O apanhador no campo de centeio

O apanhador no campo de centeio J. D. Salinger




Resenhas - O Apanhador no Campo de Centeio


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nina 20/09/2021

meu livro preferido pra sempre ?
conta a história de um protagonista tão único, que consegue expressar tudo que eu sinto em um só livro. holden caulfield se tornou uma parte de mim :)
Victor 09/11/2021minha estante
É tão bom saber que existem outras pessoas que gostam pra caramba desse livro. Ele é tudo pra mim tbm




catolvz 19/09/2021

Real e atemporal.
Um livro que trouxe muitas polêmicas. Muitos o conhecem por ser o favorito de pessoas tristes, depressivas e com problemas mentais. Sendo atrelado até mesmo a um assassinato.
Holden Caulfield nós mostra a adolescência nua e crua, em toda sua essência.
Um adolescente de 16 anos sem nada a perder, com dinheiro e sozinho em Nova York.
Holden embarca em uma aventura depois de mais uma vez ser expulso da escola, onde não se encaixava. Absorto no espiral de seus próprios pensamentos, Holden vive sem rumo, apenas adiando o inevitável. O encontro com seus pais.
Mesmo sendo lançado em 1951, consegue representar os adolescentes até os dias de hoje.
catolvz 19/09/2021minha estante
(um dos meus favoritos)




Dauer 18/10/2010

Recomendo
Muitas vezes o apanhador do campo de centeio é mal interpretado, incluindo criticas em relação ao vocabulario de baixo calão e pelo assassino do Jonh Lennon ter alegado que estava sob influência do livro quando executou o ato. Se fosse assim, todos os leitores de Kafka e Poe são possíveis assassinos.
Holden representa o periodo de transição entre a adolescencia e a fase adulta, mais do que isso, representa aqueles que tem extremo receio em relação ao mundo materialista e cruel que os aguarda. Muitas vezes ele se comporta como uma criança de 12 anos mostrando justamente este receio.
Particularmente, eu adorei o livro porque eu compartilho o mesmo sentimento que Holden, o de decepção com a sociedade em si, só são constituidas de um vazio e falsidade. De certa forma, em alguns momentos um pouco de odio em relação a está situação.
Aline Benício 24/10/2010minha estante
Concordo plenamente, também me identifiquei bastante com os sentimentos de Holden. Muito do que ele dizia ser "deprimente", eu me descobri achando o mesmo.




Silmara 03/06/2012

Acho que todo mundo quis ler esse livro porque o cara que matou Jonh Lenon leu, e eu também quis ler por isso...

Com certeza não tem nada nesse livro que acrescente alguma coisa em alguém, muito mesmo, uma motivação para assassinato.

Conheço adolescentes bem comportados que são muito mais rebeldes que esse personagem do livro, fora a escrita, poxa... nisso ele está quase chegando aos internautas de hoje, tantas repetições, não lembro exatamente a frase mas tem uma do tipo "tipo assim" que se repete um milhão de vezes.

Acho que o assassino do John Lenon foi algum funkeiro enviado daqui do futuro. O livro não teve nada a ver com isso...

Mas quando eu escrever um livro vou pedir para algum assassino que diga que se inspirou nele para matar, assim, com certeza, independente da minha escrita sofrivel e imaginação curta, o livro vai ser um sucesso.
buca 12/11/2012minha estante
Só para constar, o livro é de 1951, já o assassinato de John Lennon ocorreu em 1980.




pedroxadai 28/06/2011

O Apanhador no Campo de Centeio - J. D. Salinger
O Apanhador no Campo de Centeio foi o único romance publicado por JD Salinger. Ele tem outros livros, mas todos são coletâneas de contos que foram publicados em revistas. Salinger escreveu O Apanhador e outros tantos contos e depois parou de escrever subitamente. Se aposentou da literatura e viveu recluso o resto de sua vida. Morreu em 2010 aos 91 anos. O livro já vendeu mais de 60 milhões de cópias no mundo e foi alvo de diversas controvérsias. A pessoa que assassinou o John Lennon, quando foi presa, estava com um exemplar do Apanhador.

