Lolita

Lolita Vladimir Nabokov




Resenhas - Lolita


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Jhaze 28/12/2023

Genialidade Macabra!!
Não sei o que leva os autores russos serem ótimos em seus livros, principalmente quando o assunto envolve tragédias humanas.
Como não poderia deixar de ser, Lolita envolve um tema espinhoso, um adulto envolvido intimamente com uma adolescente.
A naturalidade com que o autor descreve os fatos, pode levar o leitor a achar que o escritor tem algum desvio de conduta na área da sexualidade pessoal, pois a narrativa é vívida (não envolve descrições eróticas) e flui naturalmente como numa conversa de confissão (esse é o formato narrativa adotado) aonde levará os desavisados até a acharem que a obra é verdadeira. Eu durante os primeiros dias da leitura acreditei estar lidando com um fato real.
Mesmo que o autor avise o leitor no início do livro que não é algo real, se não focar isso na mente é possível se perder e começar a ficar indignado de verdade com o desenrolar dos fatos e peripécias do narrador em relação a seu problema pessoal, seu desejo anormal, fato reconhecido pelo personagem.
Ler essa obra é mergulhar nas profundezas da escuridão humana que pessoas carregam dentro de si, mas ao mesmo tempo é adentrar uma obra de arte em termos de escrita, é estar dentro da mente genial e criativa de Vladimir Nabokov.
O autor parece que tinha a certeza que seu trabalho seria imortalizado, pois cita dentro da estória, através da confissão do personagem um tempo a frente, oitenta e tantos anos depois, o que dá agora 2020 e alguma coisa, "quando alguém estiver lendo essa narrativa"...pode não ter efeito nas gerações que leram a obra no passado, mas fez efeito em mim que a li em setembro de 2023...?
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steplr 30/12/2023minha estante
eu mesma fui uma que achei ser um relato real, tamanha genialidade da escrita, terminei o livro tão absorta na narrativa que precisei de muito esforço p compreender que é apenas ficção


Jhaze 02/01/2024minha estante
Creio que a grande genialidade do autor está em fazer o leitor viver esse equívoco, ao achar o relato uma confissão real.




maria.geromel 26/12/2023

Cara nem sei oq que dizer só q foi uma leitura lenta e difícil não gostei da narrativa e achei a história sem fim pé nem cabeça e principalmente não gostei do fato do autor achar que o leitor é inteligente e deduziu as coisas e não falar eles com clareza por isso eu passei a boa parte do livro boiando
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Isabelle.Galina 25/12/2023

Complicado
Uma leitura pesada, e arrastada com uma história que sem dúvida alguma é mega pesada e precisa ter estômago
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nymphology_ 25/12/2023

"Eu seria um hipócrita se dissesse, e o leitor um tolo se acreditasse, que o choque de perder Lolita, havia me curado da pedofilia?"

Lolita é um dos melhores livros com uma das escritas mais únicas que já tive a oportunidade de ler, Vladimir Nabokov por sua vez, conseguiu fazer uma história horrível e trágica com a poesia sendo sua melhor amiga, algo que tornou esta leitura bem bonita. É um livro forte obviamente e Humbert Humbert é de um jeito claro uma pessoa com o psicológico instável que reconhece isso mas não busca se tratar verdadeiramente já que é dito pelo próprio, que o já internaram várias vezes em sanatórios por conta de suas suspeitas interações com crianças. O ""relacionamento"" de Humbert com Dolores é uma das sensações mais bizarras e nojentas de se ler mas bem interessante como a mente desse funciona, ele era um pedófilo inteligente e usava disso como benefício próprio. Lolita é um clássico da literatura sendo até mais popular que o renomado "E o Vento Levou" de 1936, todo mundo deveria dar pelo menos uma chance para esta obra prima que apesar de sua história completamente polêmica, consegue ser um dos melhores poemas do século 20!
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adjalina.menezes 24/12/2023

