Morte Matada” foi meu primeiro contato em diversas esferas, tanto como a introdução às obras de G.G. Diniz, quanto ao movimento de Sertãopunk e histórias que se passassem no nordeste em geral.

Conforme lia o conto e a descrição de Cedrinho fui me recordando de lugares pelos quais já havia visitado na minha infância, rememorando cenários pelos quais passo sempre que viajo no meu estado e vendo na descrição daqueles personagens pessoas com as quais esbarrei ou convivi, o que garantiu a conexão com a narrativa construída e me fez viver as sensações de urgência estabelecidas de forma mais intensa.

Além do sentimento de reconhecimento aos cenários que a autora constrói e os personagens que ali coloca, devo destacar a genialidade do enredo em si, e como a autora constrói um mundo distópico autêntico, com a apresentação de mecanismos de controle originais e personagens que exalam sentimentos verossímeis. Desse modo, cria-se uma atmosfera desesperadora e de urgência, que faz com que o leitor não pare de ler o conto até chegar à última página.

Ao lado de “Sons da Fala” de Octavia Butler, o conto de G.G. Diniz se configura como um dos melhores contos que já li na vida, se estabelecendo no meu imaginário como referência de excelência quando o assunto é construir enredos distópicos.

site: literagabs.com
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Ricardo Santos 14/03/2020

Distopia sertaneja
A ficção que mais mexe comigo é aquela que incomoda, que balança, em algum grau, minhas certezas. No caso da noveleta de Gabriele Diniz, temos um texto assim, forte, tenso e intenso. A história é sobre um Nordeste que bate no peito, cheio de orgulho de ser o que é, mas que também reconhece o muito que falta para tornar a vida de seu povo digna. É uma distopia sertaneja. A lembrança de Bacurau é inevitável. Aqui as mulheres são as protagonistas. São as que mais lutam e as que mais sofrem. A escrita da autora é imperfeita, mas vigorosa. Entre algo escrito com elegância e insosso e algo escrito de forma mal-ajambrada e com tesão, prefiro o segundo exemplo. É o caso dessa noveleta. Destaque para os diálogos tão verdadeiros e a construção de personagens cativantes. Adorei o final. Morte Matada é um novo Nordeste na literatura brasileira.
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Laris | @larislendo 23/04/2020

Esse é o melhor trabalho que li de G.G. Diniz até o presente momento. A história se passa em Cedrinho uma cidade do interior controlada por uma família poderosa. Num cenário distópico, os trabalhadores tem que usar coleiras, e a única pessoa da cidade que não usa uma é uma médica. Uma dupla de fugitivas (uma delas ferida gravemente) chega a cidade e encontra esse médica. A partir daí a trama se desenvolve rapidamente e o final é de tirar o fôlego. Recomendo muito a leitura, principalmente pra quem tem o kindle unlimited e tá sem saber o que ler em seguida.
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