Estação Atocha

Estação Atocha Ben Lerner




Resenhas - Estação Atocha


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Bolachilds 15/04/2020

Muito bom
Nas primeiras páginas tive a impressão que realmente não ia gostar, porém o autor consegue trazer uma experiência extremamente real. Obrigado TAG pela oportunidade.
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Renata Barreto 14/04/2020

Para ler só uma vez
Esse livro faz parte das edições da TAG LIVROS e vem acompanhado pela revista da curadoria, onde vem também um prefácio e posfácio. Então, gostei mais da revista que do livro, fala sobre a escrita e nuances do processo de escrever (dentre outras coisas). O livro conta a história de um escritor que muda de país para a realização de um projeto acadêmico... parece um pouco a realidade dos pesquisadores das ciências humanas. Porém, o protagonista é tão chato que conseguiu me deixar com raiva da história que ele estava narrando.
Carol Poupette 18/12/2021minha estante
Kkkkkkk
Comprei essa edição no sebo, completa e nova. Vou me arriscar na leitura!


Renata Barreto 21/12/2021minha estante
Arrisca!! Acho que se eu não tivesse ficado com ranço dele gostaria mais do livro. Mas é bom. Kkkk




Lucas Sam 13/04/2020

Atraente, porém um pouco cansativo
O livro é bem escrito e o roteiro atraente. A história de Adam é permeada de detalhes enriquecedores, passagens marcantes e a profundidade dos personagens, principalmente do protagonista, cria a curiosidade para você continuar lendo até o livro acabar.
Porém essa riqueza de detalhes cria passagens arrastadas demais, que podem ser até consideradas desnecessárias, o que torna a leitura cansativa.
Pesando os prós e contras é um livro bom, que recomendo!
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Dani 11/04/2020

O personagem não é dos mais cativantes, mas mostra a apatia que muita gente com menos de 30 anos mostra perante a vida.. passando por ela consumindo drogas, indo em festas e não se relacionando de verdade com as pessoas.
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Pandora 10/04/2020

Absurdo, divertido e franco. Dei muita risada lendo ele e risadas altíssimas.

Adam, o protagonista, está distante de ser moralmente perfeito ou exemplo de moralidade, mas ele é franco, consciente de si e não engana ninguém a não ser a si mesmo.

Andar com Adan por Madri é uma delícia justamente pela falta de compromisso dele em se encantar com coisas construídas com o objetivo de despertar encantamento. Ele se recusa a ceder, a se deixar envolver pelo ambiente ou experiência, e me deixou sem saída além de dá muitaaaaa risada. A condição dele por outro filtro seria dramática, mas Ben Lerner não deixa a peteca ir para esse lado e o jeito é se desesperar e rir.

Esse é um livro que não quer se útil, um protagonista que não assume protagonismo, uma linguagem deliciosa, uma leitura que embriagou. Amei!
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isa.dantas 07/04/2020

Demorei bastante para engatar nessa leitura, muito pelo personagem principal e narrador da história, que é meio enfadonho. Mas se é que é possível ainda assim, achei o livro muito bem escrito, e uma história interessante que, de alguma forma, acredito se relacionar com tão discutida atualmente síndrome de impostor.
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Renata 06/04/2020

Tinha expectativas baixas por causa da nota no aplicativo da Tag (3,5/5), e acabei me surpreendendo. Gostei bastante do livro, e li ele relativamente rápido pro meu ritmo. Por que estou fazendo essa resenha só para contar no desafio aqui do Skoob, vou me resguardar em apenas dizer: meu deus, como o Adam pensa DEMAIS*!!