Entre a loucura e a crueldade
No imaginário dos que ainda não leram esse livro é sobre erotismo ou pornografia. Mas ao finalizar a leitura você percebe que a obra é sobre loucura, crueldade e sordidez humanas. Dependendo do seu momento de vida o abuso sexual, o abandono e a tristeza podem te impactar tanto que a leitura pode se tornar difícil. Mas esse livro de fato é arte porque como obra de ficção consegue provocar tantos sentimentos quanto a realidade...
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Joel.Negidio 23/12/2023

Resenha nada imparcial de um fã
Livro divisor de águas. Para quem está começando agora a ler recomendo que não comece por "Lolita", pois, depois dele, qualquer outro livro perde a graça. Vladimir Nabokov deve ser reconhecido, por esta obra ímpar, como um dos maiores escritores do cenário mundial, superando, inclusive, o próprio Dostoiévski como escritor russo.

Ver um tema tão complicado, considerado tabu em várias tradições e épocas no decorrer das gerações, ser tratado com tanta delicadeza; com tanta perfeição, é um privilégio. Nabokov é um gênio.

Nas mãos de qualquer outro seria de mau gosto, mas a sua escrita faz com que um tema tão deplorável ser torne digerível, sabendo, o autor, nos cativar do início ao fim da leitura mesmo nos cenários mais triviais, como, por exemplo, em uma simples cena em que os principais protagonistas estão sentados no sofá, fazendo-nos sentir e entender todas as suas reações às experiências vividas.

Dessa forma, após a segunda - mas não última - leitura de "Lolita", vejo que tal obra ainda permanece no meu top 3, que assim se encontra:

1 - Lolita
2 - 1984
3 - Os miseráveis
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rayray 21/12/2023

é sobre sociedade e moral.
Comecei enojada já à espera de uma pedofilia romantizada, mas não foi bem isso que me foi apresentado ao longo das páginas.

a repulsa e o ódio pelo humbert estão presentes em cada página e em nenhum momento é possível amenizar tais sentimentos, nem entender seus devaneios como justificativa, mas é verdade que é possível ignorar a pessoa que vos fala o tempo todo no livro e focar no que está do lado de fora das entrelinhas. sem saber, humbert questiona a moral e o pensamento coletivo da sociedade da sua época. humbert é um professor, é um homem inteligente e amoroso, do que humbert seria capaz? e se ele seria capaz, do que realmente importa? existem coisas piores no mundo, para que se falar disso?

o fim de lolita, afinal, não seria o mesmo se nada lhe tivesse acontecido? casada e infeliz era como quase todas as mulheres terminavam na época. tirando os devaneios extremamente entediantes e maçantes de humbert e o crime - disposto como não tão crime assim no livro -, sobra uma sociedade doente (não que hoje esteja saudável) e moralista sem qualquer moral, é quase um livro de scott fitzgerald.
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rayray 21/12/2023

é sobre sociedade e moral.
Comecei enojada já à espera de uma pedofilia romantizada, mas não foi bem isso que me foi apresentado ao longo das páginas.

a repulsa e o ódio pelo humbert estão presentes em cada página e em nenhum momento é possível amenizar tais sentimentos, nem entender seus devaneios como justificativa, mas é verdade que é possível ignorar a pessoa que vos fala o tempo todo no livro e focar no que está do lado de fora das entrelinhas. sem saber, humbert questiona a moral e o pensamento coletivo da sociedade da sua época. humbert é um professor, é um homem inteligente e amoroso, do que humbert seria capaz? e se ele seria capaz, do que realmente importa? existem coisas piores no mundo, para que se falar disso?

o fim de lolita, afinal, não seria o mesmo se nada lhe tivesse acontecido? casada e infeliz era como quase todas as mulheres terminavam na época. tirando os devaneios extremamente entediantes e maçantes de humbert e o crime - disposto como não tão crime assim no livro -, sobra uma sociedade doente (não que hoje esteja saudável) e moralista sem qualquer moral, é quase um livro de scott fitzgerald.
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Fabi_Colaco 20/12/2023

LOLITA
Vladimir Nabokov

Eu já sabia que seria uma leitura difícil e por isso levei tanto tempo para decidir fazer essa tarefa de casa de quem gosta de leituras clássicas, porém o mais chocante foi descobrir que esse livro precisaria ter sido bem mais fácil para se encaixar no que eu classificava como difícil!

