Morte e vida severina

Morte e vida severina João Cabral de Melo Neto




Resenhas - Morte e Vida Severina


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Lara.Bia 26/01/2023

Triste, doloroso, poético. Uma verdadeira vida sofrida.
"É difícil defender,
só com palavras, a vida
ainda mais quando ela é
esta que vê, severina;
mas se responder não pude
à pergunta que fazia,
ela, a vida, a respondeu
com sua presença viva."
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BeatrizViana0 25/01/2023

Maravilhoso!
E se somos Severinos
Iguais em tudo na vida,
Morremos de morte igual,
Mesma morte severina:
Que é morte de que se morre
De velhice antes dos trinta,
De emboscada antes dos vinte,
De fome um pouco por dia.
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MarianedaRosa 19/01/2023

Brilhante
Livro brilhante, emocionante, real e impressionantemente atemporal. Escrita impecável de João Cabral de Melo Neto.
Amei.
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Stella.Castilhos 16/01/2023

Só leia.
É isso. Leia. Você pode achar chato no início, porque é tudo rimado, mas você vai terminar a leitura com um triplex alugado na cabeça. Faz você pensar em muitas coisas. Faz sentido ser um clássico.
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ViniBarcellos 15/01/2023

Metáforas lindas que destroem o leitor
15.12 - 05.01
??| Morte e Vida Severina - João Cabral de Melo Neto
? 38/38
? nota: 5/5 ?????

- Não é à toa que esta obra é um marco na literatura brasileira - do Modernismo de Terceira Fase. João Cabral de Melo Neto conta a história do sertanejo Severino em versos e nota-se o esmero intrínseco ao trabalho desse autor na escolha lexical e no posicionamento dos termos. Tal fato resulta em palavras que ao mesmo tempo rimam e fazem referência ao passado histórico e aos problemas sociais do Nordeste, além de resultar na construção de lindas metáforas que possuem uma beleza e uma força de destruição, impactando a leitura.

- É forte como Severino apresenta-se ao leitor e não consegue individualizar-se/ apresentar-se como um ser único, de características únicas e de história única, já que muito de sua vida confunde-se com a de outros sertanejos. Estes, por fatores socioeconômicos, tentam ou tentaram a vida de retirante para sobreviver não só à brutalidade da seca, mas também à CERCA, ou seja, controle dos latifúndios pelos grandes coronéis

- Diria que os dois coveiros que vivem na Zona da Mata são essenciais para a história e para indiretamente trazer fatos para os leitores: a de que muitos retirantes apenas vão em direção à Morte que os espera nesses locais que "prometem" melhores condições de vida e a de que nem após a morte as desigualdades sociais deixarão de ser uma constante na vida desses vulneráveis.

- Mas também há algo de sublime que insinua-se na narrativa gradativamente: apesar da morte, a vida é teimosa e continua lutando pela sobrevivência. Aqui já há referências ou alusões ao nascimento de Jesus, algo simbólico que deixa o leitor entrever muito sofrimento no futuro, mas também esperança e desejo de mudança.

- É um livro curto, mas também impactante. Recomendo a leitura desse clássico moderno.
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legarcia 11/01/2023

Dura vida de retirante
João Cabral de Melo Neto costumava dizer que ?Morte e Vida Severina? não o satisfazia, que não entendia o grande sucesso da obra perante a outras produzidas por ele que julgava serem superiores. De certa forma, compreendo-o, mas, por esse livro ter sido meu primeiro contat?o com a produção de João Cabral, essa constatação me fez ficar um tempo contemplando as possibilidades das outras obras desse autor.

A questão é que escrever uma poesia boa é difícil, e faze-la com a maestria demonstrada por João Cabral nessa obra é extraordinário. Nos versos estão condensada uma história cheia de significados que, por meio da arte, potencializa-se e causa em nós um efeito dilacerante.

?Morte e vida severina? é definida em seu subtítulo como um auto, e para mim isso é incrível, uma vez que pode-se traçar uma relação entre o livro e os autos religiosos, dando uma possibilidade interpretativa muito interessante. Um dos pilares do cristianismo é a questão da peregrinação, o povo de Deus está sempre em uma caminhada para a cidade prometida, para o Reino dos Céus. A retirância de Severino, porém, distingue-se da cristã, pois diferente destes que andam em busca da elevação espiritual, Severino caminha pela sobrevivência.