*o famoso _overthinking_
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Gisele @li_trelando 04/04/2020

Cansativo
A leitura foi difícil, em nenhum momentos me instigou a prosseguir, li por obrigação mesmo. Só me aprofundei na história depois de ler artigos e ouvir podcast sobre ele.
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-Lá- 02/04/2020

Adam me fez rir, sentir raiva e sono com sua narrativa, questionar comportamentos, visitar pontos turísticos espanhóis e obras.
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Anelise.Becker 31/03/2020

Adan Gordon, é um bolsista e poeta norte americano em Madri/Espanha, que tem como objetivo desenvolver seu projeto de pesquisa em torno a Guerra Civil Espanhola.
O enredo envolve a arte e reflexões e em torno da literatura, seu papel nos dias de hoje e sua responsabilidade social.
Adan, duvida de sua própria capacidade se ser um poeta, e o tempo todo acredita ser um impostor. Tem dificuldades de se relacionar com muitas pessoas, e ainda trás para o debate problemas psicológicos e a dependência química.
Em meio à história, podemos presenciar o ataque à Estação Atocha, em 11 de março de 2004.
Embora, tenha tido dificuldade de terminar o livro, por conter uma leitura arrastada em alguns momentos, e muitas vezes fazer relações com elementos da arte que não tenho tanto contato, o livro traz reflexões importantes, como a nossa capacidade de reconhecer nossos limites, mas também de reconhecer nossas virtudes, e encarar a vida com mais leveza, sem tantas cobranças, porém, com responsabilidade.
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Flôr 31/03/2020

Chaaato! Melhora com o desenrolar do livro, mas não entendi até agora pq foi escolhido pela TAG. A obra impressa, da capa a diagramação é linda, mas isso é tudo.
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Pati 30/03/2020

Uma volta nos entornos de si mesmo
Estação Atocha nos apresenta um personagem oblíquo e dissimulado, que irá fazer muitos leitores largarem o livro antes das primeiras 100 páginas. Para aqueles que finalizarem essa viagem será destinado o que pode se chamar de prêmio: um passeio em meio à arte, linguagem, poesia, narrado através de monólogos e ensaios profundos, irônicos, reais demais, cujo destino final é simplesmente o encontro consigo mesmo.
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Paula.Andrea 30/03/2020

O principal ponto que me impressionou no livro foi a vivência da síndrome do impostor. A todo momento Adam está se colocando à prova, como se ele precisasse disso para se autoafirmar. O momento final, em que ele percebe que é capaz de dar conta do que é exigido dele, que corresponde às expectativas dos que estão à sua volta, é libertador, tanto para ele como para nós. É a consagração depois de toda a angústia presenciada por nós nas páginas anteriores.
A minha tendência é desconfiar de todos os narradores em 1ª pessoa, de tudo o que eles dizem, mas com Adam foi diferente - eu não confiava nele, mas confiava nas pessoas à sua volta, e, apesar de eu ter as impressões dos outros a partir da visão dele, ainda sim confiava neles. É como se, sabendo da insegurança de Adam, as impressões dos outros sobre ele fossem o bote salva vidas que nos faz acreditar na capacidade de Adam. É como acreditar pela desacreditação.
Fazendo um paralelo com Nikki, a protagonista de "Escola de contos eróticos para viúvas" (Tag Inéditos fevereiro/2020), percebi que, em Estação Atocha, o autor conseguiu passar exatamente o que faltou lá: a evolução da personagem. Aqui, a gente acompanhou a angústia, a lombra e a paranoia de Adam, e quase enlouquecemos junto com ele, mas isso nos levou à revelação, junto com a personagem, de que ele era capaz. Em "Escola...", a todo momento a gente clamava pela evolução de Nikki, pelo seu desabrochar, seu amadurecimento, mas isso não acontece. O interessante é que os dois, Nikki e Adam, têm uma "revelação" ao final: ela, de que a sua vocação é o Direito; ele, de que é um poeta. Mas com Adam a gente percebe isso, e sente a veracidade porque viveu isso por toda a narrativa. Com Nikki, a vocação não fica aparente em nenhum momento, porque a personagem é tão superficial que impede essa percepção. E, para mim, isso foi um balde de água fria.
O livro é realmente muito bom.
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paloma 30/03/2020

Insegurança e identidade
Estação Atocha conta a história de Adam Gordon, um jovem e promissor poeta norte-americano que acaba de ganhar uma bolsa de estudos na Espanha para escrever um poema sobre a Guerra Civil Espanhola. O livro aborda os dramas existenciais vividos por Adam, que, embora tenha reconhecimento exterior de seu talento, se sente inseguro e um fingidor quanto à sua qualidade de poeta, uma espécie de síndrome de impostor. A história se passa em 2004, ano do atentado terrorista que aconteceu em Madri, na estação de trem que dá nome ao livro e cujo desastre é contado na história.

