Lets Aquino 05/02/2024
Representatividade que importa!
Ler este livro foi um sonho realizado na minha carreira de leitora compulsiva de romances juvenis por vários motivos e vou dizer aqui algumas delas:
Como deve ser óbvio, o protagonismo e todos os personagens envolvidos são #LGBTQIAP+ e embora já tenhamos alguns livros representativos no mercado, estamos falando de um autor brasileiro, com muitas referências icônicas com memes brasileiros (morri de rir quando foi citado a grávida de Taubaté, Inês Brasil e a Gretchen)!
Outro detalhe são as nordestinidades, citar a Pitú como o Patrimônio Cultural que deveria ser foi icônico, fico imaginando o pessoal do exterior dando um Google nessas referências cheias de brasilidade.
Mas não é só isso, Rhuas também cita referências que marcaram minha vida como os filmes “Antes do Amanhecer” e “Amelie Poulain”, além de muuuitos livros maravilhosos, queridinhos meus, é muita coincidência!!! Também tem músicas e artistas da cultura pop e nacional.
Outro detalhe incrível é o livro se passar exatamente no período do Golpe que a Dilma sofreu e, nessa pegada política, foi maravilhoso ter essa exposição, principalmente porque fui uma que gritou #ForaTemer, então foi emocionante ler uma história real do nosso país que eu participei e saber que isso servirá para futuras gerações saberem que isso aconteceu, sim!
À parte tudo isso, que já são razões suficientes para amar esse livro, tem o romance, mas o principal de tudo, é que a lição maior é o autoconhecimento, reconhecimento e amor-próprio – não tem como se apaixonar e se entregar a um romance sem antes amar a si mesmo, e essa construção no enredo é linda! Existe muita empatia entre os personagens, lição de amizade e amor, família, luto, e tudo o que adoramos em um clichêzinho romântico cheio de reviravolta, encontros e desencontros.