Mas deixando isso de lado, eu tenho uma reclamação a fazer. Nunca li o original em inglês, então posso estar falando alguma besteira, mas eu acho que o livro repete muitas palavras. Sei que a estória é contada por um adolescente, mas é um pouco irritante as vezes o número de palavras repetidas, muitas vezes em uma mesma página.

Como já disse, o livro é narrado em primeira pessoa por Holden Caulfield. Tudo começa no final do ano letivo em sua escola, ele perdeu quase todas as matérias. O resto do livro mostra ele voltando para casa sem avisar aos pais, pensando em sua irmãzinha Phoebe e em como tudo que ele vê na sociedade não presta. Ele frequenta bares, hotéis, relembra verões passados quando era mais feliz. E fala muitas vezes sobre seu irmão mais velho, que é roteirista em Hollywood. Holdem odeia Hollywood, mas ama o irmão. Também amava o outro irmão, que morreu. Isso marcou muito sua vida.

Eu até que percebi durante a leitura, mas não achei tão importante na hora, só que lendo outras resenhas, realmente, o Holdem mostra alguns traços de que foi abusado sexualmente quando era mais novo. Tentem identifica-los, são parte importante do livro.

Bom, o livro tem uma linguagem fácil e todo jovem que se sentiu um pouco excluído vai identificar-se com ele. Recomendo.

LINK PARA A RESENHA NO MEU BLOG: http://resenhaspedro.blogspot.com/2011/06/o-apanhador-no-campo-de-centeio-j-d.html


30/12/2010

Incompreendido sim. Incompreensível não!!
Qdo comecei a leitura, fiquei revoltada, achando tudo ruim: linguagem pobre, trama desinteressante... pq me interessaria em ler o "diário" de um adolescente norte-americano imbecil??? Uma chatice!!

Grande engano!!!

Vale à pena ser persitente, e não abandonar a leitura logo nas primeiras páginas.

Não demora muito pra vc se envolver com o personagem.
Afinal, ele é extremamente cômico, apesar de toda sua depressão. O senso de humor dele é sensacional!! Sincero, espontâneo... Ele é ótimo!!

E em pouco tempo vc já entende q todas aquelas digressões são de extrema importância, pq é a partir delas q a gente compreende a perspectiva q ele tem do mundo, das pessoas ao seu redor, dos fatos...

Quem, com o mínimo de caráter e integridade, em algum momento de sua vida, já não se revoltou com toda hipocrisia da sociedade???

Então, no fundo é isso aí, pq é mesmo deprimente viver cercado de hipócritas, cínicos...

Holden é um adolescente incompreendido, mas não incompreensível.
A revolta dele é válida. O modo como ele se revolta é cômico. A maneira como ele interpreta os acontecimentos é hilária.

É um bom entretenimento. Recomendadíssimo.

Fogui 30/12/2010minha estante
É muito bom se surpreender, não é? Neste caso, O Apanhador faz o seu papel.




Liz 23/05/2011

“Bom mesmo é o livro que quando a gente acaba de ler fica querendo ser um grande amigo do autor, para se poder telefonar para ele toda vez que tiver vontade.”

Sabe quando você ouve, desde sempre, que certo livro é genial? Quando você ouve tanto sobre ele que fica louco para lê-lo? E, quando finalmente consegue obtê-lo, a leitura revela algo totalmente diferente do que você achou que seria? Às vezes a surpresa é ótima, mas em outras é simplesmente decepcionante. Infelizmente foi a segunda coisa que aconteceu comigo.

Eu fui avisada para não esperar muito da história principal, sabia que é um livro sem clímax, mas ainda assim esperava muito mais do que li.
Em O apanhador no campo de centeio, o protagonista Holden Caulfield conta sobre um fim de semana onde, depois de ter sido reprovado, decide passar algum tempo sozinho antes de encarar a fúria dos pais. Ele só tem 17 anos, mas já reflete muito sobre a vida e as pessoas – e talvez por isso seja um pouco depressivo. Ele é um ótimo personagem, mas, por mais carismático que ele seja não consegui gostar muito dele. Simpatizei-me muito mais com sua irmãzinha Phoebe, tão madura quanto ele. Também gostei muito de algumas das pessoas que Caulfield nos apresenta durante seu monologo, como o irmãozinho Allie e a amiga Jane.