É interessante perceber a tentativa do autor de distanciamento do poema, é como se João Cabral quisesse que os personagens expressassem a vida desse povo que não é ouvido e representado na sociedade, desse povo que sofre pela dureza imposta.

Severino aqui representa todos os retirantes, como uma metonímia. A voz dele é ecoada e amplificada em vários indivíduos. Quanto mais Severino fala dele, mais ele perde a individualidade para representar tantas e tantas pessoas. E esse efeito de reverberações de histórias reais é uma constatação dolorosa. Perceber que a vida e as dores de Severino são compartilhadas por milhares de pessoas causa náuseas.

Alguns dos poemas que li nessa obra marcara-me para sempre. A secura e a dureza dos versos são dolorosamente sentindos porque sabemos que são reais, que representam situações e realidades que acontecem hoje e agora.

Na retirância, sempre existe a esperança. E como em ?os sertões?, fortes são os que tentam, os que resistem e lutam. Porém, ao narrar a chegada de Severino a seu destino, ficamos diante da seguinte questão: diante dessas condições, vale a pena continuar vivendo? O que podemos ter ou fazer que valha a pena todo esse sofrimento? Ao mesmo tempo que reflito sobre a vida e creio que ela vale a pena ser vivida, esse exercício de colocar-se nessa situação, com as perspectivas e expectativas dessas pessoas e tentarmos entender esse dilema que infelizmente faz parte de muitas realidades.

A leitura, então, desse livro colocou-me diante de cenas e questões que nunca irei esquecer. Recomendo fortemente! Ainda quero conhecer outras obras desse que demonstrou ser um excelente autor e um dos grandes nomes da literatura brasileira!
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Rafaela.Rezzadori 11/01/2023

Mais um clássico!
A forma segue sendo uma dificuldade para mim. Poesia sempre flui menos. Ainda assim, é uma emocionante jornada, de um retirante nordestino em contínua luta pela vida.
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Ratinha de Biblioteca 07/01/2023

Para ler no Natal
Não sou muito de ler poesia, mas este poema de João Cabral de Melo Neto é uma narrativa em verso, de forma muito poética e emocionante.
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Giovanna.Pegoraro 07/01/2023

Elite
Isso aqui é elite. Parabéns para o autor João Cabral de Melo Neto, nosso porta engenheiro por essa obra de arte em forma de rimas e palavras entrelaçadas.
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david andriotto 03/01/2023

???
da série "livros obrigatórios que esperei maior maturidade para ler e, assim, compreender". creio ser necessário mais uma ou duas outras leituras para captar por completo a essência ali contida, mas foi uma adorável primeira experiência.

ter noção de que a travessia desses retirantes apenas os leva a morte, uma morte severina, faz com que a leitura seja mais emotiva e dolorosa. é natural ao coveiro questionar o motivo dos sertanejos migrarem ao litoral para, no fim, viver na lama e serem enterrados em terra seca.

gosto muito do final, quando todos se unem para presentear o mini querido que nasce. cada um tenta entregar um presente, o que suas vidas severinas podem angariar. a vida, mesmo miserável, deve ser celebrada:

"[...]
Minha pobreza tal é
que não tenho presente melhor:
trago papel de jornal
para lhe servir de cobertor;
cobrindo-se assim de letras
vai um dia ser doutor."

obrigado, joão cabral de melo neto.
PAULINHO VELOSO 03/01/2023minha estante
Deve ser uma boa experiência entender João Cabral...


Pietra 04/01/2023minha estante
mini querido!!!




Bruna.Cristina 01/01/2023

Retirante
Este narra aspectos da maioria do retirantes nordestino que fogem da seca. Os mesmos procuram lugares melhores para sua sobrevivência.
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Laura 29/12/2022

Um clássico
Morte e vida severina é o melhor poema da coletânea, sem dúvidas.
É representativo, reflexivo e comovente.
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Beatriz 27/12/2022

Poemas maravilhosos
Não há como ser diferente, mas morte e vida severina é o melhor poema da coletânea.
Porém, todos os poemas são lindo. Falam sobre o Brasil e trazem aquela sensação de beleza em contrate com a desigualdade.
A sensibilidade é a principal característica desses poemas.
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The Alchemist 22/12/2022

Uma fascinante leitura da vida sertaneja, em um misto de ritualismo e sobriedade estética.
A crônica te conduz, te apresentando os seus personagens e cenários desolados.
Um mundo cruel e desigual, perfeitamente relacionável.
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