A língua (inglesa e espanhola) é um fio condutor do livro, refletindo muitas vezes características da relação que Adam desenvolve com os outros personagens, especialmente as mulheres com quem se relaciona afetivamente. Adam e Isabel sempre conversam em espanhol e a comunicação oral costuma ser falha. Ele aproveita os vazios deixados pela incompreensão linguística para não demonstrar seus pensamentos. Usa a pouca fluência na língua como escudo para a exposição inerente ao encontro humano. Ao mesmo tempo, deseja que Isabel projete em suas reticências aquilo que ela acredita que ele deveria ser ou dizer e assim se encante por ele, quando é por si mesma que está se encantando. Em contrapartida, seus corpos conseguem se comunicar e por meio do sexo eles conseguem manter um vínculo. Aqui, há menção ao estereótipo da língua/cultura latina como quente, dramática e apaixonada; e Almodóvar é frequentemente citado para reforçar essa ideia.

Já com Teresa, a relação é oposta. Teresa é fluente no inglês, língua nativa de Adam, e, com ela, ele se sente transparente, sente que ela percebe até mesmo o esforço que faz para fingir ser quem ele acha que deveria ser. Ele se sente bastante atraído por Teresa, mas, mesmo ela demonstrando estar interessada, ele não consegue concretizar o sentimento, provavelmente em função da vulnerabilidade que ela o faz sentir. Além de o enxergar, Teresa é uma mulher erudita, rica, sofisticada e elegante, características que acentuam seu medo de não corresponder ao esperado. Aqui, a frieza da língua/cultura inglesa se opõe ao calor espanhol.

A insegurança de Adam é o ponto mais trabalhado do livro. Ela se revela na busca incessante por muletas que o personagem cria para se sustentar. Ora usa a dificuldade de comunicação para se proteger, ora se vale de substâncias psicoativas, sejam elas legais ou ilegais. Cabe lembrar a função narrativa que atribui explicitamente ao cigarro, como que um apoio, uma terceira perna (Clarice), para situações em que se sente exposto e vulnerável. Reforça sua insegurança o pensamento obsessivo que cultiva quanto ao que os outros acham dele. O que deseja dos outros não é um compartilhamento de experiências, mas apenas reconhecimento. Soma-se à busca incansável por reconhecimento uma certa arrogância do personagem, que lança olhares bastante críticos aos outros, especialmente àqueles que julga serem seus competidores. A arrogância diz sobre um estado disfuncional de exigência de si que invade a relação com o outro. A insegurança de Adam também aparece em seu processo criativo. Ele não enfrenta a página em branco, recorre aos cânones para fazer traduções, em que faz pequenas alterações para soar original. Seguir um caminho já consagrado por meio de traduções é mais uma muleta encontrada pelo personagem que revela a dificuldade que tem de encontrar uma voz própria, que seja reflexo de sua identidade.

A insegurança pode ser impeditiva de se construir uma identidade de si. Adam demonstra conflitos no sentido de não saber quem quer se tornar, onde quer viver, que língua quer falar, com qual mulher quer ficar, se está apaixonado ou não. Todas as questões que desenham um perfil identitário são para ele paralisantes. O paralelo entre Isabel e Teresa representa de certa forma dois trajetos de vida para Adam. Isabel fazia Adam se sentir seguro no silêncio e na incompreensão, já Teresa o fazia se sentir translúcido e vulnerável, obrigado a confrontar seu próprio eu. Nessa toada, vale lembrar que Teresa se descreve como alguém com personalidade de tradutor, revelada na fluidez que possui para transitar entre ambientes, performances e grupo social. Nesse sentido, funciona como um espelho para Adam, espécie de tradutor poético que transita entre países, classes sociais, idiomas e mulheres. Diante da fluida construção que fazem de si, são capazes de mergulhar mais fundo em suas questões existenciais, pois nada lhes prende a uma ideia fixa de si. A vaga construção do eu pode levar a estados paralisantes de medo, mas também a novas experiências identitárias.

Particularmente, gostei muito do livro.
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