Posso não ter gostado muito da historia, mas adorei o jeito que ela foi contada. O monólogo do personagem foi escrito de um jeito tão natural, com direito a várias gírias e palavrões, desvios de assuntos e questionamentos, que parecia realmente que tinha um garoto da minha idade sentado na minha frente e me contando tudo aquilo. Sabe quando alguém começa a te contar uma longa historia à qual você presta atenção, se interessando por uma ou outra passagem, mas esperando desesperadamente que chegasse o sentido da conversa? Foi bem assim que eu me senti o livro inteiro.

Enfim, é um livro em que adorei a narração e apreciei algumas passagens, mas não gostei da historia em si. Talvez eu não tenha entendido mesmo o que o autor quis passar. Bom, de qualquer jeito, acho que recomendo para adolescentes, principalmente para aqueles que não curtem ler.
Rafael 05/06/2011minha estante
" Bom, de qualquer jeito, acho que recomendo para adolescentes, principalmente para aqueles que não curtem ler" - Também achei isso... Esse livro é ótimo para quem quer começar a gostar de ler, no caso os adolescentes ou para aqueles que não curtem ler já que a leitura é simples, direta e não há um vocabulário difícil... Poucas vezes você precisará consultar um dicionário, a não ser nas poucas vezes que ele faz alguma gíria dos anos 50, mas tirando isso é muito simples...




yasminescrita 13/09/2021

Em defesa de Holden Caulfield ? una confissão de amor:
Senta que lá vem mucho texto. Logo no primeiro paragrafo, simpatizei um bocado com o Holden — acho que ele é o tipo de sujeito que você só é capaz de adorar ou detestar, não tem meio termo. Então fui pesquisar sobre o autor, o Salinger, e apesar de não ter encontrado porcaria nenhuma sobre ele, simpatizei com o velho também. As opiniões sobre esse livro dele é de adoração e repúdio (nunca vi alguém que gostou ou desgostou um pouco, é sempre intensidade). É, literalmente, um ame-o ou deixe-o.

Mas, afinal, fui lendo e lendo, e me identifiquei um bocado. Temos a mesma idade e tudo. Pensamentos bem parecidos, aquela fúria, os desgostos; foi como se eu me olhasse num espelho rachado, lendo-o. A prosa dele, ao mesmo tempo crua e poética, me absorveu de um jeito que não me acontecia há um tempão. Foi de um jeito que me fez sentir próxima dele, como uma sombra ou uma amiga do Holden (muitas vezes tive de parar porque tava meio deprimida, já que era só uma sensação inventada, de verdade. Mas acho que o gatilho de amor eterno, o momento em que me xinguei por ter perdido mil anos adiando essa leitura, foi naquele: "Durmam bem, seus imbecis!". Porque foi aí que eu passei a engolir o livro de um jeito doido.

Entre pausas para ler algumas resenhas em blogs, vi muito aquilo que já falei (o amor e o ódio, bem juntinhos). Gente criticando e gente defendendo. Houve um blog, especificamente, que chamou minha atenção, dizendo que eram trocentas páginas de um riquinho mimado reclamando sem parar. Isso serviu pra eu ver como enxergam pessoas deprimidas ? como frescurentas. Porque o Holden é um menino deprimido. Ele mesmo expõe esse sentimento, a depressão, o tempo todo. Mas a ignorância está por aí aos montes, não é mesmo? Enfim. É compreensível, digo isso pois já estive na pele do Holden. Quando a gente tá deprimido mesmo, deprimido de verdade, a gente afasta o mundo todo. Se isola num casulo de solidão. Ser humano é isso mesmo ? complicação infinita. E ninguém gosta do complicado.

