Resenhas - Morte e Vida Severina

Cabeça 02/09/2023

O choque nordestino
Esse livro me deixou com uma ferida que não vai cicatrizar! É uma ferida moral, poética, sentimental que passa de todas as fé, amores e esperanças. Mostra um corte, no Brasil rico, carnavalesco e esperançoso, mostra um nordeste para além da cultura e mostra a viva árdua realidade repleta de sofrimento mas completada pela esperança de uma vida melhor no mar.

Todo personagem é Severino, toda a história é Severina, toda lágrima de um Severino passa por essa morte e vida Severina!

Se você é minorizado(a, e) brasileiro, sendo negro, pobre, mulher, lgbt, nortista, nordestino ou tudo o que mais se pode englobar aqui, leia a morte e vida Severina e se identifique com os poemas que assim como a todos nós, a cada verso a cada estrofe se sente mais e mais o sofrimento que acaba sendo nulo perto da esperança que nosso povo contém!

Continuemos na vida Severina em busca de um mar, que sendo a nossa redenção chegue antes da morte, da emboscada, da velhice ou do abandono!

Jeanine 29/08/2023

Interessante pensar na morte em vida de diversos Severinos e esse livro é forte e simples de entender. Mais uma vez um cenário de seca e nordeste. Mas poemas não são pra mim.

malu :) 26/08/2023

"E belo, porque com o novo todo o velho contagia."
"[...]
é difícil defender,
só com palavras, a vida,
ainda mais quando ela é
esta que se vê, severina;
mas se responder não pude
a pergunta que fazia,
ela, a vida, a respondeu
com sua presença viva
E não há melhor resposta
que o espetáculo da vida:
vê-la desfiar seu fio,
que também se chama vida,
ver a fábrica que ela mesma,
teimosamente, se fabrica,
vê-la brotar como há pouco
em nova vida explodida;
mesmo quando é assim pequena,
a explosão, como a ocorrida;
mesmo quando é uma explosão
como a de pouco, franzina;
mesmo quando é a explosão
de uma vida severina."

Espetacular, me fez refletir por horas, na verdade, acho que ainda não digeri tudo, que livro incrível!!

Vini Laux 21/08/2023

Interessante?,
Eu odeio poesia, por mais que meu nome venha de um poeta. Porém, descobri que fica mais divertido ler poesia em voz alta, e ir atuando enquanto lê. Continuo detestando poesia, mas, agora, detesto menos

Aimée Aiko 20/08/2023

"E não há melhor resposta que o espetáculo da vida:
Vê-la desfiar seu fio que também se chama vida, ver a fábrica que ela mesma teimosamente se fabrica, vê-la brotar como há pouco em nova vida explodida, mesmo quando é assim pequena a explosão, como a ocorrida (...)"

giovanna65 20/08/2023

Morte e vida Severina
Emocionante, impossível não dar 5 estrelas pra esse livro. Morte e vida Severina conta a vida de muitos retirantes que morreram e viveram em busca de uma melhor qualidade de vida.

Carolina.Lazzarett 13/08/2023

A melhor parte do livro é o auto de Natal pernambucano, por ser um pouco menos poético e uma sequência fácil de entender.

manu368 10/08/2023

Li para um seminário, muito interessante a forma que mostra os retirantes do nordeste, a fome e a morte são bem representadas.

Luvale 09/08/2023

Belíssimo
Eu amei a escrita do autor, consegue transmitir tanta coisa.
Morte e Vida Severina é com razão um marco na literatura, perfeito do início ao fim. Me fez refletir bastante. Amei

Guilherme2504 08/08/2023

O caminho do nordestino sertanejo até a cidade grande em busca de melhorias de vida. Todos os percalços que encontra no caminho, e uma vida ?melhor? do que a do sertão quando chega na cidade grande, mais não tão boa assim.

1000vzsdocontra0 08/08/2023

Me deu calafrios
Tive que ler esse livro para a escola, é claro, e nem li o livro todo para falar a verdade só li o poema de morte e vida severina.
Porém eu gostei.
Me deu uma sensação de solidariedade, porque o poema realmente fala sobre as coisas que acontecem todos os dias, e lendo ele, eu pude compreender um pouco melhor acho.

Larissa.Almeida 03/08/2023

Extremamente tocante e triste
O livro já começa com a triste realidade dos retirantes que fogem de seus locais de origem para tentar sobreviver mais do que apenas trinta anos. Infelizmente a realidade de todo o sertão nordestino é o mesmo, com a morte sempre a espreita, a fome e a seca sempre presente. A vida dura, difícil e triste é compartilhada por muitos Severinos.
Um livro extremamente tocante, triste e realista.

Pietra.Scorzato 01/08/2023

Muito bonito e verdadeiro
Por conta do tempo li apenas algumas poesias pro vestibular, mas pretendo retornar e finalizar por completo, ler com mais calma e sem compromisso.
Achei a escrita muito tocante e comovente, bem verídica e quase com um tom pessoal.

Lais.Lagreca 23/07/2023

Bonito demais!
Você termina a leitura e pensa "preciso começar de novo"!
Acho que isso acontece devido à capacidade desse poema de criar imagens tão simbólicas da dureza que é a vida de um Severino.
Sair de sua terra, onde já não se tem como viver, em direção a uma terra outra em que se busca meio de vida melhor, é coisa dura só de se pensar. Imagina juntar o pouco que se tem e que se pode levar para, por um longo e árduo caminho, perceber que por onde se passa, por onde se olha parece que a morte insiste em acompanhar. Danada de companhia! Não se deseja morrer, se quer viver, mas viver parece algo decidido de não acontecer que se pensa até mesmo em morrer.
Vendo a vida dura da pouca vida que se vê por onde passa, Severino, chega a pensar que se basta de tanta falta de vida. O pobre não tem vez, não tem teto, não tem alimento, não tem terra para si, a não ser aquele pouco, estreito e raso, onde irão encaixar seu corpo.

Se há forma de seguir, Severino quer saber, será que há chance de se gostar de se viver?
Embora a morte pareça insistir em antenceder a vida, a vida aparece também, e com sua beleza das promessas ainda que simples, mas promessas, parece esperançar também a vida daqueles que a recebem.

Ah! Bonito demais.

Larissa2526 22/07/2023

Morte e vida Severina
Fiquei triste pq já tinha feito a resenha mas saí do app e perdi ela (vou chorar

Vou ter que reler porque não entendi nada do último conto, uma faca só lâmina, isso porque eu tenho sérios problemas com interpretação de textos escritos em forma de poema.

Começa com o poema sobre o Rio, que anda do sertão até chegar em Recife, com seus afluentes que possuem nome de santo, de animal, de pessoas ou são sem nome, também se são originários de usinas ou de engenhos.

Depois disso começa a história de Severino. Ele começa se apresentando, o seu encontro com os irmãos das almas, a seca temporária do rio Capibaribe e sua vontade de desistir, da sua chegada a uma vila romaria e seu encontro com a comadre, Severino pensando em desistir novamente quando chega a Zona da mata, ele ouvindo um enterro de um homem que só vai ter coisas de terra, sua caminhada e depois chegada a Recife, onde escuta dois coveiros discutindo que as pessoas saem do sertão só para irem morrer lá, um morador chega falando para ele desistir das suas ideias suicidas, o nascimento de um bebê, chegada dos vizinhos com presentes humildes e as ciganas cantando graças ao futuro da criança, o morador fala para o Severino que a vida vale a pena.

"É difícil defender, só com palavras, a vida, ainda mais quando ela é esta que vê, severina; [...] franzina; mesmo quando é a explosão de uma vida severina."