Fabi Miranda 25/01/2021
Inesperado e intenso
Não conhecia a autora e não sabia nada da história. Recebi uma amostra quando comprei o meu kindle e ficou lá por meses. Quando resolvi ler não parei mais.
Embora eu não soubesse o que esperar, como toda certeza o conteúdo não era o que eu esperava.
Ódio é o primeiro livro de uma duologia a qual eu terminei em um fim de semana. Eu fiquei alucinada. Essa é a palavra.
Caena Negromonte e Thomaz Boa Morte (que sobrenome é esse?!) se conhecem por acaso ainda crianças. Ao vê-lo todo machucado e querendo ajudar, sem saber Caena o apresenta a um monstro. Depois desse encontro, os dois seguem caminhos diferentes.
Caena, única filha e herdeira de Francisco Negromonte, fazendeiro poderoso do interior de Goiás, nunca recebeu o carinho do pai e sofria com o desprezo. Com o divórcio dos pais, aos 10 anos, ela e a mãe foram viver em São Paulo.
Thomaz, filho de empregados da fazenda, sofria com as surras do pai e a falta de carinho e cuidados da mãe.
Anos depois com o pai doente, Caena volta ao interior de Goiás, sem saber que foi atraída para um lugar cheio de segredos e ódio, e reencontra Thomaz, que tornou-se o senhor da fazenda Negromonte, cujo objetivo é se vingar de quem o machucou.
A história é pesada e intensa. Aborda um assunto seríssimo e triste que é o abuso sexual infantil. Eu fiquei em choque várias vezes. O livro desperta várias emoções: raiva, pena, asco, amor, ansiedade...tudo misturado.
Eu fiquei tão presa à história que comecei imediatamente o segundo livro.