DomDom 27/12/2020E a felicidade de receber um livro que foi base para uma série televisiva de um dos meus gêneros preferidos fica onde? Nas nuvens, é claro! Só posso adiantar que foi uma leitura bastante rápida, pois, além do livro ser curtinho, a narrativa é viciante.
“Codinome Villanelle” usa duas frentes narrativas em 3ª pessoa: A de Oxana Vorontsova, conhecida sob o pseudônimo Villanelle (durante a narrativa ela vai adotando outras identidades de acordo com o trabalho que lhe for atribuído.), e de Eve Polastri, nossa protagonista escolhida para capturar a vilã. Achei bastante interessante essa abordagem, pois temos uma visão mais ampla dos acontecimentos. Senti que conheci um pouco mais a Villanelle, pois o autor inseriu mais informações sobre o passado dela.
“Quando era bem jovem, ela havia aprendido que as pessoas podiam ser manipuladas. O sexo era útil nesse sentido, e Oxana adquiriu um apetite voraz. Não tanto pelo ato em si, embora isso proporcionasse alguma satisfação, quanto pelo entusiasmo da caça e da dominação psíquica. Ela gostava de escolher figuras de autoridade para servir de amantes. Suas conquistas haviam incluído professores homens e mulheres, um colega do pai na Spetsnaz, uma jovem de uma academia de Kazan com quem ela estava disputando os Jogos Universitários e o melhor de todos: a psicoterapeuta a quem fora encaminhada para avaliação em seu primeiro ano na Universidade.” Posição 333
As personagens principais, apesar de serem bem complexas, caem um pouco no clichê do gênero literário. De um lado, a espiã russa de uma beleza incomparável, psicopata, fria e calculista (clichê); e do outro, Eve Polastri, funcionária do serviço secreto, inteligente, sagaz, e que deixa sua vaidade e família em segundo plano (mais do mesmo). E a parte clichê não ficou apenas nas personagens. Uma pergunta que faço é: Alguém já leu algo do gênero em que um dos lados tem a possibilidade clara de eliminar seu adversário, mas não o faz? Pois é! Isso também acontece aqui. Mas algo que achei interessante, e, até certo ponto inovador para mim, foi o embate “mulher x mulher” em uma trama investigativa. E, nessa guerra, Villanelle, por enquanto, leva vantagem. Enquanto a vilã conhece Eve, e, até certo ponto, os seus passos, a outra ainda não conseguiu identificar seu alvo.
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