Foi um longo ano sofrendo e brigando com cada uma das 350 páginas desse livro. Por outro lado, foi admirável conhecer a escrita do autor, Vladimir Nabokov, é algo que eu nunca tinha visto (lido, no caso), ele escolhe com maestria cada palavra da narrativa. E não se engane achando que é apenas para embelezar ou facilitar a leitura desse tema repulsivo, nem de longe ele tem essa intenção... toda as palavras convidam o leitor a se questionar a todo momento da relação entre a razão e a emoção, ele me fez desconfiar do narrador a cada página, minha sensação era que se eu vacilasse em algum ponto, algum detalhe, seria facilmente enganada pelo narrador, que no caso é o abusador dessa história. Nabokov conta essa história em primeira pessoa, inevitavelmente nos tornando mais próximos das experiências emocionais do protagonista.

O narrador, Humbert Humbert, decidiu escrever um livro, na prisão onde ele aguardava julgamento, para que o júri entendesse melhor seu lado da história, por isso ele conversa com o júri durante todo a trama. Ele inicia sua história descrevendo sua infância na Europa, sua carreira como professor e seu trágico amor infantil por Annabel Leigh, cuja morte o traumatizou. Humbert se torna atraído obsessivamente por ?ninfetas?, garotas muito jovens que na cabeça doente dele, possuem um misterioso poder de sedução.

Depois de passar períodos em algumas instituições psiquiátricas e ter alguns trabalhos incomuns como escritor, Humbert chega até a cidade de Ramsdale, na Nova Inglaterra, nos Estados Unidos. Ele aluga um quarto na casa da viúva Charlotte Haze porque sua bela e jovem filha, Dolores ou Lolita (apelido usado somente por Humbert), lembra a ele Annabel.

Humbert estava num momento difícil, perdido na vida e dentro de si mesmo. Ele estava procurando por qualquer sentido. Infelizmente, essa projeção de desespero assume a forma de uma criança. Ele se apaixona por Lolita, uma menina de apenas 12 anos, e pelo que ela representa para ele. Obviamente não se trata de amor verdadeiro, ela é apenas um objeto sexual para ele, não uma pessoa.

Seus sentimentos são perfeitamente justificáveis, até naturais na cabeça maluca dele, pois sua interpretação do mundo é incrivelmente distorcida; e nós leitores, vemos tudo pelos olhos dele, e isso torna o livro muito sufocante de ser lido. Humbert é uma contradição ambulante, obsessivo ao extremo, ele, às vezes, é incrivelmente arrogante, e outras vezes é passivo, tímido, chora algumas vezes, sente remorso, talvez culpa as vezes (bem as vezes). Mas não esqueçam, ele é manipulador em tudo, até em suas fraquezas.

Relutantemente ele se casa com Haze para manter Lolita na sua vida, sua esposa, encontra seu diário e ao ler as anotações sobre Lolita, sai de casa desesperada e acaba sofrendo um acidente e morre. A partir de então Humbert se torna responsável legal da menina e inicia um longa viagem com ela de cidade em cidade, hotel em hotel, para desviar suspeitas de sua real relação com sua enteada, em algum momento, eles vão residir em uma cidade, ela vai frequentar uma escola, ele volta a lecionar, mas o medo de perdê-la o leva a decidir voltar a viajar.

Após a morte da mãe de Lolita, a história se torna muito mais pesada, não por descrições das relações que eles passaram a manter e duraram alguns anos, até porque não há esse tipo de descrição em todo o livro, mas sim por toda a manipulação psicológica e emocional que ele usa para justificar para si mesmo (e ao júri) suas ações e mantê-la sob seu controle até mesmo quando ela inicia adolescência e começa a preferir a amizade das amigas e ter interesse por outros meninos, ele ainda vai manter um alto controle sobre ela.

