Estação Atocha

Estação Atocha Ben Lerner




Resenhas - Estação Atocha


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Bia 29/03/2020

Como é possível gostar da escrita e odiar o pensonagem?
Estação Atocha foi o livro enviado em fevereiro por um clube do livro que participo, e como sempre fiquei empolgadíssima para ler. No entanto, não foi uma história que chamou muito a minha atenção e em grande parte por causa do personagem principal: Adam. Mentiria se dissesse que não tomei certo ranço dele, o que dificultou bastante a leitura, mas a escrita compensa muito!
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Vanessa.Coimbra 27/03/2020

Um desatento
Adam a personagem principal deste enredo é um afortunado por ter conseguido uma bolsa de estudos em Madri, mas que quer ser algo que não é e acredita que sempre está sendo perseguido e que não acredita em sua capacidade, é uma personagem extremamente chato. A narrativa acredito eu que seja um monólogo interior e como a personagem é muito chato acaba sendo cansativa.
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Amélia Galvão 27/03/2020

Terminei a leitura sem saber o que sentia. Ela fluiu bem e também me deixava com vontade de estar lendo, apesar de contraditoriamente me questionar sobre o propósito dela enquanto a realizava. Só agora, depois que escrevi esse texto, é que começo a perceber o quanto gostei do livro, o qual tem como foco a linguagem e como ela afeta as nossas relações, sendo bastante reflexivo e poético.

A história é narrada por Adam, um jovem poeta americano, filho de pais carinhosos, com uma boa condição financeira e que está morando em Madri porque ganhou uma prestigiada bolsa de estudos. Por ser a narração em primeira pessoa, as personagens são retratadas pela subjetividade dele, então, em regra, não sabemos o que elas realmente pensam/sentem, mas apenas o que ele ACHA que elas pensam/sentem.

Adam também é autocentrado por sofrer da síndrome do impostor. Usualmente foca no que falará e não presta atenção no que o outro está dizendo, pois vive uma paranoia em manter uma imagem que julga condizente com o seu status de poeta. Esse comportamento impede o aprofundamento das outras personagens e tem imediata relação com a maneira como ele utiliza a linguagem. Ele se enxerga como um falso poeta que pode ser desmascarado a qualquer momento e acredita que a sua vida e seus relacionamentos na Espanha são uma farsa. Sente-se falso e vazio, inapto a conexões emocionais e interpretando um papel. Isso o torna ansioso, desconectado de si mesmo e do mundo e é a principal causa do seu jeito autocentrado, pois precisa, a todo momento, controlar suas falas e atitudes para não ser desmascarado. Também é por isso que ele toma várias atitudes que desaprovamos ao longo da história.

Acredito que esse comportamento deve ter origem em inseguranças e também no seu desejo de ter experiências e de escrever num grau impossível de autenticidade, em que tudo o que não for puramente inédito não seria autêntico. Por se cobrar esse parâmetro inalcançável, começa a sentir que vive uma farsa. Também acho que isso gera uma fuga da realidade, pois se tudo é fingimento, não há que se preocupar com as consequências dos seus atos. Isso pode ser uma dificuldade de assumir mais responsabilidades e de enfrentar suas escolhas.

Mas, o mais prazeroso para mim nesta leitura foram os questionamentos e reflexões sobre a linguagem nas nossas relações. Como ela pode nos aproximar ou afastar; como as palavras são plurais, podendo significar coisas diversas a depender das experiências de cada um; como é complexo o processo de comunicação; e como pode afetar nossa vida, quem somos, o que sentimos e nossas relações.

Adam utiliza a linguagem como aliada para não ser desmascarado e também para se conectar com os outros. Ele se aproveita da subjetividade própria a ela e elabora frases com várias interpretações possíveis. Acredita que assim concederá ares de profundidade ao que disse, pois o outro terá uma sensação de que há algum conhecimento implícito e será forçado a dar conteúdo ao que escutou. Em outros momentos, utilizará essa subjetividade e a sua falta de fluência no espanhol como uma forma de se conectar, pois sente que as lacunas e os silêncios gerados nesses processos fazem com que o outro se conecte a ele no momento em que os preenche com as suas próprias experiências: “a interação mais intensa e inegavelmente mais íntima acontecia quando ela permeava meus silêncios, meu espanhol lacunar, de uma formidável força intelectual e estética.” (p. 57).