Aliás, pode ser sutil, mas no hotel o Holden comenta sobre pular da janela, igualzinho um amigo que ele VIU pular da janela. Tendência suicida e tudo. Foi aí que comecei a pensar que ele estava internado por ter tentado algo. Juro que fiquei com um medo danado. Porque, cara, imaginar ver um amigo se jogar duma janela enquanto lida com a perda de um irmão, sabe? É muita coisa pra lidar. Juro que quase chorei em muitos trechos ? principalmente quando ele contou aquela coisa da Jane e aqueles apelos ao Allie, quando estava com medo de atravessar a rua... E aquela crise com o Antolini, que não prolongar e pontuar meus achismos, vou apenas deixar este trecho aqui: "Quando me acontece um troço assim meio tarado, começo a suar como um filho da mãe. Esse tipo de coisa já me aconteceu mais de vinte vezes, desde que eu era garotinho". Salinger deixou aí, livre para interpretações, e ao meu ver, já aconteceu, sim, algo com o Holden (mais de uma vez, aparentemente). E aquele professor foi bizarro demais. Eu não sou psicóloga, mas acho que, por ele não entender os motivos dessas coisas todas acontecerem com ele, que nasce todo aquele ódio pela sociedade. E a desconfiança constante. Mas eu também odeio como o mundo funciona, é inevitável.

As pessoas são mesmo falsas.

E as crianças são mesmo a única esperança.

Então, para resumir, não foi só uma história do adolescente rebelde sem causa. Tem uma confusão, um estranhamento, uma melancolia que abraça a gente e tudo. É poético. Só precisa saber ler as entrelinhas. Já estou com saudades do Holden, era quase um refúgio, e pretendo voltar lá depois, muitas outras vezes. Já fiz vários desenhos inspirada no ambiente e tudo... Deve ser o livro da minha vida.
ltsalviolo 15/09/2021minha estante
Sintetizou muito bem o Holden da minha cabeça. Parabéns pela análise! A invejo por encontrar o livro da sua vida, é um feito e tanto!




Maurício Gomyde 13/01/2011

Ótimo!
O Salinger escreveu uma obra-prima, com a linguagem utilizada atualmente por muitos escritores, na década de 50. Leitura ótima, afora todo o folclore em cima da obra.
LUCIANE 31/08/2011minha estante
eca!




Flávia Pasqualin 04/02/2019

CONTROVERSO
Uma coisa é certa sobre esse livro; Ou você vai amar ou vai odiar. Mas de qualquer forma não se pode negar a importância que ele teve para sua época.

Fui sem expectativa alguma e acabei me surpreendendo com o relato melancólico de Holden. Por muitos momentos achei-o insuportável, mas a medida que o tempo foi passando me vi em suas divagações. A transição da adolescência e a sensação de não pertencer a lugar nenhum. Não é um livro complexo e certamente não possui grandes reviravoltas, a intenção é justamente nos fazer sentir toda essa solidão e amargura que Holden sente em relação ao mundo e ao futuro.

“Esse é que é o problema todo. Não se pode achar nunca um lugar quieto e gostoso,porque não existe nenhum. A gente pode pensar que existe, mas, quando se chega lá e está
completamente distraído, alguém entra escondido e escreve "Foda-se" bem na cara da gente. É só experimentar. Acho mesmo que, se um dia eu morrer e me enfiarem num cemitério, com uma lápide e tudo, vai ter a inscrição "Holden Caulfield", mais o ano em que eu nasci e o ano em que morri e, logo abaixo, alguém vai escrever "Foda-se". Tenho certeza absoluta.”
Carlos Patricio 06/12/2019minha estante
achou partes insuportáveis e ainda assim deu 5 estrelas! imagino que as outras partes devam compensar e serem maravilhosas




spoiler visualizar
Daniel Vitor 14/09/2019minha estante
me apaixonei por essa sua interpretação. Perfeitas conclusões. As batalhas de Holden são travadas em sua mente, isso que é o upside desse livro.




Gabriella 11/03/2020

Achei superestimado. Esperava mais. Achei meio forçado, meio pedante. Dá vontade de desistir da leitura diversas vezes...
Miris 11/03/2020minha estante
Também não gostei não. Fui com uma expectativa e acabei que não era tudo aquilo que diziam.