As coisas vão mudar de forma drásticas no final da trama, eles vão se separar, mas não porque ela consegue fugir dele ou porque ele não mais a queira, o motivo é bem inusitado e ele vai passar mais alguns anos a procurando. Somente no final da trama descobrimos o motivo que o levou para cadeia e o que acontece com ambos e posso garantir que todos esses fatos são bem atípicos e vão te surpreender.

O conteúdo do livro é muito triste, Humbert é vil, e mesmo sabendo que a história é ficcional, o que a torna mais difícil de ler é saber que tudo o que é narrado nesse mundo fantasioso também acontece na vida real. Acredito que por isso eu demorei tanto para ler, e entendo perfeitamente quem não tem vontade de ler ou quem abandona a leitura pelo caminho. Acredito que as leituras têm momentos certos para acontecer e "Lolita" precisa muito desse time.

Nabokov explora a mente de um predador sexual, e acho que como leitores podemos aprender muito no processo, ver como se forma a constituição psicológica de tal criminoso. Compreender esse tipo de monstro é o primeiro passo para reconhecer esse comportamento em outros homens e detê-los. A maioria dos abusos sofridos por crianças e adolescente são causados por familiares e ou pessoas próximas dessas crianças.

Apesar de repugnante, essa história de "terror" é uma obra de arte da literatura e vale todo o esforço. Obra de significativa influência na Literatura e nas Artes desde a 2ª metade do século 20, o romance Lolita, de Vladimir Nabókov, foi publicado em 18 de agosto de 1955. Considerado um clássico pela condensação e complexidade dos sentidos, Lolita se desdobra em múltiplas camadas de interpretação, uma vez que possui subtextos escondidos nas entrelinhas.


Saiba um Pouco mais sobre as Polêmicas envolvendo Nabokov e também Lolita

O romance Lolita, que glorificou Nabókov ao redor do mundo, gerou polêmicas e foi recebido com críticas por parte de seus leitores, pois aborda a obsessão de um homem adulto por uma menina adolescente. ?Pode-se dizer que é um estudo da psicologia de uma pessoa obcecada pela mania, um mergulho no mundo da sexualidade infantil, uma metáfora da velha e experiente Europa tentando seduzir a ingênua América?, explica Elena Vassina, professora de Letras Russas na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP. Confira a entrevista completa com a professora Elena Vassina: https://www.fflch.usp.br/35791


Serviço de Comunicação Social: Apesar das controvérsias, o romance Lolita é considerado um clássico da Literatura do século XX. Quais elementos fazem desta obra um clássico?
Elena Vassina: Primeiro, o livro é considerado clássico por ter tido uma influência tão significativa em Letras e em Artes desde a 2ª metade do século XX até nossos dias. Há muitas possibilidades de interpretação/leitura de Lolita, o que revela várias camadas dos subtextos escondidos no livro. Pode-se dizer que é um estudo da psicologia de uma pessoa obcecada pela mania, um mergulho no mundo da sexualidade infantil, uma metáfora da velha e experiente Europa tentando seduzir a ingênua América. Mas, ao meu ver e antes de mais nada, é uma declaração apaixonante do autor sobre o poder da arte: a obsessão e mania de Humbert Humbert em seu desejo convulsivo de domar e manter o "demônio imortal na forma de uma mocinha" é uma das mais brilhantes metáforas do próprio processo criativo.
Resumindo, a condensação e complexidade dos sentidos fazem de Lolita um livro clássico.