Finalmente, confesso, sem ter parado para refletir por quê, que a desconexão do Adam me lembrou vagamente ao Watanabe do Norwegian Wood, e que também vieram a minha mente outros livros com reflexões afins. Isso foi o que senti e um pouco do que a leitura me fez refletir, mas sabemos que somos plurais e os livros nos afetam de maneiras diversas. Espero que essa leitura também possa lhe trazer boas experiências.
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Yas 25/03/2020

Estação Atocha
Muito bom o livro, te faz pensar bastante nas coisas, porém achei que poderia ter um final melhor, o livro deixa muitas dúvidas.
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Rafaella.Esch 25/03/2020

Um livro sobre linguagem, suas possibilidades e as dificuldades de ser um ser falante

Ouso dizer que foi o melhor livro que li em toda a minha vida!

É um livro bem introspectivo. Acompanhamos absolutamente tudo pelo ponto de vista do Adam e há poucos diálogos, especialmente no início. Adam não entende espanhol e, por isso, tudo o que lhe falam é entendido pela metade. Cabe a ele próprio usar sua imaginação para preencher as lacunas. Assim, Adam constrói os próprios diálogos dos quais participa e também as personalidades dos que compõe seu grupo de amigos da Espanha, construções que se mostram bem equivocadas conforme seu domínio do idioma melhora⁣.

Adam é um personagem incrível, com um mundo interior muito rico. Não concordo com as descrições que o colocam como narcisista. Ele é um jovem muito inseguro e perdido na vida que faz de tudo para esconder esse sentimento. Às vezes funciona e os outros o acham culto e profundo, outras vezes ele soa arrogante e faz coisas estúpidas. Acho que a insegurança é um sentimento humano e isso torna Adam alguém com quem podemos nos identificar⁣.

Estação Atocha é um livro sobre linguagem. Sobre como é difícil habitar este mundo falante e, ao mesmo tempo, sobre as múltiplas possibilidades do uso da palavra, sobre como ela pode mudar pessoas, acontecimentos, sobre como a fala é equívoca e causa enganos, desencontros. É um livro poético e reflexivo que me emocionou em algumas passagens.

site: https://www.instagram.com/p/B9-FJs-DWSv/
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@eleeoslivros 24/03/2020

quando junta TAG e Rádio Londres só pode vir coisa boa.
esse livro rendeu boas risadas!
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Srta.Jay 22/03/2020

O livro é uma narrativa de Adam, o protagonista, um jovem poeta americano sobre o período dele em Madri - Espanha, durante sua bolsa de estudos.

A leitura é flui facilmente, gostei de lê-lo.
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Karina 22/03/2020

Estação Atocha conta uma parte da história de Adam, um jovem poeta americano que possui uma bolsa de estudos em Madri. O livro conta momentos vividos por ele nesse período e é focado no que ocorre na mente do mesmo. Um personagem inseguro, mas que ao meu ver, é inteligente; Adam é nitidamente bastante egoico e acha que tudo gira ao seu redor. O protagonista apesar de egoico, se considera uma farsa e a insegurança citada é principalmente em relação às mulheres, além de costumeiramente se auto medicar e utilizar haxixe. O livro toca em assuntos como a Guerra Civil espanhola e sua ligação com a poesia, além de citar manifestações e passar por diversas cidades da Espanha. Com o decorrer do livro a sua principal dúvida é se ele ficará na Espanha ou voltará ao final da bolsa de estudos para os EUA. Ele decide por ficar.
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Gisele567 22/03/2020

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Essa ficção Norte americana para mim, deixou a desejar. O livro escrito em primeira pessoa é intimista porém pouco interessante.
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Clube Tripas 21/03/2020

[Resenha]
Conteúdo: Adulto.
Livro: Estação Atocha.
Autor: Ben Lerner
Editora: @radio.londres @taglivros
Páginas: 218 p.
Avaliação: Adorei (5/5)
Mês: Fevereiro/19
Bibliotecária: Iandra Cartaxo | Franca - SP