Daniel 04/07/2020

Se não amei, também não odiei... ou terei feito os dois?
Resenha no link abaixo!

site: https://blogliteraturaeeu.blogspot.com/2020/07/o-apanhador-no-campo-de-centeio-catcher.html


Fellipe 24/07/2020

ROMANCE DE FORMAÇÃO: 'o apanhador no campo de centeio' e 'pure heroine'
O que o livro 'O Apanhador no Campo de Centeio' de J.D. Salinger (1951) e o álbum 'Pure Heroine' da Lorde (2013) tem em comum? É o que eu abordo no meu vídeo

site: https://www.youtube.com/watch?v=MJ9hcDqBxdk&t=6s


brunossgodinho 12/04/2020

Salinger e o rebelde sem causa
Escrito de maneira fragmentária na década de 1940 e publicado como livro após a guerra, O apanhador no campo de centeio é um livro de uma geração. Parece-me ser essa sua limitação que poderia, ao mesmo tempo, ser considerada ponto forte. Ele se assemelha ao espírito exprimido por Juventude transviada, baseado numa juventude que cresceu revoltada com e reprimida por uma felicidade artificial, forçada, produzida pelo American way of life do pós-guerra.

O tema da revolta não impressiona mais a minha geração nem, talvez, as mais novas. Ao menos porque da década de 1980 em diante o mundo passa pela corrosão social e climática intensa, diante das quais a revolta não basta. A solução seria apenas uma: revolução. Por essa razão esse livro de J.D. Salinger pode parecer enfadonho se lido esperando uma mensagem atemporal. Pois não é bem por aí. Ao contrário, O apanhador é um livro muito bem temporalizado e, por isso, é mais uma fotografia (captura instantânea) do que uma pintura (representação articulada ao longo do tempo).

Recentemente, assisti a um ícone do cinema musical, Grease, lançado no final da década de 1970 e ambientado na década de 1950. Pouco mais de duas décadas foram suficientes para transformar os anos 1950 em um período glamourizado: do adolescente revoltado, que não vê sentido na convivência e na busca incessante pela felicidade e satisfação pessoais de seus pais e concidadãos mais velhos, passamos ao adolescente revoltado que o é por simplesmente ser cool. A personagem de John Travolta é uma pessoa com a namorada estrangeira na praia; outra com os amigos da escola. De fato, um rebelde sem causa — totalmente diferente, porém, da personagem de James Dean (que figura nos pôsteres dos quartos das adolescentes no filme de Travolta), cuja angústia é inexprimível diante de seus pais e exprimida em ações inconsequentes dentre seus amigos.

O protagonista de Salinger é em todas as medidas o mesmo interpretado por James Dean no cinema. Juventude transviada, porém, pareceu-me representar melhor o sentimento de angústia da geração. Ou, talvez, (e agora é o ponto que finalmente queria chegar), o tradutor dessa edição tenha se excedido. Durante a leitura, minha impressão sobre o narrador e protagonista era, para usar uma palavra de seu próprio vocabulário traduzido, de um sujeito fajutão. Um canastrão, enganador, ele sim o verdadeiro rebelde sem causa. Em retrospectiva, essa impressão pode ter sido causada pelo peso da mão do tradutor.

Em certa passagem dessa tradução, o protagonista chama um colega estudante de "merdinha". Estranhei porque, até aquele momento, não havia essa entonação nas provocações e maledicências da personagem. Curioso, procurei pela internet uma versão do texto original. Fiquei surpreso, então, ao ver que "merdinha" foi evocado do vácuo pelo tradutor. Eu esperava encontrar o típico xingamento do inglês "little shit". Dei de cara com um trecho que, no geral, correspondia a tudo descrito pelo tradutor perfeitamente — exceto esse termo, que inexistia. Não cotejei mais nada. Continuei o livro e me enfezei com o narrador. Terminei insatisfeito, quase dando graças a Deus.

No fim das contas, O apanhador não é um livro ruim, mas, também não o achei excelente. Pode ser que a mão do tradutor tenha pesado minha balança para o lado negativo; isso só se resolverá no futuro, se um dia estiver disposto a ler o original. Por enquanto, fica a impressão de que poderia ter sido melhor.
Jana.Paim 05/10/2020minha estante
caro, vc lembra em qual parte aparece esse merdinha?
abraços




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