Wkleber 23/12/2020minha estanteÉ um documento extraordinário, embora na nossa historiografia esses aspectos psicológicos, fiquem menos proeminentes em relação aos feitos históricos, e esse livro acaba preenchendo certas lacunas que nos dá uma noção das motivações que fez um austríaco natural de Braunau An in ( sua cidade natal na Áustria) a encabeçar um movimento ideológico, arrastando muitos aspectos estritamente pessoal e mal resolvido de sua vida, em fusão com o sentimento nacionalista imperialista do povo alemão , com forte influência da eugenia e o darwinismo social da necessidade de espaço vital para seu plano de supremacia e do extermínio de judeus "responsáveis", segundo os nazistas, da decadência tanto da miscigenação desse povo "nômade e sem pátria" com as duras restrições do tratado de Versalhes, do qual em seus discursos esse tema era o mais exaltado entre as massas. Walter Langer , vai esmiuçar de forma brilhante , mesmo que especulativa esses aspectos da motivação, frustração e amargura de Hitler, também correlacionando obras biográficas de outros autores, consultas da obra mein kampf, relatos de pessoas que conviverem com ele em determinados momentos no seu trabalho de síntese criando argumentos muito sólidos, a ponto de "adivinhar" dois anos antes que ele se suicidaria quando se sentisse acuado e também a revolta de alguns colaboradores que sabotaram e tentaram matar o Fuher por serem mais racionais e menos ideológicos. Eu amei esse livro e sempre leio para contextualizar com outras balizas históricas, como por exemplo, o livro de Hanna arendt , do qual cunhou a frase; BANALIDADE DO MAL, no livro, eichmann em jerusalem. Espetacular...