Um jovem arrogante, um país estrangeiro, uma língua diferente, a poesia e a experiência de brincar com os limites da linguagem. Adam Gordom é um jovem americano que ganha uma bolsa de estudos e se muda para Madri para escrever sobre a poesia espanhola pós-guerra Civil, o problema é: Adam não fala espanhol e tampouco conhece poesia espanhola contemporânea. Para disfarçar sua insegurança em relação ao mundo e a si mesmo, ele cria uma rotina onde consegue evitar quase completamente o contato humano, seus dias são preenchidos basicamente com cafeína, haxixe, antidepressivos, uma caminhada ocasional, a leitura de estudo e tentativas frustradas de estudar. Porém, de uma hora para outra ele se vê sugado por jovens intelectuais ricos e ligados ao mundo da arte, e vê sua poesia sendo declamada para um público seleto na galeria madrilenha de seus novos amigos. A partir daí, Adam encarna um personagem, inventa para si uma família disfuncional e marcada pela tragédia, vive uma vida paralela com a namorada e com os amigos, e usa a desculpa de não entender o idioma para preencher os diálogos com sua versão dos acontecimentos.

O livro é narrado em primeira pessoa, então não podemos confiar nas descrições que Adam nos oferece dos outros personagens e seus relacionamentos. Vemos tudo passar pela lente insegura e egocêntrica do jovem americano rico e sustentado pelos pais, que se esforça para se encaixar em um universo novo para ele. Enquanto caminha pelas ruas de Madri e conhece um pouco da Espanha, Adam se sente uma fraude em todos os aspectos de sua vida, e se surpreende quando descobre que simultaneamente à farsa que encenava, algo com mais substância era construído.

site: https://www.instagram.com/p/B9UcJduHphO/
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Paisagens Literárias 21/03/2020

Sobre saúde mental na pós-graduação
Este é um romance sobre o personagem Adam Gordom; um jovem poeta estadunidense que ganha uma bolsa de estudo e vai morar em Madri na Espanha para realizar sua pesquisa [que parece ser de nível de mestrado] sobre o legado literário da Guerra Civil Espanhola. Entretanto, ele se apresenta como alguém que quase não sabe falar espanhol e desconhece a história do país, bem como não tendo sequer certeza que quer ser poeta ou se tem capacidade de realizar esta pesquisa. Como resultado, Adam Gordom se sente uma fraude; este é o principal tema de toda a narrativa. Essa percepção de si mesmo como farsante, esperando a qualquer momento sua máscara cair, o acompanha na realização de todas as fases da realização de sua pesquisa e de sua vida cotidiana. De maneira que, no decorrer do livro, acompanhamos o desenvolvimento do seu emocional e psicológico em relação ao seu trabalho e aqueles que estão em sua volta. Nesse processo, ele nos descreve sua adaptação a mudança de país, tanto com a língua quanto com seus costumes, bem como funciona o seu processo criativo. Além disso, nos fala sobre sua rotina de medicamentos [que trouxe com receita médica de seu país] e de uso de drogas [como de bebidas alcoólicas e haxixe] que depois de certo tempo passaram a ser tomados de forma compulsiva com a piora de sua ansiedade e depressão; o deixando mais desconectado de si e de seu entorno. Sendo assim, os poucos amigos que o personagem fizera durante a sua estada na Espanha, bem como seus colegas, poetas que conhecera e interesses amorosos, são caracterizados mais como criações ficcionais do que percepções objetivas. No entanto, são essas poucas pessoas em seu entorno que lhe incentivam, que permitem que ele consiga de fato terminar sua pesquisa e se aceitar como poeta. Há outros debates que podem ser feitos em torno deste livro, como a questão da relação da literatura e da arte, mas a questão da saúde mental na pós-graduação me chamou mais atenção; é um tema bastante relevante e atual, porém não muito discutido.

site: https://www.instagram.com/p/B9-LFebDn88/
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Paulinha 20/03/2020

Bom
As expectativas estavam mt baixas devido às outras resenhas, mas me surpreendi de forma positiva. É um livro que flui mt fácil. Valeu a pena ir até o final.
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