Serviço de Comunicação Social: Quanto às polêmicas, você acha que Nabókov almejou incitar certo desconforto nos leitores? Qual a sua percepção sobre a recepção do público, em relação à intenção do autor?
Elena Vassina: A reclamação mais comum sobre o romance era que Nabókov estetiza e quase justifica a pedofilia, colocando as crianças em risco. Mas é uma interpretação muito primitiva e linear do romance que, de propósito, quer enganar o leitor ingênuo para se revelar aos amadores (cultos e inteligentes!) das leituras intelectuais e altamente dialógicas.

?
Elena Vassina é pesquisadora e professora russa, formada na Faculdade de Letras da Universidade Estatal de Moscou Lomonóssov (MGU). Possui mestrado em Literatura Comparada pela Universidade Estatal de Moscou, doutorado em História e Teoria de Arte e pós-doutorado em Teoria e Semiótica de Cultura e Literatura pelo Instituto Estatal de Pesquisa da Arte (Rússia).
Atualmente, é professora de Letras Russas na FFLCH USP. Tem experiência na área de Letras e Semiótica de Cultura, com ênfase em Literatura Comparada, atuando principalmente nos seguintes temas: literatura russa, teatro russo, estudos comparados, tipologia de cultura.
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Yukari.Kudo 20/12/2023

Problemático
Já sabia da história por conta do filme, porém no livro é mil vezes pior, meu pai de misericórdia meu deus
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Fernando 20/12/2023

Cruel.
Uma leitura que se desenvolveu um pouco arrastado para mim. A narração é do ponto de vista do pedófilo. Uma leitura para estomago forte. Boa leitura, mas como já deixei exposto aqui, a crueldade está presente. Se você não se importar com gatilhos siga em frente.
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joaoggur 18/12/2023

Não é romance; é livro de terror.
Ouso dizer ser impossível alguém, em sã consciência, ler Lolita e não ficar horas refletindo sobre o que absorveu da experiência. Gastei tempos digerindo toda a podridão do que foi lido; e, por isso, julgo que esta (pesada, complicada e até levemente traumática) experiência fora de bom proveito.

A história é conhecida e até um pouco pífia, pois esta é irrelevante; o suprassumo do livro (e, ouso dizer ser um dos maiores suprassumos da literatura ocidental da segunda metade do século XX) está na altíssima habilidade de Humbert Humbert, o autor, de ?se defender?. Se defender, com aspas: a partir do momento que entendemos que estamos lidando com um pedófilo, a simpatia pelo homem cai por terra. O autor (por meio de um fluxo de consciência pesado, mesclando memórias passadas com recordações mais regressas ainda) joga com o leitor, tentando fazer-nos constantemente ?cair nas graças? de Humbert, ou seja, crer que, apesar de sua ?doença? (como o próprio refere-se a seu desejo por crianças), Lolita o seduziu (tendo apenas 12 anos), e ela é a causadora de todos os infortúnios de sua vida.

E neste ponto é o píncaro da genialidade; a tragedia, por meio da linguagem prolixa e defensiva, se tornando poesia. Isso não isenta o narrador, muito menos ameniza o peso do livro; mas é inegável que mesmo o conteúdo sendo execrável, todos aqueles de estômago forte permanecerem até as páginas finais. A cada cena supliciante eu ficava me questionando porque ainda estava ali, e a cada cena bela e poética ficava com raiva de mim mesmo; quem diria, encantado pelo feitiço de um pedófilo! Me lembrei de Dom Casmurro (em ambos os livros acompanhamos um julgamento enviezado).

Lolita não é uma obra que banaliza a pedofilia, muito pelo contrário. Prolixo, com uma linguagem nada coloquial e extremamente densa, Humbert Humbert não é um narrador que quero reencontrar. Recomendo para os fortes; é um suco de crueldade.
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tauane23 16/12/2023

Livro denso, nojento e muito difícil de se ler principalmente por se passar no ponto de vista do pedofilo. é um livro que nao é pra todo mundo e tem muitos gatilhos. porém, a proposta do livro é essa mesmo ne então acho que cumpre muito bem com o papel. Sempre bom lembrar que ISSO NÃO É UMA HISTORIA DE AMOR
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